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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , par Blogoosfero - | 1 person following this article.

O ministro do samba

December 18, 2017 9:44, par segundo clichê



Carlos Motta

O pior presidente da história não poderia ter assessores piores. 

Seus ministros são de provocar engulhos. O da educação não sabe conjugar o verbo haver; o da Fazenda não entende patavina de macroeconomia; o da saúde acha que o país tem muitos hospitais - e por aí vai o despropósito.

Oscar da Penha (Salvador, 5 de agosto de 1924 — Salvador, 3 de janeiro de 1997), o Batatinha, um dos maiores compositores nacionais, embora não tenha conhecido este Brasil Novo, era um sujeito que se preocupava com a qualidade dos nossos homens públicos - se não todos, pelo menos daquele que viesse a ocupar o ministério que julgava o mais importante - o do samba.

E para titular, a escolha de Batatinha foi certeira: Paulo César Batista Faria, o Paulinho da Viola, um artista popular irrepreensível, síntese das virtudes que fazem do samba, mais que um gênero musical, o maior fator de união deste imenso país.

 "Ministro do Samba" está entre as melhores obras de Batatinha. Além de uma homenagem que um grande artista presta a outro, faz a gente pensar: como é que o Brasil, com tanta gente extraordinária, se transformou nessa terra onde só os desprezíveis têm vez?

Melhor nem pensar nisso.

Melhor ficar com Batatinha. E com seu ministro do samba:

Eu que não tenho um violão
Faço samba na mão
Juro por Deus que não minto
Quero na minha mensagem prestar homenagem
E dizer tudo que sinto
Salve o Paulinho da Viola
Salve a turma de sua escola
Salve o samba em tempo de inspiração

O samba bem merecia
Ter ministério algum dia


Então seria ministro Paulo César Batista Faria



Se eu fosse Deus a vida bem que melhorava

December 15, 2017 10:46, par segundo clichê



Carlos Motta


Num país sério as músicas de Eduardo Gudin tocariam no rádio dia e noite, de tão boas que são.

Mas este é o Brasil, uma colônia cultural americana, depósito do lixo da indústria de entretenimento, um dos alvos prioritários do soft power do grande irmão do norte.

A música de Gudin faz bem para os ouvidos, para o cérebro e para o coração.

Não tem contraindicações.

Ele integra a santíssima trindade do samba paulista, ao lado de Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini, de quem foi parceiro.

Tem um sem número de composições gravadas, algumas já clássicas, como "Verde", parceria com J.C. Costa Neto, um hino à esperança de se viver num país melhor, e "Paulista", também com Costa Neto, de um lirismo arrebatador.

É dele, com Paulo César Pinheiro, uma das mais expressivas canções sobre o terrível período da ditadura militar, "Mordaça": "(...) E de repente o furor volta/O interior todo se revolta/E faz nossa força se agigantar/Mas só se a vida fluir sem se opor/Mas só se o tempo seguir sem se impor/Mas só se for seja lá como for/O importante é que a nossa emoção sobreviva (...)"

Mas é uma outra canção, em parceria com Roberto Riberti, que sintetiza o drama de uma sociedade que se nega a combater a terrível desigualdade que a macula e a impede de se livrar do atraso secular.

"Velho Ateu" é a música preferida de Gudin, segundo ele mesmo, e encerra todos os seus shows.

Uma obra-prima, um chamado à reflexão sobre que tipo de sociedade em que queremos viver.

Um velho ateu, um bêbado cantor, poeta
Na madrugada cantava essa canção, seresta
Se eu fosse Deus a vida bem que melhorava
Se eu fosse Deus daria aos que não tem nada

E toda janela fechava
Pr'os versos que aquele poeta cantava
Talvez por medo das palavras
De um velho de mãos desarmadas



Fotos mostram cotidiano da URSS

December 15, 2017 9:22, par segundo clichê


A vida cotidiana da extinta União Soviética, retratada por seis fotógrafos de renome internacional, pode ser vista em uma exposição no Paço Imperial, no centro do Rio. Realizada em parceria com o Museu Oscar Niemeyer (MON), de Curitiba, a mostra "A União Soviética através da Câmera" reúne cerca de 200 imagens em preto e branco que documentam o período que vai de 1956, ano em que Nikita Khruschev denunciou os crimes cometidos por Josef Stalin, a 1991, quando o Estado soviético se dissolveu e as 15 repúblicas que o formavam se tornaram independentes.

Com curadoria de Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, a seleção de fotos enfatiza a estética do período, abordando temas de grande importância histórica para o entendimento do regime soviético, como educação, saúde, esporte, moda, juventude comunista, cultura, ciência e indústria. Os seis fotógrafos são Vladimir Lagrange, Leonid Lazarev, Vladimir Bogdanov, Yuri Krivonossov, Victor Akhlomov e Antanas Sutkus.

"Lagrange e Lazarev continuam na ativa, são nomes de referência na fotografia contemporânea russa. Krivonossov e Bogdanov são mais conhecidos pelo que fizeram na era soviética, trabalhando para publicações oficiais", explicou a curadora Maria Vragova, produtora cultural russa radicada no Brasil. Falecido este ano, Victor Akhlomov foi um dos mais famosos fotojornalistas da antiga União Soviética e da Rússia atual, premiado quatro vezes pelo World Press Photo e detentor do maior prêmio fotográfico de seu país, o Olho Dourado.

Já o lituano Antanas Sutkus é considerado um dos mais expressivos fotógrafos da atualidade, além de fundador de uma escola de fotografia que deu grande impulso a essa arte nos países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia). Antanas Sutkus foi o fundador da escola de fotografia na Lituânia, dando assim um grande impulso à fotografia em todos os países bálticos. Durante o período soviético, a maior parte da produção fotográfica de Sutkus foi logo para os arquivos, sem nem mesmo ser mostrada ao público.

"Sutkus guarda um acervo de mais de 1 milhão de negativos, produzidos entre os anos 50 [1950] e 90 [1990]. São fotos que ele não revelava porque sabia que seriam censuradas. Na exposição, temos algumas dessas imagens que não foram exibidas", disse Maria Vragova. Hoje, exposições por todo o mundo são consagradas à obra do fotógrafo lituano, que integra o acervo de museus prestigiados, como o Victoria e Albert Museum, de Londres; o Nicephore, de Nice (França); o Museu de Fotografia, de Helsinki; e o Instituto de Arte de Chicago.

A exposição fica em cartaz até 25 de fevereiro de 2018 e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 12 às 18 horas, com entrada franca. O Paço Imperial fica na Praça XV de Novembro, 48, no centro do Rio. (Agência Brasil)



Partituras online levarão música brasileira a todo mundo

December 14, 2017 17:30, par segundo clichê


A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lança, na quarta-feira, dia 20, o projeto Partituras Brasileiras – Songbook Internacional Online. O trabalho reúne partituras de música brasileira, em música popular, música erudita e bandas de música, que estarão disponíveis online nos portais do MinC e da Funarte, em versões em português, inglês, espanhol e francês.

O lançamento será às 12h30, no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, haverá apresentação dos artistas convidados: Silvério Pontes, Andrea Ernest Dias, Silvan Galvão e do Grupo Vocal Ordinarius, com ingresso a R$ 1.

Organizado pelo Centro da Música – responsável pela produção do conteúdo e organização geral –, o projeto tem a parceria do Departamento de Promoção Internacional do Ministério da Cultura (Deint/MinC), encarregado da editoração e distribuição. A seleção das partituras conta com a participação de importantes instituições de pesquisa musical do Brasil, além de dois especialistas, os professores e pesquisadores Paulo Aragão e Marcelo Jardim, para o trabalho técnico na organização das partituras selecionadas.

A proposta principal do projeto Partituras Brasileiras – Songbook Internacional Online é contribuir para a difusão internacional da música brasileira, nas modalidades popular, erudita e bandas de música, por meio da organização de partituras selecionadas pelo Centro da Música da Funarte (CEMUS), com apoio de diversos institutos de música da sociedade civil e do Departamento de Promoção Internacional do Ministério da Cultura (Deint/MinC).

Serão organizadas partituras de música brasileira divididas da seguinte maneira: 1) partituras para música popular; 2) partituras para música erudita; 3) partituras para bandas de música.

A seleção das partituras terá como critério o equilíbrio na distribuição entre os autores, a excelência estético-formal do repertório e a relevância da obra e dos autores para a criação musical brasileira.

Os textos e índices será apresentados em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês, com possibilidade de extensão para o mandarim e o alemão. O objetivo é abranger o máximo possível de países para fortalecer a internacionalização da música brasileira.

Serão selecionadas partituras das seguintes instituições: Academia Brasileira de Música, Instituto Moreira Salles, Sesc Nacional, Casa do Choro, Centro Cultural São Paulo, Instituto Piano Brasileiro e Instituto Musica Brasilis, entre outros, além do acervo da própria Funarte. Depois da primeira seleção, os professores e pesquisadores contratados farão a análise técnica de todo o material e organizarão as partituras pelas três áreas.

A organização geral ficará sob responsabilidade do Centro da Música da Funarte (CEMUS), que se pautará pela análise técnica dos professores e pesquisadores contratados. Após a seleção, o diretor do Centro de Música, junto com os coordenadores de música popular, música erudita e bandas de música e com o coordenador do projeto de pesquisa musical, fará a seleção final.



Festival de Música Contemporânea Brasileira seleciona 13 propostas

December 14, 2017 17:18, par segundo clichê


O Festival de Música Contemporânea Brasileira (FMCB), que chega à quinta edição em 2018, já tem os trabalhos selecionados entre as propostas enviadas por diversos profissionais da música de todo o país. Ao todo, foram selecionados 13 propostas de apresentações artísticas e comunicações orais que serão apresentadas durante o evento, de 20 a 24 de março de 2018, em Campinas. 

Os trabalhos selecionados pelo Comitê Científico são voltados às obras dos homenageados: o multi-instrumentista Egberto Gismonti e a ganhadora da medalha Villa-Lobos, Marisa Rezende (foto). O edital ficou aberto do dia 15 de setembro a 25 de novembro de 2017, foram enviadas 46 propostas específicas sobre o tema, 25 classificadas e dessas, 13 alcançaram as maiores pontuações e vão se apresentar no 5º FMCB. Os profissionais selecionados estão sendo contatados por e-mail e devem confirmar a participação para garantir seus lugares nesta edição. 

O Comitê Científico responsável pela seleção dos trabalhos foi composto por profissionais de instituições acadêmicas ligadas à música: Cristina Gerling (UFRGS), Daniel Luiz Barreiro (UFU), Fernando Rocha (UFMG), Ivan Vilela (USP), Liduino Pitombeira  (UFRJ), Luiz Costa-Lima Neto (Unirio), Maria Bernadete Povoas (Udesc), Pedro Huff (UFPE) e Zé Alexandre Carvalho (Unicamp), com coordenação de Thais Nicolau (Udesc). 

Com uma estrutura inovadora unindo pesquisa e performance, o festival se tornou um dos eventos culturais mais importantes da cidade de Campinas, reunindo músicos de todo o Brasil e do exterior em homenagem à música brasileira atual. Na edição de 2017 participaram 26 universidades, 240 cidades representadas e mais de 500 mil pessoas alcançadas, presencialmente e pelas redes sociais. 

Destaque no cenário musical nacional pelo ineditismo de sua estrutura, o FMCB proporciona uma visão global da obra dos homenageados por meio de apresentações complementares de pesquisa e performances, além da oportunidade de contato estreito com esses compositores que além de estarem presentes durante todo o evento, também apresentam suas próprias obras. 

Comunicações orais aprovadas 

Água e Vinho: a velha mestra e o jovem poeta -  Renato de Barros Pinto e Alexandre Fernandez Vaz

A Ginga de Marisa Rezende: processos composicionais em uma de suas obras para grupo de câmara - Potiguara C. Menezes 

A sonoridade de Egberto Gismonti no início de sua trajetória (1969-1977) -  Maria Beatriz Cyrino Moreira 

Do ensaio ao palco: A “gramática” musical de Mário de Andrade em Egberto Gismonti -  Renato de Sousa Porto Gilioli 

Mutações e contrastes em duas peças para piano de Marisa Rezende - Tadeu Moraes Taffarello 

Notas sobre a trajetória de Egberto Gismonti na ECM entre 1976 e 1995: interações, transculturalidade e identidade artística -  Fabiano Araújo Costa 

Ressonâncias e Miragem em casa e myths & visions: dois recitais de piano/performances interdisciplinares  -  Késia Decoté 

Apresentações artísticas 

A interpretação e o pianismo de Egberto Gismonti em sua obra “Sonhos de Recife - Cândida Borges 

Egberto encontra Villa  - Claudia Castelo Branco 

Egberto Gismonti para violão solo - Daniel Murray 

O Brasil de Egberto Gismonti: peças para violão solo - Eddy Andrade da Silva 

O clarinete na obra camerística de Marisa Rezende - Matteo Ricciardi 

Ponderações sobre a construção interpretativa da peça Contrastes de Marisa Rezende - Tatiana Dumas Macedo 

Mais informações: www.fmcb.com.br ou contato@fmcb.com.br



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