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Segundo Clichê

febrero 27, 2017 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

Filhos fazem show em homenagem a Jair Rodrigues

enero 28, 2019 9:41, por segundo clichê


O icônico cantor Jair Rodrigues será reverenciado em dois shows protagonizados pelos filhos Jair Oliveira e Luciana Mello, nos dias 5 e 6 de fevereiro, a partir das 21 horas, no Teatro NET, em São Paulo. O tributo dará início à série de ações em homenagem aos 80 anos de nascimento (6 de fevereiro de 1939) do patriarca da família Rodrigues em 2019, que incluem a produção de dois documentários inéditos. 

No repertório dos shows, os fãs vivenciarão releituras de clássicos e os últimos sucessos que ganharam vida por meio de marcantes interpretações de ‘Jairzão’. A canção ‘Disparada’ (1966), o samba ‘Tristeza’ (1996), o clássico sertanejo ‘Majestade e o Sabiá’ (1971) e o primeiro rap brasileiro ‘Deixa Isso Pra Lá’ (1960) são alguns deles. O intercâmbio entre as duas gerações de artistas na música é a marca registrada da família. Por isso, Jair Oliveira e Luciana Mello também levarão faixas de suas respectivas carreiras, que de certa forma também estejam relacionadas à história do pai para as apresentações.

“Homenagearemos esse grande artista que teve 55 anos de uma carreira sólida e muito bonita. Desde seu início como “crooner“ nas noites de São Paulo até sua consagração como um dos maiores intérpretes da música brasileira. Jair Rodrigues passeava com a mesma elegância, força e alegria pelo sertanejo, bossa nova, serestas e o samba. Vamos narrar e celebrar todas essas fases marcantes e características do legado de nosso pai”, comenta Jair Oliveira.

A dupla se apresentará acompanhada por banda formada por violões, cavaco, bateria, percussão, baixo e teclado. Os shows são uma realização da S de Samba e têm patrocínio exclusivo da HP. Sob o posicionamento institucional ‘Reinvente memórias’, a marca imprimirá fotos do cantor com impressoras com as tecnologias tanque de tintas, látex e cartucho que vão compor memórias de momentos icônicos da vida e carreira do homenageado.  

Luciana Mello explica que a série de homenagens pelos 80 anos de nascimento de Jair Rodrigues tem o objetivo de resgatar a obra do pai e levar sua música para todos os públicos, sejam eles contemporâneos ou a nova geração, que talvez não conheça tanto o legado de 55 anos do artista. Ela adianta que há dois documentários inéditos em produção que deverão chegar ao circuito comercial a partir do fim deste ano.

Produzido por Confeitaria de Cinema com direção de Rubens Rewald, ‘Deixa que Digam’ vai narrar as características marcantes de um dos mais importantes cantores da história da música brasileira. Do sorriso franco à alegria contagiante, do samba à MPB, do rap ao sertanejo, a obra mostrará a popularidade de um dos mais versáteis e anárquicos intérpretes brasileiros. O documentário encontra-se em fase de filmagens e inclui entrevistas de Jair Oliveira e Luciana Mello.

‘Jairzão – O Documentário’ pretende resgatar a trajetória do artista retratado, por meio do olhar dos filhos Luciana Mello e Jair Oliveira. O roteiro acompanhará as origens familiares desde Igarapava, no interior paulista onde nasceu, até a chegada à capital São Paulo, que culminou no sucesso pessoal e profissional. O documentário é uma coprodução da Santa Rita Filme e Cantarolar Produções com produção executiva de Marcelo Braga e direção de Alexandre Sorriso. Encontra-se em captação de recursos com início de filmagens previstas para o primeiro semestre deste ano.

Os ingressos para os dois shows de Jair Oliveira e Luciana Mello em comemoração aos 80 anos de Jair Rodrigues custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e já estão à venda na bilheteria do Teatro NET, pelo site www.ingressorapido.com.br e pelo aplicativo para dispositivos móveis do Ingresso Rápido.

Nascido em Igarapava, no interior paulista, Jair Rodrigues Oliveira teve diversas profissões antes de atingir a fama, como cantor, engraxate, mecânico e pedreiro. Iniciou a carreira musical como crooner na década de 1950 em São Carlos, no interior paulista, chegando a participar de festivais de calouros em rádios e, posteriormente, no início da década de 1960, em televisões da capital paulista. Já famoso, em 1964 apresentou o programa ‘O Fino da Bossa’ ao lado de Elis Regina, na TV Record e, em 1966, venceu o II Festival da Música Popular Brasileira com a canção ‘Disparada’. Gravou mais de 40 discos ao longo da carreira, sendo que seu primeiro LP ‘O samba como ele é’, de 1964, fez sucesso com o samba ‘O morro não tem vez’’, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. É considerado o primeiro rapper brasileiro pelos versos declamados de ‘Deixa isso pra Lá’, de 1960. Jair Rodrigues faleceu em 8 de maio de 2014, deixando para os fãs o seu último trabalho inédito na música produzido pelo filho, o CD duplo ‘Samba Mesmo’, lançado pela Som Livre.

Jair Oliveira, o Jairzinho, é o primogênito da família Rodrigues. Iniciou a carreira em 1980 aos 5 anos como apresentador e cantor da turma do ‘Balão Mágico’, programa transmitido pela TV Globo. Como músico solo, lançou cerca de sete discos, fez turnês pelo Brasil e fora do país, além de compor diversos sucessos e produzir trabalhos para alguns cantores da nova MPB, como Pedro Mariano, Wilson Simoninha e Max de Castro, bem como da própria irmã. Mantém o projeto infantil multiplataforma ‘Grandes Pequeninos’ ao lado da esposa, Tania Khalill, e as duas filhas. Atua também na publicidade, com produção de jingles e trilhas sonoras por meio da produtora S de Samba, em que é sócio. Atualmente, dedica-se à finalização de seu oitavo disco inédito da carreira, intitulado ‘Selfie’, gravado nos Estados Unidos.

Luciana Mello iniciou a carreira aos cinco anos de idade cantando com o pai a música ‘O Filho do Seu Menino’, do compositor Rildo Hora. Depois disso foram inúmeras participações em discos infantis, uma banda montada com o irmão Jair Oliveira nos anos 90 até gravar seu primeiro CD solo, intitulado Luciana Rodrigues” em 1996. Já são sete discos e vários singles de sucessos, como “Simples Desejo”, “Assim Que Se Faz”, “Olha Pra Mim” e “Prazer e Luz”. Acumula duetos com diversos nomes da música popular brasileira, como Emílio Santiago, Alcione, Sandra de Sá, Tom Zé, entre outros. Atualmente, se dedica ao projeto da roda de samba “Samba A 2” junto com Walmir Borges e à produção de show e DVD em comemoração aos seus 35 anos de carreira em 2019.

Serviço

Tributo a Jair Rodrigues
Teatro NET São Paulo – Shopping Vila Olímpia, 5º andar - Rua Olimpíadas, 360.
Apresentações: Dias 6 e 7 de fevereiro, terça e quarta-feira, às 21 horas
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos 
Ingressos:
R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) – Em todos os setores



Um acordeão passeia pela música cigana

enero 25, 2019 14:08, por segundo clichê


O acordeonista Marcelo Cigano, um dos mais conhecidos músicos do jazz manouche brasileiro, vai lançar, no dia 1º de fevereiro, sexta-feira, no Jazz nos Fundos (Rua Cardeal Arcoverde, 742, Pinheiros, São Paulo), seu disco "Riat Romani" - "Noite Cigana", no dialeto romani. O show, que começa às 22 horas, apresenta uma parceria inédita no país: uma banda de "gadjos" (não ciganos, em romani) e um músico cigano, fazendo um passeio musical pelos diferentes ritmos da música cigana, desde o jazz manouche (gênero criado pelo guitarrista Django Reinhardt nos anos 30 do século passado), até "kolos" da Sérvia, passando por valsas e a "lautareasca", gênero originário da Romênia.

Marcelo Cigano é, reconhecidamente, um dos maiores virtuoses brasileiros em seu instrumento. Ganhou diversos prêmios de acordeão, como o da Associação dos Acordeonistas do Brasil, em 2008, e o do 4º Festival Roland, em 2010. Ainda naquele ano, participou da 63ª Coupe Mundiale, se apresentando no estande da Roland ao Lado de Ludovic Beier. Desse encontro nasceu uma parceria que resultou em uma série de shows no Teatro Paiol, em Curitiba, em 2014. 

Entre shows e gravações, Marcelo já tocou com Joel Nascimento, Isaías Bueno, lsrael Bueno, Arismar do Espírito Santo, Guello, Oswaldinho do Acordeon, Ludovic Beier, Hermeto Pascoal, Thiago Espírito Santo, Lea Freire, Toninho Ferragutti, Nailor Proveta, François de Lima, Fábio Torres, Edu Ribeiro, Arthur Bonilla, Spok Frevo Orquestra, Robin Nolan, Paul Mehling, Jon Larsen, Tcha-Badjo, Fabio Peron, Fernando César, Luciano Magno, Bruno Migotto, Aquiles Moraes, Rui Alvim, Eduardo Neves, Marcio Bahia, Itiberê Zwarg, Ajuriña Zwarg, Vinicius Dorin, Rudolfo Bado, Dario Napoli, Walter Coronda e Eva Sur Seine, entre outros.

Marcelo é músico autodidata, nascido em uma família cigana da Sérvia. Começou a tocar com oito anos de Idade por influência de seu pai, também acordeonista. Transita com extrema tranquilidade entre diversos gêneros musicais - samba, choro, forró, jazz cigano, bossa nova, tango e a música dos Balcãs. Em 2014 lançou seu primeiro CD, intitulado "Influência do Jazz " (http://gramofone.com.br/produto/marcelo cigano), com direção musical de Oliver Pellet e participações especiais de Hermeto Pascoal, Toninho Ferragutti, Lea Freire e Thiago Espírito Santo, entre outros. Depois desse disco veio "Riat Romani", com repertório focado em suas origens, no jazz manouche e em músicas dos Balcãs. O disco foi foi gravado ao vivo com o grupo curitibano Jazz Cigano Quinteto, formado por
Vinícius Araújo, Djon Theo, Lucas Miranda, Wagner Bernet e Matheus Azevedo.

Atualmente, Marcelo prepara o repertório de seu terceiro disco. Entre as músicas que vão compô-lo estão "Pra Nós 2", de Hermeto Pascoal, e "El Cigano", de Ludovic Beier, ambas compostas em sua homenagem.

No show de lançamento de "Riat Romani", ele será acompanhado pelo Sampa Hot Jazz, formado por Israel Fogaça Jr. (violino), Cris Nunes (violão), George Condomitti (violão) e Franck Oberson (baixo).

Israel Fogaça Jr. é um músico que transita entre o meio erudito e o popular, tocou em várias orquestras e desenvolve o projeto Sampa Hot Jazz, uma homenagem ao Quintett du Hot Club de France, que tornou Django Reinhardt famoso mundialmente.

Cris Nunes atua como músico profissional há mais de 25 anos, tocou com vários artistas, como Pedro Mariano, Cauby Peixoto, Bocato, Izzy Gordon, Arismar do Espírito Santo, Nailor Proveta, Cuca Teixeira, Jamily e Silvinha Araújo, entre outros. Hoje, além de atuar como músico, se dedica ao trabalho de produtor/arranjador.

George Condomitti, admirador do estilo de Django Reinhardt, começou a tocar jazz manouche em 2008, o lado de Fernando Chuí e Guappo Sauerbeck nos projetos Samblues e Mambo Django, e com quem formou, em 2014, o grupo Alma Nouche.

Franck Oberson nasceu em Paris, começou os seus estudos musicais aos 14 anos no Conservatório de Montreuil tendo ido depois estudar no Conservatório de Paris. Participou de vários eventos e festivais com artistas internacionais. Chegou no Brasil em 1997 e continuou a tocar com alguns artistas renomados como Chico Pinheiro, Antonio Valdetaro e Dominguinhos.



Fundo de Quintal, Moacyr Luz e Nelson Rufino reinauguram Bar Samba

enero 23, 2019 17:31, por segundo clichê


Com motivos de sobra para comemorar 15 anos, o Bar Samba anuncia para o dia 2 de fevereiro, das 13 horas até à 1 hora da manhã, a festa que vai marcar um novo capítulo de uma grande história, a reinauguração da casa, na Rua Fradique Coutinho, 1.007, no bairro da Vila Madalena. Durante 12 horas o palco do bar receberá grandes nomes do samba, entre eles, o grupo Fundo de Quintal.

Poucos lugares em São Paulo guardam ao mesmo tempo a história da cidade e do gênero musical mais popular do Brasil. O Bar Samba se tornou desde 2004 o destino de muita gente bamba e dos amantes de boa música e da boa comida de boteco. Entrar no bar é penetrar num pedacinho da memória de muitos personagens ilustres, que estão estampados em fotos, ilustrações, pavilhões de escolas de samba e instrumentos musicais. Além, de um painel gigante (13 metros, na foto) de caricaturas que eterniza figuras como Cartola, Candeia, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, entre outros.

Muitas destas personalidades brilharam ao vivo no comando das tradicionais rodas de samba da casa, como Luiz Carlos da Vila, João Nogueira, Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone Lara e Wilson Moreira, que foram inseridos no painel nesta nova fase, junto com as caricaturas de personagens do cotidiano como o gari, o coletor de lixo, as baianas e as passistas.

O cardápio com as comidinhas de boteco oferece porções generosas de pastéis – misto carne, queijo e palmito (R$ 38,00 com 6 unidades); coxinha de frango (R$ 32,00 com 8 unidades); bolinhos de bacalhau (R$ 42,00 com 12 unidades);  filés na chapa – acompanha batatas cozidas, vinagrete, farofa e pão francês (R$ 89,00, picanha; R$ 68,00, frango ou calabresa); o  torresmo “melhor de São Paulo” (R$ 32,00), entre outros, e  manterá a deliciosa feijoada completa (R$ 89,00), servida aos sábados, durante a roda de samba. 

O dia 2 de fevereiro não foi escolhido à toa. Dia de Iemanjá, a deusa das águas salgadas, segundo a religiosidade afro-brasileira e divindade protetora dos pescadores, é também a protetora do Bar Samba. Nesta data, há 15 anos, os sócios devotos da rainha do mar iniciaram essa história.

Para marcar a data estão confirmados os shows de sambistas que fazem parte da história da casa e do samba. Os apresentadores da festa serão a jornalista Claudinha Alexandre e o ator Ailton Graça.

Programação

Fundo de Quintal – Com 40 anos de sucesso é, reconhecidamente, o grupo do gênero mais premiado e respeitado da história. No palco, Bira Presidente – que além de exímio pandeirista – é dono absoluto do samba no pé e junto com Sereno e Ubirany forma o trio pioneiro do Fundo de Quintal. Ademir Batera, o baterista sorriso, e ainda Marcio Alexandre e Junior Itaguaí, os dois novos integrantes.

Moacyr Luz - O carioca, comandante do Samba do Trabalhador, possui 12 CDs gravados. Na sua carreira de compositor, mais de 100 músicas gravadas por diferentes intérpretes da MPB, como, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Beth Carvalho, Leny Andrade, Gilberto Gil e Leila Pinheiro.

Nelson Rufino - Compositor requintado, suas melodias têm a levada baiana e suas letras encampam o universo carioca. Oriundo da Escola de Samba Filhos do Tororó, em 1965, compôs seu primeiro samba enredo "Portais da Bahia", com o qual a escola foi campeã. Sua primeira música gravada foi "Alerta mocidade", por Eliana Pittman, em 1970. Um ano depois, ganhou o primeiro festival de samba do Bloco Apaches do Tororó, com o samba "Blusão do ano passado". De lá pra cá, só sucessos. Suas músicas já foram interpretadas por Dominguinhos do Estácio, Grupo Batacotô, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Jorge Aragão, entre outros.

Grupo Sambabar - O Grupo Sambabar leva o nome da casa, pois tem em seu DNA o que denomina-se “samba de raiz”. Caracteriza-se como um encontro de músicos do eixo Rio -São Paulo, com experiência em acompanhar grandes nomes do samba, como Beth Carvalho, Grupo Fundo de Quintal e Seu Jorge. É formado por Koke Vai Vai (violão 7 cordas), Marcio Vanderley (cavaquinho), Bruno Parada (violão), Rodrigo dos Reis (flauta), Thiago Silva (pandeiro), Paulinho Sampagode (percussão geral), Nene Brown (percussão), Nailson Motta (percussão surdo), Leandro Costa (cantor).

Serviço

Festa de reinauguração - Bar Samba
Dia: 2/2
Hora: das 13h à 01h
Endereço: Rua Fradique Coutinho, 1.007 - Vila Madalena
Atrações: Fundo de Quintal, Nelson Rufino, Moacyr Luz e Grupo Sambabar. 
Apresentação: Claudinha Alexandre e Ailton Graça
Televendas e Reservas de mesas: (11) 95341-0198
Telefone: (11) 3819-4619
Preços - Dia 2/2 - Entrada: 1º lote até 23/01 - R$ 50,00. 2º lote até 30/01 -  R$ 80,00. 3º lote até 02/02: R$ 100,00. Camarotes - esgotados. Mesas: R$ 100,00 (capacidade para 4 pessoas. Poucas unidades disponíveis).
Cartões: Todos (não aceitamos Ticket Restaurante, Sodexo, Ticket Alimentação)
Estacionamento: não tem valet.
Acessibilidade: Rampa, elevador e banheiros
Funcionamento:
Quarta-feira - das 19h à 01h
Quinta-feira - das 19h à 02h
Sexta-feira - das 19h às 03h
Sábado- 13h às 19h (Feijoada com Grupo Sambabar) e 21h às 03h (Samba Ao Vivo)
Entrada: quarta - R$ 20,00; quinta: R$ 20,00 mulher e R$ 25,00 homem; sexta e sábado - R$ 35,00.
Capacidade: 250 pessoas



Música erudita invade Gramado

enero 23, 2019 10:24, por segundo clichê


O 5º Gramado in Concert – Festival Internacional de Música será realizado de 1º a 9 de fevereiro, no município gaúcho de Gramado, oferecendo uma intensa programação com o melhor da música erudita em concertos de orquestras, grupos de câmara e solistas com artistas nacionais e internacionais. O evento vai reunir cerca de 300 alunos do Brasil e de países como Uruguai, Argentina, Costa Rica e Chile em meio a atrações como concursos de composição erudita e de jovens solistas, grupos de câmara do Brasil e Peru, além da participação da Orquestra Sinfônica de Gramado e da Orquestra de Cordas da Universidade Federal de Minas Gerais. Estão confirmadas, também, a vinda de professores de países como a Hungria, França, Alemanha, Argentina, Chile e Coreia do Sul.

As quatro primeiras edições do Gramado in Concert foram promovidas pela Secretaria de Turismo de Gramado e agora, pela primeira vez, por meio da Secretaria de Cultura de Gramado. O secretário Allan John Lino, criador da Orquestra Sinfônica de Gramado e diretor-geral do festival nas quatro primeiras edições, destaca a concepção pedagógica do evento. “Trata-se de uma atividade cultural do município que destaca a qualificação musical”. Pelo quinto ano consecutivo a direção artística está a cargo do maestro Linus Lerner e a coordenação artística do maestro Leandro Libardi Serafim.

O evento vai proporcionar oficinas dos mais variados instrumentos e práticas orquestrais. Ao todo, são 300 vagas para alunos de música, brasileiros e estrangeiros, que participarão de 19 modalidades de oficinas e cinco práticas de grupo. O corpo docente conta com 29 professores e três pianistas acompanhadores de renome nacional e internacional, como solistas, músicos de grandes orquestras e professores universitários. 

O Gramado in Concert promove ainda, pela quarta vez consecutiva, o Concurso de Composição Erudita no intuito de incentivar a composição de novas obras sinfônicas e já selecionou a obra vencedora que será devidamente apresentada ao longo da programação. Destaque também para o 2º Concurso Jovens Solistas, que selecionou 15 talentos inscritos e vai premiar os três melhores.  

Nesta quinta edição, pela segunda vez, o evento lançou edital e selecionou três grupos de câmara residentes. No total serão oferecidas 12 bolsas integrais que serão divididas entre dois ou três grupos de câmara brasileiros ou internacionais inscritos e selecionados. Durante o evento estes grupos farão recitais, participarão de treinamento de música de câmara, de oficinas de instrumento e das práticas de orquestra, recebendo sem custos a inscrição no evento, a hospedagem e toda a alimentação durante os nove dias de evento.


A Secretaria da Cultura espera a participação de cerca de 100 mil pessoas, entre gramadenses e visitantes, nas mais de 40 atividades ao longo dos nove dias do evento. Cabe destacar que a programação é totalmente gratuita e estará disponível em breve no site gramadoinconcert.com.br



Literatura universal inspira primeiro CD de Rodrigo Marconi

enero 23, 2019 9:52, por segundo clichê


O  compositor e professor carioca Rodrigo Marconi escolheu algumas de suas dezenas de criações, que vieram a público nos principais festivais de música contemporânea do Brasil, para formar o seu primeiro CD, intitulado "Correspondência", que acaba de ser lançado. O álbum, de produção independente, foi gravado e mixado na A Casa Estúdio (RJ), tem distribuição nacional pela Tratore, e reúne 6 obras, divididas em 15 faixas.

O título do disco registra o diálogo de sua obra com as mais variadas expressões artísticas. “No campo das artes, correspondência significa, acima de tudo, diálogo. Diálogo que nas minhas composições atravessa o fantástico universo do poeta português Fernando Pessoa e seus heterônimos, a leitura de mundo do semiólogo francês Roland Barthes, a postura política e artística do teatrólogo e poeta Berthold Brecht, e uma infinidade de outras referências que interferem, contaminam e potencializam a minha música”, ressalta Marconi, que complementa: “Nesse sentido, a pintura, o cinema, a fotografia e, principalmente, o teatro, a literatura e a própria música fornecem um campo fértil de intercâmbio e de inspiração para as composições do CD, onde a intertextualidade é a motivação, o ponto de partida e de chegada e a forma que encontrei de me corresponder com o mundo.”

Escrita para flauta, clarinete e vibrafone, “Golpes de Pequenas Solidões” é inspirada pela percepção e leitura de mundo de Roland Barthes (1915-1980), pois afinal, segundo ele próprio, "a vida é assim, feita a golpes de pequenas solidões". Na peça, os três instrumentos ora são apresentados só, introspectivos e reflexivos, cada um com sua essência e discurso, ora tocando em conjunto, dialogando, “ (con)vivendo, (co)existindo, (co)habitando, construindo, afetando e sendo afetado pelo outro. Solidões... solidão... só... ou como preferia Guimarães Rosa, solistência, a solidão da existência de tudo que está vivo”, diz o compositor. 

Em “Impropérios”, escrita para vibrafone, brilha a execução de Joaquim “Zito” Abreu, em cinco pequenas peças. A música busca ressaltar uma dicotomia intrínseca na palavra “impropérios”: ao mesmo tempo que significa um discurso ofensivo, injurioso, desrespeitoso, é também uma antífona da liturgia católica cantado durante a semana santa (hinos de louvor). Toda sua inspiração para a sua criação se baseia no extremo dessa dicotomia, onde o profano e o sagrado, o conflito e a comunhão, o terrestre e o divino se conectam através da mais corriqueira e cotidiana forma de expressão: a palavra.

O duo de flauta (Reinaldo Pacheco) e clarinete (Moisés Santos) dá cor a “Canções Para os Dias de Sol ou de Chuva”, escrita em três movimentos especialmente para os próprios intérpretes, amigos de Marconi. “A peça tem como objetivo contemplar o dia a dia, as pequenas coisas, a simplicidade de ser e estar vivo”, diz o autor. A partir do violão de Fábio Adour, os três movimentos de “Brechtianas” representam uma singela homenagem a um dos mais importantes artistas do século XX, o poeta, dramaturgo e encenador alemão Berthold Brecht (1898 – 1956), que com sua produção e postura perante a arte e a vida influenciou o teatro contemporâneo, tornando-se imprescindível. Ao mesmo tempo, faz referência às “Bachianas”, a obra-prima escrita por Villa-Lobos em homenagem e devoção a Johann Sebastian Bach.

O piano de Ronal Silveira nos dois movimentos de "No Bosque dos Espelhos" realça o convite do ouvinte a um passeio nos labirintos do seu próprio ser. A "egotrip", como conceitua Marconi, busca mostrar que é exatamente dentro desse bosque "que se escondem vários mistérios, perigos, desafios, segredos, nossas expectativas mais íntimas, experiências e os conhecimentos mais profundos”. É no bosque dos espelhos que nos colocamos em contato com o mundo interior, onde Narciso se auto-contemplava ou onde Alice, por meio da pena de Lewis Carroll, se questionava: “Esse deve ser o bosque”, disse pensativamente, “em que as coisas não têm nomes. O que será que vai ser do meu nome quando eu entrar nele?”

O disco chega ao fim reunindo flauta (Reinaldo Pacheco), clarinete (Cesar Bonan), violino (Angelo Martins), violoncelo (Luciano Corrêa) e piano (Mateus Araujo) em "Às Várias Pessoas de Fernando", uma referência ao célebre poeta português Fernando Pessoa. “O que sempre me fascinou na vida e na obra de Pessoa foi sua relação com seus diversos heterônimos. Muito mais que um pseudônimo, os heterônimos vivem, carregam consigo suas experiências, seus dilemas, sua história. E todos eles, repletos de significações e significados, de desejos e realizações explodiam (ou implodiam, quem sabe) dentro do limite de apenas um corpo físico.” Nessa composição, o autor imaginou todos esses seres (con)vivendo dentro de um só ser, com suas relações e conflitos, seus diálogos prováveis e improváveis, suas limitações espaciais e mentais.

Rodrigo Marconi

Compositor, musicólogo e professor carioca, Rodrigo Marconi iniciou-se na música aos 12 anos e aos 18 anos já trabalhava em composições para teatro e cinema. Seu ingresso na música de concerto ocorreu em 2008, com sua primeira participação no Panorama da Música Brasileira Atual, da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bacharel em composição musical pela Universidade Estácio de Sá, teve a oportunidade de estudar com os compositores Guilherme Bauer, João Guilherme Ripper e Tato Taborda. Licenciado em educação artística com habilitação em música pelo Conservatório Brasileiro de Música é mestre em musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Suas obras foram tocadas em importantes festivais como a 18ª e 22ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, os Panoramas da Música Brasileira Atual (UFRJ), o Festival Babel (Porto Alegre), nas séries Musimac (USP), CBM Experimental, Festival Compositores de Hoje, Série Tendências (UFRJ) e Série Compositores (Uni-Rio) entre outras.

Foi um dos compositores contemplados com o Prêmio Funarte de Música Clássica 2016, com o trio “O Despertar da Intratável Realidade”, para violino, violoncelo e piano, obra que teve sua estreia na 22ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea (2017). Atualmente, leciona na Escola Estadual de Teatro Martins Penna e na graduação do Conservatório Brasileiro de Música.

Para ouvir ou comprar:

https://www.deezer.com/br/album/79897172

https://itunes.apple.com/br/album/correspond%C3%AAncias/1444486633?app=music&ign-mpt=uo%3D4

https://open.spotify.com/album/7u9Vb1ph9CldbeVELgF9p5

www.rodrigomarconi.com





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