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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Festival vai premiar novos instrumentistas

May 17, 2018 9:24, by segundo clichê


O Samsung E-Festival Instrumental, evento que investe na revelação de novos artistas instrumentais, já está com as inscrições abertas. Artistas solo ou bandas com até cinco membros maiores de 18 anos podem acessar o site da inciativa e se inscrever até 15 de agosto. O projeto compõe uma das atividades previstas no calendário 2018 da plataforma Samsung Conecta, que tem por objetivo oferecer experiências únicas na música e no esporte, gerando inclusão, oportunidades e acessibilidade aos consumidores brasileiros.

Como nas últimas edições, neste ano o vencedor do Samsung E-Festival terá a oportunidade de se apresentar ao lado de um consagrado artista do rock nacional, além de realizar um bate-papo musical com o curador, gravar um single com divulgação nacional e ainda levar um prêmio de R$ 30 mil para alavancar a carreira. As apresentações do concurso ocorrem em São Paulo e em Porto Alegre, durante o mês de novembro.

"A Samsung tem o prazer de convidar todos os músicos instrumentais a se inscreverem no concurso, que é um incentivo para que busquem os seus sonhos. Desde 2014 temos contribuído para alavancar a carreira de muitas pessoas na música, o que nos enche de orgulho e nos inspira a continuar com nossas iniciativas", diz Andréa Mello, diretora de Marketing Corporativo e Consumer Electronics da Samsung Brasil.


Nos quatro últimos anos, Lari Basílio (2014), a banda Urbem (2015), Sérgio Carvalho (2016) e Fernando Molinari Trio (2017) foram os vencedores do Samsung E-Festival Instrumental.


Lari Basílio, selecionada entre centenas de participantes, com carreira solo iniciada em 2012, venceu pelo voto popular a edição de 2014. Nascida em 1988, em São Paulo, Lari é guitarrista por vocação e desde criança já demonstrava grande amor e interesse pela música. Atualmente ela se destaca no cenário musical, onde ganhou visibilidade a partir da vitória do Samsung E-Festival, pela técnica e versatilidade, sempre inovando com seu estilo particular.


A banda Urbem, que surpreendeu a curadoria e jurados do Samsung E-Festival Instrumental em 2015, diz que a vitória abriu caminhos. "Trouxe reconhecimento que há tempos buscávamos", ressalta Bianca Bacha, vocalista e instrumentista da banda, lembrando que já "fechou com um selo americano com base na Itália, que se chama Odradek Jazz, que gravou o primeiro disco em abril do ano passado".


Vencedor de 2016 do Samsung E-Festival Instrumental, Sérgio Carvalho diz ter sido uma experiência maravilhosa "pela oportunidade de conhecer as pessoas envolvidas, a produção e toda a estrutura do festival".


Para Fernando Molinari (foto), vencedor do concurso no ano passado e líder do Fernando Molinari trio, o projeto é uma oportunidade valiosa. "Ter a oportunidade de mostrar nosso trabalho como compositores e poder dividir esse processo com o Ruriá Duprat, curador do projeto, e toda a equipe era algo muito valioso para nós. Por isso, compusemos uma música especialmente para a gravação do nosso single, pois gostaríamos de mostrar um outro lado do nosso trabalho, já que havíamos vencido o festival com algo mais pesado e agressivo", conta.


Mais informações sobre o Samsung E-Festival Instrumental estão disponíveis no site http://www.efestivalinstrumental.com.br/.



Bienal de Arte Naïf vai expor 155 obras

May 16, 2018 9:31, by segundo clichê


Com 1.164 obras recebidas e inscritas de 583 artistas provenientes de 24 Estados brasileiros, a 14ª Bienal Naïfs do Brasil, promovida pelo Sesc Piracicaba, chega à conclusão da etapa de seleção e premiação.

A Comissão de Seleção e Curadoria, formada por Armando Queiroz, Juliana Okuda e Ricardo Resende, foi responsável por elencar as obras, e o Júri de Premiação, composto por Armando Queiroz, Fabiana Delboni e Moacir dos Anjos, atribuiu os quatro prêmios de Destaque-Aquisição (Toninho Guimarães, Ronaldo Torres, Rosângela Politano e Sebá Neto), cinco de Incentivo (Alex Benedito dos Santos, Arivanio Alves, Danbeco, Diego Carvalho de Paula e Matheus Souza) e quatro Menções Especiais (Alan Rodrigo, Calderari, Gustavo Ansia e Marcos Akasaki).

Fazem parte desta edição, 155 obras de 85 artistas, sendo que 48 deles tiveram duas obras escolhidas, representando total de 22 Estados do Brasil. Entre os trabalhos desenvolvidos nas obras selecionadas estão pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, bordados e vídeo, entre outras.

Com relação à edição de 2016, o Sesc Piracicaba teve cerca de 25% a mais de artistas interessados em participar, sendo 2% obras provenientes da Região Norte, 11% do Nordeste, 9% do Centro-Oeste, 71% do Sudeste e 7% do Sul do país.

Realizada pelo Sesc São Paulo desde 1992, na unidade de Piracicaba, a Bienal Naïfs do Brasil foi criada com o intuito de privilegiar a participação de artistas cujas obras revelam a produção de arte ingênua, espontânea, instintiva, popular, naïf ou naïve, concebidas, em sua maioria, de forma autodidata. A edição de 2018 tem abertura prevista para o dia 17 de agosto.



Prêmio Jabuti chega aos 60 anos e dará R$ 100 mil ao livro do ano

May 15, 2018 15:14, by segundo clichê


O Prêmio Jabuti comemora 60 anos em 2018. A maior premiação literária do Brasil está com as inscrições abertas para todas as categorias a partir desta terça-feira, 15 de maio. Os candidatos têm até 28 de junho para realizar as inscrições.

Entre as novidades anunciadas pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), realizadora do Jabuti, estão uma nova categoria, dedicada a ações de incentivo à leitura; e inscrições diferenciadas e mais acessíveis para os autores independentes, dentro do processo de democratização e inclusão do Prêmio Jabuti. Os finalistas de cada categoria serão anunciados pela CBL e a premiação ocorrerá no dia 8 de novembro, às 19 horas no Auditório do Ibirapuera.

O objetivo do Prêmio é incentivar a leitura entre os brasileiros e, nesse sentido, foi criada uma nova categoria que vai premiar ações, projetos e iniciativas que despertem e sustentem o interesse pela leitura, categoria denominada “Formação de Novos Leitores”. Em paralelo, os autores independentes ganham com as mudanças, não só pelo anúncio de uma inscrição mais barata exclusiva para quem não tem editora, mas também por que a entrega dos livros passa a ser realizada em formato digital (PDF), com exceção de algumas categorias técnicas, o que vai baratear o processo também para as editoras.

“Estamos atentos à evolução do mercado e consideramos ser muito importante atualizar a premiação para torná-la ainda mais democrática, ágil e inclusiva, prestigiando o mercado e aproximando-a do leitor. Mais do que nunca, nosso foco está voltado ao público final, em busca do nosso grande objetivo, que é a disseminação da leitura entre os brasileiros”, explica o presidente da CBL, Luís Antonio Torelli.

As categorias do Prêmio Jabuti foram reorganizadas em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Inovação e Livro. As categorias foram racionalizadas e qualificadas para que o Prêmio seja ainda mais abrangente e, dentro desse processo, foi criado o eixo “Ensaios”, substituindo os gêneros específicos. O livro físico, como objeto, também passa a ser mais valorizado neste processo, uma vez que um dos eixos, o “Livro”, é dedicado apenas a premiações que envolvem o produto físico, como “Projeto Gráfico”, “Capa”, “Ilustração” e “Impressão”, novidade que avaliará a qualidade do acabamento da obra. Para as categorias deste eixo, será necessária a entrega do livro físico. Para as demais, apenas em PDF.

Para prestigiar ainda mais os primeiros colocados de cada categoria, a partir de 2018 o Jabuti passa a ter somente um vencedor por categoria. E, por fim, haverá um grande vencedor (Livro do Ano) do Prêmio Jabuti, que poderá ser tanto de Ficção quanto de Não Ficção. Concorrem ao “Livro do Ano” todos os livros vencedores das categorias dos eixos “Ensaios” e “Literatura”.
 

Depois da avaliação dos jurados, a CBL fará o anúncio dos dez finalistas de cada categoria e os primeiros colocados em cada categoria serão revelados somente no dia da cerimônia de premiação. Apenas a auditoria Ecovis Pemon terá acesso aos finalistas antes do anúncio. Os prêmios em dinheiro agora são maiores: R$ 100.000 ao “Livro do Ano” e R$ 5.000 ao ganhador de cada categoria individual. Os valores são entregues ao autor juntamente com a estatueta e a editora também recebe uma estatueta. No caso de mais de um autor, o prêmio em dinheiro é dividido igualmente entre eles.

Novidade da edição de 2017 do Prêmio, a categoria de “Histórias em Quadrinhos” foi mantida no formato do Prêmio e faz parte do eixo “Literatura”, junto a outras seis categorias: “Romance”, “Poesia”, “Conto”, “Crônica”, “Infantil e Juvenil”, “Tradução”. 

O Conselho Curador é liderado pelo curador Luiz Armando Bagolin, filósofo, docente da Universidade de São Paulo e diretor da Biblioteca Mário de Andrade entre 2013 e 2016. Os quatro conselheiros são: Mariana Mendes, Tarcila Lucena, Pedro Almeida e Jair Marcatti. Cada categoria contará com três jurados responsáveis pela avaliação das obras. Os jurados poderão ser indicados pelo mercado editorial e a validação deles é feita pelo Conselho Curador.

Confira o novo formato do Prêmio Jabuti


Eixo Literatura: Romance, Poesia, Conto, Crônica, Infantil e Juvenil, Tradução e HQ.
Eixo Ensaios: Biografia, Humanidades, Ciências, Artes e Economia Criativa.
Eixo Livro: Projeto Gráfico, Capa, Ilustração e Impressão.
Eixo Inovação: Formação de novos leitores e Livro Brasileiro Publicado no Exterior.
Valor das inscrições:
R$ 285,00 para associados da CBL.
R$ 327,00 para autor independente, ou seja, autor (Pessoa Física) que se autopublica e não está abrigado por nenhum selo de editora ou quaisquer Pessoas Jurídicas.
R$ 370,00 para associados de entidades congêneres.
R$ 430,00 para não associados.
Em caso de coleção, os valores são: R$ 440,00 para associados da CBL; R$ 457,00 para autor independente; R$ 475,00 para associados de entidades congêneres; e R$ 515,00 para não associados.
Premiações:
Além do valor em dinheiro, todos os vencedores recebem a estatueta do Prêmio Jabuti.
Grande Prêmio Jabuti: R$ 100.000.
Categorias em cada um dos quatro eixos: R$ 5.000.



Megaexposição de Durval Pereira vai rodar o país

May 14, 2018 17:22, by segundo clichê


Uma exposição sobre Durval Pereira, um dos maiores pintores impressionistas e paisagistas do país, está rodando o país. A mostra já passou por Recife e agora está em Ouro Preto, onde fica até o dia 30 de junho, antes de ir para São Paulo e Brasília. A Exposição Sesi Durval Pereira - Impressões Brasileiras/100 anos, é a mais significativa já montada sobre a vida e a obra desse artista que ganhou vários prêmios internacionais e nacionais. São cerca de 220 telas reunindo a experiência artística do paulista e sua importância para a arte brasileira. O evento, gratuito, é uma realização do Instituto Origami e tem o patrocínio do Sesi.

A curadoria da exposição ficou a cargo do arquiteto e pesquisador Lut Cerqueira. “A mostra é muito mais do que um resgate da memória de Durval Pereira, ou da sua obra e do seu reconhecimento como um dos maiores artistas brasileiros do Século XX.  É o caminho, dentre tantos que o artista percorreu pelo Brasil afora, de reaproximá-lo daquilo que ele mais amava: o público apreciador da verdadeira arte”, observa.


Com mais de 25 anos de experiência profissional, Cerqueira passou mais de dois anos mergulhado na obra de Durval Pereira. Seu desafio era trazer à tona a obra de um artista premiado, mas que foi praticamente esquecido após sua morte, em fevereiro de 1984. “São mais de 30 anos de um quase completo esquecimento. Então, aproveitamos o centenário de nascimento dele para reapresentá-lo ao público”, diz.

A exposição em Ouro Preto se encerra no dia 30 de junho, quatro dias depois do centenário de Durval Pereira, que nasceu em São Pulo no dia 26 de junho de 1918. " É uma feliz coincidência estarmos em Ouro Preto nessa data tão significativa", comemora Lut Cerqueira.  A exposição é mais uma forma de homenagear esse extraordinário pintor considerado  o maior artista plástico brasileiro do século XX.


Ao longo de sua trajetória, Pereira foi reconhecido e premiado pela crítica mundial como um dos principais impressionistas contemporâneos e um dos maiores paisagistas de todos os tempos. Em 1983, conquistou o primeiro prêmio da III Biennale Mondiale des Métiers D’Art, em Nice (França). Foi presença constante nos melhores Salões de Arte do mundo e muitas de suas telas podem ser encontradas em acervos da Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, África do Sul e países da América Latina. No Museu dos Independentes, na França, está ao lado de nomes consagrados, como Manet, Gauguin, Toulousse-Lautrec, Matisse, Van Gogh, Cézanne e Degas. No Brasil, participou de inúmeras exposições e sua obra também faz parte de importantes coleções de edifícios públicos brasileiros (Palácio da Alvorada e do Itamaraty, por exemplo), além de acervos particulares.


O pintor paulistano tinha paixão por Ouro Preto e se inspirou por diversas vezes na arquitetura histórica da cidade. Ele costumava dizer que cada vez que ia a Ouro Preto, encontrava novos motivos e novas alegrias. As viagens ao interior de Minas Gerais começaram ainda no início de sua carreira como pintor, na década de 1940. Pereira admirava o estilo colonial de cidades mineiras como Mariana, Diamantina, Tiradentes e São João Del Rey.

As viagens por Minas Gerais duravam no mínimo uma semana e o percurso era feito de ônibus, com grupos de artistas e até mesmo sozinho. Geralmente as telas eram pintadas in loco, sobre seu cavalete, sempre observado pelos curiosos que se surpreendiam com sua habilidade e rapidez em retratar os cenários. Foi também nessa época que Durval começou a pintar suas famosas “manchinhas”, quadros pequenos que utilizava como rascunhos para posteriormente, de volta ao ateliê em São Paulo, serem reproduzidos em tamanhos maiores.


Os cerca de 220 quadros serão expostos em quatro lugares no centro histórico de Ouro Preto: Casa dos Contos, Anexo do Museu da Inconfidência, Grêmio Literário Tristão de Ataíde e Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG. A ideia é que o visitante passeie pela cidade reconhecendo as paisagens que inspiraram Durval Pereira. É a primeira vez na história de Ouro Preto que um mesmo artista ocupará, simultaneamente, quatro dos mais importantes espaços expositivos da cidade.


"A paixão de Durval Pereira por Ouro Preto era tamanha, que desde o início do projeto não conseguíamos imaginar a sua realização em terras mineiras, senão ali. Tivemos grandes dificuldades em relação ao tamanho dos espaços expositivos da cidade, que são reduzidos, em relação ao de outras praças por onde iremos excursionar, mas conseguimos viabilizar a exposição", explica o curador.


A mostra apresenta as diversas fases e temáticas das pinturas de Durval, como casarios, paisagens, retratos, naturezas-mortas, entre raros exemplares de abstrações produzidos a partir da década de 1970. Além da obra física, os visitantes também irão conhecer a vida e história do artista, e poderão fazer um passeio virtual por dentro das telas, com interatividade e experiência em 3-D.
 

CASARIOS - A expedição pelo universo de Durval Pereira começa pelos tons de ocre, do amarelo esmaecido aos laranjas intensos, que se destacavam na mais constante temática de sua obra: os casarios das cidades coloniais mineiras e também ao Sul do Brasil, onde obras importantes retratam as ruínas das igrejas jesuítas das Missões, no Rio Grande do Sul.

A partir da década de 1970, Durval encontrou um novo cenário dentro da temática dos casarios: a Favela do Buraco Quente, que ficava perto de sua casa, na Mooca. Os quadros retratavam, com a mesma força dos espatulados e um colorido ainda mais inusitado, a vida simples e a estrutura frágil deste ambiente tipicamente brasileiro.


LITORAL - As viagens de Durval Pereira seguem rumo ao litoral brasileiro. Nas marinhas e paisagens litorâneas acontece a explosão dos azuis, resultado de intenso trabalho de pesquisa e conhecimento das técnicas de mesclagem de cores. Suas marinhas se tornaram inconfundíveis pela sensação de movimento, pela intensidade cromática e experiências sensoriais que são capazes de transmitir.

As paisagens mais constantes eram de cidades do litoral paulista, como Santos e Itanhaém, onde costumava passar finais de semana. Também existem obras pintadas em Itapema, no estado de Santa Catarina, praias do litoral fluminense e do Nordeste, em especial, as que retratam cenas de jangadas e puxadas de rede. Do exterior, há paisagens litorâneas de Cascais, em Portugal.


Além desses “rascunhos”, em todas as viagens, seja qual fosse o destino ou os cenários a serem pintados, Durval voltava sempre com centenas de fotos, a ponto de ter percebido a necessidade de aprender a revelar os filmes e montar um estúdio de revelação em casa. Esses registros fotográficos eram utilizados como referências para as telas, sendo que havia uma total licença criativa na concepção das paisagens, com a inserção e exclusão de elementos, distorção de perspectivas e alterações significativas no próprio objeto a ser pintado.


NAUFRÁGIOS - Durval Pereira tinha interesse especial por naufrágios. Então, não era raro que embarcações ancoradas no porto, na beira da praia, fossem recriadas como encalhadas ou navios abandonados. Também observa- se a nítida preferência por cenas do entardecer, crepusculares, em dias cinzentos e com mar agitado, em vez de cenas solares, como poderiam ser originalmente as paisagens.


A bordo do seu Ford Landau, quando partia pela estrada caminho das cidades mineiras e do litoral brasileiro (destinos mais constantes) em busca de inspiração e novos cenários para suas telas, o contato com diversos tipos de paisagens e personagens rurais ao longo de cada percurso era inevitável.  Esses ambientes eram ainda mais bucólicos que as marinhas e casarios, traduzindo a vida e o trabalho do homem do campo. Os diversos matizes de verde aqui ganham força nas telas de Durval, sendo que, na maioria das vezes, as cenas pintadas eram de casebres avistados ao longo do caminho ou das próprias paisagens montanhosas. Assim, era constante a presença de personagens característicos da zona rural, em sua lida diária - gente simples, lavradores com feixes de lenha, lavadeiras à beira do rio, tropeiros e boiadeiros, uma paixão especial.


Além de percorrer grande parte do interior de Minas e São Paulo, onde as montanhas dominavam o horizonte, Durval chegou também ao Mato Grosso, cujas paisagens eram grandes planícies e campos abertos. Tambaú, cidade próxima a Ribeirão Preto, era uma das suas paradas preferidas, a caminho do Centro-Oeste.


Apesar da paixão por Ouro Preto e seus casarios históricos, ou da força sensorial e pictórica de suas marinhas, são as boiadas, carros-de-boi e boiadeiros, talvez, os trabalhos mais premiados de Durval Pereira. São peças de destaque dentro do acervo de sua obra e algumas das telas mais aclamadas pela crítica.

Os tons vibrantes e uma explosão intensa de cores surgem nas mesas fartas e coloridas das naturezas-mortas de Durval Pereira. Nas generosas talhadas de abóbora, verduras, frutas, peixes e tachos de cobre, assim como em exuberantes arranjos orais, sempre com pinceladas fortes, densas, mas, ao mesmo tempo, de uma suavidade que surpreendem o espectador.


As cenas, principalmente florais, eram geralmente montados em sua própria casa, com objetos encontrados ali mesmo. Não é difícil identificar, nas obras de natureza-morta do acervo, vasos que se repetem, arranjos de flores que foram rearrumados, o que só evidencia a habilidade criativa de Durval Pereira, pois resultam em obras únicas e completamente distintas, umas das outras.


Durval Pereira foi, sem dúvida alguma, um artista fora de seu tempo. Um Impressionista legítimo e aclamado pela crítica mundial, e, posteriormente, expressionista, numa época em que o mercado de arte tinha seus olhos voltados para o abstracionismo.
 

Serviço
Ouro Preto


De 4 de maio a 30 de junho de 2018
Casa dos Contos de Ouro Preto
Rua São José, 12
Terça a sábado, das 10h às 16h45.
Domingos e feriados, das 10h às 14h45.
Anexo do Museu da Inconfidência
Praça Tiradentes, 139
Terça a domingo, das 10h às 17h30.
Grêmio Literário Tristão de Ataíde
Rua Paraná, 136
Segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 18h.
Sábados - 9h às 12h.
Centro de Cultural e Turístico do Sistema FIEMG
Praça Tiradentes, 4
Segunda a sexta, das 9h às 19h.
Site da Exposição:
www.expodurvalpereira.com
Fanpage:
facebook.com/expodurvalpereira



Não fala com pobre, não dá mão a preto, não carrega embrulho

May 14, 2018 9:41, by segundo clichê


Carlos Motta

"A Banca do Distinto" é um dos mais conhecidos sambas de Billy Blanco, paraense que se formou em arquitetura no Rio, mas que depois viu que seu negócio era outro: compôs cerca de 500 músicas, 300 das quais gravadas pelos maiores nomes da MPB: Dick Farney, Lúcio Alves, João Gilberto, Dolores Duran, Sílvio Caldas, Nora Ney, Jamelão, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Os Cariocas, Pery Ribeiro, Miltinho, Elis Regina, Hebe Camargo...

Entre seus sucessos destacam-se "Sinfonia Paulistana", "Tereza da Praia", "O Morro", "Estatuto da Gafieira", "Mocinho Bonito", "Samba Triste", "Viva meu Samba", "Samba de Morro", "Pra Variar", "Sinfonia do Rio de Janeiro" e "Canto Livre". "Sinfonia do Rio de Janeiro" é composta por dez canções, escritas em parceria com Tom Jobim, em 1960.


"A Banca do Distinto" tem uma história interessante. Foi composta a pedido da então namorada Dolores Duran, talentosíssima cantora e compositora morta precocemente, aos 29 anos. Dolores estava incomodada com um cliente da boate em que ela cantava, nos anos 50, no famoso Beco das Garrafas, no Rio. O sujeito ia todas as noites ao seu show, sentava-se na primeira fileira de mesas, mas sempre de costas para o palco. Não dirigia uma única palavra a ela. E sempre pedia uma música. Chamava um garçom, dava a ele um bilhete e dizia: “Manda a neguinha cantar essa música aqui.”


No meio da madrugada, ia embora, levando um embrulho com a refeição que encomendava. Mas não o carregava: pedia que o garçom o levasse até o seu carro.
Dolores, inconformada com a atitude do indivíduo, contou a história a Billy que, sem mais, compôs o samba “A Banca do Distinto”. Dolores então se vingou: cantou o samba para o “doutor”, que depois disso sumiu da boate.


"A Banca do Distinto" foi gravado em 1959 pela própria Dolores, e posteriormente por Isaurinha Garcia, Elza Soares, Neusa Maria, Dóris Monteiro, Elis Regina e Jair Rodrigues, entre outros. 

Como este é o país dos "doutores", gente de bem que não fala com pobre, não dá mão a preto, nem carrega embrulho, a música continua atualíssima.

https://www.youtube.com/watch?v=mZNp3p5X1UI

Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal



Motta

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