Go to the content

Motta

Full screen

Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Nova política de conteúdo local vai provocar demissões em massa

March 30, 2017 22:11, by segundo clichê


A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) reforçou nesta quinta-feira (30/3) na Câmara dos Deputados, em Brasília, seu posicionamento contrário à política de conteúdo nacional definida pelo governo federal. Na oportunidade, a entidade voltou a defender que o governo reveja as regras a fim de auxiliar a retomada da produção industrial e geração de empregos.

A resistência da FNE, entidade representativa de 500 mil engenheiros em todo o país e de vários sindicatos, associações patronais e ligadas aos trabalhadores, em relação à nova política de conteúdo nacional foi manifestada durante reunião da comissão geral realizada no plenário da Câmara Federal para debater as novas regras de conteúdo local para petróleo e gás.


A FNE foi representada pelo consultor Artur Araújo que expôs, na tribuna do plenário da Casa, a perda da oportunidade de novo ciclo de desenvolvimento e risco de demissão maciça de engenheiros e de trabalhadores. "Ou o governo modifica essa política e retoma os percentuais anteriores de conteúdo local ou o país abandonará uma rota de desenvolvimento do valor agregado" afirmou Araújo. 

Em fevereiro, o governo federal definiu uma nova política de conteúdo local reduzindo os percentuais mínimos exigidos. Foi decidido que para a área marítima (atividade que concentra a exploração e produção de petróleo no Brasil) os percentuais mínimos de conteúdo local serão de 25% para a construção de poços e de 18% na atividade de exploração.

A FNE vem ressaltando que esses percentuais são baixos e que a mudança prejudicará o setor industrial nacional, impedindo os fabricantes brasileiros se tornem fornecedores os segmentos de petróleo e gás e naval - decisão que é vista como retrocesso na área da engenharia, tecnologia e inovação.

A federação destaca que essa definição vai na contramão de um contexto que requer a retomada da atividade industrial e estímulos à geração de vagas de trabalho após dois anos de grave recessão. "A estimativa da FNE é que essa política custará, em nossa categoria, 5 mil empregos. E estamos falando de 5 mil empregos dos mais categorizados, 5 mil fontes de conhecimento", enfatizou.

O alerta sobre o risco de demissão foi feito também por outras entidades representativas da classe trabalhadora a exemplo dos petroleiros e metalúrgicos e trabalhadores da indústria naval.

Representantes do setor produtivo também firmaram posição na reunião da Comissão Geral expondo a contrariedade dos empresários em relação à nova política de conteúdo nacional.

O presidente executivo da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, disse que a recente medida do governo federal levará à demissão de mais de 1 milhão de trabalhadores. "Iremos demitir em vez de gerar trabalho e poderíamos estar gerando mais de 1,5 milhão de empregos", disse. Ele informou que nos últimos anos o setor industrial vez investimentos de US$ 60 bilhões para se preparar para a ampliação do setor de indústria e gás. “Isso será perdido.”

Deputados de vários partidos subiram à tribuna do plenário durante a reunião para lamentar a decisão do governo de reduzir os níveis mínimos de conteúdo local.

Esses novos níveis serão parâmetros para a 14ª rodada de licitação de campos de petróleo e gás prevista para setembro e para o leilão de blocos do Pré-Sal em novembro.

Ao presidir a Comissão Geral, o deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA) disse que representantes de sete frentes parlamentares pedirão audiência aos presidentes da Câmara e do Senado para negociar um encontro com Michel Temer.

“Vamos articular essa reunião conjunta para levar representares do setor produtivo e dos trabalhadores para uma reunião com o presidente Temer a fim de tentarmos mudar as regras para a 14ª rodada.”

Os deputados Henrique Fontana (PT), Luiz Sérgio (PT-RJ) e Soraya Santos (PMDB-RJ) também foram à tribuna fazer críticas à nova política de conteúdo nacional.

A comissão geral que debateu as regras de conteúdo nacional para os segmentos de petróleo e gás reuniu parlamentares de sete frentes parlamentares, entre as quais a Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento, criada a partir do apoio da FNE.



A caminho do precipício

March 30, 2017 17:03, by segundo clichê


E lá vai o Brasil Novo descendo descontroladamente a ladeira:

- O Governo Central registrou o maior déficit primário da história para meses de fevereiro. No mês passado, o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central gastaram R$ 26,263 bilhões a mais do que arrecadaram, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Com o resultado de fevereiro, o déficit primário acumulado nos dois primeiros meses do ano soma R$ 7,222 bilhões. O resultado é o segundo maior da história para o período, perdendo apenas para o primeiro bimestre do ano passado, quando o resultado negativo tinha somado R$ 10,167 bilhões.


- O volume de vendas do comércio varejista  caiu 0,7% entre dezembro de 2016 e janeiro deste ano. É a segunda redução consecutiva do indicador, que já havia recuado 1,9% entre novembro e dezembro do ano passado. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. As vendas também recuaram 0,6% na média móvel trimestral, 7% na comparação com janeiro de 2016 e 5,9% no acumulado de 12 meses. Na comparação com dezembro de 2016, houve queda em seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para equipamentos e material de informática (-4,8%) e combustíveis e lubrificantes (-4,4%).

- O setor de serviços no Estado de São Paulo registrou saldo negativo no número de empregos criados pelo quinto mês consecutivo. Em janeiro, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foram cortados 1.498 postos de trabalho no setor, resultado da diferença entre admissões (176.131) e demissões (177.629).

- O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista caiu 0,5% em fevereiro na comparação com janeiro, sem considerar as influências sazonais, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 5,1%.

- O Brasil ocupa a 115ª posição no ranking mundial de presença feminina no Parlamento dentre os 138 países analisados pelo Projeto Mulheres Inspiradoras (PMI). com base no banco de dados primários do Banco Mundial (Bird) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As nações que apresentam maior percentual de mulheres no Parlamento são Ruanda (63,8%), Bolívia (53,1%), Cuba (48,9%), Islândia (47,6), Suécia (43,6%), Senegal (42,7%), México (42,4%), África do Sul (41,8%), Equador (41,6%) e Finlândia (41,5%). No Parlamento brasileiro, há somente 10% de mulheres. Os Estados Unidos detêm a 74ª colocação, com 19,4% de mulheres no Parlamento.



Periferia absorve valores liberais e rejeita partidos políticos

March 30, 2017 16:07, by segundo clichê


Os moradores da periferia de São Paulo acreditam na política, mas não nos partidos políticos; reconhecem a importância da coletividade, mas almejam crescer individualmente; buscam transformações, mas são pouco afeitos a rupturas; anseiam por novas idéias, mas são também pragmáticos. 

Em resumo, esse é o resultado de uma pesquisa qualitativa feita pela Fundação Perseu Abramo sobre o imaginário social dessa população, que nos últimos anos sentiu o avanço do consumo, do neopentecostalismo e do empreendedorismo popular. 

A pesquisa demonstrou uma intensa presença dos valores liberais do “faça você mesmo”, do individualismo, da competitividade e da eficiência. 


A conclusão é que esse novo caldo cultural exige renovações tanto na forma como se realiza a política partidária quanto no conteúdo das políticas públicas que se implementam.

A mistura entre valores do liberalismo, do individualismo, da ascensão pelo trabalho e do sucesso pelo mérito, com valores mais solidários e coletivistas relacionadas à atuação do Estado, à universalização de direitos, à ampliação da inclusão social, permeiam a visão de mundo e o imaginário dessa nova classe trabalhadora das periferias de São Paulo.

A íntegra da pesquisa está aqui.



O maior perigo para o Brasil

March 30, 2017 10:59, by segundo clichê


O maior perigo para o restinho de democracia que o Brasil tem não é o seu simulacro de Judiciário, nem os políticos corruptos até o fundo da alma, nem a sua polícia política ou a monumental máquina de propaganda disfarçada de imprensa que dita o pensamento único. O maior mal que ronda esse mínimo de liberdade oferecido ao povo brasileiro é a ascensão ao Executivo central de um "outsider", um salvador da pátria, um novo Collor, o caçador de Marajás, enfim.

Há anos que a oligarquia vem preparando o terreno para que isso ocorra, com uma campanha incessante de criminalização da política, perseguição implacável às lideranças do maior partido progressista, e, por fim, o golpe que trocou uma presidenta honesta, eleita com 54 milhões de votos por um anão moral que tem como única tarefa sepultar todos os avanços sociais conseguidos, com muito esforço, na última década.


No momento, a ameaça se chama Dória, João, o almofadinha que se elegeu prefeito de São Paulo, o "gestor", o "trabalhador", o fabricante de factoides diários, que exerce o cargo como se estivesse num baile à fantasia.

Não por acaso Dória está sendo aclamado pelos seus pares, seus iguais, o 1% do povo brasileiro que se julga "homens de bem", como a grande esperança para que o Brasil fique eternamente à sua imagem e semelhança, eles, o topo da pirâmide social, no controle de absolutamente tudo, e o resto, a imensa maioria, vivendo - ou sobrevivendo - na ilusão de que algum dia, quem sabe, graças a muito, mas muito esforço, alguns poucos, pouquíssimos, deixem a miséria para trás.

Dória é o candidato a ser batido pelo campo progressista.

Ele tem dinheiro, tem apoio de quem tem dinheiro, é frio e calculista, sabe perfeitamente onde quer chegar, e até agora a sua estratégia não tem apresentado erros: ataca sem dó o inimigo, conta com a cobertura da totalidade dos meios de comunicação, é vendido como o novo, o honesto, o homem que deixou de lado uma bem sucedida carreira de empresário para se dedicar ao "povo".

Se as esquerdas pensam em ter alguma chance de sucesso em 2018 devem, desde já, começar a combater tal adversário e não subestimá-lo, tratá-lo como uma piada ou como um acidente que dificilmente tornará a ocorrer.

Dória é uma certeza tão grande para a direita que já começam a surgir imitadores, todos, como ele, se apresentando como não contaminados pelo lixo da política, e puros como os santos de pau oco. (Carlos Motta)



Direita e esquerda rejeitam governo golpista

March 29, 2017 19:15, by segundo clichê


No dia 15 de março, mais de 200 mil pessoas se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra as reformas do governo ilegítimo de Michel Temer, que punem os trabalhadores. Convocado pela CUT, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato teve seu ápice no discurso do ex-presidente Lula. Segundo os organizadores, mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas em todo o Brasil nessa data, quando houve paralisação de diversas categorias profissionais, inclusive metroviários e motoristas de ônibus em São Paulo.

No dia 26, manifestantes convocados pelo MBL e Vem Pra Rua, entre outros movimentos de direita, também foram às ruas protestar. Até o momento, os organizadores e a PM não divulgaram estimativa de público, mas quem esteve na Avenida Paulista, em São Paulo, não encontrou mais que 10 mil participantes em torno dos sete carros de som que disputaram o público com pautas variadas.

Em ambas as datas, o Núcleo de Estudos e Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo foi às ruas para acompanhar as manifestações. Assim como nos anos de 2015 e 2016, o objetivo foi traçar o perfil dos manifestantes e mapear suas principais demandas e opiniões em relação ao momento político e econômico atual, possibilitando uma análise comparativa com os atos de março dos anos anteriores. 

Novamente, os resultados apontam para manifestações bastante distintas. A do campo progressista, identificada com o campo da esquerda e simpatizante do PT, teve perfil mais jovem e diversificado quanto à raça, com renda média familiar em torno de cinco salários mínimos e, dessa vez, com forte participação de funcionários públicos, ameaçados pelas perdas de direitos propostas nas reformas de Temer. 

A do campo conservador, composta principalmente por homens, com idade mais avançada, maior participação de brancos e mais elitizada quanto à renda, identifica-se no espectro político com o centro e com o PSDB. O que conservam em comum politicamente é a preferência pela democracia sobre qualquer outro tipo de governo.


A reforma da Previdência foi a pauta que mobilizou 82% da manifestação do dia 15, enquanto a do dia 26 foi mais dispersa e genérica, com maior adesão ao combate à corrupção (61%), contra a reforma da Previdência (22%) e em apoio à Operação Lava Jato e à Polícia Federal (21%). 

As redes sociais foram a principal forma de divulgação de ambos os protestos, liderados pelo Facebook, mas com participação de grupos de ação política como sindicatos e movimentos sociais, na convocação do dia 15, e de movimentos ligados à direita, como o MBL e o Vem pra Rua, no dia 26.

A corrupção é considerada o principal problema do Brasil por ambos os grupos (41%, entre os do dia 15, e 71%, entre os do dia 26), mas a política do governo atual e a educação foram problemas também levantados por quem esteve nas ruas no dia 15 (com 18% e 12%, respectivamente).

Comparando com cerca de dez anos atrás, a maioria dos entrevistados de ambos os protestos considera que o país está pior (69% e 68%). Porém, o campo popular tem percepção mais positiva de que sua vida melhorou nesse período (42%), contra 32% entre os mais conservadores, cuja maior parcela sente que sua vida pessoal piorou (46%, contra 39% dos progressistas).

Em ambos os estratos, a avaliação positiva do governo atual é baixa, não ultrapassa 13% entre os que foram as ruas dia 26. Quase a totalidade dos manifestantes do dia 15 (95%) considera o governo atual ruim ou péssimo, avaliação que também predomina entre os manifestantes do dia 26, com índices inferiores, mas ainda bastante elevados (49%).

Cerca de dois terços (62%) dos manifestantes do dia 15 perceberam aumento da inflação nos últimos dez meses, depois que Temer assumiu o governo, além de 29% dos que saíram no dia 26, cuja maior parte indica que a inflação diminuiu (42%, opinião compartilhada por apenas 10% do campo progressista). Ambos os grupos notaram o aumento do desemprego nesse período (86% entre manifestantes do dia 15 e 56% nos do dia 26).

As expectativas são negativas entre os manifestantes do dia 15, com 68% de percepção de que daqui para a frente a inflação vai aumentar e 77% de que o mesmo vai acontecer com o desemprego. Entre os manifestantes do dia 26, 39% compartilham essa opinião sobre o desemprego e 31% acham que a inflação vai nessa mesma direção. 

A maioria dos manifestantes do campo popular (85%) acha que a situação do país piorou depois do golpe em que a presidenta Dilma foi destituída. No campo conservador, as opiniões se dividem, com 32% que acham que melhorou, 32% que piorou e 34% que não houve mudança. Para 51% dos manifestantes do dia 15, a vida pessoal piorou desde que Temer assumiu, opinião compartilhada com 26% dos manifestantes do dia 26, embora a maior parte destes não perceba mudanças (53%, 39% entre os manifestantes do dia 15).

Mais da metade dos que protestaram dia 15 (53%) acreditam que daqui para frente sua vida pessoal vai piorar, enquanto os convocados pelos movimentos de direita são mais otimistas e metade acredita que daqui pra frente sua vida pessoal vai melhorar. 

A reforma da Previdência é rejeitada por 93% dos manifestantes do dia 15 e 60% dos que foram às ruas no último domingo. Entre esses, 64% afirmaram que serão pessoalmente prejudicados pela reforma, percepção que atinge 95% dos manifestantes do dia 15. 

A reforma trabalhista é rejeitada por 84% dos que foram às ruas dia 15 e 87% deles acreditam que sua vida será prejudicada. Entre os que foram às ruas no dia 26, 43% são igualmente contra essa reforma e 47% sentem que serão prejudicados por ela. Índices idênticos aos dos que rejeitam a lei de terceirização, que prejudicará diretamente a vida de 80% dos manifestantes progressistas e 40% dos conservadores.

Já a reforma do ensino médio é rejeitada por 84% dos que se manifestaram no dia 15. Entre estes, 69% serão prejudicados pela reforma, enquanto entre os manifestantes do dia 26, 29% rejeitam essa reforma e 26% serão afetados por ela. 

Por fim, a PEC do Teto de Gastos foi rejeitada por 79% dos que estavam nas ruas dia 15 e 29% dos manifestantes do dia 26, público em que sua aceitação chegou a 55%. Na opinião dos entrevistados, as principais áreas nas quais governo deveria reduzir gastos são os salários de políticos e parlamentares, mencionada por 35% dos manifestantes do dia 15 e 32% dos do dia 26; e cortes de gastos com a máquina pública, gastos de comissionados e cargos de confiança dos políticos, mencionados por 37% dos manifestantes do dia 26 e 15% dos do dia 15. Por outro lado, as áreas em que o governo mais deveria investir são educação (82% e 79%), saúde (72% e 70%), segurança pública (20% e 34%) e geração de emprego (18%, entre ambos). (Vilma Bokany, socióloga/Fundação Perseu Abramo)



Motta

Novidades

0 հանրություն

Չկա