Maria Callas em palcos de São Paulo e Porto Alegre. Digitalmente
August 17, 2018 16:22Em outubro, chega ao Brasil Callas in Concert – The Hologram Tour. Avançada e inovadora tecnologia permite dar vida à maior celebridade da ópera do século 20, Maria Callas. As apresentações serão no dia 16 de outubro, no Espaço das Américas, em São Paulo, e no dia 18 de outubro, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre.
Por meio de projeção digital a laser, Callas é recriada digitalmente nos mínimos detalhes. Seu holograma tridimensional surge no palco, acompanhado por uma orquestra ao vivo, e a voz da cantora, que dominava o canto lírico com perfeição, está presente em gravações originais digitalmente remasterizadas, 40 anos após seu falecimento. Uma encenação requintada para um show único e inesquecível, em que a plateia é envolvida pela elegância de sua presença, dos mínimos movimentos de suas mãos a seus gestos faciais mais sutis, até o poder de sua voz.
Callas in Concert – The Hologram Tour permite que o público vivencie a força emocional da maior soprano de todos os tempos. Esse conceito único de performance foi dirigido por Stephen Wadsworth (Masterclass) da The Juilliard School, um veterano dos salões onde Callas reinou suprema, incluindo o La Scala, o Met e o Covent Garden.
“O show vai agradar gerações de plateias que nunca experimentaram Callas e que podem saber pouco sobre ela, além de sua reputação, bem como amantes de ópera que estão muito familiarizados com seu trabalho, suas gravações e sua complexa história de vida”, disse Wadsworth. “Tivemos a oportunidade de fazer a curadoria de um dos maiores artistas do século 20, e devemos fazer isso com muito cuidado – de seu repertório fantasticamente diverso à sua linguagem gestual reveladora e seu complicado relacionamento com seu público. Estamos todos de maneiras diferentes perto da influência de Callas, porque o trabalho dela teve um impacto enorme em todos os artistas que trabalham com música, ópera, teatro e moda."
Maria Callas morreu precocemente, com apenas 53 anos, em setembro de 1977, mas continua sendo a diva operística, a soprano descendente de gregos nascida nos Estados Unidos, que definiu e até redefiniu a ópera no século 20 e que nunca perdeu lugar entre os artistas clássicos mais vendidos no mundo.
A trilha sonora Callas in concert – The Hologram Tour será lançada, em setembro, pela gravadora Warner Classics, que também desenvolveu o primeiro site oficial de Maria Callas - www.maria-callas.com - que foi concebido para mostrar a importância cultural e musical da cantora, como incentivar a pesquisa de sua vida e obra.
Como era boa a Editoral Abril
August 17, 2018 10:54Carlos Motta
Essa Editora Abril que entrou em recuperação judicial para evitar a falência e tem promovido cortes massivos em seu quadro de funcionários em nada se assemelha à Editora Abril que acompanhou a minha infância, juventude e parte da vida adulta - acompanhou e, de certa forma, foi o alicerce de minha formação cultural.
A Abril de hoje, essa empresa que se vale de um público ultrarreacionário para se manter de pé está a anos-luz daquela empresa inovadora e corajosa que foi responsável pela difusão em massa do melhor da literatura, artes plásticas, música erudita e popular, do conhecimento científico e enciclopédico e, pasmem, do pensamento filosófico!
Não é exagero dizer que a Abril faz parte da minha vida desde algumas de minhas mais longínquas lembranças, como a de meu pai, o saudoso capitão Accioly, ao meu lado, me mostrando e lendo os coloridos quadrinhos do Pato Donald e do Zé Carioca - alguns exemplares dos gibis ainda estão comigo...
Depois dos gibis, em plena adolescência, veio a Veja, não essa coisa horrorosa de agora, mas a revista dos sonhos, gráfica e editorialmente, um primor de texto e informação, uma aula de jornalismo, que certamente foi uma das mais fortes razões para, aos 16 anos, ter ingressado de corpo e alma nessa profissão.
E enquanto a Veja ia me pondo a par do que acontecia no mundo, em várias áreas, a Abril cuidava de minha formação cultural, com a coleção dos Mestre da Pintura, dos Imortais da Literatura Universal, com os fascículos de música popular brasileira, de jazz, de ópera...
O jornaleiro da banca de revistas perto do Jornal de Jundiaí, onde trabalhei alguns anos, fazia o favor de guardar para mim os fascículos que saíam todas as semanas, e que eram compulsivamente consumidos assim que chegava em casa - meus aparelhos de som 3 em 1 que o digam.
Bem, essa Abril está morta e enterrada há muito tempo e deixa uma profunda saudade.
Já essa outra, à beira da falência, colhe os frutos que plantou nos anos todos em que se dedicou a espalhar o preconceito e o ódio de classes na sociedade brasileira.
Por essa não haverá saudade, mas sim aquele sentimento, com um gostinho de vingança - ou de justiça - de "bem feito, que se dane".
Festival de Cinema de Gramado terá 48 filmes em competição
August 16, 2018 16:35O 46º Festival de Cinema de Gramado, que começa amanhã e vai até o dia 25 naquela cidade turística do Rio Grande do Sul, já tem o seu filme de abertura: O Grande Circo Místico, 18º longa-metragem do cineasta Cacá Diegues. Inspirado no poema de Jorge de Lima e com trilha sonora repleta de clássicos de Chico Buarque e Edu Lobo, o longa conta a história de cinco gerações de uma mesma família circense, do apogeu à decadência, passando por grandes amores e aventuras.
Responsável por títulos como Xica da Silva, Bye Bye Brasil, Quilombo, Um Trem para as Estrelas e Tieta do Agreste, Cacá Diegues esteve recentemente no prestigiado Festival de Cannes apresentando O Grande Circo Místico fora de competição. Agora, o diretor desembarca no Palácio dos Festivais para fazer a primeira exibição nacional do longa, previsto para estrear comercialmente nos cinemas brasileiros no dia 6 de setembro.
O elenco de O Grande Circo Místico reúne nomes como Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer, Antônio Fagundes, Juliano Cazarré, Marcos Frota, Mariana Ximenes e Vincent Cassel.
A mostra competitiva do festival neste ano está marcada pela diversidade temática e de linguagem. “Sempre há muita curiosidade sobre qual tema estará em evidência no festival. Este ano temos a satisfação de dizer que não há um tema, há muitos. A marca das mostras competitivas em Gramado será a diversidade, como é o cinema brasileiro e latino-americano”, celebrou um dos curadores do evento, o jornalista Marcos Santuario.
Entre os gêneros, há cinebiografias, drama, comédia, realismo fantástico e animação, por exemplo. Os temas orbitam entre questões contemporâneas como a vida de jovens em grandes centros urbanos, a homossexualidade na terceira idade, ou o sonho de ser jogador de futebol, mas também resgatam a memória e o passado de grandes personalidades e de importantes momentos históricos nacionais. Haverá ainda espaço para a experimentação estética, com obras que prometem surpreender os espectadores.
Serão 48 filmes em competição, 14 em longa-metragem (nove brasileiros e cinco estrangeiros), 14 curtas na mostra nacional, além de outras 20 produções do Rio Grande do Sul, que concorrem na Mostra Gaúcha de Curtas, realizada em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Ao todo, 14 Estados e nove países estão representados. E haverá ainda a participação especial de filmes provenientes da Itália, que é o país convidado desta 46ª edição.
Duas homenagens estão previstas: o troféu Eduardo Abelin será entregue ao animador brasileiro Carlos Saldanha – duas vezes indicado ao Oscar e responsável por sucessos de bilheteria como “A Era do Gelo”, “Rio” e “O Touro Ferdinando”. Já o prêmio Cidade de Gramado estará nas mãos de Ney Latorraca, cuja carreira cinematográfica já soma meio século e 23 filmes.
A organização do evento mais tradicional do cinema brasileiro – e o único a manter-se por 46 anos sem interrupção – comemora ainda a ampliação de espaços inclusivos e a preocupação com a responsabilidade social. “Este será o festival com maior inclusão entre todos realizados até hoje, o que para nós, é um fator fundamental. Teremos sessões para cegos e filmes legendados para surdos. Também receberemos um encontro com 400 convidados para debater cinema e acessibilidade”, revelou o presidente da Gramadotur, Edson Néspolo.
Como já se tornou uma tradição, o Festival de Cinema de Gramado será aberto pela mostra de filmes do projeto Educavídeo, em que alunos da rede pública municipal desenvolvem curtas-metragens com equipamento de primeira linha e apoio técnico profissional. O secretário da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul, Victor Hugo, se impressionou com os dados que “revelam a dimensão social do que é esse evento”.
Outro dos curadores, o crítico Rubens Ewald Filho destacou a qualidade das produções brasileiras inscritas para essa edição – fator que dificultou o trabalho da equipe, formada ainda pela diretora argentina Eva Piwowarski. “Era tanto filme bom, interessante, tanta gente talentosa, que as vezes acabávamos entrando em conflito sobre quais selecionar”, disse.
Para dar conta do volume de obras de primeira linha inscritas, os curadores decidiram ampliar a participação de longas brasileiros na mostra competitiva: este ano serão nove filmes concorrendo aos Kikitos. Todos são inéditos no circuito nacional e muitos se destacaram em festivais ao redor do mundo. A vantagem, salientou Rubens, é que o público vai se deparar com uma seleção excepcional na tela do Palácio dos Festivais: “Acho que este ano vai ser o melhor festival que Gramado já viu”, arriscou.
Com a ampliação da participação brasileira na edição 2018 do Festival de Cinema de Gramado, a seleção internacional de longas-metragens precisou ser reduzida. Isso não comprometeu, entretanto, a qualidade da mostra estrangeira, salientou o curador Marcos Santuario: “Procuramos trazer filmes que percorreram os principais festivais do mundo, com a preocupação de que Gramado fosse a janela brasileira para sua exibição.”
Entre os cinco títulos eleitos para a mostra 2018, há longas que competiram em prestigiados festivais, como Berlim, Cartagena, Guadalajara, Málaga, Punta del Este e o Bafici, em Buenos Aires. O protagonismo é dos países do Cone Sul, Uruguai e Argentina, cujos profissionais participam em quatro dos cinco selecionados. Mas haverá espaço para a cultura andina, por meio de uma fábula boliviana, um tema paraguaio, e ainda cinema da América Central, com Costa Rica e México mais uma vez enviando um representante a Gramado.
Competidores
LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
– “10 Segundos Para Vencer” (RJ), de José Alvarenga Jr.
– “O Banquete” (SP), de Daniela Thomas
– “Benzinho” (RJ), de Gustavo Pizzi
– “A Cidade dos Piratas” (RS), de Otto Guerra
– “Correndo Atrás” (RJ), de Jeferson De
– “Ferrugem” (PR), de Aly Muritiba
– “Mormaço” (RJ), de Marina Meliande
– “Simonal” (RJ), de Leonardo Domingues
– “A Voz do Silêncio” (SP), de André Ristum
LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS
– “Averno” (Bolívia/Uruguai), de Marcos Loayza
– “Las Herederas” (Paraguai/Brasil/Uruguai/França/Alemanha), de Marcelo Martinessi
– “Mi Mundial” (Uruguai/Argentina/Brasil), de Carlos Morelli
– “Recreo” (Argentina), de Hernán Guerschuny e Jazmín Stuart
– “Violeta al Fin” (Costa Rica/México), de Hilda Hidalgo
CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS
– “À Tona” (DF), de Daniella Cronemberger
– “Apenas o Que Você Precisa Saber Sobre Mim” (SC), de Maria Augusta V. Nunes
– “Aquarela” (MA), de Thiago Kistenmacker e Al Danuzio
– “Catadora de Gente” (RS), de Mirela Kruel
– “Estamos Todos Aqui” (SP), de Chico Santos e Rafael Mellim
– “Um Filme de Baixo Orçamento” (SP), de Paulo Leierer
– “Guaxuma” (PE), de Nara Normande
– “Kairo” (SP), de Fabio Rodrigo
– “Majur” (MT), de Rafael Irineu
– “Minha Mãe, Minha Filha” (SP), de Alexandre Estevanato
– “Nova Iorque” (PE), de Leo Tabosa
– “Plantae” (RJ), de Guilherme Gehr
– “A Retirada Para Um Coração Bruto” (MG), de Marco Antonio Pereira
– “Torre” (SP), de Nádia Mangolini
CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS – PRÊMIO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
– “À Sombra” (Canoas), de Felipe Iesbick
– “Abismo” (Sapucaia do Sul), de Lucas Reis
– “Antes do Lembrar” (Porto Alegre), de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes
– “Coágulo” (São Leopoldo), de Jéssica Gonzatto
– “O Comedor de Sementes” (São Leopoldo), de Victoria Farina
– “Um Corpo Feminino” (Porto Alegre), de Thais Fernandes
– “Entre Sós” (Porto Alegre), de Caetano Salerno
– “Fè Mye Talè” (Encantado), de Henrique Both Lahude
– “A Formidável Fabriqueta de Sonhos Menina Betina” (Pelotas), de Tiago Ribeiro
– “Gasparotto” (Porto Alegre), de Zeca Brito
– “Grito” (Santa Maria), de Luiz Alberto Cassol
– “Maçãs em Fogo” (Porto Alegre), de Bruno de Oliveira
– “Movimento à Margem” (Porto Alegre), de Lícia Arosteguy e Lucas Tergolina
– “Mulher Ltda” (Canoas), de Taísa Ennes
– “Nós Montanha” (Porto Alegre), de Gabriel Motta
– “Pelos Velhos Tempos” (Porto Alegre), de Ulisses da Motta
– “Sem Abrigo” (Porto Alegre), de Leonardo Remor
– “Subtexto” (Caxias do Sul), de Cristian Beltrán
– “Vinil” (Porto Alegre), de Catherine Silveira de Vargas e Valentina Peroni Freire Barata
– “O Viúvo” (Porto Alegre), de Luiz Carlos Wolf Chemale
Aos 89 anos, Fernanda Montenegro o seu "itinerário fotobiográfico"
August 16, 2018 10:31A atriz Fernanda Montenegro tem participado, neste mês de agosto, de eventos de lançamento de seu livro "Fernanda Montenegro: itinerário fotobiográfico", pelas Edições Sesc São Paulo. São 500 páginas, divididas em 11 capítulos, que contam a trajetória pessoal e profissional de mais de sete décadas de carreira da atriz. O material, organizado pela própria Fernanda, inclui fotos inéditas de seu acervo pessoal, cartas e registros raros de atuação ao lado de outros grandes do palco, como Nathália Timberg, Paulo Autran e Sérgio Britto.A artista, que completará 89 anos em outubro, fará o lançamento do livro no Rio de Janeiro amanhã, dia 17, às 19h30, no Sesc Copacabana. Na ocasião, ela vai fazer uma leitura comentada de alguns trechos da obra, tratando sobre momentos de sua carreira no teatro, na TV, no cinema e também como conciliou essa trilha criativa com a família. Para que o público possa acompanhar, o Sesc Copacabana vai transmitir a leitura em tempo real via telão para quem estiver presente no pátio externo da unidade. Depois da apresentação, haverá sessão de autógrafos para quem adquirir um exemplar da obra.
"Fernanda Montenegro: itinerário fotobiográfico" demandou mais de cinco anos de trabalho para a editora e a atriz. A obra inclui também depoimentos de escritores, diretores, críticos de arte, atores e amigos. Fernanda, que participou ativamente da produção selecionando materiais, compondo textos e depoimentos, faz ainda uma comovente homenagem ao seu companheiro de trabalho e vida, Fernando Torres. Ao longo dos 11 capítulos, o volume conta com fotos e textos que percorrem desde a infância de Arlete Pinheiro Esteves da Silva – nome de batismo da atriz - até os momentos mais importantes dos 70 anos dedicados à arte.
No sábado e domingo, dias 18 e 19, Fernanda Montenegro vai apresentar, no Sesc Copacabana, sua adaptação para teatro do livro “Nelson Rodrigues Por Ele Mesmo”, de Sônia Rodrigues. O projeto será apresentado também em outras capitais e cidades doo interior do país e dá continuidade ao trabalho voltado para a formação dos jovens, artistas e público que Fernanda Montenegro desenvolve desde 1990, percorrendo bairros e municípios do Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e outros Estados, trocando experiências com diversas gerações.
Dorival Caymmi renasce no som do quarteto fantástico
August 16, 2018 10:11Carlos Motta
O disco "Dorival" foi lançado no ano passado, mas a participação do quarteto formado por André Mehmari (piano), Nailor Proveta (saxofone e clarinete), Rodolfo Stroeter (contrabaixo) e Tutty Moreno (bateria) no Sesc Jazz o torna atualíssimo. O projeto levado pelo Sesc em algumas de suas unidades até o dia 2 de setembro mostra a música instrumental feita em vários países e ligadas entre si pelo gênero nascido nos Estados Unidos - e que hoje se diluiu num sem número de linguagens sonoras. E o show apresentado pelos quatro virtuoses, mais que reproduzir o conteúdo do disco, uma merecida homenagem ao gênio Dorival Caymmi, é prova inequívoca de que o Brasil produz uma das mais criativas músicas do mundo.
No disco e no show, que será apresentado nesta quinta-feira no Sesc Ribeirão Preto e na próxima sexta-feira no Sesc Piracicaba, André, Proveta, Rodolfo e Tutty tocam, com arranjos de tirar o fôlego da plateia, clássicos e composições menos conhecidos da obra mais que perfeita do baiano: "Dora", "Milagre", "Samba da MInha Terra", "Sargaço Mar", "Tão Só", "João Valentão", "Morena do Mar", "A Vizinha do Lado", "Só Louco", e a "Suíte Caymmi", que reúne "Morena do Mar", "Dois de Fevereiro" e "Milagre".
É um Caymmi inteiramente renovado. Suas melodias inspiradas são dissecadas, decompostas e desenvolvidas qual um quebra-cabeças que vai tomando forma, num trabalho que revela, como acentuou Proveta no show de quarta-feira à noite no Sesc Jundiaí, o prazer que os quatro músicos têm pelo que fazem.
André, Proveta, Rodolfo e Tutty se conhecem há longa data: em 1998, Tutty levou os dois veteranos, Rodolfo e Proveta, e o novato André, para tocar em seu disco "Força D'Alma", que trazia algumas composições de Caymmi. Eles voltaram a tocar juntos esporadicamente até que em dezembro de 2016 se reuniram no aclamado Rainbow Studio, em Oslo, para gravar "Dorival".
A longa viagem até a capital da Noruega valeu a pena. O disco é impecável, técnica e musicalmente. E a plateia que teve o privilégio de escutá-lo ao vivo é testemunha de que nem tudo está perdido neste pobre e imenso país: a sua música, ao menos, é de Primeiro Mundo.