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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

A carne e a crise

Marzo 22, 2017 16:30, by segundo clichê


A economia brasileira passa por um momento de grande dificuldade. No biênio de 2015-2016, a contração do PIB atingiu 7,2%. Neste ambiente, a contração da renda, os aumentos do desemprego e das disparidades sociais se fazem latentes. A dificuldade de se recuperar o dinamismo econômico esbarra na dificuldade de se achar alguma fonte  para isso na economia brasileira. 

Os dados mais recentes da balança comercial mostravam uma recuperação das exportações, particularmente nos setores primários. Os três principais produtos exportados pelo Brasil são soja, minério de ferro e carne, na respectiva ordem. No entanto, o recente escândalo das carnes pode alterar esta realidade. China, Chile, Coreia do Sul e União Europeia suspenderam temporariamente as importações de empresas citadas nas denúncias.   


Atualmente, cerca de 20% da produção nacional de carnes é direcionada ao mercado externo. Tal montante significou mais de US$ 14 bilhões, ou 7,5% do total exportado pelo país em 2016. Assim, um abalo das exportações do setor pode ter um efeito extremamente deletério a uma economia já extremamente fragilizada. Uma redução de 10% das vendas externas de carnes brasileiras pode atingir mais de 400 mil postos de trabalho. Mais do que isso, pode acentuar o problema da arrecadação fiscal, minando o recolhimento de mais de R$ 1 bilhão em impostos. 

O setor de proteína animal constitui atualmente uma das maiores fontes de dinamismo da economia, de maneira que a sua retração pode dificultar ainda mais a sempre adiada recuperação econômica. Os responsáveis devem ser devidamente punidos, mas a ação da lei não pode ser magnificada a ponto de comprometer toda uma cadeia produtiva e a inserção de mercados internacionais duramente conquistados. (Igor Rocha, economista/Fundação Perseu Abramo)



Um blog já incomoda muita gente

Marzo 22, 2017 10:19, by segundo clichê


Tempos atrás, quando ainda suava sangue no trabalho incansável das redações de jornal, ouvi, de um profissional que respeito muito, uma opinião que, se na época já a julgava equivocada, hoje ela se mostra inteiramente errada:

- Blogs são como conversas de bar, não têm alcance público - disse esse eminente jornalista.

Bem, essa afirmação foi feita quando a internet ainda não atingia os milhões de brasileiros como atualmente e os blogs se assemelhavam, na sua maioria, a um diário pessoal. 

Mesmo assim, já dava para perceber o potencial que a internet, as redes sociais e os blogs tinham como ferramentas para disseminar a informação e também para ampliar os conceitos de jornalismo.


Agora são poucos os que desdenham do poder da rede - os que ousaram enfrentá-la e se agarraram ao modelo antigo soçobraram miseravelmente.

A internet não é mais o futuro da comunicação - é o presente.

E graças a ela o jornalismo, como aprendemos décadas atrás, mudou.

Imagens impactantes são veiculadas quase instantaneamente de qualquer parte do planeta.

Documentos ultrassecretos se tornam públicos num clique do mouse.

Uma frase de 140 caracteres no Twitter é capaz de abalar sólidas instituições.

Os blogs substituem os jornalões; os blogueiros são os novos jornalistas.

A cada dia a sua influência na sociedade se fortalece, a cada dia eles ganham mais leitores.

Uma estratégia de comunicação para ser eficaz não pode prescindir da internet.

E para quem almeja o poder, não basta mais ser amigo da Globo, ou da Folha, ou da Veja, ou do Estadão.

Nem espalhar frases feitas, slogans ou mensagens de ódio, por meio de robôs, na internet.

É preciso mais.

É necessário entrar na discussão proporcionada pelas redes sociais, com argumentos consistentes, e veicular informações verdadeiras.

É preciso entrar no jogo democrático, jogar com as regras da democracia, aceitar que a internet é o local de maior transparência deste mundo, e onde as mentiras são detectadas em minutos.

No Brasil essa realidade está sendo descoberta aos poucos.

O caso do juiz lava-jato que usou toda a sua imensa força contra um blogueiro é exemplar - justamente ele que vive sob os holofotes das câmeras globais.

É bem provável que o eminente jornalista que disse, tempos atrás, que um blog é tal qual uma conversa de bar, tenha mudado de opinião.

A empresa para a qual trabalha, tenho certeza, faz de tudo, hoje, para se destacar nesse botequim planetário. (Carlos Motta)



Moro restaura obrigatoriedade de diploma para jornalistas

Marzo 21, 2017 16:02, by segundo clichê



Desde 2009, por decisão do Supremo Tribunal Federal, qualquer pessoa pode dizer que é jornalista no Brasil.

Até mesmo os analfabetos.

Naquele ano o STF revogou a exigência de diploma de curso superior específico para o exercício da profissão, se curvando ao intenso lobby das empresas de comunicação.

De lá para cá as várias tentativas de restabelecer o jornalismo como profissão regulamentada fracassaram.

Isso até hoje, 21 de março de 2017, quando o juiz de 1ª instância Sergio Moro, num ato de destemor, revogou a decisão do STF, ao determinar a condução, sob vara, para interrogatório, do blogueiro Eduardo Guimarães, sob a justificativa de que ele não é jornalista.


Para o meritíssimo, por não ser jornalista, Guimarães estava obrigado a revelar a fonte da informação publicada, no ano passado, em seu blog, de que a prisão do ex-presidente Lula era iminente.

Portanto, desde já fica o Supremo Tribunal Federal informado que aquilo que decidiu há 8 anos e que tanta polêmica causou na sociedade está definitivamente revogado pelo juiz mais poderoso do Brasil.

E os jornalistas diplomados que batam palmas a ele. (Carlos Motta)



Desemprego provoca onda de calotes

Marzo 21, 2017 9:39, by segundo clichê


Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com consumidores negativados, ou que estiveram nesta situação nos últimos 12 meses, investigou quais são as dívidas em atraso e o que essas pessoas estão fazendo para negociar a dívida e recuperar o crédito. Os dados mostram que quatro em cada dez inadimplentes e ex-inadimplentes (38%) tiveram o nome "sujo" devido ao desemprego. Outros motivos citados foram diminuição de renda (31%), empréstimo de nome para terceiros (17%) e salário atrasado não pago (10%). O valor médio da dívida de quem está ou esteve com o nome sujo é de R$ 2.918,09, sendo maior entre os homens (R$ 3.536,22) e entre as pessoas das classes A e B (R$ 3.857,42).  


Entre os que quitaram ou pretendem quitar a dívida, a principal estratégia é recorrer a acordos com os credores (34%), cortes no orçamento (22%) e gerar renda extra por meio de bicos (18%). Os gastos mais citados quando se fala em cortes foram idas a bares ou restaurantes (36%), compras de peças de vestuário ou calçados (34%) e lazer (34%, principalmente entre aqueles com mais de 55 anos, 54%). No entanto, 19% das pessoas não estão economizando para saldar as dívidas. Entre os que possuem mais de uma conta em atraso, a prioridade é quitar conta de cartão de crédito, loja ou crediário para usar o crédito novamente (24%). Foram citadas como prioridade também as contas de menor valor (23%), contas com taxa de juros mais altos (19%) e com o valor final mais alto (18%). 

Entre os que pagaram ou pretendem pagar a dívida, 56% acham que é o correto honrar com os compromissos financeiros, 53% não se sentem confortáveis tendo o nome sujo e 30% se preocupam com o valor da dívida depois do pagamento tardio.  

O levantamento indica também que o cartão de crédito é o motivo da inadimplência de metade dos entrevistados (50%), principalmente entre as pessoas com 55 anos ou mais, (66%), seguido de crediários, carnês e cartões de loja (26%) e empréstimos (21%).  

Além disso, uma quantidade significativa de pessoas não sabe quantas parcelas contratou no momento de realizar a compra, com destaque para dívidas com cartão de crédito (49%), empréstimos (35%) e crediários, carnês ou cartões de loja (35%). Além disso, 41% de pessoas não sabem quantas parcelas deixaram de pagar do cartão de crédito, 38% contrataram empréstimos e também não tem este conhecimento, assim como 31% dos que possuem dívidas com crediários, carnês ou cartões de loja que ignoram o número de parcelas não pagas. 



Banco Mundial sugere fortalecimento do Bolsa Família

Marzo 20, 2017 16:35, by segundo clichê


Estudo recente do Banco Mundial argumenta que o aumento do orçamento do Programa Bolsa Família (PBF) pode ser fundamental para impedir o ingresso de mais brasileiros na pobreza, dada a crise econômica. Como os salários são a principal fonte de renda das famílias pobres e vulneráveis, a crise põe em risco os avanços do Brasil em redução da pobreza e desigualdade. Ao contrário da tendência da década de 2000, em que, segundo o relatório, o Brasil “alcançou reduções impressionantes nos níveis de pobreza”, esse problema tem aumentado.


O estudo aponta que a pobreza deve ampliar-se mais em áreas urbanas e menos em áreas rurais (onde os índices já são mais elevados) e que as pessoas empurradas para a pobreza pela crise atual tendem a ser ligeiramente mais jovens, qualificadas, localizadas em áreas urbanas e no Sudeste, costumavam trabalhar no setor de serviços e são, principalmente, brancas. Assim, seria necessário que o programa funcionasse como uma “rede de segurança, flexível o suficiente para estender sua cobertura às famílias que ficaram pobres recentemente devido à crise”. O PBF precisaria ser adaptado à nova realidade do país.

No entanto, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, criticou o estudo e afirmou que “não temos ninguém hoje que precisa fora do Bolsa Família”. Absurdamente, o ministro afirmou que a informalidade no mercado de trabalho é principalmente causada pelo Bolsa Família: “Hoje, o Bolsa Família é uma causa importante, senão a maior, da informalidade do mercado de trabalho porque as pessoas morrem de medo de perder o Bolsa Família se arrumarem um emprego. E, se arrumam um emprego, não querem assinar carteira”. 

Se o Bolsa Família é causa principal da informalidade, falta ao ministro explicar por que o Brasil tem historicamente altos índices de informalidade no mercado de trabalho, mesmo antes do surgimento do programa. (Ana Luíza Matos de Oliveira, economista/Fundação Perseu Abramo)



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