Sindicalismo, formação política e trabalho de base
29 de Março de 2017, 9:43Terceirização, negociado sobre a lei, trabalho temporário e intermitente, fim da ultratividade, da cobrança da taxa assistencial, fim da aposentadoria e das leis trabalhistas. E tudo isto com o governo e os empresários tentando, o tempo todo, provar que o “inferno é um lugar bom”.
Diante destes e de outros ataques, que não irão parar por aí, dos três poderes da República e do mercado, o movimento sindical não tem outra saída senão se unir. Unidade de ação para se fortalecer e não ser dizimado, porque ao fim e ao cabo, a intenção é esta, tornar o movimento sindical brasileiro irrelevante, tal qual fizeram nos Estados Unidos.
Não está e não será fácil superar todos os problemas que estão sendo colocados para os trabalhadores e suas organizações, mas enfrentar esses problemas está na ordem do dia. Quem se omitir ou imaginar que essa onda é passageira sucumbirá primeiro. O capital e o mercado abriram suas baterias contra os trabalhadores e o movimento sindical. Urge defender-se e preparar a contraofensiva!
Em curto prazo, as saídas são: atuar no Congresso, sob forte unidade, para minorar os danos que serão causados pelos ataques desferidos pelas contrarreformas trabalhista e previdenciária do governo. E construir grandes movimentos capazes de chamar a atenção dos trabalhadores e do povo, da sociedade, para o que está em curso. Como o movimento do dia 15 de março.
Em médio prazo, resgatar, com força, o trabalho de base. Esse trabalho tem de ser permanente, diuturno, com os dirigentes levando informação de qualidade para os trabalhadores, de modo que não sucumbam com a propaganda enganosa dos patrões e dos governos. Não há alternativa ou não temos alternativas, senão trabalhar para recuperar o tempo perdido.
Por fim, mas não menos importante, é preciso voltar a formar politicamente os dirigentes sindicais e a base. Esse trabalho é de longo prazo, pois formação não se faz do dia para a noite. Vejamos o exemplo da secular Igreja Católica, que leva cerca de 10 anos para formar um padre. Cada dirigente tem de ser um padre!
Sem sólida formação política dos dirigentes e da base, o movimento sindical não passa de um “gigante com pés de barro”. Estamos cuidando apenas das demandas micro e econômicas, mas não conseguimos intervir nos processos políticos, não ampliamos a representação política dos trabalhadores nas esferas municipal, estadual e federal.
Os empresários elegem mais representantes aos parlamentos, que os trabalhadores. Daí a agenda em curso, que não por acaso, coincide com a agenda do governo Temer.
O movimento sindical resolve os problemas coletivos dos trabalhadores, mas os trabalhadores votam, majoritariamente, naqueles que criam os problemas para a classe trabalhadora, os empresários! Assim, ganhamos no micro, no varejo e na periferia, e perdemos no macro, no atacado e no centro.
A luta em curso exige-nos estratégias, visão de médio e longo prazos, unidade, pelo menos de ação, o resgate do trabalho de base e muito preparo político e fôlego, porque a corrida para a qual fomos escalados não é de 100 metros rasos, é uma longa maratona!
(Marcos Verlaine é jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap)
Setor de serviços cai 2,2% em janeiro
29 de Março de 2017, 9:34O setor de serviços recuou 2,2% em volume em janeiro, em relação a dezembro de 2016,depois de ter registrado crescimento de 0,7% em dezembro e se mostrado estável (0,0%) em novembro. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o setor apontou queda de 7,3%.
Com esses resultados, a taxa acumulada no ano ficou em -7,3% e em 12 meses, -5,2%. Os números são do IBGE e mostram, cruamente, o estrago que o governo golpista vem fazendo na economia brasileira e contrariando os "analistas" que pintam um país cor-de-rosa.
Na série livre de influências sazonais, o segmento de serviços de informação e comunicação apresentou crescimento de 5,5%, enquanto que os demais segmentos registraram recuos, na seguinte ordem: serviços profissionais, administrativos e complementares (-14,5%), serviços prestados às famílias (-3,6%), outros serviços (-3,0%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-0,7%). O agregado especial das atividades turísticas apresentou recuo de 11,0%, na comparação com o mês imediatamente anterior.
Os resultados regionais do setor de serviços, em janeiro, mostraram as maiores variações positivas de volume, em relação a dezembro, no Mato Grosso (31,1%), Alagoas (13,8%) e Piauí (12,6%). As maiores variações negativas foram observadas em Roraima e Amapá (ambas com -13,1%), Sergipe (-12,8%) e Maranhão (-8,1%).
O trabalhador de segunda classe
28 de Março de 2017, 15:54TV paga perde mais assinantes; vendas no varejo derretem
27 de Março de 2017, 18:35O Brasil Novo a cada dia surpreende: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou em fevereiro mais uma queda no número de assinantes de TV paga. No segundo mês do ano, a TV por assinatura tinha 18,6 milhões de clientes, o que corresponde a uma diminuição de 0,51% em relação a janeiro. Nos últimos 12 meses, a redução chegou a 2,02%.
Nenhuma tecnologia de TV por assinatura apresentou crescimento de janeiro para fevereiro de 2017, segundo a Anatel. Em termos absolutos, a maior redução foi registrada por usuários de satélite, serviço que perdeu 319.303 assinantes (-2,91%).
Sergipe liderou a redução percentual no número de usuários de TV paga em fevereiro, com uma queda de 3,67%, seguido de Pernambuco, com redução de 1,58%, e da Bahia, com diminuição de 1,15%.
A redução do mercado consumidor no Brasil Novo, porém, é mais ampla: o volume de vendas do varejo nacional deve cair 3,6% entre setembro do ano passado e setembro deste ano, de acordo com estimativa do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“A perspectiva é de uma recuperação lenta do varejo nos próximos meses, mas ainda no campo negativo. O aumento do desemprego, a queda na renda do trabalhador e a escassez de crédito dificultam uma retomada mais rápida”, disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Alencar Burti.
O universo paralelo dos coxinhas
27 de Março de 2017, 18:11Coxinhas só conhecem o amor entre os seus pares, não sabem o que é amor fraterno.
Coxinhas pensam que o mundo nasceu assim e isso é muito justo porque quem trabalha e é honesto vence na vida.
Coxinhas têm a profundidade de um pires em seu entendimento do mundo. Quando os coxinhas vão às ruas para tentar mudar o mundo, o resultado é sempre o agravamento dos problemas sociais e políticos.
Coxinhas são massa fácil de ser manobrada por quem apela ao ódio, à violência institucionalizada e aos preconceitos de todo tipo. Nunca um golpe foi tão esclarecedor da ignorância e da arrogância imbecilizada dos coxinhas quanto este que tirou do poder uma presidente eleita pra colocar em seu lugar um grupo de coveiros da dignidade humana.