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A Chegada Dos Novos Tempos - 3

13 de Fevereiro de 2013, 22:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 14/02/2013

Nesses dias tenho procurado expor os novos valores que passam a dominar a política brasileira. São ideias cujo tempo certo chegou, para usar a expressão de Abraham Lincoln.

 

O grande problema brasileira é a falta de instituições que garantam a continuidade dessas novas ideias, desse novo tempo.


O primeiro problema sério é o Congresso e o modelo político.  Ninguém sabe a rigor quem é seu representante no Congresso. Existem deputados bancados por empresas, por setores, grupos ou corporações.


Na verdade, essa pulverização é própria da Câmara Federal que, espera-se, represente um leque variado de interesses setoriais ou regionais. O problema é o financiamento público de campanha que terminou por jogar nos braços dos grandes grupos a definição da lista de candidatos partidários (escolhe-se quem tem mais possibilidade de trazer financiamento para o partido). Ou seja, os agentes orquestradores das demandas deveriam ser os partidos políticos, definindo programas claros. Mas não existem.


***


Esse modelo levou aos governos de coalizão e a crises institucionais periódicas, lembra o leitor Igor Cornelsen, que vão do suicídio de Vargas, à renúncia de Jânio, ao golpe de 64, ao impeachment de Collor.


***


Outro ponto sensível é a questão do desenvolvimento


Na Ásia, o modelo econômico é o mesmo, com a busca da industrialização, do crescimento, da inovação, do emprego qualificado. Entra governo, sai governo, mantem-se os mesmos valores e as mesmas linhas de ação.


No Brasil, depende do governo de plantão. FHC e o governo Lula (até a crise de 2008) vieram a reboque dos ventos internacionais. Só quando a crise internacional explodiu, o país conseguiu se livrar da inércia na política econômica.


Agora, tenta-se retomar o desenvolvimentismo, mas com enormes dificuldades em todas as áreas, em sistemas de controle, na mídia, nos setores ambientalistas, nas próprias empresas (muitas delas inconformadas com redução de margem). É só analisar o problema de definir um câmbio competitivo, dos custos do investimento e da falta de competitividade da empresa nacional.


Não se trata, portanto, de um sentimento capaz de garantir o projeto de desenvolvimento independentemente do presidente do momento.


***


A falta dessas ideias mobilizadoras torna o quadro político instável. Não existem partidos programáticos. O PSDB tentou ser socialdemocrata, tornou-se neoliberal no período FHC e hoje em dia não é nada. No PT convivem desde linhas de pensamento amplamente estatizantes até setores que buscam a social democracia.


Tem-se em Dilma Rousseff e Fernando Haddad um modelo socialdemocrata claro, com atuação indutora forte do Estado e parceria com a sociedade civil – empresas privadas, organizações sociais, etc. Mas seria um pensamento consolidado no partido? Não é certo.


***


São duas realidades desafiadoras. Numa ponta, a Internet avalanche de novas ideias que brota das discussões públicas nas redes sociais; novos grupos sendo incluídos no debate. Na outra, um aparato institucional anacrônico, dos partidos políticos às máquinas estaduais e federal, passando pelos demais poderes – incluindo a mídia.


Este será o desafio das próximas décadas: criar instituições suficientemente dinâmicas para absorver o novo.


 

FOCUS: Mercado amplia projeção de inflação


Os analistas do mercado financeiro voltaram a ampliar seus prognósticos para a taxa oficial de inflação em 2013, segundo dados do relatório Focus, elaborado pelo Banco Central. A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi ajustada de 5,68% para 5,71% - cada vez mais distante do centro da meta de inflação, de 4,5%. A expectativa para a variação de fevereiro foi ampliada de 0,40% para 0,41%, ao passo que os números de 2014 seguem em 5,5% há 13 semanas.


 

Juros para a pessoa física perdem força


A taxa de juros média geral para pessoa física foi reduzida em 0,01 ponto percentual durante o mês de janeiro, passando 5,44% ao mês em dezembro, para 5,43% ao mês em janeiro, o menor resultado apurado desde 1995, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral manteve-se estável em 3,07% ao mês, também a menor desde 1995.

 

Balança tem déficit mensal de US$ 741 milhões


A balança comercial brasileira apresenta um déficit de US$ 741 milhões durante o mês de fevereiro (média diária negativa de US$ 123,5 milhões), segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Nos seis dias úteis de fevereiro (1° a 10), as exportações foram de US$ 4,998 bilhões, e as importações estão em US$ 5,739 bilhões. No ano, o saldo da balança comercial está negativo em US$ 4,776 bilhões, com resultado médio diário negativo de US$ 170,6 milhões.


 

Superávit fiscal americano atinge US$ 2,8 bi


Os Estados Unidos registraram um superávit fiscal de US$ 2,8 bilhões em janeiro, segundo o Departamento do Tesouro. Em janeiro de 2012, o Estado norte-americano teve um déficit de US$ 27,4 bilhões. De acordo com os dados divulgados, as receitas do Estado subiram 16,1%, atingindo US$ 272,2 bilhões, enquanto os gastos aumentaram 2,95%, chegando a US$ 269,3 bilhões. Desde o começo do ano fiscal, em outubro, o déficit fiscal federal caiu 17%, chegando a US$ 290,4 bilhões.


 

Produção industrial cai 2,4% na zona do euro


A produção industrial registrou queda de 2,4% na zona do euro e de 2,3% na União Europeia em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo o Eurostat, o Instituto de Estatísticas do bloco. Em novembro, o indicador havia caído 0,7% na zona euro e 0,6% na União Europeia. A alta apresentada na união monetária se deveu à forte alta da produção de bens de consumo duradouros e não duradouros (2% em ambos os casos) e bens de capital (+1,3%).


 

BCE discute plano de compra de títulos


O modelo de compra de títulos empregado pelo Banco Central Europeu (BCE) será usado apenas em caso de grandes problemas na condução da política monetária. A declaração foi feita pelo presidente do BCE, Mario Draghi, em pronunciamento a autoridades espanholas. Segundo agências de notícias internacionais, os comentários mostram que a autoridade monetária da zona do euro não tem pressa em adotar o plano anunciado em setembro, denominado Transações Monetárias Diretas (OMT, na sigla em inglês).

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