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A Discussão dos Alienistas Sobre a Selic

10 de Fevereiro de 2013, 22:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 11/02/2013

 

O Brasil pode ter avançado em muitos pontos, mas a discussão sobre política monetária e fiscal ainda é um fast-food, de uma irracionalidade a toda prova.


Desde meados dos anos 90, amarrou-se a política a um conjunto de bordões ideológicos, em geral ecoados por analistas da mídia, sem nenhuma relação com o mundo real.


Sucessivos governos, Ministros da Fazenda, presidentes de Banco Central continuam presos a esse mantra e a paradigmas que já foram amplamente desmentidos pelos fatos.


***


Tome-se a atual direção do Banco Central.


De 2011 para cá conseguiu feito extraordinário, que foi baixar a taxa Selic de 12,5% para 7,5%, bancando a aposta com o mercado e vencendo. No início da empreitada, era considerado temeridade baixar em meio ponto a taxa Selic. Baixou-se em 5 pontos e o mundo não se acabou.


Para chegar aí, no entanto, o BC curvou-se a uma linguagem esotérica, fundada muito mais na fé cega do que na faca amolada da razão.


***


A Selic é considerada a taxa básica da economia, a partir da qual todas as demais taxas se formam. Os teóricos acreditam que mexendo no início da cadeia dos juros, o efeito se propagará até a ponta, chegando no consumidor. E, pela queda da demanda, desestimulando os reajustes de preços.


***


Tem-se uma economia em que os consumidores pagam taxas de juros (depois de toda queda) de 4% ao mês ou 60% ao ano; pequenas e médias empresas (depois de toda queda) pagam taxas mínimas de 2% ao mês (na média, deve ser mais), ou 27% ao ano; e grandes empresas tomam empréstimos no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que é inferior à Selic e não é influenciada por seus movimentos.


Suponha um aumento de 0,5 ponto na Selic. Trata-se de taxa anual. Em termos mensais equivale a 0,04% (!).


Se esse aumento for integralmente repassado para os juros do consumidor, em lugar de taxas de 4% ao mês, ele pagará taxas de 4,04%. Em um financiamento de R$ 1.000,00 por 12 meses, a prestação do consumidor subirá de R$ 106,55 para R$ 106,80; a da pequena e média empresa de R$ 94,55 para R$ 94,79. A da grande empresa não sofrerá mudança


Qualquer ser racional olhará esses números e constatará que a alta da Selic não terá nenhuma influência sobre decisões de consumo.


***


O BC não sabe disso? Evidente que sabe. Basta um técnico versado em matemática financeira para matar a charada em dois tempos.


No entanto, tem-se uma discussão sem nexo entre analistas de mercado (loucos para romper a trajetória de queda da Selic) e o próprio BC, em torno da necessidade de aumento ou não os juros em função da alta da inflação.


Se quiser conter a demanda, bastará ao BC aumentar o imposto sobre operações financeiras, reduzir prazos de financiamento, exigir entradas maiores. O efeito será na veia. Mas fica-se discutindo o inócuo, uma taxa cujo único efeito é arrasar com os recursos orçamentários desviados para pagamento de juros.


***


Hoje em dia, mudou a lógica dos verdadeiros formadores de opinião no mercado. A discussão em torno da Selic envolve apenas economistas de segunda mão, cuja única competência é discutir Selic; e jornalistas que repetem o que ouvem de suas fontes.

Não é sério.

 

Emprego industrial cai 1,4% em 2012

O total de cidadãos com ocupação na indústria brasileira recuou -1,4% durante o ano de 2012, e reverteu os resultados positivos registrados em 2011 (1,0%) e em 2010 (3,4%), todas as comparações contra igual período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa acumulada nos últimos 12 meses passou de -1,3% em novembro para -1,4% em dezembro, e manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).

 

União Europeia fecha orçamento comunitário

Os dirigentes da União Europeia (UE) conseguiram chegar a um acordo sobre o orçamento comunitário para os próximos sete anos, e que é marcado pela austeridade. As medidas estabelecem um teto para os gastos, no valor de 960 bilhões de euros, queda de 3% sobre o visto no orçamento anterior, e um teto do montante a ser pago pelos países membros de 908,4 bilhões de euros. Esta é a primeira vez na história do bloco econômico que o orçamento é inferior ao do período anterior.

 

IPC-S avança 0,88% na primeira prévia mensal

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) apurado na primeira semana de fevereiro apresentou crescimento de 0,88%, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação ao longo do período, sendo que o principal destaque partiu do grupo Habitação (-0,17% para -0,59%), devido ao item energia elétrica (de -5,19% para -9,00%).

 

IPC-S desacelera em seis capitais

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) diminuiu em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas na primeira semana de fevereiro. O indicador subiu apenas em Porto Alegre, onde o dado passou de 0,92% para 0,93%. Belo Horizonte é a capital com maior queda, ao passar de 1,29% para 1,01%, seguida por Salvador (de 0,93% para 0,87%), Brasília (de 1,27% para 1,03%), Recife (de 1,17% para 0,92%), Rio de Janeiro (de 0,88% para 0,75%) e São Paulo (de 0,98% para 0,86%).

 

Dados de emprego tem leve melhora

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) subiu 0,7% em janeiro deste ano em relação ao mês anterior, segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). As avaliações positivas feitas pelos empresários de serviços foram as que mais contribuíram para o aumento do indicador. Contudo, a percepção do consumidor sobre o mercado de trabalho piorou: o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 2,7% entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano – quanto maior o índice, mais negativa a perspectiva.

 

EUA conseguem reduzir déficit comercial

O déficit comercial dos Estados Unidos encolheu em dezembro para US$ 38,5 bilhões, resultado considerado o menor em quase três anos, em um sinal de que a economia local apresentou um desempenho acima do que era inicialmente esperado - e que pode, inclusive, culminar com uma revisão para cima da leitura preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre. No ano, o déficit comercial norte-americano recuou 3,5%, para US$ 540,4 bilhões.

 

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