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A Guerra Entre os Poderes e o Caso Ayanna

8 de Setembro de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 10/09/2012

 

O julgamento do mensalão envolve várias disputas. A mais ostensiva – e menos relevante - é entre governo e oposição. Não há dúvida de que o PT incorreu em crime ao se financiar para bancar campanha de correligionários e políticos aliados. Aliás, o mesmo crime em que se sujeitou o PSDB em Minas Gerais e qualquer outro partido que se habilite a disputar eleições nesse modelo de financiamento privado de campanha.


Mas a disputa para valer é em outra instância. Tem-se uma batalha em andamento por espaço político, da parte do STF, da Procuradoria Geral da República e do próprio Congresso – com membros da CPMI de Cachoeira tentando envolver o Procurador Geral Roberto Gurgel.


Nessa disputa, sobram tiros para todos os lados, pouco importa se são culpados ou inocentes, se integrantes de grupos ou simples espectadores de crimes alheios.


É o caso da a executiva Ayanna Tenório, do Banco Rural.


Sobre o tema, escrevi no meu bog:

Joaquim Barbosa, relator do mensalão:

“Não sou de dar satisfações, até porque acho que o Supremo não tem de dar satisfação alguma. Mas esse processo foi feito com total transparência. Os atos que pratiquei nesse processo poderia classificar até de muito generosos”.


Levará tempo para que o Supremo apague da memória geral a imagem dele próprio, projetada pelo anjo vingador, Joaquim Barbosa. Tenho para mim que a história registrará sua participação como o Torquemada, o condenador implacável, o justiceiro sem nenhuma sensibilidade para com pessoas que estavam sendo julgadas. O homem que aboletou-se no cargo e, a partir daí, passou a valer-se dele como revanche da vida. Um vingador a quem o sofrimento, as humilhações pelas quais passou no início de vida, tornaram-no mesquinho, ao invés de um vencedor generoso.


***


Não me refiro à condenação de Katia Rabello e outros dirigentes do Banco Rural, justamente condenados com base em sua participação objetiva nas tramoias. Mas na maneira como Barbosa quis a todo custo executar  a vice-presidente Ayanna Tenório 


Ela foi absolvida por 9 votos a 1 por uma corte implacável. Nove Ministros, dos quais 7 com propensão a condenar, que nada viram que pudesse comprometer a executiva. O único voto pela condenação foi de Joaquim Barbosa.


A sanha  de afirmação política do STF e do Procurador Geral da República, até então, não tinha poupado ninguém.


Ayanna foi o primeiro  sinal de que não haveria execução sumário de todos os envolvidos pela sanha do Procurador Geral. Não foi outro o motivo que levou meu colega Jânio de Freitas a escrever, em sua coluna de ontem na Folha, que finalmente o STF tinha descoberto que existiam pessoas, seres humanos sendo julgados.


Dentre todos, nenhum magistrado foi tão insensível quanto Joaquim Barbosa. Arrogante até a medula, atropelando princípios de direitos individuais, chegou a interromper colegas que defendiam a inocência da executiva, para alardear que ela estava recorrendo a malandragens para se safar.


Um paradoxo: o grande homem, enquanto lutava para vencer preconceitos e dificuldades produzidas pela vida; uma figura mesquinha, quando chegou ao topo.


 

IGP-DI sobe 1,29% em agosto


O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerrou o mês de agosto em alta de 1,29%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IGP-DI variou 8,04%, enquanto a taxa acumulada no ano é de 6,52%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) atingiu 1,77%, abaixo dos 2,13% de julho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,44%, ante 0,22% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,26%, abaixo dos 0,67% de julho.


 

Inflação deve cair no longo prazo, diz ata do Copom


A inflação vai seguir em direção à meta de forma não linear, na avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A meta de inflação tem como centro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo a ata da última reunião do colegiado, “a inversão na tendência da inflação contribuirá para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial as dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação neste e nos próximos semestres”.

 

Consumidores aumentam gastos em agosto


O movimento dos consumidores nas lojas em todo o país cresceu 2% em agosto ante o resultado de julho, efetuados os ajustes sazonais, segundo a consultoria Serasa Experian. Na comparação com 2011, o crescimento foi de 13,4%, a maior alta desde março de 2010. Segundo os economistas, o avanço reforça os prognósticos de um segundo semestre com maior dinamismo econômico, motivado por fatores como queda dos juros e recuo gradual da inadimplência.


 

Produção industrial desacelera em nove regiões


Os índices regionais da produção industrial caíram em nove dos 14 locais apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre junho e julho. As quedas mais acentuadas ficaram com Goiás (-6,3%), no Amazonas (-5,9%) e no Pará (-3,2%), e áreas como Paraná (-1,1%), São Paulo (-0,7%) e Rio Grande do Sul (-0,7%) mostraram quedas mais moderadas. As cinco regiões que avançaram foram Rio de Janeiro (4,6%), Região Nordeste (0,9%), Bahia (0,4%), Ceará (0,4%) e Santa Catarina (0,2%).


 

IBGE amplia estimativa para safra agrícola


A safra brasileira de grãos deve chegar a 164,5 milhões de toneladas em 2012, superior em 2,8% à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 0,7% maior que a estimativa de julho (163,3 milhões de toneladas), segundo o Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE). Já os 49,5 milhões de hectares de área a ser colhida representam um aumento de 1,6% na comparação com 2011 e de 0,2% na avaliação do mês anterior. O arroz, o milho e a soja respondem por 85,1% da área a ser colhida.


 

BNDES reduz desembolsos em 2% no ano


O total de empréstimos e investimentos liberados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi reduzido em 2% nos primeiros sete meses do ano em comparação a 2011, passando de R$ 69,3 bilhões para R$ 67,9 bilhões. Porém, o banco manteve a expectativa de crescimento do desembolso anual em cerca de R$ 10 bilhões  – que deve passar de R$ 139 bilhões, em 2011, para cerca de R$ 150 bilhões, em 2012.

 

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