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A Hora de Repensar os Reservatórios de Hidrelétricas

3 de Março de 2013, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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 Coluna Econômica - 04/03/2013

 

Vamos retomar a questão dos reservatórios em usinas.


 

Antes de Belo Monte, houve abusos extremos contra o meio ambiente, na usina de Balbina. Imensos lagos inundaram enormes áreas de mata.


Houve a grita dos movimentos ambientalistas, uma ação mais firme do Ministério Público Federal, maior rigor do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), da Funai (Fundação Nacional do Índio).


A partir daí, no entanto, o pêndulo virou de forma perigosa.


Decisões de política pública não são neutras nem indolores. São escolhas. Como tal, cabe à política pública buscar o ótimo, a compatibilização ideal entre as várias prioridades.


***


No caso dos reservatórios de hidrelétricas, há duas prioridades: mitigação dos efeitos ambientais e segurança energética. Se se conferir 100% de prioridade a um lado, mata-se o outro.


Por segurança energética entenda-se um volume de água armazenada que garanta alguns meses de consumo. Como o consumo aumenta todo dia, o mesmo tem que ocorrer com os reservatórios. Dos reservatórios depende o próprio  crescimento das energias alternativas  sustentáveis.


Por exemplo, não se pode apostar na energia eólica se não houver reservas para compensar períodos de menor vento.


***


Certamente não se pretende voltar à devastação dos projetos anteriores. Mas não se pode tratar a questão ambiental e indígena como intocável. Nem definir uma regra geral para todo projeto, sem atentar para as características de cada um.


Não tem lógica.


Hoje em dia, há um bom potencial energético de futuras usinas com lagos de tamanho médio, com boa possibilidade de mitigação de eventuais transtornos ambientais ou para populações da área.


Se determinada obra poderá afetar a vida econômica de uma centena de pessoas, por exemplo, há alternativas imensamente mais baratas de resolver a questão, do que interromper a obra ou comprometer sua eficácia energética. Por exemplo, providenciar uma renda vitalícia às famílias afetadas, que seja mais do que ganham atualmente. Ou providenciar sua mudança para outra região, similar.


Órgãos ambientais poderão se condoer do fato das famílias trocarem o dia a dia da pesca por uma renda mensal vitalícia. Mas será que, consultadas, elas recusariam essa troca? Na outra ponta estão 190 milhões de brasileiros que necessitam da energia como fator não apenas de segurança como de promoção social. Não se trata de ganha-ganha mas de um ganha-perde.


E não se trata de tirar os direitos dos indígenas ou habitantes da selva, mas de negociar compensações e propor mudanças defensáveis, negociadas e, sob supervisão de todas as ONGs ambientais.


***


Desde os anos 70 tem-se essa questão indígena em jogo. É possível permanentemente manter índios e ribeirinhos com seu status histórico? Ora, seria possível remanejamentos negociados dentro da própria selva. Além disso, reservatórios são locais que, se bem aproveitados, podem se constituir em fontes de receita para pesca, turismo.


Enfim, há um conjunto de saídas legítimas, negociadas, que dependem apenas do bom senso das partes envolvidas.


 

IBGE 01: PIB cresce 0,9% em 2012

A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) durante o ano de 2012 chegou a 0,9%, seu pior resultado desde 2009, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  A expansão anual foi decorrente do aumento de 0,8% do valor adicionado a preços básicos e do crescimento de 1,6% nos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho da Agropecuária (-2,3%), Indústria (-0,8%) e Serviços (1,7%).

 

IBGE 02: PIB per capita sobe 0,1% em 2012

Já o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país cresceu apenas 0,1% no ano passado, apesar de a economia ter registrado expansão de 0,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2011, o PIB per capita havia crescido 1,8% enquanto a economia teve expansão de 2,7%. No anterior, as taxas haviam sido 6,5%, no PIB per capita, e 7,5%, no PIB. De acordo com a entidade, o avanço populacional em 2012 ficou acima do crescimento do PIB.

 

Mantega admite que PIB ficou abaixo do esperado

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. Em entrevista coletiva, le avaliou que, embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas, houve uma aceleração da atividade econômica ao longo do ano. “Foi um ano de PIB mais baixo, abaixo das nossas expectativas, porém em uma trajetória positiva, uma trajetória de aceleração que vai continuar e nos levar aos objetivos de crescimento que nós estabelecemos para o Brasil”, disse.

 

IPC-S fecha fevereiro em alta de 0,33%

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) apresentou variação de 0,33% na última semana de fevereiro, 0,07 ponto percentual acima da última divulgação, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Quatro das oito classes de despesa avançaram durante o período de pesquisa, com destaque para o grupo Habitação (-1,87% para -1,28%). Por outro lado, grupos como Educação, Leitura e Recreação (de 1,15% para 0,31%) e  Alimentação (de 1,48% para 1,33%) desaceleraram no período.

 

Balança tem déficit de US$ 1,276 bilhão

A balança comercial brasileira fechou fevereiro com déficit de US$ 1,276 bilhão, pior resultado para o mês desde o início da série histórica. Anteriormente, o resultado mais fraco havia sido déficit de US$ 1,1 bilhão em fevereiro de 1997. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as aquisições do Brasil no mercado internacional ficaram em US$ 16,827 bilhões contra US$ 15,551 bilhões em vendas externas.

 

Petrobras e Vale perdem R$ 260 bi na Bolsa em dois anos

A Petrobras e a Vale perderam R$ 261,9 bilhões em valor de mercado desde dezembro de 2010 , segundo dados divulgados pela consultoria Economatica. A Petrobras lidera as perdas no período, com resultado negativo de R$ 179,3 bilhões. A estatal que era avaliada em R$ 380,2 bilhões, fechou o pregão de ontem com valor de mercado de R$ 200,9 bi. No mesmo período, a Vale perdeu R$ 82,6 bi, passando de um valor de mercado de R$ 275 bi para R$ 192,3 bilhões.

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Tags deste artigo: nassif economia índices energia hidrelétricas

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