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A Não-Etiqueta das Redes Sociais

18 de Outubro de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 19/10/2012


 

Muito se tem falado sobre as virtudes das redes sociais. De fato, elas ajudam a criar um novo tipo de indivíduo-cidadão.


Antes da Internet – e das redes sociais – o cidadão médio limitava-se a participar da vida pública apenas nas eleições. No intervalo delas, conformava-se em ler jornais (os mais bem informados) e no máximo participar de discussões no trabalho ou no bar.


A Internet conferiu um protagonismo até então inexistente. O cidadão pode apoiar ou rejeitar mensagens (com o botão Curtir), difundir mensagens que goste e até colocar suas próprias opiniões em grupos de discussão ou de relacionamento.


Nas empresas, as redes sociais possibilitaram enormes ganhos de sinergia, relacionamento, aparecimento de novas ideias, aperfeiçoamento de processos.


***


Mas nos grandes ringues públicos – Facebook, Twitter, Orkut – o jogo é outro.


Nos anos 90, quando surgiu o fenômeno das salas de chat, muitas pessoas entravam anonimamente nas salas e faziam, ali, o que não ousariam fazer em público ou onde pudessem ser identificados. Brincadeiras, cantadas, agressões, tudo era permitido.


***


Quando as redes sociais ganharam ímpeto, os personagens, antes anônimos, passaram a ser identificados. Pensava-se, então, que a etiqueta na rede seguisse aquela vigente nas relações presenciais. Coisas simples, do tipo: não ofenda uma pessoa de cujas ideias discorde; não agrida verbalmente ninguém; comporte-se com educação.


Especialmente em períodos eleitorais, nas redes sociais impera virulência em níveis inacreditáveis, independentemente da classe social, formação escolar ou nível intelectual. É um vale-tudo fantástico.


Mais que isso. Nas modernas sociedades democráticas, uma das características do indivíduo é o individualismo, o isolamento. Os clássicos do estudo das democracias já captavam, ainda no século 19, essas características no chamado homem médio.


Primeiro, uma insegurança em relação à posição social ou financeira, fruto da mobilidade social que caracteriza regimes democráticos – e que tendem a se agudizar em períodos de grandes transformações, como os que passamos.


A insegurança provoca nele um conservadorismo terrível, que o faz reagir contra ameaças de perda de status ou da condição financeira – presentes na ascensão de novas classes sociais. Foi assim nos EUA do século 19 e é assim no Brasil do século 21.


Uma das maneiras de romper o isolamento, e se sentir mais fortalecido, é seguir o chamado “efeito-manada”, o sentimento que julga ser preponderante na maioria. Em grau menor, até algum tempo atrás essa homogeneização do pensamento era proporcionado pela chamada grande mídia, ao vocalizar valores que, pelo efeito-manada, acabavam preponderantes no universo da chamada opinião pública.


***


Com as redes sociais, esse mundo homogêneo fragmentou-se. Agora, cada indivíduo pertence a um grupo – como torcidas organizadas– e os mais rústicos e despreparados apegam-se ao grupo como se fosse seu universo único, agredindo todos de quem possam divergir.


Espera-se que seja uma fase passageira, fruto da infância das redes sociais. Mas que assusta, assusta.


 

Empresas reduzem demanda por crédito


A quantidade de empresas que procurou crédito em setembro foi 17% menor ante agosto, segundo a Serasa Experian. Em relação a setembro de 2011, a demanda das empresas por crédito foi 15% inferior. No ano, a busca registrou variação negativa de 3% perante o mesmo período de 2011. O maior recuo na demanda das empresas por crédito ocorreu nas micro e pequenas empresas (queda de 17,9% frente agosto). Nas médias empresas a redução foi de 2,5%, enquanto o aumento nas grandes empresas foi de 0,2%.


 

BC 01: Copom sinaliza superávit primário de 3,1%


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central espera que o superávit primário fique em torno de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a ata da última reunião, o comitê retirou a expressão “sem ajuste” da frase em que diz esperar o cumprimento da meta fiscal, um sinal de que o governo pode recorrer ao desconto dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para cumprir a meta este ano. Para 2013 e 2014, o BC espera pelo cumprimento da meta, “sem ajustes”.


 

BC 02: Cenário era propício para ajuste, diz Selic


A maioria dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central entende que restam incertezas quanto ao ritmo de recuperação da atividade econômica. Segundo a ata da última reunião, os diretores argumentaram que “as recentes pressões de preços decorrem, principalmente, de choques de oferta (...) que tendem a reverter no médio prazo” e que, para a maioria dos integrantes do comitê, “o cenário prospectivo para a inflação ainda comportava um último ajuste nas condições monetárias”.


 

Vendas do varejo devem avançar ao fim do ano


O comércio varejista está otimista com relação ao último trimestre de 2012: a expectativa é de que as vendas registrem alta de 7% para outubro, 9,8% em novembro e 8,8% em dezembro, na comparação com os mesmos meses do ano passado, segundo o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo).  Como consequência desse processo de aceleração das vendas, o varejo deve registrar um crescimento real de 2%.


 

Governo regulamenta Cadastro Positivo


O decreto de regulamentação do Cadastro Positivo, que lista os bons pagadores no país, foi publicado na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União. O sistema poderá permitir que brasileiros que pagam suas contas em dia tomem crédito com juros mais baixos. Pelo texto, a inclusão dos nomes no Cadastro Positivo é opcional. A autorização pode ser dada pelo consumidor por meio de uma loja onde pretende fazer uma compra financiada ou diretamente à empresa gestora de banco de dados.


 

China cresce 7,4% no terceiro trimestre


O crescimento na China desacelerou a 7,4% ao ano no terceiro trimestre de 2012, atingindo seu menor nível desde o primeiro trimestre de 2009 (6,6%), de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONE). Nos três primeiros trimestres de 2012, a alta anual do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 8,1%, antes de cair a 7,6% no segundo. Nos nove primeiros meses do ano, o crescimento do PIB do país foi de 7,7% na comparação com o mesmo período em 2011.

 

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