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A Pacificação do Funcionalismo Público

26 de Setembro de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 27/09/2012

 

Ministra-Chefe do Ministério do Planejamento, Miriam Belchior, considera que as demandas do funcionalismo público estão pacificadas pelos próximos três anos, após acordo definindo regras de reposição de salários – e aceitos por categorias representando 96% do funcionalismo.


Disse que algumas centrais sindicais disseram nunca ter conseguido acordo de prazo tão prolongado no setor privado.


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Miriam justificou aumentos diferenciados para algumas categorias prioritárias, como as universidades federais e o setor militar. Mas informa que o atendimento de todas as demandas iniciais dos sindicatos, dobraria o custo da folha, como proporção do PIB.


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Miriam considera que o maior empecilho aos investimentos públicos no país é a carência de projetos técnicos – tanto da parte da União, estados e municípios, quanto do setor privado.


Durante décadas, o setor público se organizou para impedir investimentos, seja por conta da crise fiscal dos anos 80, seja por conta da obsessão por superávits primários nos anos 90 e 2.000. Além disso, várias gerações de engenheiros foram absorvidas pelo mercado financeiro ou em funções menores.


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Quando o governo decidiu iniciar os programas de investimentos, deparou-se com enorme carência de projetos executivos (aqueles mais detalhados), seja para grandes obras, seja para obras municipais de saneamento.


Esta foi a razão de, no início, parte relevante dos recursos para saneamentos não ter sido demandado pelas prefeituras.


Depois, gradativamente as obras começaram a ganhar ritmo. “É um trabalho extenuante”, admite ela, “mas que é plenamente compensado quando se conferem os resultados no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).


De acordo com a pesquisa, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a rede coletora de esgoto alcançou mais 3,8 milhões de domicílio entre 2009 e 2011 – passando de 59% para 62,6% dos domicílios. No Norte o aumento foi de 63,8%, passando de 547 mi para 896 mil unidades.


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Sem projetos executivos, para impedir maiores atrasos, foram feitas licitações com projetos básicos (sem o detalhamento final), muitas vezes insuficientes para entender todas as dificuldades dos projetos. Foi como se trocasse pneu sem parar o carro.


Mesmo assim, diz Miriam  no PAC 1 já se conseguiu implementar 96% dos recursos previstos. E o PAC 2 está em pleno andamento.


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Desde o “Avança Brasil” – no governo FHC – tenta-se avançar em formas superiores de coordenação de despesas, através de comissões interministeriais.


A partir do PAC 1, criaram-se salas de situação para analisar e conduzir cada grande projeto. Juntam-se numa sala representantes dos diversos ministérios, autarquias, eventualmente estados e municípios envolvidos. Reúnem-se todos, identificando todos os problemas envolvidos, encaminhando soluções e definindo responsabilidades a cada qual. Depois, assinam um documento com a especificação das responsabilidades.


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Foi dessa maneira que definiram-se as grandes obras de infraestrutura do centro-oeste, explica Miriam  rebatendo críticas de alguns especialistas, de quem não teriam sido obedecidas as análises de fluxos de mercadorias na região.


Operações de crédito avançam em agosto


Considerando as operações com recursos livres e direcionados, o estoque total de crédito bancário chegou a R$ 2,211 trilhões durante o mês de agosto, após elevações de 1,2% no mês e de 17% em 12 meses, segundo o Banco Central. A autoridade monetária afirma que as operações de crédito do sistema financeiro no mês apresentaram um "ritmo de expansão superior ao observado no mês anterior, em ambiente de redução das taxas de juros e spreads bancários e estabilização dos índices de inadimplência".


Inadimplência das empresas avançou 1,7% em agosto


O nível de inadimplência das empresas apresentou um crescimento de 1,7% durante o mês de agosto em relação a julho, segundo a consultoria Serasa Experian. O acréscimo apurado no mês ficou abaixo do registrado em julho, e também foi inferior ao avanço de 1,9% na comparação agosto de 2011 com julho do mesmo período. Para os analistas, os avanços registrados no mês (1,7%) e ante 2011 (8,3%) são resultado de fatores conjunturais mais favoráveis.


 

Confiança industrial aumenta 0,9% em setembro


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) mensurado pela Fundação Getúlio Vargas avançou 0,9% entre agosto e setembro ao passar de 104,1 para 105 pontos, atingindo o maior nível desde julho de 2011. O Índice de Expectativas (IE) superou a média histórica recente em setembro, alcançando 104,9 pontos, resultado 1,7% acima do mês anterior. O Índice da Situação Atual (ISA) apresentou relativa estabilidade, ao recuar 0,1%, para 105 pontos.


Desemprego no país subiu para 11,1%


A taxa de desemprego no conjunto de sete regiões metropolitanas do país subiu para 11,1% em agosto, ante 10,7% em julho, diz pesquisa Dieese/Fundação Seade. No mesmo período do ano passado, o desemprego era de 10,9%. O contingente de desempregados no conjunto das sete regiões em agosto foi estimado em 2,519 milhões de pessoas, 100 mil a mais que em julho. Já a população economicamente ativa (PEA) ficou em 22,752 milhões de pessoas, 135 mil a mais que em julho.


Segmento de serviços puxou economia em 2010


A área de serviços não financeiros avançou acima do ritmo econômico em 2010, o que afetou a retomada do país após a crise de 2008, segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após apresentar um crescimento real de 6,4% na receita operacional líquida em 2009, o setor de serviços voltou, em 2010, a ter alta de 11%, patamar próximo ao obtido em 2008 (11,4%), o que indica a recuperação do setor frente à crise iniciada no segundo semestre de 2008.


Fluxo cambial atinge US$ 187 milhões


O fluxo cambial brasileiro fechou a terceira semana de setembro com um saldo positivo de US$ 187 milhões, segundo o Banco Central. Entre os dias 17 e 21 de setembro, as operações de exportação e importação registraram saldo negativo de US$ 115 milhões, e o segmento financeiro apresentou um saldo positivo de US$ 187 milhões. Com isso, o resultado do fluxo em setembro mostra-se positivo em US$ 647 milhões, enquanto o total no ano chega a US$ 23,636 bilhões.

 

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Tags deste artigo: nassif economia índices fluxo cambial planejamento pac pnad desemprego funcionalismo público

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