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A Qualidade dos Serviços Bancários

14 de Agosto de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 15/08/2012

Ontem o Protest, da Maria Inês Dolci, organizou seminário e apresentou sua pesquisa sobre produtos bancários.

 

A pesquisa consultou 5.095 consumidores entre outubro e novembro de 2011. Constatou a fidelização do cliente ao banco em que mantem sua conta corrente; o fato da maioria dos clientes não saber o quanto paga de tarifas bancárias; e o fato de que a tarifa básica em geral é mais cara do que a cesta de serviços mais caras dos bancos.


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Mediei uma mesa redonda sobre o tema, que reservou algumas surpresas.

Nos anos 80 inaugurei o chamado jornalismo de serviços, criando a seção "Seu Dinheiro", no Jornal da Tarde e, depois, a "Dinheiro Vivo", na Folha. Naquele período, de inflação elevada, o grande serviço prestado era informar o cliente sobre as armadilhas embutidas nas contas do crédito e da aplicação.


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O quadro hoje é outro - embora ainda se tenha muito a avançar.

Nos últimos anos, o Banco Central obrigou à padronização nas formas de informar os juros. Obrigou também a padronização dos serviços bancários, permitindo a comparação entre produtos de bancos diferentes. Também destinou parte da fiscalização para fiscalizar as relações dos bancos com seus clientes.


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De seu lado, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) criou um código de conduta e um sistema de autorregulação, que inclui até penalizações dos infratores. Mas há um longo caminho para se avançar.


Aliás, foi surpreendente a autocrítica de Gustavo Marrone, diretor de autorregulação da Febraban.


Identificou na pesquisa da Protest o reconhecimento do consumidor sobre a estrutura operacional dos bancos brasileiros, das mais avançadas do mundo por conta do período inflacionário. No entanto - salientou Marrone - o sistema ainda padece de muitas deficiências, apontadas na pesquisa.


E aí fica claro que  investimento feito em tecnologia não foi acompanhado por investimento similar em recursos humanos.


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Um dos princípios fundamentais do banco politicamente correto deve ser o de oferecer produtos simples e adequadas a cada consumidor e só ofertar aquilo que o consumidor necessita.

Marrone reconhece as taxas elevadíssimas do cheque especial e do cartão de crédito. Por isso mesmo, diz ele, é para situações de absoluta emergência, de dois, três dias no máximo. Se o cliente está mais do que esse período no cheque especial, é responsabilidade do gerente aconselhá-lo e oferecer linha de crédito mais adequada e barata.


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Em relação à conta corrente, diz ele, a lei diz que não se deve pagar nenhum centavo. Trata-se de uma obrigação básica do banco. Assim como oferecer pacotes padronizados de serviços. Mas reconhece haver falta de transparência nesses pacotes padronizados, gerando problemas de preços.


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Marrone mencionou pesquisa recente de Gesner de Oliveira - ex-presidente do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), atestando que existe competição no setor financeiro.


Pela sua explanação, Gesner foi mais realista que o rei. Marrone admite que competição deixa muito a desejar e o trabalho de Gesner não trouxe nenhuma ideia do que é necessário para melhorar o ambiente competitivo.


Inadimplência do consumidor desacelera em julho


A inadimplência do consumidor registrou queda de 1,5% em julho contra junho deste ano, segundo o indicador calculado pela consultoria Serasa Experian. Na relação anual, a inadimplência subiu 10,5%. Apesar do avanço, este foi o menor patamar desde julho de 2010. De acordo com os economistas, o endividamento foi reduzido em julho devido ao recuo no comprometimento da renda, aos juros mais baixos e aos lotes recordes de restituição do Imposto de Renda que colaboraram para o pagamento de dívidas.


Juros atingem menor patamar desde 1995


A taxa média para pessoa física e jurídica ficou no menor patamar desde 1995, diz a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A média das taxas de juros para pessoa física ficou em 6,12% ao mês, enquanto para a pessoa jurídica ficou em 3,53%. Dentre as modalidades de crédito para pessoa física, apenas o cartão de crédito manteve a sua taxa estável, as demais foram reduzidas. Para a pessoa jurídica, todas as linhas de crédito foram reduzidas.


Indústria paulista tem menos vagas em julho


O nível de emprego na indústria paulista registrou queda, com ajuste sazonal, de 0,16% em julho na comparação com junho, de acordo com levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem o ajuste sazonal, o índice apresentou crescimento de 0,03% em julho, em relação ao mês anterior. No ano, foi registrado crescimento de 1,23% no número de empregos. Em 12 meses, no entanto, houve queda de 3,28%, representando 89 mil demissões.


Banco do Brasil lucra R$ 3,008 bilhões no trimestre


O Banco do Brasil encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 3,008 bilhões, um crescimento de 20,2% ante o trimestre anterior. No semestre, o montante é de R$ 5,510 bilhões. As receitas de intermediação financeira totalizaram R$ 28,639 bilhões, 10,4% superiores ao primeiro trimestre, com destaque para as receitas com operações de crédito e leasing, que somaram R$ 18,212 bilhões. O saldo de depósitos atingiu R$ 467 bilhões, montante 17,9% superior ao visto em junho de 2011.


Economia da zona do euro cai 0,2% no trimestre


A economia da zona do euro apresentou uma redução de 0,2% durante o segundo trimestre do ano ante os primeiros três meses de 2012, segundo o instituto de estatística Eurostat. Na análise do Produto Interno Bruto (PIB) dos 17 países que usam o euro, as quedas mais acentuadas foram registradas em Portugal, (-1,2%), no Chipre (-0,8%) e na Itália (-0,7%). A Alemanha cresceu 0,3% no segundo trimestre, influenciada pelas exportações e pelo consumo interno.


Preços ao produtor avançam nos EUA


Os preços ao produtor nos Estados Unidos avançaram no ritmo mais acelerado em cinco meses por conta dos custos mais elevados em alguns itens, embora a queda nos preços da energia mostre um alívio nas pressões imobiliárias. Segundo dados do Departamento do Trabalho, o Índice de Preço ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) ajustado subiu 0,3%. O núcleo do índice, que exclui os preços de alimentos e energia, subiu 0,4% no mês passado.

 

 

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