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A Repetição da História

September 24, 2012 21:00 , par Castor Filho - 0Pas de commentaire | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 25/09/2012

 

São significativas as semelhanças entre os tempos atuais e o período pré-64, que levou à queda de Jango e ao início do regime militar e mesmo o período 1954, que levou ao suicídio de Getúlio Vargas.


Os tempos são outros, é verdade, e há pelo menos duas diferenças fundamentais descartando a possibilidade de um mesmo desfecho: uma  economia sob controle e uma presidência exercida na sua plenitude, sem vácuo de poder.


***

Tirando essas diferenças, a dança é a mesma.


A falta de perspectivas da oposição em assumir o poder, ou em desenvolver um discurso propositivo, leva-a a explorar caminhos não-eleitorais.


Parte-se, então, para duas estratégias de desestabilização  – ambas em pacto com a chamada grande mídia.


Uma, a demonização dos personagens políticos. Antes do seu suicídio, Vargas foi submetido a uma campanha implacável, inclusive com ataques à sua honra pessoal – que, depois, revelaram-se falsos.


No quadro atual, sem espaço para criticar a presidente Dilma Rousseff, a mídia – especialmente a revista Veja – move uma campanha implacável contra Lula. Chegou  ao cúmulo de ameaçar com uma entrevista supostamente gravada (e não divulgada) de Marcos Valério, como se Valério tivesse qualquer credibilidade.


Surpreendente foi a participação de FHC, em artigo no Estadão, sustentando que o julgamento do “mensalão” marca uma nova era na política. Até agora, o único caso documentado de compra de votos foi no episódio da votação da emenda da reeleição – que beneficiou o próprio FHC.


***


A segunda estratégia tem sido a de levantar o fantasma da guerra fria. Mesmo sabendo que Jango jamais foi comunista (aliás, o personagem que mais admirava era o presidente norte-americano John Kennedy) durante meses e meses levantou-se o “perigo vermelho” como ameaça.


Grande intelectual, oposicionista, membro da banda de música da UDN, em 1963 Afonso Arinos escreveu um artigo descrevendo o momento. Nele, mencionava o anacronismo de (em 1963!) se falar de guerra fria, logo depois de Kennedy e Kruschev terem apertado as mãos. E dizia que, mesmo sendo anacronismo, esse tipo de campanha acabaria levando à queda do governo pelo meio militar, devido à falta de pulso de Jango, na condução do governo.


***

O modelo de atuação da velha mídia é o mesmo de 1964, com a diferença de que hoje em dia não há vácuo de poder, como com Jango.


Primeiro, buscam-se personalidades, pessoas que detenham algum ativo público (como jornalistas, intelectuais, artistas etc.). Depois, abre-se a demanda por comentaristas ferozes. Para se habilitar à visibilidade ofertada, os candidatos precisam se superar na ferocidade dos ataques.


Poetas esquecidos, críticos de música, acadêmicos atrás de visibilidade, jornalistas, empenham-se em uma batalha similar às arenas romanas, onde a vitória não será do mais analítico, ponderado, sábio, mas do que souber melhor agredir o inimigo. É a grande noite do cachorro louco, uma selvageria sem paralelo nas últimas duas décadas.


Com sua postura de não se restringir ao julgamento do “mensalão” em si, mas permitir provocações à presidente da República e a partidos, o STF não cumpre seu papel.


Aliás, o STF do pós-golpe foi muito mais democrático do que o atual Supremo.


 

IPC-S sobe 0,53% em nova avaliação


O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) subiu 0,53% na terceira semana de setembro, ficando 0,04 ponto percentual acima da última divulgação, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Seis das oito classes de despesa apuradas avançaram no período, com destaque para Vestuário (de 0,20% para 0,64%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,38%). As classes que perderam força foram Transportes (de 0,15% para 0,11%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,27% para 0,11%).


Consumidor mais confiante em setembro


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,4% entre agosto e setembro de 2012, ao passar de 120,4 para 122,1 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Embora o indicador tenha interrompido quatro meses de queda, o avanço não foi suficiente para alterar a tendência negativa do indicador medido em médias móveis trimestrais.O Índice da Situação Atual (ISA) cresceu 2,2%, ao passar de 133,5 para 136,4 pontos e o Índice de Expectativas (IE) elevou-se 1,8%, de 113 para 115 pontos.


Atividade econômica cresce 0,4% em julho 0,4%


O índice de atividade econômica mensurado pela consultoria Serasa Experian subiu 0,4% no mês de julho ante o período imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. O resultado apurado no primeiro mês do segundo semestre aponta a maior taxa de expansão mensal dos últimos 15 meses. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a expansão apurada chegou a 1,6%, a maior taxa de crescimento interanual desde novembro do ano passado. No ano, o crescimento chegou a 0,8%.

 

Superávit semanal atinge US$ 454 milhões


A balança comercial apresentou um saldo positivo de US$ 454 milhões durante a terceira semana de setembro, com uma média diária de US$ 90,8 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em cinco dias úteis, as exportações foram de US$ 4,957 bilhões, e as importações atingiram US$ 4,503 bilhões. No mês, o saldo chegou a US$ 2,128 bilhões, ao passo que o saldo positivo da balança comercial no ano totaliza US$ 15,298 bilhões.


Atividade da indústria de construção perde força em agosto


A atividade das empresas que atuam no setor de construção perdeu força no mês de agosto: o indicador de atividade ficou em 48,1 pontos em agosto, abaixo da linha divisória de 50 pontos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O pior desempenho foi verificado entre as pequenas empresas, onde o indicador de nível de atividade ficou em 46,3 pontos. O indicador de utilização da capacidade de operação ficou em 70%. Contudo, as perspectivas para os próximos seis meses são de otimismo.


Conselho Europeu pede urgência com solução de crise


O presidente do Conselho Europeu (CE) voltou a pedir aos líderes políticos resoluções rápidas e práticas para conter os efeitos da crise econômica internacional. Em pronunciamento, Herman Van Rompuy afirmou que a necessidade de se adotar medidas que evitem o agravamento da situação econômica, e que a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo dos 27 integrantes do bloco, que será realizada nos dias 18 e 19 de outubro, será “crucial” para a análise dos planos em discussão em cada país.

 

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