Coluna Econômica - 13/03/2013
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) montou três macrossetores – nas áreas de comércio, serviços e logística -, para discutir o desenvolvimento brasileiro e os impactos sobre o mercado de trabalho.
Com a automação acelerada , tem-se uma mudança estrutural no mercado de trabalho, especialmente no setor de serviços,.
Nos bancos, todo serviço de BackOffice está automatizado. Os caixas eletrônicos e os bancos online ganham espaço a cada dia.
No comércio, os sites de venda também crescem, assim como outras formas de venda, valendo-se da Internet.
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Em todo processo de mudanças radicais nas formas de produção, o trabalho foi arrasado. Foi assim na Revolução Industrial inglesa, na era do fordismo, nos Estados Unidos. E isso porque as mudanças foram inteiramente conduzidas pelas empresas, devido à desorganização e à própria falta de compreensão do processo pelos trabalhadores.
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Agora o jogo é outro. Há consciência sobre a irreversibilidade das mudanças e a necessidade de uma visão estratégica.
A estratégia correta é a de mapear o futuro, entender as características da mudança, para poder participar das discussões e mitigar os efeitos negativos sobre o emprego.
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Tome-se o caso do sistema bancário.
Nas últimas décadas investiu-se fortemente em automação e descuidou-se do recurso humano. Algumas especialidades desapareceram – como o contador e os demais BackOffices de cada agência.
Em compensação, surgiram novas funções nobres, os gerentes de conta, os gerentes de produtos, os técnicos em informática etc..
Agora, que a redução da Selic pela primeira vez provocou a competição dos bancos por crédito, aumentou substancialmente a importância do fator humano, gerente de conta, fazendo a intermediação entre o cliente e os computadores.
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O início de tudo é o mapeamento das profissões que irão desaparecer e das novas que surgirão. No caso das novas, um levantamento minucioso das competências requeridas.
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O passo seguinte será discutir as formas de reciclagem.
Há uma diferença geracional injusta. Os jovens que chegam ao mercado de trabalho vêm muito melhor aparelhados do que os mais velhos. Em geral, possuem diploma superior, domínio do inglês e da informática.
Por outro lado, experiências relevantes dos anos 90 comprovaram a extraordinária versatilidade do brasileiro para se reciclar.
No final dos anos 90, a Mercedes Benz mecanizou uma área, eliminando o trabalho metalúrgico e introduzindo o eletroeletrônico. A área de Recursos Humanos convocou os metalúrgicos – a maioria dos quais com baixíssimo nível de escolaridade – e ofereceu-lhes um curso. Depois de um mês – segundo me contou na época o diretor Luiz Adelar Sheuer, os brasileiros conseguiram níveis de produtividade comparáveis aos alemães.
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A reciclagem não poderá se prender a formalismos com diplomas. O verdadeiro conhecimento se revela no trabalho diário, na forma como se aprendem as novas funções.
Outro ponto relevante da atividade sindical deverá ser o de discutir no âmbito do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) os financiamentos que provocam concentração econômica – perniciosos para fornecedores, trabalhadores e consumidores.
Juros para pessoas físicas e jurídicas em queda
As taxas de juros médias para pessoas físicas e jurídicas registradas em fevereiro foram as menores da série histórica, iniciada em 1995, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para pessoa física, a taxa de juros média geral caiu de 5,43% ao mês em janeiro para 5,42% ao mês em fevereiro, ao passo que os juros para pessoa jurídica caíram de 3,07% ao mês em janeiro para 3,06% ao mês em fevereiro.
Inadimplência do consumidor cai 3,4% em fevereiro
O indicador de inadimplência do consumidor caiu 3,4% durante o mês de fevereiro em relação ao período imediatamente anterior, segundo dados divulgados pela consultoria Serasa Experian. Este é o quarto recuo mensal consecutivo apurado pelo índice. Na comparação com 2012, o desempenho do indicador no primeiro bimestre aponta um crescimento de 11,5%, ao passo que a relação contra o mesmo mês do ano passado registrou crescimento de 10,1%.
Parlamento aprova reforço na supervisão da zona do euro
Os eurodeputados aprovaram a adoção do segundo pacote sobre a governança econômica, no âmbito do qual a Comissão Europeia vai estudar a viabilidade de emissões de dívida comum. O novo pacote busca fortalecer a supervisão fiscal e das políticas econômicas dos países da zona euro e é composto por dois textos legislativos: um sobre o acompanhamento e a avaliação dos projetos de planos orçamentais e o outro sobre os Estados-Membros afetados ou ameaçados por graves dificuldades financeiras.
Indústria reduz ociosidade em fevereiro
A indústria brasileira começou o ano de 2013 com dados positivos: a utilização da capacidade instalada aumentou para 84% em janeiro, na série com ajuste sazonal. O crescimento de 1,1 ponto percentual em relação a dezembro só foi menor que o 1,3 ponto percentual registrado em março de 2010 e em maio de 2006, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Ao mesmo tempo, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,8% em janeiro frente a dezembro, também na série dessazonalizada.
PIB vai crescer para melhorar a vida do cidadão, diz Dilma
Em discurso realizado nas Alagoas, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a economia brasileira vai crescer e que isso é essencial para a melhoria de vida da população. Para que o país cresça, ela ressaltou que o governo está tomando uma série de medidas para melhorar as condições de produção. Segundo a presidenta, a economia brasileira é forte e “nada contra a corrente internacional”, com a menor taxa de desemprego de sua história.
Governo desonera encargos para telecomunicações
O governo vai promover desonerações de impostos (PIS/PASEP, COFINS e IPI) da ordem de R$ 6 bilhões até 2016, visando estimular a expansão das telecomunicações no país, com prioridade para aquisição de equipamentos produzidos e desenvolvidos no Brasil. As empresas do setor deverão investir, nos próximos 3 anos, em projetos e em infraestrutura de telecomunicações cerca de R$ 18 bilhões, segundo estimativa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
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