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Bresser-Pereira e as Figuras Referenciais

25 de Março de 2013, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 26/03/2013

 

 

O Brasil foi construído por um enorme esforço coletivo e pela orientação de algumas figuras referenciais que, através dos tempos e das políticas, iluminaram o caminho com visões de futuro.


Dos anos 50 para cá, figuras como Rômulo de Almeida, Roberto Campos, Celso Furtado, Octávio Gouvêa de Bulhões, Hélio Jaguaribe, José Guilherme Merchior, Barbosa Lima Sobrinho, com visões diferentes de mundo, ajudaram a definir o caminho, a corrigir exageros do período anterior e apontar as novas etapas.


***


Dos períodos mais recentes, os ex-Ministros Antônio Dias Leite, Ernani Galveas, Camilo Pena ainda produzem estudos e conselhos. João Paulo dos Reis Velloso mantem seu instituto para discutir grandes temas, mas a idade já lhe pesa. De Hélio Jaguaribe, só sei alguma coisa, por amigos. Depois da morte de Raphael de Almeida Magalhães, Eliezer Baptista voltou-se mais para sua vida pessoal.


Delfim Neto continua a desafiar as leis do tempo, com uma vitalidade intelectual assombrosa, incompatível com sua idade e situação física. É puro cérebro.


***


De todos eles, perto dos 80 anos, Luiz Carlos Bresser-Pereira é o melhor exemplo de que pessoas nascem jovens e assim permanecem, independentemente da idade.


Mantém o mesmo entusiasmo do final dos anos 60, quando era dos poucos economistas a investir contra a lógica do “milagre” econômico.


Nos anos 70, sua atenção estava voltada para o pensamento tecnocrático, importante para entender o Brasil dos militares.


Mais tarde, entrou de cabeça nos estudos sobre a inflação inercial. Com a estabilização conquistada, abraçou com entusiasmo as novas formas de gestão pública. Enquanto Ministro da Administração, incorporou os prêmios de qualidade ao setor público e modelou os novos modelos de atuação das organizações sociais.


Finalmente, deu corpo à Escola de Economia da FGV-SP – uma alternativa dos novos tempos à radicalização que passou a dominar outros centros de pensamento econômico. Criou uma Semana de Economia que se tornou referencial anual de grandes discussões.


Ajudou a difundir um conjunto de princípios, batizados de neodesenvolvimentismo, que forneceram fundamentação teórica para os movimentos erráticos de Guido Mantega – autêntico representante do pensamento econômico da FGV-SP.


***


Nos últimos anos, seu escopo de interesse avançou além da macroeconomia e enveredou pela história econômica. E levou-o a acreditar – com razão -, que apenas uma desvalorização acentuada do câmbio seria capaz de provocar o salto final rumo ao desenvolvimento.


Seu desafio atual é revolucionar as formulações macroeconômicas demonstrando, de acordo com as leis da economia, porque algumas medidas heterodoxas (como imposto sobre exportações de commodities) levariam a um novo câmbio de equilíbrio, mais competitivo. 


Como sempre fez na sua vida intelectual fundamentalmente eclética, tenta juntar as lições da história com as formulações da teoria.


Sejam quais forem os resultados acadêmicos das novas teses, Bresser-Pereira reafirma-se como figura referencial do país, daqueles brasileiros que jamais desistiram do Brasil.


 

Empresas melhoram pontualidade de pagamento


A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas chegou a 95,3% no mês de fevereiro - a cada 1000 pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com prazo máximo de sete dias, segundo a consultoria Serasa Experian. O resultado melhorou ante janeiro, quando a variação foi de 94,7%. A retomada do ritmo dos negócios, após o período sazonal de férias do início do ano, contribuiu para o avanço da pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas no período.


 

FOCUS: Mercado reduz inflação e aumenta juros


A estimativa dos analistas para a inflação oficial apresentou uma leve redução, e a taxa básica de juros ao fim de 2013 voltou a subir, segundo estimativas do relatório Focus, elaborado pelo Banco Central. O prognóstico para a inflação mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve atingir 5,71% este ano, contra 5,73%, enquanto os dados para a taxa básica de juros avançaram para 8,50%, ante 8,25% da pesquisa anterior.


 

IPC-S mantém ritmo de alta


O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) avançou 0,78% na terceira semana de março, 0,15 ponto percentual acima da última divulgação, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Seis das oito classes de despesa que compõem o índice avançaram no período, com destaque para o grupo Habitação, que passou de 0,04% para 0,65%, seguido por Alimentação (de 1,39% para 1,42%), entre outros. Os grupos que perderam força foram Transportes (de 0,78% para 0,60%) e Despesas Diversas (de 0,26% para 0,19%).


 

Confiança do consumidor segue em queda


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) foi reduzido pelo sexto mês consecutivo: o indicador passou de 116,2 pontos em fevereiro para 113,9 pontos em março, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este é o menor resultado apurado desde março de 2010, quando a variação ficou em 111,6 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA) cedeu 3,4%, para 124,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,5%, para 108 pontos.


 

Custo da construção desacelera


O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) atingiu uma variação de 0,28% em março, ficando abaixo do resultado do mês anterior, quando o total ficou em 0,80%. No ano, o índice chega a 1,47% e, nos últimos 12 meses, a taxa é de 7,25%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,42%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,59%. O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,14%, ante 1% de fevereiro.


 

Balança tem superávit de US$ 211 milhões


A balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 211 milhões durante a quarta semana de março, com média diária de US$ 42,2 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações ao longo de cinco dias úteis foram de US$ 4,882 bilhões, e as importações atingiram US$ 4,671 bilhões. Com isso, o saldo no ano aponta um déficit de US$ 5,315 bilhões – nos primeiros 58 dias úteis de 2012, o superávit foi de US$ 1,499 bilhão.


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