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Como as Cidades Deverão Planejar Seu Futuro

8 de Agosto de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 09/08/2012

Recebo telefonema de um grupo de jovens empresários de Araçatuba, abrigados no CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e interessados na série que escrevi sobre o novo desenvolvimentismo e o papel do Estado.


Nos últimos anos consolidou-se a percepção de que Araçatuba pode ter perdido o bonde do desenvolvimento. Tradicional polo pecuário, com o tempo o preço da terra expulsou a pecuária para Mato Grosso, em seu lugar entrou a cana. Com ela, uma reviravolta na economia mais tradicional. Parte dos pecuaristas alocou terras para as usinas, passando a viver de mesada; parte entrou em novos negócios, especialmente o imobiliário.


Por razões variadas, a cidade estagnou. Ficou em 200 mil habitantes, e como polo de uma região de 400 mil.


O que fazer para recuperar a pujança?


***

O episódio é importante para se lembrar alguns conceitos dos anos 90, muitos deles inspirados no modelo dos “clusters” da Itália.


O tiro de partida já foi dado – um grupo de empresários dispostos a discutir a vocação regional.


O segundo passo é o mapeamento das novas vocações. Nos últimos anos começou um polo moveleiro e um têxtil, ainda incipientes. Na região econômica de Araçatuba há o polo calçadista de Birigui – que, na grande crise de 1995, tornou-se modelo nacional de reação inovadora.


***


É importante levantar as vantagens comparativas da região.


A principal delas é a logística. Araçatuba é passagem para toda a produção paulista que chega a Mato Grosso. É atravessada para Rodovia Rondon, duplicada, que a liga a Três Lagoas e Campo Grande. Tem ferrovia, um porto intermodal de grande porte e um aeroporto regional que movimenta 500 passageiros/dia.


***


Depois, fatores que abrirão novas possibilidades.


Nos próximos anos a Petrobrás investirá R$ 500 milhões na região, em um alcoolduto e em um estaleiro que produzirá barcaças para o transporte de etanol pela hidrovia do Tietê.


***


É aí que entram fatores pouco analisados pelos macroeconomistas: a capacidade de articular parcerias e se valer da estrutura de apoio que o país hoje dispõe – algo que seria impensável duas décadas atrás.


***


Antecipo pontos da palestra que irei proferir na cidade na próxima semana e que vale para qualquer cidade média.


Ponto 1 – ampliar os grupos de discussão para a prefeitura e associações da cidade.


Ponto 2 - aproveitar o imenso know-how da Petrobras para pensar planejamento estratégico sobre as possibilidades abertas pelos novos investimentos. Inclusive para bancar uma consultoria que mapeie os novos negócios que poderão surgir, além das oportunidades geradas pela posição estratégica na logística.


Ponto 3 – parceria com o Movimento Empresarial pela Inovação para um conjunto de trabalhos junto aos novos empreendedores, orientando-os sobre como aproveitar as novas possibilidades. Envolver Fapesp e IPT nesse trabalho.


Ponto 4 – parceria da prefeitura com o Movimento Brasil Competitivo e com o Sebrae, para torná-la um agente ativo do empreendedorismo municipal.


Ponto 5 – a partir desse conjunto de estudos, a definição de uma carteira de projetos, montada com o apoio do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). E um trabalho com empresários da região para assumirem projetos sozinhos ou consorciados.


 

IPCA encerra o mês de julho em alta de 0,43%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,43% em julho, bem acima dos 0,08% de maio, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano, a variação chegou a 2,76%, e o total em 12 meses ficou em 5,20%. O grupo alimentação e bebidas subiu de 0,68% em junho para 0,91% em julho, e foi responsável por 49% do índice do mês, ao passo que o agrupamento dos produtos não alimentícios ficou em 0,28% em julho contra -0,10% em junho.


IGP-M sobe 1,21% no primeiro decêndio de agosto


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) encerrou o primeiro decêndio de agosto em alta de 1,21%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou acima dos 0,95% registrados no mesmo período do mês anterior. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,73%, ante 1,25% no mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) perdeu força em relação a julho (0,19%), e encerrou o decêndio em alta de 0,08%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,39%, ante 0,79% no primeiro decêndio de julho.


Índice Nacional da Construção Civil varia 0,29% em julho


O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,29% em julho, ficando 0,41 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,70%), segundo cálculos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em convênio com a Caixa Econômica Federal. O custo nacional da construção por metro quadrado, que em junho havia sido de R$ 836,06, passou para R$ 838,46 em julho, sendo R$ 447,59 relativos aos materiais e R$ 390,87 à mão de obra.


Fluxo cambial negativo no começo de agosto


O fluxo cambial, saldo da entrada e saída de dólares do país, fechou o mês de julho positivo em US$ 942 milhões, mas iniciou os três primeiros dias úteis de agosto negativo em US$ 174 milhões: segundo o Banco Central, o fluxo comercial no período continua negativo, em US$ 356 milhões, enquanto o fluxo financeiro também ficou negativo de US$ 174 milhões. No ano, o superávit US$ 23,712 bilhões, ante US$ 57,06 bilhões de igual período do ano passado.


Itália aprova plano de austeridade


O Parlamento da Itália aprovou o orçamento do país em turno final. A estimativa dos gastos estabelece um rigoroso plano de austeridade. A proposta foi apresentada pelo primeiro-ministro italiano, Mario Monti, e prevê economia de 26 bilhões de euros até 2014. Entre outras medidas, o plano de austeridade determina aumento de impostos e reforma administrativa, que inclui fusão de autarquias e extinção de um quinto dos cargos de chefia na administração pública.


Comissão vai negociar adequação da Venezuela às regras do Mercosul


A cinco dias do ingresso jurídico da Venezuela no Mercosul, uma comissão de peritos e integrantes do governo venezuelano se prepara para uma série de reuniões em Montevidéu, no Uruguai. Pelo decreto de criação da Comissão Especial Presidencial da Venezuela no Mercosul, o objetivo é "ajustar os pontos fortes do país a fim de consolidar uma estrutura de integração econômica, produção e comércio da nossa América." A Venezuela tem até quatro anos para se adequar às regras do bloco.

 

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