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Como Montar um Plano Integrado de Logística

22 de Agosto de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 23/08/2012

 

No Seminário Brasilianas sobre Logística, o consultor Renato Pavan, da Macrologística, descreveu magistralmente a metodologia a ser utilizada na definição de um plano integrado para o setor. Contratado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), Pavan montou o projeto Norte Competitivo.


Os vídeos do seminário podem ser acessados na seção de Vídeos de Logística do Projeto Brasilianas. 


***


Fase 1 do trabalho consiste no mapeamento das vias de transporte. Prepara-se o projeto, detalham-se as cadeias produtivas da região. Depois, montam-se os macro fluxos atuais e os projetados e compara-os com a infraestrutura existente. Essa comparação permite identificar os gargalos da infraestrutura.


Fase 2 trabalha os Eixos de Transporte. Identifica todos os eixos e projetos. Depois, define as prioridades (aqueles que oferecem menores custos até os portos europeus e asiáticos). Finalmente, desenvolve um plano e cronograma de implementação.


Na Fase 3, trabalha os chamados Eixos de Desenvolvimento. Seguindo as lições de Eliezer Baptista – de quem foi braço direito em inúmeros projetos -, analisa-se o ambiente econômico de forma integrada.


Identifica os micro-eixos alimentadores de carga; o Plano de Desenvolvimento Industrial para cada região; a oferta de energia; a telemática e a capacitação profissional necessária.


***


As cadeias produtivas são mapeadas de acordo com três critérios: cadeias da balança comercial com maior volume movimentado; cadeias mais relevantes na balança comercial da região; cadeias mais relevantes de termos de fluxos.


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O mesmo grau de minúcia é observado no mapeamento da infraestrutura atual, as dutovias, os portos fluviais e terminais públicos e privados, os portos marítimos, aeroportos, rodovias etc. O ponto final do mapeamento é o destino das cargas, nos diversos portos marítimos.


Juntadas as partes, monta-se o todo: mapas microrregionais identificando os principais gargalos


***


Seguindo a lógica de Eliezer, o trabalho inclui também os países vizinhos com potencial de integração direta: basicamente Guiana Francesa, Guiana, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Bolívia e Panamá.


***


O passo seguinte é juntar os dados, do enorme banco de dados acumulado, e calcular o custo total de transporte dos principais eixos da origem até o destino final, em Rotterdam e Shanghai. Depois, estimar os custos dos eixos potenciais.


Exemplo das diferenças levantadas, no caso do Granel Sólido Agrícola mato-grossense até Rotterdam:


Eixos atuais:

 

  • Rodoferroviário até Santos (Ferronorte): custo de R$ 193/tonelada.
  • Rodoviário até Santos: R$ 226/t
  • Rodo-hidroviário até Itacoatiara: R$ 190/t

 

Eixos potenciais:

 

  • Ferroviário até São Luiz (Norte-Sul via Ribeirão Cascalheira): R$ 165/t
  • Rodo-hidroviário até Vila do Conde (via Cachoeira Rasteira): R$ 142/t
  • Rodo-hidroviário até Vila do Conde (via Porto dos Gaúchos): R$ 120/t

 


***


O trabalho permite visualizar os ganhos maiúsculos de competitividade devido ao fator logístico. Mas permite, também, identificar as obras prioritárias: são aquelas que possibilitam chegar ao menor preço nos portos europeus e asiáticos.


É essa visão sistêmica que deveria ser adotado no novo Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI).

 

IPCA-15 de agosto fica em 0,39%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,39% em agosto, ante  0,33% de julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o total no ano ficou em 3,32%, e a variação em 12 meses atingiu 5,37%. O grupo Transportes foi o destaque, ao passar de -0,59% de julho para um resultado estável em agosto. Ao todo, os produtos não alimentícios subiram de 0,16% para 0,28%, e o grupo alimentação e bebidas passou de 0,88% em julho para 0,76% em agosto.

 

Dívida pública federal cai 4,76% em julho


Um forte vencimento de títulos prefixados já previsto pelo governo fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair 4,76% em julho: segundo o Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,877 trilhão, contra R$ 1,971 trilhão do mês anterior. A dívida pública mobiliária (em títulos) interna caiu 4,96%, de R$ 1,882 trilhão para R$ 1,788 trilhão, enquanto a dívida do governo brasileiro no exterior totalizou R$ 88,41 bilhões, valor 0,72% menor que os R$ 89,05 bilhões de junho.

 

Inadimplência das empresas cresce 8,5% em julho


A inadimplência das empresas brasileiras cresceu 8,5% em julho ante 2011, segundo a consultoria Serasa Experian. Apesar do avanço apurado, este foi o menor percentual observado na variação anual desde fevereiro de 2011. Apesar do resultado, os números revelam uma perda de fôlego da inadimplência, caracterizada pela sequência de variações anuais cada vez menores, incluindo julho, aliado a fatores como queda dos juros e regularização das dívidas dos consumidores.

 

Valor de mercado dos bancos brasileiros sobe 4,4%


Os bancos brasileiros com ações na Bolsa de Valores apresentam um valor de mercado de R$ 417,7 bilhões, um crescimento de 4,4% ante o valor atingido no último dia de 2011 (R$ 399,8 bilhões), segundo a consultoria Economatica. O Bradesco apresentou o maior crescimento, passando de R$ 106,9 bi para R$ 119 bilhões em valor de mercado, um acréscimo de 11,28%. O banco Cruzeiro do Sul registrou o pior crescimento nominal, com uma queda de 87,43% no seu valor de mercado (o banco vale R$ 234 milhões).

 

Fluxo cambial termina semana com superávit


O fluxo cambial referente a última semana de agosto ficou positivo em US$ 165,29 milhões, segundo o Banco Central. Na semana passada, o fluxo financeiro ficou positivo em US$ 235,25 milhões, e o segmento comercial registrou saldo negativo de US$ 69,96 milhões. Apesar do resultado, o montante não foi suficiente para reverter o saldo negativo deste mês até o último dia 17, quando foi registrado US$ 1,011 bilhão, em 13 dias úteis.

 

Grécia volta a pedir tempo para UE


O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, pediu um período maior de tempo para implementar o plano de contenção no país, exigido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O pedido de Samaras ocorre às vésperas de uma série de reuniões dele com líderes europeus e são necessárias para o recebimento da ajuda externa, e existe uma reticência quanto a adoção de mais cortes e reformas devido ao impacto negativo que as medidas tem gerado junto à população.

 

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Tags deste artigo: nassif economia logística & transportes índices dívida pública empresas bancos fluxo cambial grécia

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