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Dilma Tem Que Arejar o Governo

10 de Março de 2013, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 11/03/2013


 

Ao longo dos últimos anos, à frente da Casa Civil, a gestora Dilma Rousseff comandou alguns avanços significativos na gestão pública brasileira.


Na condição de Ministra das Minas e Energia, fez um trabalho eficiente para reformar o desastre ocorrido com o modelo elétrico do governo anterior.


Depois, na condição de gestora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), aprimorou os sistemas de gestão públicos.


  1. Criou círculos de avaliação, para acompanhamento das obras.
  2. Definiu formas avançadas de gestão federativa, através de modelos em que se abria espaço para a atuação compartilhada de Estados e Municípios.
  3. Desmontou a cultura montada a partir do governo Sarney para barrar toda forma de gasto público e mantida até a gestão Antônio Palocci na Fazenda.


***


Por tudo isso, falta à Presidente Dilma Rousseff recuperar a visão de gestão da ex-Ministra Chefe da Casa Civil e providenciar mudanças no modelo de gestão do seu governo.


***


O primeiro passo é livrar-se da síndrome de Erenice Guerra – principal assessora de Dilma, na Casa Civil, fuzilada na campanha eleitoral de 2010. O episódio gerou uma insegurança ampla em Dilma, que passou a tentar  controlar os menores detalhes de uma infinidade de processos existentes no governo.


Seu senso de detalhe, seu perfeccionismo faz com que passe a opinar sobre assuntos dos mais diversos, de políticas de inclusão a temas de tecnologia. E projetos relevantes ficam parados aguardando a última palavra.


Não dá. Ninguém domina toda essa infinidade de temas. Mesmo dominando, ninguém consegue dar conta do recado de governar uma máquina complexa, como o Brasil, tentando controlar todos os pontos e iniciativas.


É humanamente impossível.


Compromete a energia que deveria ser canalizada para missões maiores: a de definir estratégias e princípios de ação.


Mais que isso, exaure emocionalmente a pessoa, mesmo quem já passou por todos os desafios da vida, como Dilma. É tanto assunto, tanto problema, que o dirigente se arrepia com qualquer assessor ou Ministro que venha lhe trazer qualquer pepino. Essa impaciência abre espaço para os que só dizem sim – justamente o pior tipo de executivo com quem um presidente pode contar. Mata qualquer feedback do gestor.


***


Dentre todos os feitos do PAC, o mais expressivo foi o de ter preparado um plano inicial de ação, incompleto, e mandado pau na máquina, para fazer os acertos durante o voo. Foi essa gesto de coragem que rompeu com a inércia do investimento público no Brasil. Depois, no dia a dia os inúmeros problemas que surgiam iam sendo enfrentados.


***


Já escrevi aqui: o novo já nasceu: apenas não foi apresentado à Nação. Há um sem-número de possibilidades de gestão pública em todas as áreas, graças ao desenvolvimento do país nas últimas décadas, às novas formas de gestão e de tecnologia e de recursos humanos.


A Presidente já definiu claramente seus objetivos de governo: completar o combate à miséria; trabalhar o desenvolvimento; aprimorar a transparência da gestão pública.


Solte seus Ministros, mesmo que possam ocorrer problemas futuros. Ocorrendo, corrijam-se. Não tendo bom desempenho, demitam-se os Ministros.


Mas libere o Ministério para criar.


 

IPCA avança 0,60% em fevereiro

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,60% durante o mês de fevereiro, abaixo dos 0,86% de janeiro. Em fevereiro do ano passado, a taxa havia sido 0,45%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o responsável pela queda da taxa foi a redução do custo da energia elétrica, que teve queda de 15,17% no preço. A inflação acumula taxa de 1,47% no ano, acima do 1,01% registrado no mesmo período do ano passado.

 

Para governo, taxa ficou acima do esperado

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, admitiu que o resultado da inflação “veio um pouco acima do esperado” em fevereiro, mas garantiu que ela está sob controle no país. Para ele, a inflação irá caminhar para o centro da meta em um prazo adequado, pois está sob controle no Brasil. Essa contração deve ser vista com mais intensidade a partir da transmissão da recente queda das commodities.

 

IGP-M perde força na primeira prévia

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,15% no primeiro decêndio de março, abaixo dos 0,41% contabilizados no mesmo mês anterior, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ao longo do período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) não registrou variação, ante 0,37% de fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53%, acima dos 0,20% do mês anterior, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,27%, abaixo do total de 1,15% visto em fevereiro.

 

Setor de construção sobe 0,73% em fevereiro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) chegou a 0,73% em fevereiro, ficando 0,55 ponto percentual acima dos 0,18% de janeiro, segundo levantamento do IBGE em parceria com a Caixa Econômica Federal. O custo nacional da construção, por metro quadrado, que, no mês de janeiro, fechou em R$ 857,21, em fevereiro passou para R$ 863,46, sendo R$ 456,58 relativos aos materiais e R$ 406,88 à mão de obra. O maior resultado regional ficou com o Sudeste, com alta de 1,43%.

 

IPC-S avança na primeira semana de março

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) na primeira semana de março chegou a 0,52%, 0,19 ponto percentual ante a última divulgação, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Cinco classes de despesa ampliaram suas taxas, com destaque para o grupo Habitação (de -1,28% para -0,58%), seguido por Alimentação (de 1,33% para 1,39%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,31% para 0,48%). Entre os grupos em queda, estão Transportes (de 1,22% para 1,02%) e Despesas Diversas (de 0,85% para 0,39%).

 

Juros no cheque especial e no empréstimo pessoal não mudam

As taxas médias de juros cobradas pelos bancos no cheque especial e no empréstimo pessoal mantiveram-se estáveis em março ante fevereiro, em sua quinto mês de manutenção, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP). Os juros do cheque especial para o período de 30 dias ficaram em 7,92% ao mês. A taxa do empréstimo pessoal para contratos de 12 meses, por sua vez, ficou em 5,35% também ao mês.

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Tags deste artigo: nassif economia gestão pública índices pac

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