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Explosão do milho vai gerar um bom problema

16 de Julho de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Enviado por José Augusto Valente em 17 julho de 2012 às 5:03 PM

 

Milho em Paranaguá - Foto: Asscom/Appa

Milho em Paranaguá - Foto: Asscom/Appa

 

Segundo matéria do Valor (17/7), “a constatação de que a estiagem que castiga o Meio-Oeste dos EUA pode derrubar a produção mundial de milho na safra 2012/13 teve reflexos imediatos sobre a comercialização do grão no Brasil, com a retomada das exportações – que em 2011 renderam US$ 2,7 bilhões ao país- e a escalada dos preços”.

 

Toda vez que ocorre uma quebra como essa, nos principais países produtores, a explosão da demanda pelo produto brasileiro gera o que chamo de “bom problema”, embora ele venha a ser explorado como se fosse um grave problema.

 

Aconteceu com a soja, em 2003, e as famosas filas gigantescas de caminhões em Paranaguá e com o açúcar, em 2010, com filas de navio, em Santos e Paranaguá.

 

Nenhum país tem terminais portuários de granéis preparados para suportar picos de demanda excepcionais, como os mencionados. Se assim o fizessem, contribuiriam para grave desperdício de recursos escassos que, ao contrário, devem ser otimizados para atender a demanda regular e seu crescimento gradativo.

 

O Brasil não tem silos de grãos em quantidade suficiente para regular o fluxo do produto entre a região produtora e os portos. Embora haja programa do BNDES para essa finalidade, os embarcadores de grãos são comedidos em fazer esse investimento. Na outra ponta, não há silos de grãos suficientes nos portos, especialmente em Santos e Paranaguá, que são os que atendem à grande parte da demanda.

 

Assim, é previsível que tenhamos dois sintomas desse “bom problema” da explosão da demanda do milho: grande fluxo de caminhões para Santos e Paranaguá e grande quantidade de navios graneleiros fundeados nessas duas áreas.

 

Esses dois sintomas, certamente, gerarão matérias, artigos e discursos da CNA diagnosticando a “situação precária dos portos brasileiros por conta de um marco regulatório que impede investimentos em novas áreas portuárias”, exigindo assim uma radical alteração do nosso marco legal portuário.

 

Ocorre que o atual marco regulatório, como demonstramos em artigos anteriores, permite a construção e operação de quantos terminais portuários privativos os produtores e embarcadores do agronegócio necessitam e onde quiserem. Sem restrição alguma.

 

Só falta saber porque não fazem.

 

Editorial do portal T1


Tags deste artigo: logística e transportes portos silos milho portal t1 editorial josé augusto valente

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