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FMI Aposta no Crescimento Brasileiro

23 de Julho de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 24/07/2012

 

O último relatório do FMI sobre o Brasil traz um enfoque que mostra as mudanças relativas na maneira do fundo analisar a economia.

O relatório começa reconhecendo os enormes avanços do país, em função de um misto de enquadramento econômico (responsabilidade fiscal, metas de inflação e taxa de câmbio flexível) e melhor distribuição de renda. Há elogios à inclusão financeira e comercial do país e a um sistema bancário forte e bem regulado.

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O dogmatismo do fundo não permite que se aprofunde na análise do câmbio. Para ele, os desequilíbrios que se manifestam na balança comercial (aumento desmedido da inflação) se devem ao desequilíbrio entre consumo e investimento. Por isso defende o desaquecimento provisório da economia, como maneira de recompor o equilíbrio. Há elogios aos últimos passos da política econômica, visando trazer competitividade à economia.

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O relatório admite que foram as medidas prudenciais de 2010-2011 que contribuíram para o desaquecimento imprevisto da economia e uma das maiores revisões (para baixo) das expectativas de crescimento.

Segundo o FMI, há uma série de fatores contribuindo para isso:

(i) a deterioração do sentimento global em relação à economia;

(ii) a queda no comércio intra-regional com a Argentina;

(iii) condições mais apertas de crédito em alguns segmentos de mercado.

e, inédito, o relatório constata que o câmbio apreciado provocou aumentos nos custos unitários contribuindo para a fraqueza da produção industrial.

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Aí, se entra nas medidas atuais. O relatório anota que, desde agosto de 2011, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 400 pontos.

Mas muitos setores continuam inertes, como é o caso da indústria automobilística. afetado pela redução do volume de financiamentos no ano (fruto do aumento da inadimplência). Impressionou o Fundo a fraqueza dos investimentos internos. Mas animou-o o fato do consumo ter começado a se recuperar a partir do terceiro trimestre.

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O relatório analisa a inadimplência do consumidor. Mesmo subindo, ainda representa parcela insignificante do crédito total, de 3,8% nos bancos privados e 2% nos bancos públicos.

 

O relatório é otimista em relação ao conjunto de medidas adotadas para reativar a economia.

Um dos pontos é o aumento do salário mínimo em 2012, que permitirá ampliar a renda disponível para consumo, especialmente por seus efeitos sobre aposentadoria e pensões. O segundo ponto é a geração de empregos no setor de serviços, que continua forte.

Finalmente, aposta nos efeitos da flexibilização monetária, que deverão se fazer mais nítidos no segundo semestre, assim como a redução da inadimplência.

Sua previsão é da economia estar crescendo a 4,5% no final de 2013. E, depois disso, mantendo um ritmo de crescimento de 4% ao ano.

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O relatório considera que a crise na Europa poderá afetar a oferta de crédito externo. Mas considera que os bancos públicos poderão suprir essa lacuna garantindo o crescimento do crédito total no final do ano, influenciando a demanda em 2013.

IPC-S volta a subir, e atinge 0,28%

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) encerrou a terceira semana de julho em 0,28%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado avançou 0,06 ponto em relação ao período imediatamente anterior. Seis das oito classes de despesa que formam o indicador ampliaram suas taxas, com destaque para Alimentação, que avançou de 0,96% para 1,16%. Em sentido contrário, os grupos Vestuário (de -0,50% para -0,73%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,31% para 0,27%) reduziram suas taxas.


Bradesco lucra R$ 2,833 bi no trimestre

O banco Bradesco encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 2,833 bilhões, um acréscimo de 1,7% em relação ao total apurado no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, o avanço chegou a 1,4%. Segundo o balanço financeiro, o resultado foi afetado pelo crescimento da inadimplência, que atingiu 4,2%, enquanto a carteira de crédito cresceu em um ritmo menor, chegando a R$ 364,96 bilhões, com expansão de 14,1% em 12 meses e de 4% em relação ao primeiro trimestre.


Emprego com carteira assinada cai 25,9%

A criação de empregos formais no Brasil apresentou uma retração de 25,9% durante o primeiro semestre de 2012 em comparação ao mesmo período de 2011, o que representa um corte de aproximadamente 366 mil vagas no mercado de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em junho, foram abertos 44% postos formais a menos do que em maio – o equivalente a 121 mil vagas.


Paraguai corre para reverter suspensão no Mercosul

O governo do Paraguai tem até quinta-feira para apresentar os documentos necessários ao Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, na tentativa de anular sua suspensão do bloco, definida no mês passado. O tribunal informa que, atendendo a pedido das autoridades paraguaias, o tema foi examinado, mas faltaram os “requisitos para admissibilidade”. Segundo informações da Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou que não se manifestará sobre o assunto.

 

Balança comercial atinge US$ 758 milhões

A balança comercial brasileira atingiu um superávit de US$ 758 milhões durante a terceira semana de julho, com uma média diária de US$ 151,6 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em cinco dias úteis, as exportações foram de US$ 4,940 bilhões, e as importações foram de US$ 4,182 bilhões. Com o resultado, o total no ano chega a US$ 8,540 bilhões, resultado 47,6% menor que o verificado no mesmo período do ano passado.


Dívida pública federal avança 2,53% em junho

Impulsionada pela emissão de R$ 10 bilhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Dívida Pública Federal subiu 2,53% em junho, atingindo R$ 1,970 trilhão, segundo o Tesouro Nacional. A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 2,65%, para R$ 1,882 trilhão, enquanto a dívida pública externa subiu 0,16%, em R$ 89,05 bilhões. A participação dos títulos prefixados na dívida pública interna fechou junho em 40,59%, acima da fatia de 39,24% registrada em maio.

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