Coluna Econômica - 10/01/2013
Em qualquer grande organização privada, a comunicação pública é peça central. Não apenas para combater momentos de crise como para orientar públicos interno e externo, consumidores, funcionários e acionistas sobre objetivos, filosofia da empresa, estratégias etc..
Por isso mesmo, é impressionante o desaparelhamento do setor público brasileiro, em todos os níveis, em relação a esse tema, ainda mais nesses tempos de Internet, redes sociais e notícias online.
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Há duas características fatais no jornalismo:
1. A tendência histórica de escandalização de cada tema. Mesmo quando as informações são verdadeiras, basta forçar um enfoque - especialmente nos temas mais técnicos - para desvirtuar totalmente seu sentido.
2. Com as redes sociais, há o fenômeno da expansão viral das notícias, que tende a crescer exponencialmente.
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Por tudo isso, o monitoramento diuturno das redes sociais - e a pronta resposta às notícias ali disseminadas - faz parte da estratégia de toda grande organização.
O caso Speedy-Telefonica foi um divisor de águas. As reclamações começaram nas redes sociais, ganharam o Twitter e criaram uma avalanche, antes de chegar aos jornais, pegando a empresa no contrapé.
Hoje em dia, toda grande empresa tem uma assessoria monitorando tudo o que sai sobre ela na rede, classificando as notícias como positivas, negativas ou neutras, gerando gráficos em tempo real para identificar as negativas e atuando decididamente sobre notas potencialmente críticas.
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Tenho dois exemplos:
1. Meses atrás soltei um Twitter reclamando da lentidão de minha linha de banda larga. Imediatamente fui contatado por um representante da empresa querendo saber o que estava acontecendo e dispondo-se a corrigir o problema.
2. No meu Blog há uma nota antiga sobre as dificuldades de se romper o contrato com determinada companhia de TV por assinatura. A cada três dias alguém tenta colocar um comentário novo em uma nota antiga. Certamente faz parte da estratégia da empresa concorrente.
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E o que não dizer das organizações públicas, mais amplas, complexas e desorganizadas do que qualquer organização privada?
Tomem-se episódios recentes.
Uma matéria da Folha sustentando que houve uma convocação extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, tendo em vista o risco de apagão. Uma comunicação profissional logo de manhã soltaria uma nota para todos os sites e blogs noticiosos explicando que a reunião estava marcada há meses. Mataria o boato no nascedouro. Permitiu-se prosperar durante todo o dia.
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Hoje em dia, o jogo não comporta mais amadorismo e passa pelas seguintes etapas:
1. Em organizações complexas (como as públicas) há a necessidade de assessorias descentralizadas mas obedecendo a uma orientação única.
2. Cabe à coordenação central utilizar ferramentas para monitoramento contínuo das notícias, identificação dos pontos críticas, montagem de estratégias de comunicação para temas mais polêmicos.
3. Há que se ter treinamento, padronização de respostas, compromisso com a objetividade e a veracidade dos dados, indicadores de eficácia.
Nesses períodos de transformação profunda, a comunicação é essencial. E não dá mais para se limitar a marcar audiência com a respectiva autoridade.
IGP-M sobe 0,41% no primeiro decêndio do mês
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,41% no primeiro decêndio de janeiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de 0,50%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ficou em 0,46%, abaixo dos 0,50% de dezembro,. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou de 0,56% para 0,40%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,08%, bem abaixo dos 0,36% do primeiro decêndio de dezembro.
Safra agrícola bate recorde em 2012
A 12ª avaliação da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas confirmou uma safra recorde de 162,1 milhões de toneladas em 2012, 1,2% superior à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A área colhida em 2012 atingiu 48,8 milhões de hectares, um acréscimo de 0,3% frente à área colhida em 2011 (48,7 milhões de hectares). Quanto a safra para 2013, a produção está estimada em 178 milhões de toneladas.
IPC-S avança em seis capitais
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro. Apenas a cidade do Rio de Janeiro reduziu seu resultado, com o indicador passando de 0,91% para 0,86%. Entre as seis capitais que tiveram alta na taxa, o destaque ficou com Brasília, com aumento de 0,37 ponto percentual na inflação entre as duas semanas (de 0,26% para 0,63%).
Pedidos de falência voltam a subir em 2012
O ano de 2012 contabilizou 1929 pedidos de falência em todo o país, segundo levantamento elaborado pela consultoria Serasa Experian. O número foi maior que o observado em 2011, quando foram feitos 1737 requerimentos. Dos 1929 pedidos de falência efetuados em 2012, 1086 foram realizados por micro e pequenas empresas, 530 por médias e 313 por grandes companhias. Quanto aos pedidos de recuperação judicial, o montante contabilizado ultrapassou em 47% o total visto em 2011, passando de 515 para 757.
Preços das commodities sobem 1,47%
O Índice de Commodities Brasil (IC-Br) subiu 1,47% em dezembro ante o mês anterior, segundo o Banco Central. Em 2012, a alta foi 10,51%. Em dezembro, o segmento de metais registrou a maior alta (7,25%), e as commodities agropecuárias tiveram aumento de 0,73%. As commodities do segmento de energia registraram queda de 1,13%. O aumento foi menor do que o avanço do Índice Internacional de Preços de Commodities (CRB), calculado pelo Commodity Research Bureau (2%).
País fecha 2012 com fluxo cambial positivo
O mercado brasileiro encerrou o ano de 2012 com a menor entrada de dólares desde 2008, período de auge da crise financeira internacional. Segundo informações do Banco Central, a entrada líquida de dólares (descontada a saída) no ano passado ficou em US$ 16,753 bilhões, bem menor do que os US$ 65,279 bilhões registrados em 2011. Ao mesmo tempo, o país começou o ano de 2013 com saídas de dólares maiores do que as entradas em US$ 84 milhões, nos três primeiros dias úteis deste mês.
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