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O desafio de recuperar o crescimento

2 de Julho de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 03/07/2012

O mercado continua revisando para baixo as projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Não é fácil colocar o transatlântico da economia para funcionar, especialmente em um quadro de ladeira (ainda que moderadamente) abaixo.

A atividade econômica é o que os físicos denominam de realidade complexa, na qual inúmeros fatores interagem, influenciando-se mutuamente. Por exemplo, mais estímulo ao consumo pode melhorar o PIB, gerando mais emprego e renda, que por sua vez gera mais consumo. Ou não.

A política econômica tem influência sobre alguns desses fatores, não sobre todos. Mas sua implementação depende da maneira como o organismo econômico, como um todo, reage aos estímulos.

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O ciclo do desenvolvimento é assim:

  1. Mercado interno + mercado externo (exportações) = Mercado total potencial. O mercado interno é composto por demanda pública (obras de infraestrutura e compras públicas) e privada (consumo das empresas e das famílias).
  2. Esses dois mercados são disputados por produtos brasileiros e importados. Quanto maior a parcela do mercado apropriado pela produção brasileira, maior ocupação da capacidade instalada das fábricas.
  3. Batendo num determinado nível de capacidade instalada, havendo confiança na manutenção do crescimento, as empresas investem em novas máquinas, aumentam o patamar de produção, gerando novos empregos e mais arrecadação.

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Quais os nós da política econômica?

A redução do crescimento do PIB – ora em curso - afeta de duas maneiras a dinâmica do desenvolvimento: reduz o ritmo de crescimento da renda; reduz a arrecadação fiscal. Por outro lado, a renda dos consumidores ainda está carregada pela primeira onda de crediário.

Depois da explosão inicial do consumo, a segunda onda de crediário tem alcance mais restrito, especialmente em um quadro de não aumento de renda. A redução dos juros abre margem para uma reestruturação do endividamento da primeira leva, é verdade, e atrai novos consumidores. Falta mensurar o resultado final, se será suficiente para manter índices de crescimento de consumo mais turbinados.

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Do lado fiscal, a queda na receita reduz a margem de investimentos e de compras públicas. A Fazenda tem a ferramenta da redução do superávit primário para manter o fluxo de investimentos. Mas aparentemente não quer utilizar.

De qualquer modo, o problema maior dos investimentos públicos hoje em dia é a carência de projetos e o emaranhado burocrático. Mantido o atual nível de disponibilidade de recursos, o investimento público deve aumentar pelo simples aprendizado.

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Mas a redução do ritmo de crescimento do consumo privado gerou um aumento na capacidade instalada, postergando decisões de investimento do setor privado. Além disso, empresas costumam ampliar a capacidade em momentos de alta; na queda, desmobilizam, acentuando o movimento de desaquecimento da economia.

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A rigor, apenas os seguintes pontos permitirão recuperação da economia mais rapidamente:

  1. Uma safra agrícola melhor, com recuperação dos preços internacionais.
  2. Uma recuperação da economia mundial.

 

Brasileiro menos confiante com manutenção do emprego

A expectativa do cidadão quanto à manutenção do emprego foi reduzida em 7,8% entre os meses de maio e junho, quando recuou de 135,2 para 124,6 pontos. Levantamento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) também mostra que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 1,7% entre as pesquisas de maio e junho, ao passar de 114,6 para 112,6 pontos. A queda do Inec revela preocupação maior com o desemprego e com a situação financeira mais desfavorável.

 

Balança comercial fecha semestre com US$ 7 bi

A balança comercial registrou superávit de US$ 7,07 bilhões no primeiro semestre deste ano, resultado de US$ 117,215 bilhões em exportações e de US$ 110,142 bilhões em importações, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No mês de junho, houve superávit de US$ 807 milhões. As exportações somaram US$ 19,354 bilhões, e os gastos com importações atingiram US$ 18,547 bilhões.

FOCUS: IPCA segue perdendo força

Os agentes voltaram a reduzir as estimativas para a inflação oficial ao fim de 2012: segundo o relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o fim deste ano desacelerou pela sétima semana consecutiva, passando de 4,95% para 4,93%. Na avaliação mensal, as estimativas para junho foram reduzidas de 0,18% para 0,17%, enquanto o total para julho subiu de 0,18% para 0,19%. A variação estimada para 2013 foi mantida em 5,50%.

IPC-S desacelera e termina junho em 0,11%

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) atingiu 0,11% no período até 30 de junho, total 0,05 ponto percentual abaixo da última divulgação, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Cinco das oito classes de despesa componentes do índice reduziram suas taxas, com destaque para Despesas Diversas, que caiu de 1,48% para 0,48%. Os grupos que ampliaram suas taxas de variação foram Transportes (de -0,81% para -0,73%), Alimentação (de 0,67% para 0,74%) e Comunicação (de -0,02% para 0,00%).

Desemprego volta a bater recorde na zona do euro

O desemprego na zona do euro voltou a bater recorde no mês de maio, influenciado pelo volume de dispensas registrado na França, Espanha e na Áustria. Segundo informações do Eurostat, o escritório de estatísticas da UE, cerca de 17,56 milhões de pessoas estavam sem emprego nos 17 países da zona do euro durante o mês de maio, o equivalente a 11,1% da população que trabalha, o mais elevado patamar desde que os registros da região começaram a ser efetuados, em 1995.

BCE recomenda que Grécia siga programa de resgate

O Banco Central Europeu (BCE) encorajou o novo governo grego, escolhido após eleições parlamentares em junho, a cumprir o programa de reformas e de ajuste fiscal acordado com credores internacionais. A autoridade econômica europeia também alertou para o risco de demora no ajuste, uma vez que isso faria a razão da dívida ante o Produto Interno Bruto [PIB] o país ultrapassar a meta dos 120% em 2020, que é o limite superior considerado viável para a nação.

 

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