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O Futuro do PSDB na Era Pós-Serra

19 de Agosto de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 20/08/2012

 

Em debate na Folha, ao sugerir que poderá se candidatar a presidente da República pelo PSDB, o governador paulista Geraldo Alckmin expressava um sentimento que começa a tomar conta do partido: acabou a era José Serra, o pior período de um partido que, durante algum tempo, atraiu o pensamento renovador brasileiro.


A própria cobertura dos jornais paulistanos – em geral favoráveis a Serra – não mais esconde a personalidade e o estilo do candidato.


Na quinta, o Estadão mostrava Serra defendendo o trânsito em São Paulo (“poderia ser pior não fossem os investimentos”) e informava que ele era o único candidato a se locomover de helicóptero pela cidade, ao custo de R$ 3 mil a hora.


Na sexta, a Folha relatava a viagem de Serra no Metrô e seu curioso elogio da superlotação: é superlotado porque é bom e sai sempre no horário. Além das vaias recebidas e das sugestões para que viajasse em horário de pico.


***


A falta de discernimento, de propostas, a imagem constantemente mal humorada, a falsa naturalidade com que se mistura ao povo, tudo isso contribuiu para o esfacelamento antecipado da campanha. A ponto da pesquisa Ibope-Globo apontar que, em um eventual segundo turno, Serra, o político duas vezes candidato à presidência da República, seria derrotado pelo inexpressivo Celso Russomano por acachapantes 45 a 33.


***


Com Serra fora do caminho, o PSDB poderá tentar buscar alguma rota que lhe permita recuperar a dimensão nacional que um dia teve.


Não será fácil. Principalmente porque seu principal ideólogo, Fernando Henrique Cardoso, parece ter pendurado definitivamente as chuteiras.


***


O problema central do PSDB foi ter aberto mão de todas suas ideias a partir da era Serra. Trocou propostas por ataques destrambelhados a adversários, exploração da intolerância e do preconceito, inaptidão para gestão e para todas as novas ideias que mudaram a forma de pensar do país nas últimas décadas, uso recorrente de dossiês e de ataques difamatórios.


***


Hoje em dia, o país parece ter superado definitivamente as quizílias ideológicas entre privatistas x estatistas. Já entrou definitivamente no terreno do pragmatismo consistente.


Com seu pacote de concessões, anunciado na  semana passada, a presidente Dilma Rousseff encampa um conjunto de princípios de uma certa ala desenvolvimentista do PSDB de meados dos anos 90, que acabou desprezada pelo próprio partido, engolfado que foi pelo liberalismo inconsequente dos anos seguintes.


Havia um pensamento de centro-esquerda com posições muito claras sobre o papel do Estado, do setor privado, de políticas industriais, da importância de políticas sociais inclusivas.


***


Com tais ideias vitoriosas – e em mãos do PT -, a disputa se dará no campo da competência de gestão. No momento, destacam-se três gestores formidáveis, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, Antônio Anastasia, de Minas Gerais, e Eduardo Paes, prefeito do Rio.


Alckmin terá que demonstrar uma criatividade e competência administrativa excepcional – que até agora não apareceu – se quiser se destacar e se tornar a esperança tucana em 2014.


Atividade econômica brasileira tem expansão em junho


A atividade econômica brasileira avançou 0,75% no mês de junho na comparação com maio deste ano, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período, o maior ritmo de avanço desde março de 2011, quando subiu 1,47%. Em relação a junho de 2011, o avanço foi de 0,99%. Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e igual período de 2011, houve crescimento de 0,68%, de acordo com os dados sem ajustes. Em 12 meses, o IBC-Br registrou crescimento de 1,2%.


IPC-S desacelera em duas capitais


A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) diminuiu em duas das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda semana de agosto. As cidades que apresentaram as menores taxas entre a primeira e a segunda prévia foram o Rio de Janeiro (de 0,69% para 0,6%) e Belo Horizonte (de 0,17% para 0,1%). A menor alta foi apurada em São Paulo, onde o índice passou de 0,41% para 0,42%.


Famílias estão menos endividadas, diz Ipea


Levantamento elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) indica que o nível de endividamento das famílias vem caindo: entre junho e julho, o percentual de entrevistados com dívidas caiu de 46,6% para 43,9%. Em julho de 2011, o índice era 47,9% das famílias. O perfil de endividados também mudou, com a diminuição do percentual de famílias muito endividadas, de 9,1% para 7,1%. Os mais ou menos endividados em julho deste ano somam 18,8% e os poucos endividados, 18%.


Governo reduz custos para obras de infraestrutura


Depois de anunciar a concessão de rodovias e ferrovias à iniciativa privada, o governo editou uma medida que vai baratear os projetos de infraestrutura. O Diário Oficial da União desta quinta-feira publicou um decreto que zera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o seguro-garantia, exigido nos financiamentos para esses empreendimentos. A medida entrará em vigor daqui a 90 dias. Atualmente, essas operações pagavam 7,38% de IOF.


Superávit da zona do euro bate recorde


O superávit comercial da zona do euro atingiu 14,9 bilhões no mês de junho, seu nível mais alto desde que os números começaram a ser divulgados, em 1999, segundo o escritório de estatísticas Eurostat. No mesmo período de 2011, o excedente apurado foi de 200 milhões de euros. Lideradas pela Alemanha, as exportações chegaram a 161,5 bilhões de euros no mês, alta de 12% no comparativo com o ano passado, e as importações subiram 2% na mesma base comparativa, chegando a 146,6 bilhões de euros.


Confiança do consumidor avança nos EUA


A confiança do consumidor dos Estados Unidos melhorou no início de agosto e atingiu o maior nível em três meses. Segundo dados da Thomson Reuters em parceria com a Universidade do Michigan, a confiança atingiu maior nível desde maio, para 73,6 pontos, ante 72,3 pontos no mês passado, mas as preocupações com o aumento dos preços dos alimentos levaram a uma disparada das expectativas de inflação tanto no curto quanto no longo prazo.

 

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