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O Novo Desenvolvimento e o Papel do Estado - 2

29 de Julho de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 30/07/2012

 

A análise dos modelos de desenvolvimento nacionais, ao longo dos últimos séculos, permite idntificar pontos centrais que deflagram processos.

Há que se preparar as bases, educação, inovação, ambiente favorável ao empreendedorismo etc. Mas o gatilho que muda o patamar da economia é a abertura de mercados.

É o que permite ampliar a escala da produção, abrir espaço para novos investimentos, para a empresas mudar rapidamente de patamar tecnológico e de produção.

***

Foi assim com a Inglaterra (conquistando o mercado externo), os Estados Unidos (conquistado o interior), a Argentina no final do século 19 (conquistando os pampas e os mercado norte-americano e europeu) e a China no final do século 20.

É esse impulso inicial que muda a dinâmica do desenvolvimento, cria uma mística interna que facilita reformas, mudanças de paradigma, abre espaço fiscal para políticas proativas,

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São vários os caminhos para tal:

Conquista do mercado interno

Os grandes saltos de desenvolvimento brasileiro – político e econômico – foram precedidos de inclusão de novos atores nos mercados de consumo e político. Foi assim com a migração no final do século 19, com a urbanização de São Paulo nos anos 20, com a criação das indústrias do ABC nos anos 50 e, nos últimos anos, com a massificação de políticas sociais.

Outro ponto relevante é o da interiorização do desenvolvimento. A conquista do Paraná, nos anos 50, e do centro-oeste nos anos 70 foram passos fundamentais para a construção da nova economia. Agora, a ampliação da malha ferroviária, o novo dinamismo do nordeste, a dinâmica do sul da Amazonia ampliam essas perspectivas.

Há um conjunto de ferramentas financeiras facilitando o acesso ao mercado. A principal é o crédito. A mera redução dos juros do creditário significa um enorme ganho no poder aquisitivo do consumidor.

Exemplo: prestação de R$ 100,00 por mês, por 48 meses a uma taxa de juros de 4% ao mês permitirá adquirir um bem no valor de R$ 2.120,00. Se a taxa cair para 0,5% ao mês, com a mesma prestação se conseguirá adquirir bem no valor de R$ 4.2580,00 ou um aumento de 101%.

Conquista do mercado externo

Aí se entra na competição com os produtos internos.

Há um conjunto de características externas à empresa, como o custo país, questões de infraestrutura, financiamento etc. que serão abordados em outro capítulo.

Para o tema de hoje - abertura de mercado e competição externa - há dois tipos de ação.

Uma, de abertura estratégica de mercados. Compõem essa linha acordos comerciais, parcerias entre países, ação diplomática, grandes lances de logística, mecanismos de financiamento etc.

Uma segunda linha é da ação direta sobre preços e concorrência. Entram ai as tarifas de importação, restrições comerciais, barreras sanitárias, hoje em dia penalizadas por legislação internacional no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio).

A segunda linha - sem restrições, por enquanto - é o câmbio, a desvalorização cambial. Esse é o caminho mais imediato para a expansão exponencial dos mercados.

Confiança industrial recua 0,5% em julho

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,5% entre junho e julho ao passar de 103,2 para 102,7 pontos. Com isso, o índice mantém-se abaixo da média dos últimos cinco anos, de 105,8 pontos, desde julho de 2011. Ao longo do período, o Índice da Situação Atual (ISA) foi reduzido em 1,7%, passando de 104,4 para 102,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,8%, de 102 para 102,8 pontos.

 

Consumo de energia elétrica cresce 4,2% no semestre

O consumo de energia elétrica cresceu 4,2% no país, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo nacional de eletricidade chegou a 223,4 mil gigawatts-hora (GWh) nos seis primeiros meses do ano. O maior crescimento foi observado no setor de comércio e serviços, que cresceu 7,4% no primeiro semestre, seguido pelos segmentos residencial (5%) e industrial (1,4%).

 

Brasil não é ilha contra crise, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff reconheceu que é impossível o Brasil não sofrer os impactos da crise econômica internacional, que afeta principalmente alguns países europeus, os Estados Unidos e o Japão, mas ressaltou que a economia do Brasil, mesmo sob dificuldades, registrou crescimento e segue com a mesma tendência nos próximos meses. Dilma destacou que o Brasil elevou para a classe média o equivalente à população “de uma Argentina”.

 

BCE pode assumir perdas da Grécia

As autoridades da Europa estão trabalhando com o que consideram de cartada final para tentar reduzir a dívida da Grécia e manter o país na zona do euro, com o Banco Central Europeu (BCE) e diversas instituições nacionais considerando aceitar absorver perdas consideráveis em suas carteiras de títulos. O objetivo da medida é reduzir a dívida grega em até 100 bilhões de euros, levando os débitos para um patamar de 100% da produção econômica anual, um valor considerado mais maleável pelos agentes.

 

Economia dos EUA desacelera no trimestre

Embora de forma lenta, a economia dos Estados Unidos apresentou um crescimento de 1,5% durante o segundo trimestre, devido ao impacto gerado pela desaceleração do consumo. Este é o ritmo mais fraco já apurado desde o terceiro trimestre de 2011, segundo o Departamento do Comércio. Com o resultado, aumenta a expectativa de que o Federal Reserve (o Banco Central do país) aumente o volume de capital em circulação na economia.

 

Desemprego atinge novo recorde na Espanha

A taxa de desemprego na Espanha registrou os piores números dos últimos anos. Os dados divulgados pelo governo espanhol indicam que o índice subiu de 24,4%, no período de janeiro a março, para 24,6%, no trimestre de abril a junho. No total, cerca de 5,7 milhões de espanhóis, praticamente um em cada quatro, estão à procura de trabalho. É a mais elevada taxa desde meados dos anos 1970. Paralelamente, o CaixaBank, terceiro maior banco do país, reduziu seus lucros semestrais em 80%.

 

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Tags deste artigo: nassif desnvolvimento economia índices emprego fmi grécia crescimento econômico crédito bancário espanha

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