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O Novo Desenvolvimento e o Papel do Estado - 5

2 de Agosto de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 03/08/2012

 

Nas próximas décadas, um dos pontos centrais do desenvolvimento brasileiro serão os investimentos em infraestrutura e, especialmente, os chamados gargalos do setor.

Este é um dos grandes paradoxos do financismo primário que acometeu a análise macroeconômica brasileira nas últimas décadas. Colocavam-se os gargalos como impeditivos do crescimento.

Ora, a fase inicial de todo processo de crescimento é o gargalo, isto é, a demanda não atendida. Havendo demanda, viabiliza-se o investimento, o plano de negócios.

Décadas de carência de investimento, especialmente em infraestrutura, e expansão do mercado de consumo e do desenvolvimento regional, criaram inúmeros gargalos. O desafio – mais fácil – é o de viabilizar os investimentos.

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Hoje em dia, existem concretamente os dois pilares de investimento: demanda reprimida e disponibilidade de poupança interna e externa.

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Os grandes financiadores de infraestrutura são os fundos de pensão. São investidores de longo prazo e interessados em aplicações de retorno garantido – por isso mesmo, com taxas de retorno módicos.

A política monetária colocada em prática pelo FED e Banco Central Europeu trouxeram os juros para níveis abaixo da taxa atuarial (a que garante os benefícios futuros) de 6% ao ano.

Nos Estados Unidos, houve uma revisão da legislação, flexibilizando as aplicações no exterior. Há pelo menos US$ 5 trilhões atrás de novas oportunidades de investimento.

No Brasil, a própria redução da relação dívida/PIB deverá liberar pelo menos R$ 50 bilhões nos próximos anos, apenas da não rolagem da dívida pública detida pela indústria de fundos de pensão.

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O país já domina dois passos intermediários para esse movimento.

O primeiro, a metodologia dos planos de negócio. O segundo, o controle de ferramentas jurídicas adequadas de participação desses fundos nos investimentos em infraestrutura, em concessões ou parcerias público-privadas.

E aí, o próprio governo federal precisaria montar uma estrutura mais azeitada de captação de fundos internacionais e internos, sem necessariamente passar pela intermediação dos bancos de investimentos internacionais – que perderam a confiança dos investidores após a grande crise de 2008.

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São caminhos que já foram aplainados nas últimas décadas.

O país já dispõe de ampla tecnologia de formatação de planos de negócio, ferramentas jurídicas, conhecimento técnico. Já tem uma carteira de concessões e projetos em várias áreas. O mercado de capitais também evoluiu enormemente nas últimas décadas, exigindo uma nova governança das empresas e maior segurança aos investimentos.

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Mas ainda não amarrou uma política industrial sincronizada com o momento. A consequência é a concentração de projetos em mãos de poucas empreiteiras e empresas de engenharia. E ainda falta um upgrade nas agências reguladoras, ponto fundamental na montagem de uma política eficaz de concessão e de parcerias público-privadas.

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Em suma, tem-se à mão todos os ingredientes para uma explosão dos investimentos em infraestrutura nas próximas décadas. Falta apenas azeitar a montagem de projetos.


Crédito ao consumidor só deve avançar em 2013

A perspectiva de crédito ao consumidor apresentou uma redução de 0,1% durante o mês de junho, atingindo 98,6 pontos, segundo a Serasa Experian. Esta foi a menor queda mensal dos últimos sete meses. Considerando a metodologia do índice, acredita-se que o avanço mais vigoroso do crédito só será visto a partir de 2013. Quanto ao crédito empresarial, o indicador de perspectiva recuou 0,1% em junho, atingindo o patamar de 100 pontos, em um sinal de retomada gradual.

 

IPC-S perde força em cinco capitais

Cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o cálculo do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) reduziram as variações de suas taxas durante a quarta semana de julho. Segundo o levantamento, as quedas mais expressivas foram apuradas em Brasília, que passou de 0,16% para -0,03%, e em Belo Horizonte, onde o total passou de 0,25% para 0,12%. Por outro lado, Salvador e São Paulo mantiveram seus dados estáveis em 0,21% e 0,26%, respectivamente.

 

Confiança do comércio apresenta estabilidade

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresenta um comportamento estável em julho de 2012. Considerando-se comparações interanuais, o índice médio do trimestre findo em julho ficou 3,4% abaixo do mesmo período do ano passado; segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice terminou o período em 125,3 pontos, ante 129,8 pontos em julho do ano anterior. O resultado geral sinaliza que a atividade econômica do setor continua em ritmo ligeiramente mais lento que no mesmo período do ano passado.

 

Venda de automóveis bate recorde em julho

Com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, as vendas do segmento avançaram 22,04% em relação ao mesmo mês de 2011 e 3,15% ante junho deste ano, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Ao todo, foram emplacadas 351.410 unidades no mês de julho, ante 340.706 em junho. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a alta é 3,01% em relação à igual período de 2011.

 

BCE mantém juros em 0,75%

O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros de referência na zona do euro no mínimo histórico de 0,75%, dentro do esperado pelos mercados. A autoridade monetária da zona do euro também informou que não realizou mudanças na taxa marginal de crédito, mantendo-a em 1,5%, enquanto a taxa de depósitos foi mantida em 0%. O BCE baixou o preço do dinheiro no começo do mês de julho, mas mostra-se cético quanto ao impacto da medida sobre a economia real.

 

Draghi: dívida só será comprada em último caso

O pronunciamento do presidente do Banco Central Europeu (BCE) decepcionou quem esperava pelo anúncio de novas medidas de estímulo à economia. Em pronunciamento, Draghi disse que o BCE pode comprar títulos das dívidas públicas dos países em dificuldade, mas que “o BCE não pode substituir governos”, e que as autoridades devem estar preparadas para ativar o uso dos fundos de resgate quando as condições assim o exigirem.

 

 

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