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O Papel Central da Economia da FGV-SP

23 de Setembro de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 24/09/2012

 

Quando foi criada a Faculdade de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, prognostiquei que em breve marcaria época no país. Com Luiz Carlos Bresser-Pereira e Yoshiaki Nakano, a escola conseguiria definir uma síntese do melhor do pensamento econômico brasileiro – moldado ao longo das últimas décadas.


Da escola da Unicamp e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), trouxeram os valores do desenvolvimentismo. Dos anos 90, os valores da estabilidade fiscal. Do governo Mário Covas, Nakano trouxe as mais bem sucedidas experiências de inovação tecnológica na gestão pública, até então. E estavam juntos em uma instituição – a FGV – que abriga a melhor escola de gestão pública do país.

Além disso, não compactuava com alguns vícios do pensamento desenvolvimentista, de criar campeões nacionais a qualquer preço. Nem abraçava o radicalismo neoliberal contra a presença do Estado, ou seu oposto, a estatização a qualquer preço.


Além disso, contava com a objetividade nipônica, cirúrgica, de Nakano, um economista sem as firulas que caracterizam os cabeças-de-planilha e com rara capacidade de identificar os fatores essenciais de uma política econômica.


 

***


Um ex-economista da FGV-SP – Guido Mantega – acabou alçado a Ministro da Fazenda, mais por seu histórico com o PT do que com a FGV. Mas as decisões de política econômica adotadas – devolvendo o ativismo à Fazenda – foram muito mais uma reação à crise de 2008.


A eleição de Dilma Rousseff mudou o panorama e permitiu a consagração dos princípios defendidos pela Faculdade de Economia.


Enquanto Ministra de Lula, sabia-se da formação de Dilma Rousseff, aluna de Maria da Conceição Tavares na Unicamp. Mas pouco se sabia sobre o conjunto de princípios que norteariam seu governo dali por diante.


***


Uma a uma, as teses da FGV-SP foram se impondo, deixando  mais claro uma identidade de pensamento que Dilma já trazia desde os tempos em que modelou o novo sistema elétrico.


Gradativamente começou a jogar na perna do investimento a responsabilidade pelo crescimento. Reforçou o papel regulador do Estado, enquadrando as agências. Ao mesmo tempo, reabriu as parcerias público-privadas e as concessões públicas – mas sem abrir mão do controle regulatório.


Em setembro do ano passado, deu início ao lance mais ousado, que foi detonar os fetiches em torno de juros elevados. O Banco Central reduziu em 0,5 ponto a Selic – contra todas as apostas do mercado, e venceu.


Depois, mais dois lances capitais para ampliar a competitividade da economia. O primeiro, a redução nas tarifas de energia elétrica, em um setor há tempos acomodado com altas margens de lucro, altas distribuições de resultado e altas tarifas.


O segundo, o início do desmonte da estrutura de títulos públicos herdada do período da hiperinflação, com títulos de longo prazo sendo remunerados pela taxa diária de juros.


Por trás dessa aposta fundamental, reuniões periódicas com dois economistas que aprenderam a chutar a gol: Delfim Neto e Nakano.


Realiza-se, assim, a profecia sobre o papel a ser exercido, no país, pela Faculdade de Economia da FGV-SP.


Desemprego perde força, segundo Pnad


O total de pessoas desempregadas no Brasil caiu 19,3% entre 2009 e 2011, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo do período, o número de pessoas que procuraram emprego e não conseguiram passou de 8,2 milhões em 2009 para 6,6 milhões em 2011. Contudo, o percentual de pessoas empregadas diminuiu de 62,9% para 61,7%, um sinal de que a população não economicamente ativa cresceu no país.


CNI aponta aumento da produção


A indústria mostra tendência de crescimento da produção, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o estudo, o índice de evolução da produção alcançou 54,7 pontos em agosto, ante 51,1 pontos em julho. Já o indicador de emprego no setor passou de 48,5 pontos, em julho, para 49,8 pontos em agosto, mas a entidade acredita que o dado deve avançar nos próximos meses, caso o ritmo de crescimento da produção se mantenha.


Receita amplia regime aduaneiro


A Receita Federal ampliou o regime aduaneiro especial para aumentar o volume de exportações e estimular a industrialização dos produtos no Brasil. Conhecido como Recof, o regime permite o ingresso de insumos no país com suspensão de tributos desde que sejam destinados à montagem de produtos para vendas no exterior. Agora, ele poderá ser usado por empresas de qualquer segmento industrial, essencialmente de montagem. O Fisco estima que mais 185 empresas têm potencial de adesão ao Recof.


OMC reduz prognóstico para comércio global


A Organização Mundial do Comércio (OMC) reduziu as estimativas de crescimento do comércio global ao fim deste ano para 2,5%. A estimativa anterior era de 3,7% e, segundo a entidade, a estimativa foi afetada pela crise da dívida na zona do euro, aliado a situação da economia americana e da desaceleração da China. Em abril, a OMC afirmou que o crescimento do comércio mundial, muito frágil em 2011 após uma alta histórica em 2010, voltaria a cair este ano.


Déficit orçamentário britânico atinge 14,4 bilhões


O total de empréstimos líquidos registrados no Reino Unido chegou a 14,4 bilhões no mês de agosto, valor 4,5 milhões de libra acima do apurado no mesmo período do ano passado, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Segundo agências de notícias, o total registrado indica que o governo britânico não deve atingir a meta de déficit orçamentário. Além disso, o resultado apresentou um déficit recorde para o mês desde que os dados começaram a ser avaliados.


EUA pedem que Brasil não altere taxas de importação


O governo americano pediu ao Brasil que volte atrás na sua decisão "protecionista" de elevar tarifas de importação de bens industrializados. Em documento, o representante de Comércio Exterior do Executivo americano, Ron Kirk, argumentou que as medidas "vão contra os esforços mútuos" de liberalizar o comércio no âmbito mundial e prejudicariam "significativamente" as exportações americanas em áreas "cruciais" da sua pauta de exportações.

 

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