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O Próximo Passo do Regime Automotivo

4 de Outubro de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 05/10/2012

 

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel considera que o Regime Automotivo – anunciado ontem pelo governo – é apenas o primeiro passo para fortalecer e modernizar a indústria automobilística no país.


O enfoque principal foi direcionar os estímulos fiscais para a compra interna de componentes e para a modernização tecnológica, diz ele. Não se tem a pretensão de todas as autopeças serem fabricadas no país. Mas se pretende que o quarto mercado automobilístico do mundo tenha uma indústria à altura do seu tamanho.


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O Regime foi fechado em contato permanente com o Itamaraty, especialmente com os diplomatas que atuam na OMC (Organização Mundial do Comércio), especialmente Roberto Azevedo, para evitar qualquer questionamento internacional.

Ao contrário da Câmara Setorial da Indústria Automobilística, no governo Collor, o Regime Automotivo não pensou em uma especialização, que permitisse ao país ocupar nichos no mercado internacional. Isso porque, segundo Pimentel, as próprias indústrias já caminharam para tal, definindo os motores até 1.4 cilindradas como a vocação brasileira.


Aliás, no caso das inovações tecnológicas, há um enorme caminho a ser recuperado. O último motor projetado e desenvolvido no Brasil foi o fuel, da Fiat, há 17 anos.


Há a necessidade de se desenvolver uma nova geração de motores, substituindo o aço por alumínio e ligas metálicas. Nos últimos anos, a indústria mundial incorporou muita eletrônica, avanços que ainda não chegaram à produção interna.


Estávamos perdendo o bonde da história, diz Pimentel. Agora, o Regime Automotivo surge no momento em que novas montadoras – coreanas e chinesas – estão se instalando no país.


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Mas o grande passo será a etapa seguinte, diz Pimentel.


Na cadeia automobilística existem as montadoras e os sistemistas – grandes empresas multinacionais que compram componentes da indústria de autopeças. Não são mais que dez sistemistas, de tal forma poderosas que pode-se planejar um automóvel simplesmente juntando todas elas e encomendando os sistemas necessários.


Nesse jogo de gigantes, quem fica espremido são os fabricantes de autopeças, em geral pequenas e médias empresas nacionais.


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E esse peixe pequeno, o fabricante de autopeças, está mal, diz Pimentel. Boa parte não consegue sequer acessar o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), por dívidas de imposto e falta do CND (Certidão Negativa de Débito).


Por isso mesmo, está sendo preparado o segundo tempo do Regime Automotivo, pelo MDIC e pelo BNDES, visando o fortalecimento do setor.


A ideia do Regime Automotivo é puxar a corda para cima, mas ajudando a carregar o peso em baixo, diz Pimentel. Caso contrário, haverá aumento das importações ou se irá espremer as margens dos pequenos para limites insustentáveis.

***

Um dos subprodutos do Regime Automotivo será consolidar a indústria de autopeças como fornecedora preferencial para as montadoras na América do Sul.


Empresas reduzem pedidos de falência


O mês de setembro registrou 135 pedidos de falências em todo o país, segundo a nsultoria Serasa Experian. O número foi menor que os 192 requerimentos apurados em agosto. Dos 135 pedidos de falências em setembro de 2012, 82 foram feitos por micro e pequenas empresas, 32 por médias e 21 por empresas de grande porte. Também foram registrados 54 decretos de falências, ante 80 em agosto último e 82 em setembro de 2011. Fatores como queda dos juros e menor inadimplência do consumidor afetaram dados.


 

Decreto regulamenta novo regime automotivo


Foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto 7819, responsável pela regulamentação do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar Auto). Entre outros estímulos, está previsto o crédito sobre o recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O programa dura até 31 de dezembro de 2017 e a solicitação para participar deve ser feita ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


 

Depósitos da caderneta de poupança tem crescimento


Os depósitos efetuados na caderneta de poupança durante o mês de setembro ultrapassaram o total de saques em R$ 5,951 bilhões, segundo o Banco Central. O resultado foi o maior para o período dentro da série histórica da autoridade monetária, iniciada em 1995. Em setembro de 2011, a captação líquida ficou em R$ 4,179 bilhões. O total do ano mostra que a captação líquida também atingiu níveis recordes, atingindo R$ 33,186 bilhões - o total no mesmo período de 2011 chegou a R$ 9,492 bilhões.


 

Faturamento da indústria cresce 4,8% em agosto


A atividade industrial cresceu em agosto em relação a julho, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O faturamento, que reflete os primeiros impactos positivos de uma recuperação, elevou-se 4,8% de um mês para o outro na série com ajuste sazonal, seu maior crescimento desde fevereiro de 2011. Contudo, o uso da capacidade instalada permaneceu 80,9% em agosto, mesmo nível registrado em julho, e o emprego caiu 0,3% em agosto ante julho.


 

Banco Central Europeu mantém taxa de juros


O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa básica de juros estável em 0,75%, uma vez que a inflação em níveis elevados acabou por reduzir as preocupações do bloco de um novo ciclo de recessão. Em tempos de crise, tais avanços fazem com que os consumidores segurem seus gastos com combustível, fazendo com que o volume de vendas de combustível fosse reduzido 0,7% em agosto depois de recuar 0,8% em julho. O Banco da Inglaterra também manteve as taxas de juros em 0,5%.


Pedidos de seguro-desemprego perdem força nos EUA


O total de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos apresentou um leve crescimento durante a última semana: segundo dados divulgados pelo Departamento de Trabalho, as requisições subiram para 367 mil no período, um aumento de 4 mil em relação à semana anterior. A média móvel em quatro semanas, considerada uma medida melhor das tendências do mercado de trabalho, ficou estável em 375 mil.

 

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