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O Risco Das Usinas Sem Reservatórios

26 de Fevereiro de 2013, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 27/02/2013

 

 

O Seminário Brasilianas “Energias Alternativas” trouxe duas visões sobre o setor elétrico.


A visão atual foi o sucesso dos leilões de energia e dos programas de energia alternativa. Ao longo dos últimos anos, além do etanol sucessivos programas e os leilões viabilizaram a energia eólica, deram o tiro de partida para a fotovoltaica.


Mas problemas ambientais provocaram uma mudança perigosa na matriz energética, com a perda gradativa da importância  relativa da hidroeletricidade e, mais que isso, dos reservatórios das usinas, trazendo um aumento de risco complicado.


***


Esse alerta foi feito por Hermes Chipp, presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico e pelo professor Nivalde de Castro, do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).


O reservatório é como um armazenador de energia. No período chuvoso, parte da água é armazenada e serve para gerar eletricidade no período de seca.


Com essa segurança, a energia alternativa era utilizada em curtos períodos, quando o nível dos reservatórios baixava além de determinado limite.


Alguns anos atrás, o nível dos reservatórios garantia até dois anos de seca. Foi caindo. Com as novas hidrelétricas sendo construídas todas a fio d’água (sem reservatório), em 2013 os reservatórios garantirão 5,4 meses; em 2017, 4,3; em 2020, 3,5 meses.


***


Essa involução cria fatores complicados de segurança. Há que se proceder a mudanças substanciais no modelo elétrico e na compra de energia.


O primeiro fator relevante é a questão da segurança energética – ou seja, garantir que não faltará energia. Por exemplo, hoje em dia em nome da sustentabilidade, montou-se um modelo que impede a formação de reservatórios. Como lembra Chipp, o modelo peca pela base. Sem os reservatórios, quando falta energia são despachadas as térmicas, movidas a óleo ou carvão.


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A existência de reservatórios é fundamental inclusive para viabilizar a alternativa. Por exemplo,  prevê-se uma expansão substantiva da energia eólica – energia limpa, sustentável. Só que a energia eólica não é perene. Há períodos de pouco vento. Portanto, quanto maior a produção de eólica, maior a necessidade da energia de reserva. Sem essa reserva, se terá que recorrer a energias garantidas. E aí se cai nas termoelétricas a carvão e diesel.


***


Outro ponto relevante é mudar o critério de análise de preço. Hoje em dia, os leilões de energia levam em conta apenas o custo da geração – leva quem apresentar o preço mais baixo.


Ora, o custo final de uma determinada energia é a soma do custo de geração, mais o de transmissão e o de distribuição. Se uma usina é levantada em local distante, o custo de transmissão acaba fazendo com que chegue mais cara no consumidor final do que o de outra usina levantada em local mais próximo. Ou então ocorre de usinas construídas e desligadas do sistema por problemas de transmissão – que enfrentam problemas com diversas instâncias ambientais, com Ministério Público etc.


***


Diz Chipp que os leilões precisam definir previamente a quantidade de cada tipo de energia que se pretende, a região a ser implantada, o custo final para o consumidor.


Mais que isso: é necessário rediscutir a questão dos reservatórios.


Desemprego atinge 5,4% em janeiro


A taxa de desocupação foi estimada em 5,4%, a menor para o mês desde o início da série (março de 2002), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em comparação com 2012 (5,5%), a taxa manteve estabilidade. A população desocupada atingiu 1,3 milhão, alta de 17,2% ante dezembro e estável em relação a 2012, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,6 milhões) não registrou variação sobre dezembro, mas subiu 4,1% ante o ano passado.


 

Confiança do consumidor volta a cair


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou pelo quinto mês consecutivo entre janeiro e fevereiro, ao passar de 117,9 para 116,2 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este é o menor resultado apurado desde janeiro de 2012, quando a variação foi de 106 pontos. Em janeiro, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,3%, ao passar de 131,9 para 128,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,8%, de 110,5 para 109,6 pontos.


 

Saldo de crédito fica estável em janeiro


O saldo total das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,367 trilhões durante o mês de janeiro, estável ante o mês anterior, e acumulando expansão de 16,4% nos últimos doze meses. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. O comportamento no mês resultou da retração de 1% no saldo referente a pessoas jurídicas, que chegou a R$ 1,279 trilhão, e do aumento de 1,2% nas operações com pessoas físicas, cujo saldo alcançou R$ 1,088 trilhão.


 

Superávit primário do Governo Central bate recorde


O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou em janeiro o melhor superávit primário da série histórica para o mês, com R$ 26,146 bilhões. Em janeiro de 2012, o superávit primário foi R$ 20,815 bilhões. Segundo dados do Tesouro Nacional, o resultado reflete o aumento de R$ 8,5 bilhões no superávit do Tesouro Nacional, e de R$ 22,7 milhões no superávit do Banco Central (BC), com um aumento de R$ 3,2 bilhões no déficit da Previdência Social.


 

Consumo de energia aumenta 5,4% em janeiro


O consumo de energia elétrica no país subiu 5,4% em janeiro comparado com o mesmo mês de 2012. No sentido oposto, houve redução de 2% no consumo energético nas indústrias, influenciada pela desaceleração no setor minero-metalúrgico. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo em janeiro deste ano chegou a 38.311 gigawatts-hora (GWh). Em 12 meses, o consumo foi superior a 450 mil GWh, em um aumento de 3,9% sobre igual período do ano anterior.


 

IPC-S cai nas sete capitais


O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terceira semana de fevereiro. A queda mais expressiva foi observada em Belo Horizonte, com a taxa passando de 0,61% para 0,12%, seguida pelo Rio de Janeiro (de 0,28% para -0,04%), São Paulo (de 0,47% para 0,13%), Porto Alegre (de 0,64% para 0,4%), Brasília (de 0,83% para 0,6%), Recife (de 0,73% para 0,54%) e Salvador (de 0,72% para 0,57%).

 

 

 

 

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Tags deste artigo: nassif economia índices energia

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