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O sistema econômico para o desenvolvimento

4 de Julho de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 05/07/2012

Apesar de todos os avanços da economia, da econometria em particular, ainda é tarefa inglória relacionar todas as variáveis que conduzem ao crescimento de uma economia.

No caso brasileiro, na maioria das vezes economistas de planilha limitam-se a correlacionar juros e nível de atividade e, a partir daí, tirar conclusões enganosamente simplificadoras sobre realidades que são fundamentalmente complexas.


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Comparem-se esses modelos com o estudo publicado em meu blog, de autoria do engenheiro Joaquim Aragão (http://migre.me/9LeS6).

Ele parte do princípio correto de que crescimento é um processo circular-espiralar multifásico – ou seja, é composto por subsistemas que se influenciam mutuamente, onde entram dimensões como o fator tempo e o fator espacial.


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Em geral, os economistas dividem-se entre os que acham que a demanda é propulsora do desenvolvimento; e o segundo grupo que atribui à poupança e ao investimento o motor do crescimento – as escolas da “demand economics” e da “supply economics”.

Aragão constata que sem uma visão sistêmica, sem a coordenação de setores, ocorre a dispersão das ações e a perda de eficácia dos instrumentos fiscais e monetários.


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O protagonista principal da política econômica é o setor empresarial. Mas visto como um amplo espectro de classes empresariais, e não um grupo limitado de atores econômicos politicamente dominantes.

A importância do Estado volta a ser reconhecida, diz ele. Mas seu papel essencial deve ser do Estado orquestrador, que vá além do Estado provedor e do Estado regulador.

Cabe ao novo Estado a) a construção e consertação entre os diversos atores; b) a capacitação e informação dos atores; c) a definição da estratégia de desenvolvimento econômico e social. Além da provisão estatal de bens e serviços e garantidor da ordem social.


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Um dos pontos centrais do papel do Estado é o da sustentabilidade fiscal. Ainda hoje, esse controle é feito de forma agregada e grosseira (embora minorado pelo PAC). Há a necessidade de análise de impactos econômicos e fiscais dos diversos tipos de apoio do Estado à economia, como ferramenta incorporada à cultura de gestão fiscal.


Finalmente as famílias tendo papel fundamental. A teoria econômica convencional só a vê como fonte de consumo ou força de trabalho. Mas tem que ser fortalecido seu papel de educadora, gestora de projetos profissionais e empresariais, além de rede de suporte social em momentos de crise.

 

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No desenho das políticas econômicas, Aragão coloca como ponto central os projetos. É essencial, diz ele, que os agentes governamentais busquem os potenciais de crescimento nos diversos cantos do país. Há muito potencial em regiões afastadas, que não tem sido considerado nas recentes medidas anticíclicas do governo federal.

 

E aí se entra na questão espacial: “Para que as políticas de incentivo sejam definidas de acordo com os potenciais locais, é indispensável, pois, que elas sejam definidas em função de um planejamento territorial, nacional, regional e local, hoje ainda ausente no Brasil, a despeito de diversas tentativas de retomada”.


 

Comércio avança 7,6% no semestre


O movimento dos consumidores nas lojas em todo o país recuou 0,2% em junho na comparação com maio, já efetuados os devidos ajustes sazonais. Com este resultado, o primeiro semestre de 2012 encerrou com alta de 7,6% na atividade varejista, o menor desempenho dos últimos três anos, segundo dados da consultoria Serasa Experian. No primeiro semestre de 2010, o aumento foi de 10,7%, enquanto a variação na primeira metade do ano passado havia sido de 9,6%.


 

Setor da construção civil volta a perder confiança


O Índice de Confiança da Construção (ICST) elaborado pela Fundação Getulio Vargas desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em comparação ao mesmo período do ano anterior: em junho, a queda do Indicador Trimestral chegou a 9,5%, o pior resultado desde dezembro de 2011 (-9,9%). Ainda na comparação interanual, o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 8,6%, ante queda de 6,5% em maio. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) acompanhou o movimento, passando de -9,3%, em maio, para -10,5%, em junho.

 

 

Finlândia não aprova compra de dívida soberana


O governo da Finlândia confirmou que não vai aprovar a compra de dívida soberana no mercado secundário pelo uso do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), como foi acordado no Conselho Europeu da semana passada. Segundo o primeiro-ministro Jyrki Katainen, o país não vai aprovar operações no mercado secundário porque a experiência já demonstrou que a medida não é efetiva. Além disso, os recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e do MEE “são limitados”.


 

Brasil amplia restrição à importação de calçados chineses

 

O governo brasileiro decidiu aumentar a restrição sobre a importação de calçados da China. A partir de agora, será cobrada uma alíquota no valor de 182% sobre o valor da importação de partes e peças de calçados chineses, de acordo com resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicada no Diário Oficial da União. Antes, as restrições tratavam apenas de calçados chineses prontos, e agora incluem também cabedais (parte superior) e solas.


Preço das commodiites sobe 0,83% no semestre

 

O Índice de Commodities Brasil (IC-Br) teve queda de 1,4% em junho em relação ao mês anterior, segundo levantamento elaborado pelo Banco Central. No primeiro semestre, o índice apresentou alta de 0,83% e em 12 meses encerrados em junho, de 2,59%. A queda apurada no mês de junho foi influenciada pelo segmento de energia, com recuo de 6,83%, enquanto os metais tiveram retração de 2%. O segmento agropecuário apresentou queda de 0,2%.

 

Fluxo cambial fica positivo no primeiro semestre

 

Com o resultado positivo de junho de US$ 318 milhões, o fluxo cambial fechou o primeiro semestre do ano com superávit de US$ 22,944 bilhões, de acordo com o Banco Central (BC). No mês passado, o segmento financeiro ficou positivo em US$ 1,280 bilhão. No ano, o total acumulado foi de US$ 2,81 bilhões, uma redução de 88,1% em relação a 2011. Já o segmento comercial registrou déficit de US$ 962 milhões, em junho, e acumulou US$ 20,134 bilhões no ano, alta de 24,3% em relação a 2011.

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Tags deste artigo: nassif economia

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