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Os Modelos de Clubes de Futebol

14 de Novembro de 2012, 22:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 15/11/2012

 

 

Produto de maior alcance no país, o futebol ainda não logrou se transformar em uma força econômica.


No Seminário sobre Esportes, do projeto Brasilianas, Ary José Rocco Jr., da cadeira de Gestão do Esporte da Escola de Educação Física da USP (Universidade de São Paulo) analisou o modelo brasileiro de clubes, à luz dos modelos existentes na Espanha, Inglaterra, Itália e Estados Unidos.


***


No Brasil, a maioria dos clubes está endividado e é pessimamente gerido. A governança é pobre.


São clubes administrados na forma de condomínios (quadro de associados), com regras de eleição que praticamente impedem a renovação.


***


No modelo desportivo norte-americano, a peça central são as ligas. Cabe a elas organizar sistemas de franquias, estabelecer um rígido controle de gastos com salários de jogadores, negociar os direitos de arena e garantir a competitividade e o equilíbrio entre seus membros.


No caso dos direitos de TV, por exemplo, todos os clubes recebem o mesmo valor.

Quando termina a temporada o último colocado tem a preferência para escolher os melhores jogadores universitários para integrar seu elenco. Justamente para preservar o equilíbrio entre os times, valorizando a disputa. Se algum clube paga por um jogador acima do teto, incorre em multa que reverte para a liga.


O modelo é bem sucedido: os EUA têm três das quatro ligas mais ricas do mundo: a de futebol americano, de baseball e de basquete.


***


No caso europeu, existem três sistemas distintos de modelo de clubes.


Um dos modelos é o privado, no qual os clubes são adquiridos por investidores. Às vezes, a intenção do investidor é meramente ter um bom retorno financeiro. É o caso do inglês Chelsea, que há 14 anos não ganha um torneio nem troca o técnico. Mas fornece o que o acionista quer: retorno financeiro.


Em 2011 a Premier League (a liga inglesa de futebol) teve um faturamento de US$ 5,5 bi e a Inglaterra tem 10 equipes entre as 30 que mais faturaram no planeta.


***


Em outros casos, a intenção do dono é meramente política. É o caso de Internacional de Milão, de Silvio Berlusconi.


Existe também um sistema misto, no qual o conselho de administração é composto por representantes do clube e de uma empresa investidora.


É o modelo alemão e francês.


***

O modelo mais bem sucedido é o modelo associativo espanhol - nos mesmos moldes do modelo brasileiro - no qual a diretoria é eleita pelos sócios.


A Espanha tem os dois clubes mais ricos da Europa - Barcelona e Real Madri.


Todos os clubes procuram explorar exemplarmente sua identidade própria. Quando o Barcelona joga, por exemplo, a Catalunha inteira se une em torno do clube. Em Madri, o Real explora sua imagem de clube da elite e o Atlético a imagem de clube do povo.


A conscientização dos atletas é tão importante que, em uma das últimas rodadas do campeonato espanhol, o Barcelona goleou o Valladolid por 5 a 0. No último gol, dois atacantes resolveram requebrar em comemoração. O capitão foi até lá, chamou sua atenção.


Por lá, 26% do faturamento dos clubes vem de venda de ingressos, 32% de transmissão, 43% de produtos comerciais e licenciamento.


 

Pedidos de recuperação judicial caem em outubro


O mês de outubro registrou um total de 49 pedidos de recuperação judicial em todo o país, segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. O número é menor que os 57 requerimentos de setembro último, porém maior que os 27 pedidos de outubro de 2011. Dos 49 pedidos de recuperação judicial registrados em outubro de 2012, 22 partiram de micro e pequenas empresas, 18 de médias e 9 de empresas de grande porte.


IGP-10 aponta deflação de -0,28%


O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) totalizou -0,28% no mês de novembro, revertendo o avanço de 0,42% registrado em outubro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa apurada em outubro foi de 0,42%. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,57%, ante 0,40% em outubro, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chegou a 0,36%, ante 0,57% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,22%, abaixo dos 0,24% do mês anterior.


Atividade econômica tem queda de 0,52%


Após apresentar crescimento por cinco meses consecutivos, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período registrou queda de 0,52% em setembro, na comparação com agosto. Essa foi a maior retração registrada pelo índice desde outubro de 2011 (queda de 0,58%). Em relação a setembro de 2011, houve crescimento de 0,44%, de acordo com o índice sem ajustes para o período. No ano, o IBC-Br cresceu 1,2% e em 12 meses, 1,14% (sem ajustes).


Fluxo cambial começa o mês com superávit


Após encerrar o mês de outubro com saldo negativo de US$ 3,823 bilhões, o fluxo cambial iniciou novembro positivo em US$ 2,305 bilhões, até o dia 9, segundo o Banco Central (BC). No período, o segmento comercial registrou saldo positivo de US$ 559 milhões, e o total apurado no segmento financeiro foi de US$ 1,746 bilhão. No ano, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 20,938 bilhões, com resultado positivo do segmento financeiro (US$ 5,343 bilhões) e do comercial (US$ 15,595 bilhões).


Taxas de juros caem pelo oitavo mês seguido


As taxas de juros das operações de crédito foram reduzidas pelo oitavo mês consecutivo, segundo a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A taxa de juros média geral para pessoa física passou de 5,81% ao mês para 5,50% ao mês, a menor taxa de juros da série histórica (1995). Para a pessoa jurídica, a taxa caiu de 3,31% em setembro para 3,17% ao mês, a menor taxa de juros da série histórica (1999).


Crise da Grécia se aprofunda no trimestre


A recessão econômica apresentada pela Grécia foi aprofundada durante o terceiro trimestre, com o ritmo de atividade do país se encolhendo em 7,2% na base anual, em meio a trajetória para seu sexto ano consecutivo de recessão. A queda foi superior aos 6,3% vistos no terceiro trimestre, e segue-se à aprovação do orçamento para 2013 pelo governo do primeiro-ministro Antonis Samaras, que deve continuar a pressionar o crescimento por boa parte do ano que vem.

 

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Tags deste artigo: nassif economia índices balança comercial inflação clubes de futebol grécia

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