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Os Nós Que Impedem a Solução da Crise Global

16 de Dezembro de 2012, 22:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 17/12/2012


 

A decisão da União Europeia, de colocar todos os bancos comerciais sob supervisão do Banco Central Europeu é um passo tecnicamente justificável, mas na direção de uma política desastrosa.


Hoje em dia, a crise bancária tornou vulneráveis muitos sistemas bancários nacionais. O rebaixamento de bancos e países por agências de risco torna mais caro a rolagem de dívidas e a captação de recursos.


Ao colocar todos os bancos (a partir de determinado volume de capital) sob suas asas, o BCE elimina o fator risco, reduzindo o custo de captação e rolagem das dívidas.


Mas não resolve o ponto central.


***


A crise internacional foi decorrência do excesso de liquidez na economia, com a criação, sem controle, de inúmeras ferramentas financeiras que multiplicaram por várias vezes a capacidade de especular dos investidores.


Nesse período, os grandes bancos lograram o controle dos bancos centrais de seus respectivos países. Com o tempo, passou a haver uma articulação entre esses diversos BCs, dominados por economistas de determinados centros de pensamento econômico.


***


Esta semana, o diário norte-americano “The Wall Street Journal” trouxe importante matéria mostrando a articulação de dez banqueiros centrais, todos eles egressos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT.


Juntos, representam países que respondem por ¾ da produção econômica mundial. Desde 2007, esse grupo de banqueiros inundou o mundo com a emissão de US$ 11 trilhões.


Como explicam os repórteres Jon Hilsenrath e Brian Blackstone, “os banqueiros centrais forjaram o seu próprio caminho, independente de eleitores e políticos, unidos por conversas frequentes e por relacionamentos que às vezes remontam à época da universidade”.


Agora, planejam novo banho de liquidez, jogando uma aposta de altíssimo risco para a economia global, mesmo com os parcos resultados que esse tipo de política trouxe para a economia real. Desenvolveram uma teoria que o maior teórico das crises financeiras, Kenneth Rogoff, reputou como não comprovada.


***


O excesso de liquidez tem servido exclusivamente para dar sobrevida às jogadas financeiras cada vez mais frequentes, que têm resultado em escândalos periódicos sendo coibidos pela Justiça dos diversos países


Mas em nenhum momento se tocou no foco central: o excesso de liquidez e os paraísos fiscais que vicejam em plena Europa, como centros gigantescos de sonegação fiscal e de trânsito de dinheiro de todas as procedências, do narcotráfico à corrupção política.


É o caso das contas numeradas nos bancos suíços, fonte permanente de escândalos dos quais o menos grave é o da sonegação fiscal por parte das grandes fortunas, em um período em que cortam-se serviços sociais para equilibrar as contas públicas.


***


Nos últimos anos, esses escândalos pegaram o espanhol Santander, os britânicos HSBC e Barclays, os norte-americanos Goldman Sachs, JP Morgan e Bank of America, os franceses Société Générale e Crédit Agricole, o alemão Deutsche Bank, o suíço Credit Suisse.


Enquanto os BCs mundiais permanecerem capturados pelo mercado, não haverá saída para a crise.

 

Inadimplência deve ter 2013 mais favorável

O indicador de perspectiva da inadimplência do consumidor recuou 1% em outubro, atingindo o valor de 98,9 pontos, segundo a consultoria Serasa Experian. A sequência de reduções mensais deste indicador ao longo de suas últimas leituras aponta que, após quase dois anos de crescimento, a inadimplência dos consumidores apresentará um comportamento mais favorável em 2013, caracterizando uma trajetória de normalização. Pelo lado das empresas, o indicador caiu 1,5%, situando-se em 92,4 pontos.

 

Atividade econômica sobe 0,36% em outubro

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período voltou a registrar crescimento em outubro, após a queda de 0,52% no mês anterior. A expansão apurada em outubro chegou a 0,36%, na comparação com setembro. Em relação a outubro de 2011, houve crescimento de 4,96%, de acordo com o índice sem ajustes para o período, considerado o mais adequado para esse tipo de comparação. No ano, o IBC-Br cresceu 1,57% e, em 12 meses, 1,5% (sem ajustes).

 

Redução da conta de luz pode ser ainda menor

O baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas causado pela seca fez aumentar a produção das usinas térmicas este ano e deve ter impacto na conta do consumidor em 2013. Estudo feito pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) afirma que, para garantir o fornecimento, sem riscos de apagões, a produção das usinas térmicas aumentou pouco mais de três vezes em relação à produção considerada normal ao longo do ano o que fez aumentar os custos da energia.

 

BC muda regras do consórcio

O Banco Central publicou no Diário Oficial desta sexta-feira uma circular que altera a regulamentação dos grupos de consórcio, facilitando o resgate de saldo em caso de encerramento e tornando mais transparente a cobrança de taxas diferenciadas. Entre outras medidas, as administradoras ficam obrigadas a incluir nos contratos informações sobre as diferenciações de taxa, para que o consorciado entenda por que a cobrança de todos os membros de um grupo não é a mesma, quando for o caso.

 

Preços ao consumidor perdem força nos EUA

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos caiu 0,3% em novembro, e subiu 1,8% em um ano, de acordo com o Departamento de Trabalho. Quando descontados os preços de alimentos e energia, o núcleo da inflação no CPI foi de 0,1% em novembro e de 1,9% nos últimos 12 meses. Boa parte da queda foi decorrente da contração de 7,4% apurada nos preços dos combustíveis, que contribuiu para uma diminuição de 4,1% no setor de energia. Os preços dos alimentos subiram 0,2%.

 

Indústria americana tem melhora

O setor industrial norte-americano cresceu em dezembro no ritmo mais rápido em oito meses, impulsionado por aumentos nas demandas doméstica e externa: segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) elaborada pela empresa de informação Markit, seu PMI preliminar subiu para 54,02 pontos, na melhor leitura desde abril, ante 52,8 no mês passado. Pelos critérios do levantamento, uma leitura acima de 50 indica expansão.

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