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Os Paralelos Entre Vargas e Lula - 2

6 de Janeiro de 2013, 22:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 07/01/2013

 

 

 

Os tempos são diferentes, o nível de desenvolvimento brasileiro é outro.


Mas há pontos em comum entre a luta política do período Vargas-Jango e do período Lula-Dilma.


Em comum, o fato da oposição ter escassas possibilidades de tomar o poder pelo voto. Assim, o protagonismo é assumido por grupos que levam a luta política para outros campos, extra-eleitorais.


No caso de Vargas, essa aglutinação da oposição se deu no segundo governo, com a imprensa livre das amarras da censura do Estado Novo. No caso de Lula, na aliança mídia-PSDB que se forma no pós-mensalão.


***


Havia duas maneiras de enfrentar o clima pre-conspiratório. A primeira, compondo alianças, diluindo pressões, apostando na normalização econômica e política, até ser aceita pelo status quo; a segunda, partindo para o confronto.


***


Dilma Rousseff claramente está apostando todas suas fichas no primeiro caminho.

Do período pré-posse à queda, Jango balançou entre esses dois movimentos: o da conciliação, típico da sua personalidade, e da radicalização, conduzido pelo cunhado Leonel Brizola. Sua indefinição derrotou-o.


***


Quando Jânio renunciou, dos obstáculos apareceram para a posse de Jango.


O primeiro, uma enorme dívida junto ao Banco do Brasil; o segundo, a resistência de setores empresariais e militares, que articulavam desde a campanha presidencial que elegeu Vargas.


A dívida junto ao BB foi resolvida de forma habilidosa e até hoje não revelada, envolvendo troca de chumbos entre bancos privados e o BB.


***


Já a resistência dos conspiradores foi enfrentada com uma operação heroica, comandada a partir de Porto Alegre por Leonel Brizola.


No Rio, ocorriam as negociações. Fechou-se um acordo pelo qual Jango assumiria se dentro de um regime parlamentarista e tendo na Fazenda um Ministro responsável, que impedisse loucuras populistas.


A escolha recaiu sobre o banqueiro Walther Moreira Salles.


Os dois episódios mostram que Jango estava totalmente despreparado quando o cavalo da presidência passou encilhado por ele.


***


Moreira Salles renunciou, depois que Jango tentou empurrar goela abaixo um plano econômico preparado por seu assessor Cibilis da Rocha Viana. Mais tarde, Jango reconquistou o presidencialismo, atropelando o acordo político inicial. E indiciou Carvalho Pinto para Ministro da Fazenda tentando recuperar a confiança. E foi oscilando assim até o fim.


***


A Revolução Cubana foi o fator determinante para os problemas da época.


Reforçou, na oposição, o discurso da subversão, contra um presidente que, em toda sua vida, jamais foi adepto de soluções de força. E, no PTB, a ideia de resistir ao golpe através da mobilização popular.


Em nenhum momento Jango cuidou de preparar-se, junto às demais forças de Estado, como as Forças Armadas. Permitiu manifestações de que ajudaram a reforçar o discurso dos conspiradores, de quebra da hierarquia.


***


No caso de Dilma, sua estratégia é baixar a fervura da água.


Faz isso com uma política econômica desenvolvimentista mas cautelosa, na qual o combate à inflação ainda é prioritário; com declarações, até à exaustão, de fé nas instituições, inclusive na mídia.


Se é a estratégia correta, o tempo dirá. Se a economia for bem, a estratégia será eficaz.

Produção industrial cai 0,6% em novembro

A produção industrial recuou 0,6% no mês de novembro em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, eliminando a variação positiva de 0,1% observada em outubro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  O índice acumulado no ano atingiu -2,6%, e seguiu mostrando queda na produção. A taxa acumulada nos últimos doze meses recuou 2,5%. A redução entre outubro e novembro teve perfil generalizado, alcançando 16 dos 27 ramos investigados.

 

IPC-Fipe termina o ano em alta de 5,10%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, fechou o ano de 2012 em alta de 5,1%. Dos sete grupos pesquisados, o de alimentação foi o que mais pressionou a taxa ao longo do ano, ao apresentar um crescimento de 10,2%. Segundo a pesquisa, os preços dos itens alimentícios subiram de forma mais intensa, fechando o mês em 1,40%. A segunda maior elevação no acumulado anual ocorreu no grupo despesas pessoais (9,89%).

 

Comércio termina 2012 com confiança aquecida

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) médio do quarto trimestre de 2012 superou o nível registrado no mesmo período do ano anterior em 1,5%, segundo aFundação Getúlio Vargas (FGV). No trimestre findo em novembro, o avanço do Indicador Trimestral havia sido de 1,4%, na mesma base de comparação, um sinal de que o setor terminou 2012 em ritmo aquecido. De acordo com a FGV, o aumento decorreu, principalmente, da melhora da percepção em relação à demanda no momento atual.

 

Fundo Soberano para o reforço superávit primário

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, confirmou que o resgate de R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano do Brasil (FSB) teve o objetivo de reforçar o caixa do Tesouro Nacional e ajudar o governo a cumprir a meta de superávit primário de 2012, de R$ 139,8 bilhões. “Nós baixamos uma parte do valor [do FSB], que vai para o superávit primário. O que importa é que tem sim um resgate para o primário de R$ 12,4 bilhões. Assim como ele foi antes uma despesa, agora volta como uma receita”, disse.

 

Desaceleração na Argentina reduz exportações brasileiras em 20%

A queda no ritmo da economia da Argentina fez as exportações brasileiras ao país caírem 20,7% em 2012, segundo consultorias econômicas de Buenos Aires. Entre os setores mais afetados estão os de autopeças, máquinas agrícolas e eletrônicos. Em 2012, Buenos Aires importou US$ 18 bilhões em mercadorias do Brasil. No ano anterior, o montante havia sido de US$ 22,7 bilhões. No mesmo período, o Brasil importou US$ 16,4 bilhões em produtos argentinos – queda de 2,7% ante o ano anterior.

 

EUA criam 155 mil empregos em dezembro

A taxa de desemprego dos Estados Unidos se manteve em 7,8% em dezembro, o mesmo patamar apurado em novembro, segundo relatório do Departamento de Trabalho, seguindo assim entre os patamares mais baixos dos últimos quatro anos. A entidade também revisou em 0,1 ponto percentual a taxa obtida em novembro, de 7,7%. Em números absolutos, o saldo positivo na criação de empregos foi de 155 mil postos de trabalho, impulsionados pela construção e a manufatura.

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