Coluna Econômica - 15/10/2013
O que pensam os partidos brasileiros sobre os diversos temas de política pública?
Nos últimos anos, a radicalização política nublou as questões programáticas. Depois das manifestações de junho, gradativamente os partidos voltam-se para sua essência: discutir propostas capazes de atender aos reclamos das ruas.
No segundo tema da série sobre as propostas dos partidos brasileiros, o Jornal GGN (www.jornalggn.com.br) mostra as propostas do Campo de Debate do PT e do PSDB.
Os dois lados propõe a universalização com qualidade do ensino. Mas enquanto o PSDB tem várias críticas ao modelo pós-2003, o PT acredita que a melhoria do ensino depende fundamentalmente da manutenção das políticas que garantam a equidade social.
Clique aqui para ir ao Mutirão da Educação (http://glurl.co/c7dl); aqui (http://glurl.co/c7e) para ir ao Espaço Democrático; aqui (http://glurl.co/c7f) para o artigo do Campo de Debates do PSDB: O apagão da educação; e aqui (http://glurl.co/c7g) para o artigo do PT: “Sem equidade, a educação não salva nem se salva”.
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Assim como na saúde, a educação já tem um corpo relevante de partidários, educadores que levantam a bandeira acima dos partidos. As discussões sobre o tema têm levado quase a um consenso. Daí a pouca diferença nas propostas de um ou outro partido:
1. Há a necessidade de professores bem remunerados e com boas condições de ensino (equipamentos, salas adequadas, cursos etc.).
2. Dadas as condições atuais, seu trabalho deve ser avaliado e cobrado. E a maneira de cobrar é através de sistemas de avaliações e indicadores já existentes.
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Desde o governo FHC foram criados indicadores de desempenho, sucessivamente aprimorados. E já existem fundos para financiar o ensino básico. Mas esbarram-se em problemas de monta que impedem o círculo virtuoso da educação.
O primeiro, é a incapacidade crônica dos três entes federados – União, estados e municípios – de garantir recursos suficientes para o desafio da educação. Há problemas também na articulação entre as três instâncias. Por exemplo, o Ministério da Educação garante recursos para os ensinos básico e fundamental. Mas o básico é de responsabilidade dos municípios e o fundamental dos estados.
Nos últimos anos foram aprimoradas redes sociais ligando todas as escolas do país ao MEC e permitindo avaliações mais precisas de resultados. Mesmo assim, faltam mecanismos mais eficientes de monitoramento e cobranças.
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Existe ainda um vezo ideológico complicado atrapalhando a implantação de novos métodos de ensino.
Da parte de alguns estados, a visão autocrática de empurrar os novos modelos goela abaixo dos professores. Da parte de muitas associações de professores, a resistência a qualquer forma de avaliação.
Sem conquistar corações e mentes dos professores, nenhuma reforma será bem sucedida. Esse estilo autocrático lembra, em muito, o início das mudanças gerenciais nas empresas, em que se preconizava a chamada “reengenharia” – ou seja, o desmonte total da velha estrutura para colocar um nova.
Essa prática selvagem já foi abolida da lista das melhores práticas, por ineficaz
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