(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
De: Paulo Dantas
POR UMA POLÍTICA PÚBLICA QUE ATUE NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
PROPAGANDA E EDUCAÇÃO DEFICIENTE TÊM GRANDE INFLUÊNCIA NA PANDEMIA DA OBESIDADE INFANTIL QUE ATINGE CRIANÇAS BRASILEIRAS, MUITAS DAS QUAIS PASSARAM A TER UMA VIDA SEM EXERCÍCOS FÍSICOS E QUE TEM TUDO PARA SER MAIS CURTA
Youtube / MFF - 25/01/2013
Documentário: Muito além do peso
Antes de assisti-lo, recomendamos as leituras das sinopses do blog respectivo e da Reuters, a seguir reproduzidos.
Duração: 1h23m44s
Blog MADP
Conheça um pouco a mais sobre o documentário
Reuters - 14/11/2012
ESTREIA-Documentário "Muito Além do Peso" mostra obesidade infantil
SÃO PAULO, 14 Nov (Reuters) - Provavelmente, um dos dados mais estarrecedores que a diretora e roteirista brasileira Estela Renner aponta em seu documentário sobre obesidade infantil, "Muito Além do Peso", é o consumo de refrigerantes por crianças com menos de um ano: 56 por cento delas o fazem no país.
O alerta simboliza algumas das principais premissas da produção: a alta e precoce ingestão de açúcar, a mudança dos hábitos alimentares, a pouca informação dos pais, o bombardeio de propagandas e a clara predisposição das novas gerações serem ainda mais obesas.
Estes não são os únicos pontos explorados pela diretora, que se vale de uma série de entrevistas em que especialistas, nacionais e internacionais, analisam em diferentes ângulos não apenas as consequências do sobrepeso infantil, mas também suas origens econômicas e sociais. Compara-se também o contexto brasileiro com o internacional, indicando claramente que a doença já se transformou em pandemia.
Na esteira dos problemas, não são poupadas as grandes empresas de alimentos e bebidas (todas as marcas são citadas nominalmente), acusadas de omitir informações do consumidor, manter perversas estratégias de propagandas endereçadas a crianças e serem irresponsáveis sobre os resultados de suas ações. Uma das fontes ouvidas afirma que essas empresas são como traficantes, que viciam as crianças para que sejam dependentes por toda a vida.
Apesar de se apropriar de algumas ideias já mencionadas em produções internacionais, como as usadas pelo chef e militante inglês Jamie Oliver - quando questiona crianças sobre a aparência dos legumes e frutas em "Jamie's Food Revolution" -, é no depoimento das crianças que o filme se afirma.
Ao se colocar também como personagem, Estela Renner acentua o esforço para ganhar a confiança daqueles que sofrem todos os estigmas por sua obesidade: crianças cujos exames médicos poderiam se confundir com o de idosos enfermos.
E elas mostram todo o prazer que sentem em beber refrigerantes, comer hambúrgueres, batatas fritas e bolachas - apenas um pacote delas equivale a devorar oito pães franceses - em uma vida sem exercícios físicos. "Temos apenas aula teórica de educação física na escola", uma delas chega a afirmar.
Pela severidade do problema, assertividade em sua edição e o didatismo de seu roteiro, o documentário poderia também ser muito útil em ações educativas. Afinal, como sustenta o filme, 33 por cento das crianças brasileiras são obesas, sendo que quatro de cada cinco delas deverão manter-se nessa condição até o fim de uma vida que tem tudo para ser, também, mais curta.
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