(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
De: Paulo Dantas
COMISSÃO DA VERDADE VEIO PARA RESGUARDAR A DEMOCRACIA: REGIME MILITAR NUNCA MAIS
DOCUMENTÁRIO ABORDA TEMA-TABU: PARTICIPAÇÃO DE EMPRESÁRIOS PAULISTAS NA REPRESSÃO AOS GRUPOS DE ESQUERDA
Youtube
Documentário: Cidadão Boilesen
Duração: 1h32m51s
Estadão - 24/03/2009
Cidadão Boilesen: um personagem da ditadura - por Luiz Zanin
Bastante explosivo o conteúdo de Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski, que está no É Tudo Verdade deste ano. Fui vê-lo na sessão de imprensa e recomendo, em especial a quem se interessa pelo período da ditadura militar brasileira.
O filme aborda um tema-tabu do período: a participação de empresários paulistas na repressão aos grupos de esquerda. Henning Albert Boilesen foi uma figura exemplar desse tipo de colaboração. Dinamarquês, imigrou para o Brasil e aqui fez fortuna. Tornou-se presidente do grupo Ultragás, no auge da carreira. Anticomunista ferrenho, organizou e participou ativamente na “caixinha” dos empresários para arrecadar fundos para a Oban – a famigerada Operação Bandeirantes.
Amigo pessoal do delegado Fleury, Boilesen ficou famoso por acompanhar pessoalmente as sessões de tortura. Dizem que sentia imenso prazer em ver presos pendurados no pau de arara, apanhando e tomando choques elétricos. Em 1971, Boilesen foi executado por um grupo de esquerda, por estranha coincidência na mesma Alameda Casa Branca onde havia morrido Carlos Marighella dois anos antes.
O filme traz depoimentos importantes de ex-guerrilheiros, historiadores do período, políticos como Fernando Henrique Cardoso e religiosos como Dom Paulo Evaristo Arns, policiais e até de um dos filhos do empresário.
Quem o conheceu, diz que Boilesen era boa gente, afável, alegre e mulherengo. Mas houve também quem tivesse testemunhado seu lado obscuro e este nada tinha de agradável
COMO TRANSCORREU A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DA VERDADE PAULISTA DESTA 2ª
Alesp - 18/02/2013
Comissão da Verdade traz indícios de colaboração da Fiesp e do consulado americano com Dops
Movimento operário apresentou documentos sobre perseguição a sindicalistas.
A Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), apresentou, nesta segunda-feira, 18/2, documentos oficiais que comprovariam a participação da Fiesp e de representante do consulado dos EUA nas atividades do Departamento de Ordem Política e Social (Dops). Também foram trazidos à reunião documentos do Projeto Memória da Oposição Sindical Metalúrgica (OSM-SP), que trazem denúncias sobre a relação das empresas com a repressão aos movimentos sindicais operários.
A participação do empresariado na repressão política, como o financiamento da Operação Bandeirantes (Oban) e a atuação do empresário de origem dinamarquesa Henning Boilesen foram relembradas na reunião da comissão com a apresentação de documentário Cidadão Boilesen, dirigido por Chaim Litewski. Também foram apresentados vídeos sobre os primórdios do sindicalismo brasileiro
http://www.al.sp.gov.br/alesp/noticia.html?id=332761
Estadão - versão impressa - 19/02/2013 - Página A8
Leia nesta página:
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SNI ficou longe do Dops nos anos de maior repressão
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Comissão decide pedir explicações a governo americano
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Torturado quando bebê, filho de preso político se suicida
RBA
Comissão da Verdade paulista quer investigar outros 'Boilesen' da ditadura
São Paulo – A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo quer descobrir outros “Boilesen”, ou seja, empresários que tenham colaborado com órgãos de repressão durante a ditadura (1964-1985). Documentos divulgados hoje (18), durante audiência pública na Assembleia Legislativa, podem ajudar na investigação. O dinamarquês Henning Boilesen foi tema de documentário lançado em 2009 por Chaim Litewski, que mostrava a trajetória do então presidente da Ultragaz, morto em 1971 devido à sua colaboração com a ditadura. Os documentos realimentam suspeitas sobre a participação do setor privado e também do consulado dos Estados Unidos em São Paulo
AGENDA DA COMISSÃO DA VERDADE PAULISTA
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Hoje, terça-feira, 19/02, às 10h, será abordado o caso do militante político desaparecido Aylton Mortati
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Amanhã, quarta-feira, 20/2, às 15h, haverá audiência para lançamento do livro Onde está meu filho?, que retrata a luta da mãe do líder estudantil Fernando Santa Cruz, dona Elzita, que há mais de 40 anos busca informações sobre seu filho
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