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Tecnologia e Segurança Pública

18 de Setembro de 2012, 21:00 , por Castor Filho - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 19/09/2012

 

O Seminário “Tecnologia e Segurança Pública”, do projeto Brasilianas, revelou um quadro paradoxal: não falta tecnologia para o setor; o que falta é seu uso adequado.

O setor padece de problemas sérios de gestão, de indicadores pouco confiáveis, de uma segmentação que faz com que nem as duas polícias – Civil e Militar – se comuniquem entre si.

***

A primeira falta de sintonia é no próprio inquérito policial.


Jefferson Evangelista, perito criminal médico da Polícia Federal, informou que, no plano tecnológico, a PF está no nível das melhores polícias do mundo.


Já o delegado Daniel Barcellos Ferreira, delegado mineiro, considera haver um fetiche pela tecnologia. Esse modelo subordinou a investigação ao processo penal. A ação de investigar – que deveria ser indivisível – foi dividida em carreiras, dentro de uma estrutura que copia o processo penal em sentido estrito.


Daniel critica a enorme quantidade de especializações técnicas previstas na carreira policial. E questiona a ideia de que as provas objetivas (aquelas decorrentes de laudos técnicos) possam ser consideradas como definitivas, mesmo se dissociadas da investigação como um todo.


***


O problema é a falta de normas de procedimento, de gestão de processos para trabalhar os inquéritos.


Confira-se a figura do escrivão e do agente de polícia – cópia do processo penal.


  1. O agente de polícia conversa com uma testemunha e recolhe elementos de investigação.
  2. Estrega o relatório para um delegado, que, para ter certeza sobre o depoimento, exige que a testemunha o repita para um escrivão.
  3. O mesmo agente volta à testemunha com uma intimação para depor na delegacia.
  4. Muitas vezes o escrivão pede para o agente ficar ao lado da testemunha, para evitar que ela diga menos do que disse na rua.


***


Não apenas isso. Luca Gabrielli, da  SWG Smartercities Sales da IBM, mostrou as inúmeras ferramentas de gestão das chamadas “cidades inteligentes” – incluindo aquelas voltadas para a segurança pública.


Mas Vasco Furtado, professor do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade Federal de Fortaleza, dissecou a síndrome da tecnologia continuidade e nem uso eficiente das tecnologias.


Na década de 90 houve os primeiros investimentos em TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) para segurança pública.


Em 2007 tinham-se os mesmos problemas da década de 90 e houve o diagnóstico de que a tecnologia não prestava. Toca, então, a comprar outros sistemas.


O problema não era tecnologia, mas o fracasso na implementação, com ausência de procedimentos, de métodos, formação insuficiente de recursos humanos.


É o caso das estatísticas, amplamente insuficientes conforme atesta Samira Bueno - coordenadora de pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A grande esperança dos especialistas é com a Lei de Transparência, que obrigará todos os setores da administração pública a disponibilizarem dados na Internet.


Com isso, espera-se o desenvolvimento de aplicativos que permitam ao cidadão ser um demandante e um analista dos dados de segurança.


Será a única maneira de romper a resistência das Secretarias de Segurança a disponibilizarem seus dados.


Volume de cheques sem fundos volta a cair


Em agosto de 2012, 1,97% do total de cheques compensados foi devolvido pela segunda vez por falta de fundos, segundo a Serasa Experian. Esta é a terceira queda mensal consecutiva apresentada pelo indicador. Na comparação com 2011 (1,88%), os cheques devolvidos por falta de fundos ante os compensados cresceram seguindo a expansão do endividamento ocorrida nesses doze meses. Para os economistas, a recente redução decorre de condições mais favoráveis para que o consumidor administre suas dívidas.

 

IPC-S avança em cinco capitais


A taxa de inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou em cinco de sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) durante a segunda quadrissemana de setembro. As capitais que apresentaram os maiores resultados da semana foram Belo Horizonte (de 0,40% para 0,55%) e Porto Alegre (de 0,63% para 0,73%). Na outra ponta, houve recuo em Brasília (de 0,52% para 0,48%) e Salvador (de 0,38% para 0,32%).

 

Custo energético será abaixo do anunciado


O pacote de medidas para redução da tarifa de energia, anunciado pelo governo federal, deverá resultar em uma queda de 16% no custo da energia para as grandes indústrias, segundo estimativa divulgada pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Em nota, a entidade diz que para atingir a redução de até 28% prevista pelo governo, é preciso que a energia das concessões ainda por vencer também seja oferecida aos consumidores livres.

 

Governo amplia o Plano Brasil Maior


Embora tenha vetado o Artigo que permitiria o uso dos recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) para investimentos, a Lei 12.715 sancionada pela presidenta Dilma Rousseff manteve outros benefícios para a área de telecomunicações e de tecnologia da informação, como a desoneração de impostos federais e do próprio Fistel para estações terrenas de satélites na implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e para o mercado de comunicação entre máquinas.


 

Moody's reduz prognóstico de nota da Argentina


A agência de classificação financeira Moody's rebaixou de "estável" para "negativa" a perspectiva de evolução da nota da Argentina, destacando o caráter "errático" da política econômica do país e a falta de progressos nas negociações junto aos credores no Clube de Paris. A Argentina tem atualmente a nota "B3" por sua dívida de longo prazo, o que já sinalizava uma falta de confiança da agência na capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.

 

Governo estuda desonerar etanol


A solução para reduzir o preço do etanol nas bombas pode ser a desoneração de impostos que incidem em parte da cadeia produtiva – como o PIS e a Cofins. A avaliação foi feita pelo secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins, em evento no Rio de Janeiro. Contudo, ele ressaltou que só isso não vai afetar o preço para o consumidor final, uma vez que é necessário melhorar a produtividade do mercado de cana-de-açúcar.

 

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