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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

A proposta de reforma política dos partidos

3 de Outubro de 2013, 7:46, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 03/10/2013

 

A partir de hoje, o Jornal GGN e o Portal IG inauguram o Espaço Democrático, destinado a discutir e apresentar as propostas dos principais partidos políticos sobre temas nacionais. Participam das discussões intelectuais ligados ao PT PSDB e PSB, discorrendo sobre princípios gerais do partido, sendo indicados pelas respectivas direções, mas sem que representem necessariamente a posição oficial do partido. Inclusive para permitir maior liberdade às proposições.


A primeira rodada foi sobre a Reforma Política. No Mutirão de Reforma Política foi colocado um roteiro dos principais pontos de discussão.


***


Campo de Debate do PSB, em artigo assinado por Roberto Amaral, sustenta que uma reforma política só será eficaz se atingir todos os poderes, a começar do Judiciário, “monárquico e hereditário, soberano, absoluto”.


Não considera o plebiscito a melhor resposta ao clamor das ruas devido à insegurança em relação à formulação das questões. Propõe uma reforma ampla do Estado e julga que o melhor instrumento seria uma Constituinte exclusiva.


***


Campo de Debate do PT, em artigo assinado por Juarez Guimarães, e o Campo de Debate do PSDB, em artigo de Marcelo Garcia, concordam que as manifestações de junho criaram um novo ambiente para a reforma política.


Havia um incômodo crônico em relação à perda de legitimidade das instituições e a corrupção. As manifestações transformaram o incomodo em crise aberta de legitimidade.


Na definição das propostas aparecem as diferenças mais nítidas entre os dois partidos.


***


Campo do PT é a favor do sistema proporcional de campanha, pelo qual cada partido tem direito a um número de parlamentares proporcional à sua votação; o financiamento público de campanha; o voto em listas partidárias (com candidatos definidos pelo partido) e uma combinação entre democracia representativa (através do parlamento) e participativa.


Combate a sub-representação das maiorias e a hiper-representação de minorias econômicas em eleições cada vez mais caras”, identificando aí “o circuito de renovação da corrupção sistêmica e a crise de legitimidade do poder legislativo, gerando fenômenos recorrentes de judicialização e instabilidade das relações entre os poderes republicanos”.


***,


Já o Campo do PSDB defende o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito, e adoção de mandato de cinco anos; voto distrital misto; fim das coligações para as eleições proporcionais; redução de dois para um suplente de senador; retomada da discussão sobre cláusula de desempenho para definição de cálculo de tempo de TV e acesso ao fundo partidário; além de uma mudança da regra para concessão de tempo de TV para propaganda eleitoral.


Propõe também separar em um ano as eleições: primeiro para governador, prefeito, deputados estaduais e vereadores; no ano seguinte, para presidente da República, deputados federais e senadores.


O voto distrital misto consistiria em uma eleição de candidatos por distrito e uma outra, de candidatos indicados pelo partido. Defende também o fim das coligações.


As propostas estão no Espaço Democrático

 

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O ​C​onteúdo ​N​acional no ​P​ré-​S​al

2 de Outubro de 2013, 12:14, por Castor Filho - 1Um comentário

Coluna Econômica - 02/10/2013

 

O sistema de produção em águas profundas obrigará as indústrias nacionais a inovações na área de materiais, nanotecnologia que se irrigarão para diversos outros setores, podendo revitalizar parque industrial defasado tecnologicamente.

Recentemente, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fez um levantamento de capacitação industrial e tecnológica do parque industrial brasileiro. Observou, logicamente, um mercado em plena explosão, conforme explicou o professor da UFRJ Adilson de Oliveira, mas pouco dinâmico no ramo das inovações tecnológicas..

Segundo Adilson, se a empresa brasileira sentar nas tecnologias atuais, será açambarcado por fornecedores de fora.

***

O seminário “Como ser um fornecedor da cadeia do petróleo”, do projeto Brasilianas, identificou as causas dessa inação.


A primeira, a política de preços de combustíveis, trazendo incertezas de que os planos de investimento da Petrobras serão cumpridas no prazo certo. Algumas empresas apostaram e saíram na frente. Acabaram ficando em dificuldades.

***

Há um segundo problema. Desde a crise externa dos anos 90, a montagem das plataformas e navios são terceirizadas para os chamados “epecistas”- escritórios especializados. Para impedir que trouxessem seus próprios fornecedores, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) definiu o chamado conteúdo nacional – um mínimo a ser adquirido no país.

***

Até a sétima rodada de licitação de petróleo, em 2005, entravam nessa conta até obras de engenharia, terraplanagem etc. Depois disso, a ANP passou a analisar as peças industriais individualmente.

Mas permaneceram outras distorções.

A prova do conteúdo nacional era dada pelas notas fiscais de máquinas vendidas através do Finame (linha de crédito do BNDES para venda de máquinas nacionais). Nessas notas, as máquinas saíam como se fossem 100% brasileiras, mesmo que tivessem apenas 60% de conteúdo nacional.

Hoje existem empresas especializadas em avaliar o conteúdo nacional. Pelo ritmo de produção, efeitos positivos serão sentidos só dentro de alguns anos.


Permanecem outras distorções.


O que eles fazem é pegar os insumos externos, calcular o percentual sobre o preço final do produto. A diferença passa a ser considerada conteúdo nacional. Ocorre que no preço final do produto entram o lucro da empresa, os tributos, os juros pagos.


Digamos uma empresa cujo custo de produção seja 100. E tenha 40 de insumos importados. O conteúdo nacional será, portanto, de 60%. Mas sobre o custo final acrescentam-se, digamos, 40% de impostos, 8% de juros e 15% de lucro. No total, o preço final irá para 173. Os 40 de insumos importados passam a representar apenas 23% do preço final. E o conteúdo nacional considerado cai de 40 para 23.


***


Além disso, as “epecistas” acabam manobrando para as peças mais sensíveis serem adquiridas no exterior. E a produção brasileira é penalizada pelo Repetro, que criou regimes especiais de isenção para uma série de produtos. Os importados chegam com a isenção do Imposto de Importação – que é federal. Mas os nacionais continuam pagando ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é estadual. Cria uma desvantagem invencível.


Um grande desafio seria investir na montagem de empresas de projeto nacionais e recuperar o comando do poder de compra.


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A ​D​iscussão ​S​obre a ​R​eforma ​P​olítica

2 de Outubro de 2013, 11:59, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 01/10/2013

 

Mais do que nunca fica claro que a reforma política é a mãe de todas as reformas. É tema relevante demais para ser deixado de lado, especialmente pela opinião pública.

Hoje em dia há um conjunto de beneficiários das disfunções políticas do país:

Governos: devido aos mecanismos de cooptação política, podem afrouxar nas propostas legitimadoras.

Base aliada: graças à instabilidade do modelo político, exige contrapartidas pesadas dos governantes de plantão.

Partidos de oposição: acomodados no discurso moralista, em vez de agregar propostas alternativas de governo.

Partidarização da Justiça e da mídia - com os malfeitos disseminados pelo modelo político, abre-se a possibilidade para a partidarização dos órgãos de controle públicos e privados, através da seleção seletiva dos suspeitos.

***

Cria-se a síndrome do sapo na água quente. Há uma comodidade perigosa, uma sensação de fortalecimento de cada parte, ao trabalhar sobre os vícios do sistema.

No final, perdem todos e, mais ainda, o país.

Daí a necessidade de um trabalho didático e persistente de ir atrás de um aprimoramento político.

***

O Jornal GGN (www.jornalggn.com.br) junto com o portal iG, dará início, nesta terça-feira, a uma discussão sobre a reforma política, envolvendo intelectuais dos principais partidos - PT, PSDB, PSB e PMDB - e representantes da sociedade civil. A ideia é aproveitar a capacidade de construção coletiva de conhecimento e de disseminação de informações, pelas redes sociais, para colocar um tijolo a mais na construção da reforma.

***

As seguintes questões serão colocadas em discussão:

1 – Sistemas Eleitorais

Sistema majoritário, ou voto distrital, no qual os candidatos mais votados são eleitos. Há um conjunto de variações, do voto distrital puro (é eleito o candidato mais votado em cada distrito) ao misto (junta-se uma lista de eleitos pelo voto geral) ao chamado "distritão", que prevê a transformação de todos os estados em distritos.

Sistema proporcional, no qual são eleitos os competidores na proporção dos votos recebidos. Também tem variações. Os candidatos podem ser escolhidos em listas fechadas, definidas pelo partido, em listas flexíveis ou abertas (a que está em vigor).

Há um conjunto de iniciativas do Senado e Câmara, sintetizadas nas seguintes questões:

2- Financiamento eleitoral e partidário

A discussão do fim do financiamento privado de campanha.

3- Suplência de senador.

Acabando com a figura, que permite a muitos assumirem o cargo sem terem sido votados.

4- Filiação partidária e domicílio eleitoral.

Visando alterar o prazo de um ano para filiação e domicílio.

5- Coligação na eleição proporcional.

A proposta é de vedar as coligações, que permitem a dois ou mais partidos elegerem bancadas como se fossem um só.

6 - voto opcional.

Propostas visando acabar com o voto obrigatório.

7. Cláusula de desempenho e fidelidade partidária.

Regras para impedir a proliferação de partidos nanicos.

8- Candidatura avulsa.

Para permitir candidatos não filiados a partidos políticos.

***

Há um conjunto adicional de temas federativos, como a questão dos consórcios municipais que, de certo modo, integram o desenho político-partidário do país.


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Hora de ​R​epensar os ​C​onsórcios ​M​unicipais

1 de Outubro de 2013, 23:24, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 30/9/2013

 

Desde os anos 90 se sabe que consórcios de cidades são a forma mais aprimorada de federalismo.

Teoricamente, um consórcio bem montado significa os seguintes avanços:

1. Racionalização dos investimentos. No caso de mobilidade urbana, saneamento, saúde, é impossível soluções estritamente municipais. Em alguns casos, pelos desdobramentos regionais – caso do saneamento e mobilidade urbana. Em outros, pela impossibilidade do município arcar com todos os serviços de saúde de que necessita.

2. Possibilidade de estruturar de forma federativa os PPAs (Planos Plurianuais), isto é os Planos Pluranuais da União, dos estados, dos consórcios e dos municípios, permitindo articular as políticas públicas, acabando com a fragmentação das ações, otimizando os recursos e definindo uma agenda de colaboração.

3. Representam um avanço na governança, já que os consórcios são constituídos de prefeituras compartilhando a gestão com a sociedade civil e, pelo fato de ser uma gestão compartilhada, garantindo a continuidade das políticas independentemente do prefeito e dos partidos.

***

Há algumas experiências consolidadas nas áreas de saúde em Minas Gerais e no Paraná. E alguns consórcios bem sucedidos na região metropolitana de São Paulo.

Em 2005 foi aprovada uma lei específica para consórcio público, regulamentada em 2007. O objetivo dos consórcios seria criar uma articulação institucional entre municípios para construir soluções para problemas comuns.

Mesmo sem a lei, o Consórcio do ABC foi montado há mais de vinte anos, ajudando a definir novos modelos de atuação – que podem ser estendidos aos demais consórcios do país. No momento, tenta articular esse PPA com o governo federal e o estadual.

***

Mas há uma incompreensão generalizada tanto dos órgãos de controle como das demais instâncias de poder executivo.

Por exemplo, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) não permite investimentos assumidos pelos consórcios, por não reconhecer neles capacidade de endividamento. Ora, a capacidade de endividamento de um consórcio é a soma da capacidade de cada município integrante. Seria fácil resolver juridicamente a questão. Mas não se regulamenta, sendo que o investimento administrado por um consórcio tem muito mais transparência do que pelos municípios ou estado – devido à governança colegiada.

***

No governo federal, a instituição consórcio foi deixada de lado ainda no governo Lula, quando o Ministério das Cidades foi entregue ao PMDB.

No governo de São Paulo, o governo Alckmin nunca deu atenção ao instituto. Recentemente, Alckmin foi até Taboão da Serra – município que recusou a aderir a consórcios – para anunciar investimentos, sinalizando aos demais municípios que, individualmente seria o caminho aceito pelo governo do estado.

Nas obras do PAC, a presidente Dilma Rousseff privilegia cerimonias com governadores ou prefeitos, jamais estimulando as parcerias com consórcios.

Trata-se, de um lado, da resistência de governos a abrirem mão de relacionamentos verticais com outros entes federados. No consórcio, exige-se uma discussão comum, com as soluções sendo discutidas horizontalmente.

Mas, em muitos casos, trata-se de desconhecimento maior sobre o tema.

Está faltando discutir, na reforma política, os arranjos federativos e, neles, o instituto dos consórcios.

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