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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

RodapéNews - 1ª Edição, 02/11/2012, Sexta-Feira (Corrupção na Imprensa-empresa - Revista Veja - em conluio com o Ministério Público Federal)

1 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

Compilado por Paulo Dantas


 

Corrupção na Imprensa-empresa (Revista Veja) em conluio com o Ministério Público Federal

 

 
3º TURNO ELEITORAL EM ANDAMENTO: ACORDA, PT!
 
ENQUANTO GOVERNO DILMA E PT SEGUEM NA DEFENSIVA,......
 
...... CORRUPÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, SOB DOMÍNIO DA MÍDIA PARTIDARIZADA, SEGUE INTACTA
 
CartaCapital  - 22/08/2011 (via Castorphoto)

A grande mídia e a corrupção do espaço público - por João Feres Júnior

A corrupção do espaço público é o calcanhar de Aquiles da democracia brasileira, e esse é um calcanhar enfraquecido, luxado, distendido.
Sem um sistema de informação plural e responsável não teremos uma formação saudável da opinião pública.
Sem uma opinião pública bem informada como poderemos esperar o aprimoramento das instituições, o avanço das questões normativas que se colocam constantemente perante uma sociedade democrática (proibição do porte de armas, aborto, eutanásia, bioética etc) e mesmo a eleição de melhores quadros de representantes?
 
Veja - 02/11/2012
O que Valério contou ao MP, e o que ainda resta contar
Reportagem de VEJA desta semana mostra que o operador financeiro do mensalão já começou a falar o que sabe ao Ministério Público.
Ele tratou do caso Celso Daniel e avisou que há mais o que contar
 
Estadão - 02/11/2012
Valério citou Lula em depoimento ao Ministério Público, diz revista
Segundo a 'Veja', integrantes do PT chamaram empresário para negociar com supostos envolvidos na morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel; 'Estado' revelou o depoimento nessa semana
 
Estadão - 02/11/2012
Denúncia de Valério deve ser apurada após o julgamento do mensalão, diz STF
'Estado revelou que, em novo depoimento sobre o esquema, empresário citou Lula e Palocci, e disse ter informações sobre a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel
 
Leia também:
 
NADA É FEITO DE GRAÇA
Observatório da Imprensa
Mídia, corrupção e opinião pública - por Venício A. Lima
A cobertura homogênea que a grande mídia vem fazendo do julgamento da Ação Penal nº 470 – paralelo ao período de campanha eleitoral – e os resultados das eleições municipais de 2012 recolocam a questão da formação da opinião pública, da percepção que ela tem sobre a corrupção e das consequências políticas dessa percepção, em particular na decisão do voto.
É inegável que a grande mídia desempenha um papel de longo prazo na formação da opinião pública, incluindo, por óbvio, a percepção sobre a corrupção.
O que está de facto em jogo, no entanto, é “a corrupção do espaço público” como obstáculo central à construção de uma democracia republicana.
Ela não será possível sem que se criem as condições estruturais necessárias para a formação de uma opinião pública democrática, plural e diversa. Vale dizer, para que mais vozes sejam ouvidas e participem do espaço público através da universalização da liberdade de expressão
 
COLLOR VAI PRO PAU E DENUNCIA FATOS NOVOS DA CORRUPÇÃO ENVOLVENDO VEJA, CACHOEIRA, POLICARPO, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, ....
 
QUAIS OS ENCAMINHAMENTOS DESTA GRAVE DENÚNCIA E DE OUTRAS ANTERIORES?
 
Conversa Afiada
Collor tem novas provas contra Gurgel, Policarpo e Veja
Collor pergunta: a Veja tinha ou não tinha controle sobre as atividades de Policarpo, esse chumbeta?
Leia o texto e veja o vídeo de seu pronunciamento na tribuna do Senado: "O chumbeta frequentando a cafua do tuiuiú"
 
 
 ________________________________________________
 
Segurança Pública em São Paulo
 
 APAGÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA DE SP TEM MUITA SUJEIRA DEBAIXO DO TAPETE.
 
PARA "O GLOBO", AUMENTO DA VIOLÊNCIA OCORRE EM RAZÃO DE DISPUTA ENTRE GRUPOS CRIMINOSOS: PCC, DE UM LADO X MILÍCIA (BANDA  PODRE DA PM), DE OUTRO
 
Observatório da Imprensa - 02/11//2012
Se correr, o bicho pega... - por Luciano Martins Costa
Globo avança na investigação dos acontecimentos ligados à explosão no número de assassinatos em São Paulo e outras cidades do estado, expondo uma suspeita que os jornais paulistas não haviam abordado: a possibilidade de que as mortes estejam ligadas a disputas entre grupos criminosos rivais, um deles formado por policiais militares
Diz o jornal carioca que a guerra entre a PM e integrantes da facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital teria como motivação uma disputa pelo controle de máquinas caça-níqueis na região metropolitana de São Paulo. Segundo a reportagem, o PCC estaria reagindo à invasão de seus territórios por uma milícia formada por policiais militares aposentados e da ativa, apoiados por agentes corruptos.
A investigação do Globo é respaldada por uma fonte do alto escalão do governo paulista e deixa o Estadão e a Folha na constrangedora situação de ter passado as últimas semanas repetindo a história de que a violência é resultado de um confronto entre a PM e o PCC
 
O Globo - 02/11/2012
Milícia disputa com traficantes controle de caça-níqueis em SP [e também o controle do jogo do bicho]
SÃO PAULO - Uma disputa entre dois grupos pela cobrança de propinas na operação de máquinas caça-níqueis pode estar por trás da onda de violência na Grande São Paulo. De um lado, a facção que domina os presídios paulistas. De outro, uma milícia formada por policiais militares (PMs) aposentados e da ativa, criada inicialmente como grupo de extermínio e que, agora, tenta dominar territórios, a exemplo da facção, numa das atividades mais tradicionais da corrupção policial: o jogo do bicho e os caça-níqueis

O Globo
Na periferia de São Paulo, a rotina da insegurança pública
SÃO PAULO - Escolas e comércios fechados. Suspensão de saraus e outras atividades culturais. Vários assassinatos entre a noite e a madrugada. É o retrato descrito por moradores da periferia de São Paulo desde o começo da última onda de violência na capital e Região Metropolitana, intensificada em outubro, numa reunião comunitária acompanhada pelo GLOBO na terça-feira à noite, no Sindicato dos Advogados, na região central da cidade. Há relatos de toques de recolher em Aricanduva, na Zona Leste; em Brasilândia, na Zona Norte; em Pirituba, na Zona Oeste; e na região do Campo Limpo, na Zona Sul. A Baixada Santista também seria foco de violência, relatam os representantes de movimentos sociais
http://oglobo.globo.com/pais/na-periferia-de-sao-paulo-rotina-da-inseguranca-publica-6605980
 
CA
Milícias controlam hiper-mercado da droga em SP
 
VALE A PENAR PENA OUVIR DE NOVO
 
Rádio CBN
Operações policiais em São Paulo são jogadas de marketing - Comentários de Walter Maierovitch
Ouça
 
 
GOVERNO FEDERAL PODE ESTAR ENTRADO EM CANOA FURADA, CASO A CORRUPÇÃO NA POLÍCIA DE SP TENHA SUPERADO A CAPACIDADE DO ESTADO DE GARANTIR A SEGURANÇA DA SOCIEDADE
 
Reuters
Governo de SP aceita ajuda federal no combate à violência, diz ministra
BRASÍLIA, 1 Nov (Reuters) - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aceitou nesta quinta-feira oferta de ajuda federal para combater a violência no Estado, que já matou mais de 80 policiais militares neste ano, em telefonema feito pela presidente Dilma Rousseff, disse a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas.
De acordo com a ministra, representantes dos governos federal e paulista darão início na semana que vem a um grupo de trabalho para detalhar as operações conjuntas que serão realizadas
 
BBC
SP terá ajuda federal para combater onda de violência
 
Folha
Comandante da PM afirma que ajuda de Exército é desnecessária
O comandante da Polícia Militar de São Paulo, Roberval França, afirmou nesta sexta-feira (2) que também acha que o apoio do Exército é "desnecessário" no Estado
 
JORNAIS FOLHA E ESTADÃO MOSTRAM QUE A "GUERRA" CONTINUA EM SP, EMBORA NÃO APONTEM SUA CAUSA, DIFERENTEMENTE DO QUE O FEZ O GLOBO (veja análise no Observatório da Imprensa desta 6ª e matérias do jornal d'O Globo)
 
MORTES DE PESSOAS E DE PM NA NOITE  DE 5ª E MADRUGADA DESTA 6ª
Folha - 02/11/2012
Policial civil é baleado e cinco pessoas são mortas a tiros em SP
Um policial civil foi baleado e ao menos cinco pessoas foram mortas a tiros em nova onda de violência na capital, entre o final da noite de ontem (1º) e a madrugada desta sexta-feira. Nenhum suspeito pelos crimes foi preso
 
Estadão
Após noite com 10 mortes, PM é assassinado na Grande São Paulo
Neste ano, 89 PMs foram assassinados em SP; policial civil foi baleado na noite de quinta-feira, mas sobreviveu
 
PM SEM REPOSIÇÃO DE COLETE À PROVA DE BALAS
Estadão - 02/11/2012
PM de SP faz rodízio de colete à prova de balas
Equipamento de proteção individual está em falta e o comando não conseguiu fazer a reposição para toda corporação
 
OUTRAS MORTES
Folha - 02/11//2012
Policial militar é assassinado em São Bernardo do Campo (SP)
 
Folha - 02/11//2012
Dois PMs de folga são assassinados na favela de Heliópolis, em SP
 
Folha - 02/11//2012
Adolescente morre e outros dois são detidos após troca de tiros com PMs em São Carlos (SP)
 
MORADORES PEDEM PAZ
Folha - 02/11//2012
Moradores do Jardim Ângela fazem ato contra violência em SP
Um grupo de moradores do Jardim Ângela realizou nesta sexta-feira, Dia de Finados, uma caminhada pelas ruas do bairro contra a violência em São Paulo. Segundo a Polícia Militar, a caminhada durou cerca de duas horas e teve como destino final o cemitério Jardim São Luiz, na zona sul
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Saúde Pública em São Paulo
ATENDIMENTO PRECÁRIO E SUCATEAMENTO DOS SERVIÇOS DE SÁUDE NA GESTÃO KASSAB SÃO A REGRA EM SP
 
ESTA DURA REALIDADE, EXTENSIVA A OUTROS HOSPITAIS PÚBLICOS DE SP, QUE A GLOBO OMITIU ANTES DAS ELEIÇÕES, ERA DE CONHECIMENTO HÁ ANOS DA POPULAÇÃO MAIS POBRE
 
G1 / SPTV - 1ª Edição - 31/10/2012
Vídeo e texto: Pacientes de hospital da Zona Sul de SP sofrem com falta de estrutura
Telespectadora do SPTV diz que pai aguarda cirurgia há 10 dias.
Hospital do Campo Limpo atende 33,5 mil pacientes por mês
 
G1 - 01/11/2012
Pacientes são retirados de corredor de hospital da Zona Sul de SP
Pacientes que estavam em macas espalhadas pelos corredores do Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, foram levados para quartos nesta quinta-feira (1º). Nesta quinta (31), reportagem do SPTV mostrou as reclamações de pacientes atendidos no hospital
 
JORNALISTA ADVERTE: DESCONTROLE E FALTA DE FISCALIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS, MARCA DA GESTÃO KASSAB,  NÃO PODEM CONTINUAR
 
Viomundo - 30/10/2012
Para o bem da saúde pública dos paulistanos, Haddad precisa abrir a caixa-preta das OSs - por Conceição Lemes
A saúde pública na cidade de São Paulo está com a gestão largamente privatizada.
Boa parte dos seus hospitais, ambulatórios médicos e serviços de diagnóstico já é dirigida por Organizações Sociais de Saúde (OSs) e não pela própria Prefeitura.

Na campanha do segundo turno, o paulistano que as desconhecia acabou sendo “apresentado”. O candidato derrotado à Prefeitura José Serra (PSDB) bateu nesta tecla:

"Hoje boa parte dos AMES [Ambulatórios Médicos de Especialidades] e hospitais municipais são administrados pelo Einstein, Sírio, Santa Marcelina, considerados os melhores hospitais de São Paulo. O PT não quer que os bons hospitais da cidade ajudem a melhorar o atendimento dos hospitais da Prefeitura".

Seu alvo não era a população mais pobre, que conhece a dura realidade da saúde na cidade e para a qual não adiantava mentir.

Serra mirava especialmente o imaginário dos eleitores da nova classe média, que realizaram o sonho do plano de saúde privado e hoje vivenciam um inferno nas mãos de muitos deles: rede credenciada precária, longa espera para consultas, exames, cirurgias. Isso quando não negam exames e tratamentos mais complexos e caros, o que é frequente.

Serra usou e abusou dos sofismas. A intenção era “vender” que, nos serviços da Prefeitura administrados por OSs, esses eleitores teriam, enfim, o sonho realizado: assistência médica em equipamentos acolhedores, sem fila, prestada por hospitais de referência, recebendo todos os cuidados necessários e de primeira linha. Curiosamente, em nenhum momento, o tucano fez qualquer menção aos custos desse modelo de terceirização de gestão.

Saiba mais

http://www.viomundo.com.br/denuncias/para-o-bem-da-saude-publica-dos-paulistanos-haddad-precisa-abrir-a-caixa-preta-das-oss.html

 

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A Grande Mídia e a Corrupção do Espaço Público

1 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

2/11/2012, *João Feres Júnior, Carta Capital [leia aqui e compre nas bancas]

Enviado pelo pessoal da Vila Vudu

 

Corrupção! Essa é a palavra-chave que tem pautado o noticiário político nacional. Qualquer pessoa que abre as páginas dos jornalões e das revistas semanais de maior circulação no país, ou que acompanha o noticiário televisivo, não tem como fugir da enxurrada de matérias jornalísticas e textos de opinião sobre o tema. A corrupção foi guindada à condição de questão maior da política brasileira nesse começo de governo Dilma, e a grande mídia parece muito empenhada em insuflar essa agenda.

 

Tão empenhada que até começou a empregar a expressão “faxina” associada a uma suposta luta contra a corrupção que a presidenta “deveria” liderar. Ainda que o governo resista a adotar tal metáfora de gosto duvidoso, e de memória dolorosa, ele está sendo chamado a responder incessantemente às demandas dessa pauta.

 

Tem mais. O tema da corrupção carrega o potencial de produzir uma sensação de perplexidade entre o público de orientação progressista. Tal perplexidade é até compreensível, mas ela é muito perigosa e para ser superada deve ser antes bem compreendida. A perplexidade é uma condição marcada pela incapacidade de se tomar uma decisão, incapacidade mesmo de agir, de tomar partido, etc. Perante o tema da corrupção, o cidadão progressista, ou de esquerda, se me permitem o uso do termo, tem frequentemente uma reação imediata de repúdio. Ora, em seu sentido mais corrente, o termo denota a roubalheira, a apropriação privada de patrimônio público, o uso de cargo público para enriquecimento privado, tráfico de influência, troca de favores etc. Essa lista poderia se estender bastante. É claro que todo mundo que é a favor de uma maior igualdade, de mais justiça social, não pode ser a favor do desvirtuamento da máquina e recursos estatais, que são os meios precípuos para se promover tais fins.

 

O problema de sermos tomados pela perplexidade é não percebermos a natureza de quem faz o agendamento: a grande mídia. A menos de um ano atrás a mesma mídia agia em bloco como partido político bombardeando a candidatura da atual presidenta, misturando fatos reais a ilações falaciosas e, mais importante, rasgando todos os manuais de boa conduta jornalística. Contra o candidato da oposição, quase nada foi aventado, com raríssimas exceções e mesmo assim já no final da campanha.

 

O estelionato eleitoral foi evitado pelo voto popular, mas os órgãos da grande mídia, de cá para lá, continuam os mesmos, com os mesmos poucos donos, os mesmos editores e colunistas conservadores, os mesmo jornalistas. E esse constitui o principal problema da democracia brasileira atual: a corrupção do espaço público.

 

A grande mídia ainda é responsável em boa medida pela informação da maior parte da população, e, dessa maneira, é influente na formação da opinião pública. Por mais que os grandes jornais tenham perdido um pouco de seu poder de agendamento, que o mito dos “formadores de opinião” da classe média tenha sido desmontado na prática, ainda resta a mídia televisiva, que alcança toda a sociedade. E a classe média continua sob a influência diuturna das revistas e jornais dos grandes conglomerados de mídia brasileiros. Temos aqui uma tensão estrutural em uma sociedade que ao mesmo tempo democrática e capitalista.

 

A propriedade privada dos meios de comunicação, particularmente em seu formato oligopolizado, conduz à usurpação do espaço público em prol dos interesses dos poucos grupos que detém os meios. Na prática, os proprietários tem poder de veto e de agenda sobre tudo o que é informado ao público. É claro que poderíamos imaginar hipoteticamente situações em que o conflito de interesses e de posições ideológicas entre diferentes grupos dentro do oligopólio abra espaço para certa diversidade de opiniões.

 

Infelizmente, não é isso que se observa em nosso país. Pelo contrário, há um grande alinhamento ideológico entre os principais grupos de mídia, a despeito da competição entre eles em diferentes mercados, como provimento de serviços de internet, TV a cabo etc. Na última eleição agiram de fato como bloco de oposição, comportamento que levou alguns comentaristas a apelidá-los coletivamente de “partido da mídia”.

 

O problema é que finda a eleição, as pessoas parecem que se esqueceram da terrível tragédia que quase se consumou e passaram a tratar a grande mídia como fiel sustentáculo do debate público democrático. Não é! Abram as páginas dos principais jornais e revistas semanais de nosso país e verão que ali geralmente só há um lado da história, somente um pequeno punhado de ideologias afins e silêncios retumbantes. Políticos que são criticados veementemente e outros contra os quais nada se apura.

 

Ou seja, a corrupção do espaço público é o calcanhar de Aquiles da democracia brasileira, e esse é um calcanhar enfraquecido, luxado, distendido. Sem um sistema de informação plural e responsável não teremos uma formação saudável da opinião pública. Sem uma opinião pública bem informada como poderemos esperar o aprimoramento das instituições, o avanço das questões normativas que se colocam constantemente perante uma sociedade democrática (proibição do porte de armas, aborto, eutanásia, bioética etc) e mesmo a eleição de melhores quadros de representantes?

 

Mas o noticiário político, por razões óbvias de conflito de interesses, é totalmente impermeável a esse problema fundamental. Pior, toda vez que alguma associação, partido ou político se aventa a criticar o oligopólio midiático, são imediatamente acusados de violarem o princípio fundamental da liberdade de expressão.

 

Aqui estamos, mais de seis meses se passaram desde a posse da nova presidenta. A grande mídia continua unida, agora sob a égide do combate à corrupção. Querem agendar o debate político, e, claro, agendar o próprio executivo.

 

Pauta e armadilha

 

Trata-se de fato de uma armadilha, pois é agenda eminentemente negativa e com grande potencial de corroer a base de sustentação partidária do executivo no congresso. A presidenta Dilma parece já ter percebido que está sendo atraída para tal armadilha. 

 

Sua resposta tem sido não ignorar a pauta completamente, e ao mesmo tempo tentar criar uma agenda positiva de novos programas governamentais e iniciativas de desenvolvimento. A questão é: qual a probabilidade de tal estratégia funcionar se a questão principal, que é a corrupção do espaço público sob o oligopólio da grande mídia, não é atacada? 

 

E nesse tocante o governo parece estar na defensiva, pois desde que tomou posse Dilma não manifestou vontade de trabalhar para mudar esse calamitoso estado de coisas.

 

Para além do problema conjuntural, devemos perguntar até que ponto a democracia brasileira pode continuar se aprimorando se no cerne de seu funcionamento temos um problema dessa monta. Seria ele intratável? Estaríamos fadados a presenciar a fascistização crescente da classe média, logo agora que ela se abre para receber um enorme contingente de brasileiros?

 

Será que a internet, com seu grande potencial de pluralização de fontes de informação, pode nos salvar? Essas são questões fundamentais para o futuro de nosso país. Infelizmente, pouca gente parece interessada em refletir sobre elas.

 

*João Feres Júnior é pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos – IESP, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ e do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas – UNIRIO.



RodapéNews - 2ª Edição, 01/11/2012, Quinta-Feira

31 de Outubro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 22 comentários

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

 

Compilado por Paulo Dantas 


 
COMO A PRETENDIDA "DERROTA FRAGOROSA" DO PT FRACASSOU NESTAS ELEIÇÕES POR CONTA DO MENSALÃO, 3º TURNO ELEITORAL ESTÁ EM ANDAMENTO
 
PT, MAIS UMA VEZ NA DEFENSIVA, QUE SE CUIDE COM MÍDIA, PROCURADORIA E JUSTIÇA PARTIDARIZADAS
 
Estadão
Valério cita Lula e Palocci em novo depoimento ao MPF sobre o mensalão
Empresário condenado como o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza prestou depoimento ao Ministério Público Federal no fim de setembro.  Espontaneamente, marcou uma audiência com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Fez relatos novos e afirmou que, se for incluído no programa de proteção à testemunha - o que o livraria da cadeia -, poderá dar mais detalhes das acusações
 
Estadão
Citação é 'insanidade', diz advogado de ex-ministro
 
Vermelho
Mais uma tentativa para envolver Lula no "mensalão"
Em depoimento sigiloso que teria prestado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em setembro, o operador do chamado "mensalão" teria citado o ex-presidente, o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel; condenado a mais de 40 anos de prisão, quer o benefício da delação premiada
 
JB
Oposição pede a PGR que investigue envolvimento de Lula no mensalão
Os presidentes do PPS, deputado Roberto Freire (SP), do PSDB, Alberto Goldman (SP), e do DEM, senador José Agripino Maia (RN), ingressam, na próxima terça-feira (06), com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja aberta uma investigação para apurar a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão
 
Viomundo
Marcos Valério, o jogo político e a investigação do ex-presidente Lula
 
COMO O "CAIXA 2" VIROU DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA A PGR E, POSTERIORMENTE, CONFIRMADO PELO STF, TUDO PODE ACONTECER: NÃO É POR FALTA DE CREDIBILIDADE DE VALÉRIO QUE SUAS DECLARAÇÕES NÃO SERÃO INVESTIGADAS POR UMA PROCURADORIA QUE SE COMPORTA DE MODO PARTIDARIZADO
 
Estadão Online - 01/11/2012 - 17h33
Tatto questiona credibilidade do depoimento de Valerio
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), classificou de "opinião de um réu" o depoimento dado ao Ministério Público pelo publicitário Marcos Valério, a quem também chamou de "futuro presidiário". Valério foi condenado no processo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Lembrando:
 
DESEJO DE ROBERTO GURGEL
iG
'Seria salutar influência de mensalão nas urnas', diz Procurador-Geral
Roberto Gurgel afirmou que ainda é cedo para falar em dosimetria de pena no julgamento que chegou hoje ao núcleo político
 
NÃO DÁ PRA ESQUECER A VIRULÊNCIA E IRRESPONSABILIDADE DO MINISTRO CELSO DE MELLO NA CONDENAÇÃO DOS RÉUS MENSALÃO
Escrevinhador
Um decano em IV atos: histórias supremas

Chamou a atenção a virulência empregada pelo decano do STF, ministro Celso de Mello, para condenar o denominado núcleo político da Ação Penal 470, o chamado Mensalão.

 O rigor – ou a insensatez ? – do decano do STF levou o jornalista Luis Nassif a afirmar:

 “Nada se equipara à irresponsabilidade institucional do ministro Celso de Mello

 
PREJUÍZOS
Noblat

Mensalão trouxe 'prejuízos', mas menos que o esperado, diz Maia

Ao fazer um balanço das eleições municipais de 2012, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS, foto abaixo), disse nesta segunda-feira que "é óbvio" que o julgamento do mensalão trouxe prejuízos ao PT, mas argumentou que eles foram bem menores do que o esperado por certos setores da sociedade

 


O Terror de Volta ao Banco Brasil

31 de Outubro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

 Publicado em 01/11/2012 por Urariano Motta*

 

Recife (PE) - Os funcionários do BB no Recife passam momentos de angústia nestas horas. Eles denunciam que nas  áreas de logística e operações do Banco do Brasil iniciou-se uma grande reestruturação, que atinge especialmente Pernambuco, com a migração de postos de trabalho, serviços e renda para a região Sudeste.

 

Das informações recebidas por este colunista destaco:

 

No Banco do Brasil temos no Recife dois grandes centros que coordenam e centralizam serviços dos demais Estados do Nordeste. Na área de logística temos o CSL – Centro de Serviços de Logística, que é responsável pela realização de licitações, compras, administração de contratos e obras de engenharia, entre outras atividades. Na área de suporte operacional temos o CSO – Centro de Serviços de Suporte Operacional, que executa, entre outros serviços, análise de operações de crédito e cadastro de clientes das agências, controle contábil, serviços de malote e compensação.

 

Na reestruturação prevista haverá, nos dois Centros acima citados, redução de postos de trabalho e a absorção de grande parte das atividades por centros que serão criados na da região Sudeste – dois em Belo Horizonte, dois em Curitiba e dois em São Paulo.  

 

Também com esta migração, os valores que são pagos aos prestadores de serviços, e que superam a cifra de 100 milhões no Nordeste, passarão a ser administrados pelo centro que absorverá os serviços no Sudeste.

 

Daí que perguntamos:

 

  1. Qual o motivo de mais uma centralização de atividades na região Sudeste, indo na contramão da política do Governo Federal, que tem trabalhado no sentido de equalizar o potencial das regiões?
  2.  Não seriam as regiões Norte e Nordeste merecedoras de ter pelo menos um grande centro de serviços do Banco do Brasil, pois apenas três capitais do Sul/Sudeste ficarão com cerca de seis grandes centros?.

 

Ao que comento. Historicamente, a tendência de empresas estatais, como se fossem independentes, como se fossem livres de seguir a orientação do governo, é agir conforme o mercado, e com isso dirigem os seus investimentos para o Sul e Sudeste do Brasil. Mas aqui ocorre uma oposição à nova política brasileira, que se dirige contra a centralização no Sudeste, desde o governo Lula até a presidenta Dilma. Ou seja, em quistos de Brasíliarealizam autêntico fogo amigo, atirando contra uma política econômica que tem tido sucesso. O Recife, Pernambuco, o Nordeste, respiram hoje um ar novo, de reconstrução, de inserção em um Brasil respeitado em todo o mundo. Mas o núcleo de estatais como o BB não vê ou não quer ver.

 

Para variar, esse estar de costas para o governo brasileiro volta com o velho jargão dos tempos de FHC:

 

Há um conjunto de ações com o objetivo de aumentar a eficiência operacional, melhorar a dinâmica da gestão e manter a liderança no mercado”.

 

Na tradução dos sindicatos bancários isso quer dizer um novo “pacote de maldades”, com demissões, transferências, aposentadorias forçadas e sobrecarga de trabalho para os últimos moicanos que ficam.

 

Quem passou por pacotes de reestruturação, de melhora de eficiência operacional, de melhor dinâmica, em resumo, por todo o jargão dos iluminados da hora, sabe o que isso significa: traições, chantagem, covardias, pressão, jogo sujo, amostras grátis do pacote da pequenez humana.

 

De repente, começam a prosperar os murmúrios, os comentários de que “aí vem coisa, vem novidade por aí”. Então se ouvem com redobrada atenção os que têm acesso a informações ocultíssimas, sigilosas, verdadeiros segredos de Estado. “Alguém me contou, eu soube que...”. Depois vêm os analistas, melhor dizendo, os que incorporam esse papel, que, pelo pânico instalado, são ouvidos em estado de unção religiosa, ainda que cometam os maiores absurdos.

 

Daí que o sindicato bancário foi ao senador Humberto Costa, que prometeu pressionar a direção do BB. Já o governador Eduardo Campos, para quem o Nordeste é solução, receberá os trabalhadores do Banco em audiência. Enquanto isso, os funcionários, postos como objetos descartáveis, pedem socorro até a este desimportante escritor:

 

“Basta de silêncio e cortina de fumaça, pede-se uma ação contundente de repúdio às intenções de mais um plano de reestruturação. Eles não se importam que tenham de esvaziar muitos estados em favor de apenas três, e o mais grave, mexendo de forma perversa com a vida e as condições de trabalho de milhares de funcionários em todo o Brasil”.

 

Para esses trabalhadores em clima de terror segue a minha solidariedade.

________________________

 

Urariano Motta* é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Soledad no Recife(Boitempo, 2009) sobre a passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, eOs corações futuristas (Recife, Bagaço, 1997).

 

Enviado por Direto da Redação



RodapéNews - 1ª Edição, 01/11/2012, Quinta-Feira

31 de Outubro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

Compilado por Paulo Dantas 

 
APAGÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA DE SP - GOVERNOS DO PSDB, SEM CONTROLE DE PRESÍDIOS, ONDE O PCC REINA, PROMOVERAM O SUCATEAMENTO DA POLÍCIA CIVIL (TÉCNICA, INVESTIGATIVA, ETC)  E IMPÕEM  OPERAÇÕES MILITARIZADAS COMO DESPISTES 
 
OPERAÇÕES POLICIAIS SÃO JOGADAS DE MARKETING DO GOVERNO ALCKMIN
Rádio CBN
Operações policiais em São Paulo são jogadas de marketing - Entrevista com Walter Maierovitch
Na madrugada desta quarta-feira, mais seis pessoas foram mortas na capital paulista.
Ouça
 
FOCO ERRADO DO GOVERNO DE SP NO COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Estadão 

Análise: É um erro privilegiar embate com grupo que age como guerrilha - por Walter Maierovitch
O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) tem errado o foco na política de segurança pública em São Paulo. Para lidar com máfias ou grupos criminais mais bem organizados, como é o caso do Primeiro Comando da Capital (PCC), é necessário que se identifique com inteligência os criminosos e a maneira como eles agem.  Deve-se atacar suas fontes de lucros e os negócios que permitem a lavagem de dinheiro, trabalho que costuma ser feito com o empenho de bons policiais civis
 
NO CENTRO DE SÃO PAULO, RETRATO DA INEFICÁCIA DA POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA
Jornal da Record - 31/10/2012
Vídeo -  Flagrantes do Tráfico: endereços do tráfico movimentam o consumo de drogas em SP
Carros de luxo, taxis e motos.. na esquina das drogas em São Paulo (SP) o movimento não para. É mais um endereço do tráfico que se espalha pelo centro da capital paulista. Veja na terceira reportagem especial da série Flagrantes do Tráfico. Veja no vídeo!

 
GOVERNO ALCKMIN TENTA DESVIAR O FOCO DA CRISE
CartaMaior
Alckmin tenta desviar foco da crise de segurança com violência policial em Paraisópolis
A chamada “operação saturação” já aconteceu em 2005 e 2009, e agora o governador mandou, um dia depois do segundo turno da disputa à prefeitura de São Paulo, cerca de 500 policiais para o local, num momento de evidente crise da segurança pública paulista expressa pelo aumento do número de homicídios – incluindo policiais - e a denúncias sobre a atuação de grupos de extermínio

 

ASSASSINATOS AVANÇAM

Estadão - 01/11/2012

Oito mortos, entre eles dois PMs, em mais uma noite de violência em SP

Quatro das mortes ocorreram em confrontos entre suspeitos e a PM

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,oito-mortos-entre-eles-dois-pms-em-mais-uma-noite-de-violencia-em-sp,954282,0.htm

 

MEDO DA VIOLÊNCIA, ONDA DE BOATOS  E TOQUES DE RECOLHER IMPOSTO PELA PM E PELO PCC

Estadão

Medo da violência já muda rotina até na Paulista

Boato de toque de recolher fechou mais cedo escola de idiomas na principal avenida de SP; na periferia, moradores sofrem com violência

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,medo-da-violencia-ja-muda-rotina-ate-na-paulista-,953634,0.htm

 

Folha
Medo e boatos se espalham e mudam rotina de bairros em SP

Uma onda de boatos sobre ataques e toques de recolher decretados pela facção criminosa PCC se espalhou ontem pela cidade, da zona leste até o centro --onde algumas turmas de direito do Mackenzie foram liberadas das aulas

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1178732-medo-e-boatos-se-espalham-e-mudam-rotina-de-bairros-em-sp.shtml

 

Estadão

Moradores denunciam toque de recolher da PM

Policiais militares invadiram a favela do Jardim Jaqueline, na zona oeste de São Paulo, e impuseram toque de recolher anteontem à noite, segundo relatos de moradores. PMs teriam jogado bombas de efeito moral nas ruas que dão acesso à região, localizada atrás do Shopping Raposo Tavares, e ordenado que as pessoas entrassem em suas casas

 
 
 

PM É O ÚNICO ALVO?

Jornal da Gazeta

Vídeo e texto: Bob Fernandes / Pergunta: por que a PM é alvo único do PCC?

 
NO PESCOÇO
Conversa Afiada
PSDB quer pendurar o PCC na Dilma
São Paulo não precisa de nada. Não precisa do Governo Federal. E o PCC não existe. São Paulo tem o que interessa: a Globo