RodapéNews - 1ª Edição, 02/11/2012, Sexta-Feira (Corrupção na Imprensa-empresa - Revista Veja - em conluio com o Ministério Público Federal)
1 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
Compilado por Paulo Dantas
Corrupção na Imprensa-empresa (Revista Veja) em conluio com o Ministério Público Federal
A grande mídia e a corrupção do espaço público - por João Feres Júnior
SÃO PAULO - Uma disputa entre dois grupos pela cobrança de propinas na operação de máquinas caça-níqueis pode estar por trás da onda de violência na Grande São Paulo. De um lado, a facção que domina os presídios paulistas. De outro, uma milícia formada por policiais militares (PMs) aposentados e da ativa, criada inicialmente como grupo de extermínio e que, agora, tenta dominar territórios, a exemplo da facção, numa das atividades mais tradicionais da corrupção policial: o jogo do bicho e os caça-níqueis
SÃO PAULO - Escolas e comércios fechados. Suspensão de saraus e outras atividades culturais. Vários assassinatos entre a noite e a madrugada. É o retrato descrito por moradores da periferia de São Paulo desde o começo da última onda de violência na capital e Região Metropolitana, intensificada em outubro, numa reunião comunitária acompanhada pelo GLOBO na terça-feira à noite, no Sindicato dos Advogados, na região central da cidade. Há relatos de toques de recolher em Aricanduva, na Zona Leste; em Brasilândia, na Zona Norte; em Pirituba, na Zona Oeste; e na região do Campo Limpo, na Zona Sul. A Baixada Santista também seria foco de violência, relatam os representantes de movimentos sociais
http://oglobo.globo.com/pais/na-periferia-de-sao-paulo-rotina-da-inseguranca-publica-6605980
Hospital do Campo Limpo atende 33,5 mil pacientes por mês
Na campanha do segundo turno, o paulistano que as desconhecia acabou sendo “apresentado”. O candidato derrotado à Prefeitura José Serra (PSDB) bateu nesta tecla:
"Hoje boa parte dos AMES [Ambulatórios Médicos de Especialidades] e hospitais municipais são administrados pelo Einstein, Sírio, Santa Marcelina, considerados os melhores hospitais de São Paulo. O PT não quer que os bons hospitais da cidade ajudem a melhorar o atendimento dos hospitais da Prefeitura".
Seu alvo não era a população mais pobre, que conhece a dura realidade da saúde na cidade e para a qual não adiantava mentir.
Serra mirava especialmente o imaginário dos eleitores da nova classe média, que realizaram o sonho do plano de saúde privado e hoje vivenciam um inferno nas mãos de muitos deles: rede credenciada precária, longa espera para consultas, exames, cirurgias. Isso quando não negam exames e tratamentos mais complexos e caros, o que é frequente.
Serra usou e abusou dos sofismas. A intenção era “vender” que, nos serviços da Prefeitura administrados por OSs, esses eleitores teriam, enfim, o sonho realizado: assistência médica em equipamentos acolhedores, sem fila, prestada por hospitais de referência, recebendo todos os cuidados necessários e de primeira linha. Curiosamente, em nenhum momento, o tucano fez qualquer menção aos custos desse modelo de terceirização de gestão.
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A Grande Mídia e a Corrupção do Espaço Público
1 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda2/11/2012, *João Feres Júnior, Carta Capital [leia aqui e compre nas bancas]
Enviado pelo pessoal da Vila Vudu
Corrupção! Essa é a palavra-chave que tem pautado o noticiário político nacional. Qualquer pessoa que abre as páginas dos jornalões e das revistas semanais de maior circulação no país, ou que acompanha o noticiário televisivo, não tem como fugir da enxurrada de matérias jornalísticas e textos de opinião sobre o tema. A corrupção foi guindada à condição de questão maior da política brasileira nesse começo de governo Dilma, e a grande mídia parece muito empenhada em insuflar essa agenda.
Tão empenhada que até começou a empregar a expressão “faxina” associada a uma suposta luta contra a corrupção que a presidenta “deveria” liderar. Ainda que o governo resista a adotar tal metáfora de gosto duvidoso, e de memória dolorosa, ele está sendo chamado a responder incessantemente às demandas dessa pauta.
Tem mais. O tema da corrupção carrega o potencial de produzir uma sensação de perplexidade entre o público de orientação progressista. Tal perplexidade é até compreensível, mas ela é muito perigosa e para ser superada deve ser antes bem compreendida. A perplexidade é uma condição marcada pela incapacidade de se tomar uma decisão, incapacidade mesmo de agir, de tomar partido, etc. Perante o tema da corrupção, o cidadão progressista, ou de esquerda, se me permitem o uso do termo, tem frequentemente uma reação imediata de repúdio. Ora, em seu sentido mais corrente, o termo denota a roubalheira, a apropriação privada de patrimônio público, o uso de cargo público para enriquecimento privado, tráfico de influência, troca de favores etc. Essa lista poderia se estender bastante. É claro que todo mundo que é a favor de uma maior igualdade, de mais justiça social, não pode ser a favor do desvirtuamento da máquina e recursos estatais, que são os meios precípuos para se promover tais fins.
O problema de sermos tomados pela perplexidade é não percebermos a natureza de quem faz o agendamento: a grande mídia. A menos de um ano atrás a mesma mídia agia em bloco como partido político bombardeando a candidatura da atual presidenta, misturando fatos reais a ilações falaciosas e, mais importante, rasgando todos os manuais de boa conduta jornalística. Contra o candidato da oposição, quase nada foi aventado, com raríssimas exceções e mesmo assim já no final da campanha.
O estelionato eleitoral foi evitado pelo voto popular, mas os órgãos da grande mídia, de cá para lá, continuam os mesmos, com os mesmos poucos donos, os mesmos editores e colunistas conservadores, os mesmo jornalistas. E esse constitui o principal problema da democracia brasileira atual: a corrupção do espaço público.
A grande mídia ainda é responsável em boa medida pela informação da maior parte da população, e, dessa maneira, é influente na formação da opinião pública. Por mais que os grandes jornais tenham perdido um pouco de seu poder de agendamento, que o mito dos “formadores de opinião” da classe média tenha sido desmontado na prática, ainda resta a mídia televisiva, que alcança toda a sociedade. E a classe média continua sob a influência diuturna das revistas e jornais dos grandes conglomerados de mídia brasileiros. Temos aqui uma tensão estrutural em uma sociedade que ao mesmo tempo democrática e capitalista.
A propriedade privada dos meios de comunicação, particularmente em seu formato oligopolizado, conduz à usurpação do espaço público em prol dos interesses dos poucos grupos que detém os meios. Na prática, os proprietários tem poder de veto e de agenda sobre tudo o que é informado ao público. É claro que poderíamos imaginar hipoteticamente situações em que o conflito de interesses e de posições ideológicas entre diferentes grupos dentro do oligopólio abra espaço para certa diversidade de opiniões.
Infelizmente, não é isso que se observa em nosso país. Pelo contrário, há um grande alinhamento ideológico entre os principais grupos de mídia, a despeito da competição entre eles em diferentes mercados, como provimento de serviços de internet, TV a cabo etc. Na última eleição agiram de fato como bloco de oposição, comportamento que levou alguns comentaristas a apelidá-los coletivamente de “partido da mídia”.
O problema é que finda a eleição, as pessoas parecem que se esqueceram da terrível tragédia que quase se consumou e passaram a tratar a grande mídia como fiel sustentáculo do debate público democrático. Não é! Abram as páginas dos principais jornais e revistas semanais de nosso país e verão que ali geralmente só há um lado da história, somente um pequeno punhado de ideologias afins e silêncios retumbantes. Políticos que são criticados veementemente e outros contra os quais nada se apura.
Ou seja, a corrupção do espaço público é o calcanhar de Aquiles da democracia brasileira, e esse é um calcanhar enfraquecido, luxado, distendido. Sem um sistema de informação plural e responsável não teremos uma formação saudável da opinião pública. Sem uma opinião pública bem informada como poderemos esperar o aprimoramento das instituições, o avanço das questões normativas que se colocam constantemente perante uma sociedade democrática (proibição do porte de armas, aborto, eutanásia, bioética etc) e mesmo a eleição de melhores quadros de representantes?
Mas o noticiário político, por razões óbvias de conflito de interesses, é totalmente impermeável a esse problema fundamental. Pior, toda vez que alguma associação, partido ou político se aventa a criticar o oligopólio midiático, são imediatamente acusados de violarem o princípio fundamental da liberdade de expressão.
Aqui estamos, mais de seis meses se passaram desde a posse da nova presidenta. A grande mídia continua unida, agora sob a égide do combate à corrupção. Querem agendar o debate político, e, claro, agendar o próprio executivo.
Pauta e armadilha
Trata-se de fato de uma armadilha, pois é agenda eminentemente negativa e com grande potencial de corroer a base de sustentação partidária do executivo no congresso. A presidenta Dilma parece já ter percebido que está sendo atraída para tal armadilha.
Sua resposta tem sido não ignorar a pauta completamente, e ao mesmo tempo tentar criar uma agenda positiva de novos programas governamentais e iniciativas de desenvolvimento. A questão é: qual a probabilidade de tal estratégia funcionar se a questão principal, que é a corrupção do espaço público sob o oligopólio da grande mídia, não é atacada?
E nesse tocante o governo parece estar na defensiva, pois desde que tomou posse Dilma não manifestou vontade de trabalhar para mudar esse calamitoso estado de coisas.
Para além do problema conjuntural, devemos perguntar até que ponto a democracia brasileira pode continuar se aprimorando se no cerne de seu funcionamento temos um problema dessa monta. Seria ele intratável? Estaríamos fadados a presenciar a fascistização crescente da classe média, logo agora que ela se abre para receber um enorme contingente de brasileiros?
Será que a internet, com seu grande potencial de pluralização de fontes de informação, pode nos salvar? Essas são questões fundamentais para o futuro de nosso país. Infelizmente, pouca gente parece interessada em refletir sobre elas.
*João Feres Júnior é pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos – IESP, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ e do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas – UNIRIO.
RodapéNews - 2ª Edição, 01/11/2012, Quinta-Feira
31 de Outubro de 2012, 22:00 - 2 comentários(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
Compilado por Paulo Dantas
Chamou a atenção a virulência empregada pelo decano do STF, ministro Celso de Mello, para condenar o denominado núcleo político da Ação Penal 470, o chamado Mensalão.
O rigor – ou a insensatez ? – do decano do STF levou o jornalista Luis Nassif a afirmar:
“Nada se equipara à irresponsabilidade institucional do ministro Celso de Mello
Mensalão trouxe 'prejuízos', mas menos que o esperado, diz Maia
Ao fazer um balanço das eleições municipais de 2012, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS, foto abaixo), disse nesta segunda-feira que "é óbvio" que o julgamento do mensalão trouxe prejuízos ao PT, mas argumentou que eles foram bem menores do que o esperado por certos setores da sociedade
O Terror de Volta ao Banco Brasil
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Publicado em 01/11/2012 por Urariano Motta*
Recife (PE) - Os funcionários do BB no Recife passam momentos de angústia nestas horas. Eles denunciam que nas áreas de logística e operações do Banco do Brasil iniciou-se uma grande reestruturação, que atinge especialmente Pernambuco, com a migração de postos de trabalho, serviços e renda para a região Sudeste.
Das informações recebidas por este colunista destaco:
No Banco do Brasil temos no Recife dois grandes centros que coordenam e centralizam serviços dos demais Estados do Nordeste. Na área de logística temos o CSL – Centro de Serviços de Logística, que é responsável pela realização de licitações, compras, administração de contratos e obras de engenharia, entre outras atividades. Na área de suporte operacional temos o CSO – Centro de Serviços de Suporte Operacional, que executa, entre outros serviços, análise de operações de crédito e cadastro de clientes das agências, controle contábil, serviços de malote e compensação.
Na reestruturação prevista haverá, nos dois Centros acima citados, redução de postos de trabalho e a absorção de grande parte das atividades por centros que serão criados na da região Sudeste – dois em Belo Horizonte, dois em Curitiba e dois em São Paulo.
Também com esta migração, os valores que são pagos aos prestadores de serviços, e que superam a cifra de 100 milhões no Nordeste, passarão a ser administrados pelo centro que absorverá os serviços no Sudeste.
Daí que perguntamos:
- Qual o motivo de mais uma centralização de atividades na região Sudeste, indo na contramão da política do Governo Federal, que tem trabalhado no sentido de equalizar o potencial das regiões?
- Não seriam as regiões Norte e Nordeste merecedoras de ter pelo menos um grande centro de serviços do Banco do Brasil, pois apenas três capitais do Sul/Sudeste ficarão com cerca de seis grandes centros?.
Ao que comento. Historicamente, a tendência de empresas estatais, como se fossem independentes, como se fossem livres de seguir a orientação do governo, é agir conforme o mercado, e com isso dirigem os seus investimentos para o Sul e Sudeste do Brasil. Mas aqui ocorre uma oposição à nova política brasileira, que se dirige contra a centralização no Sudeste, desde o governo Lula até a presidenta Dilma. Ou seja, em quistos de Brasíliarealizam autêntico fogo amigo, atirando contra uma política econômica que tem tido sucesso. O Recife, Pernambuco, o Nordeste, respiram hoje um ar novo, de reconstrução, de inserção em um Brasil respeitado em todo o mundo. Mas o núcleo de estatais como o BB não vê ou não quer ver.
Para variar, esse estar de costas para o governo brasileiro volta com o velho jargão dos tempos de FHC:
“Há um conjunto de ações com o objetivo de aumentar a eficiência operacional, melhorar a dinâmica da gestão e manter a liderança no mercado”.
Na tradução dos sindicatos bancários isso quer dizer um novo “pacote de maldades”, com demissões, transferências, aposentadorias forçadas e sobrecarga de trabalho para os últimos moicanos que ficam.
Quem passou por pacotes de reestruturação, de melhora de eficiência operacional, de melhor dinâmica, em resumo, por todo o jargão dos iluminados da hora, sabe o que isso significa: traições, chantagem, covardias, pressão, jogo sujo, amostras grátis do pacote da pequenez humana.
De repente, começam a prosperar os murmúrios, os comentários de que “aí vem coisa, vem novidade por aí”. Então se ouvem com redobrada atenção os que têm acesso a informações ocultíssimas, sigilosas, verdadeiros segredos de Estado. “Alguém me contou, eu soube que...”. Depois vêm os analistas, melhor dizendo, os que incorporam esse papel, que, pelo pânico instalado, são ouvidos em estado de unção religiosa, ainda que cometam os maiores absurdos.
Daí que o sindicato bancário foi ao senador Humberto Costa, que prometeu pressionar a direção do BB. Já o governador Eduardo Campos, para quem o Nordeste é solução, receberá os trabalhadores do Banco em audiência. Enquanto isso, os funcionários, postos como objetos descartáveis, pedem socorro até a este desimportante escritor:
“Basta de silêncio e cortina de fumaça, pede-se uma ação contundente de repúdio às intenções de mais um plano de reestruturação. Eles não se importam que tenham de esvaziar muitos estados em favor de apenas três, e o mais grave, mexendo de forma perversa com a vida e as condições de trabalho de milhares de funcionários em todo o Brasil”.
Para esses trabalhadores em clima de terror segue a minha solidariedade.
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Urariano Motta* é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Soledad no Recife(Boitempo, 2009) sobre a passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, eOs corações futuristas (Recife, Bagaço, 1997).
Enviado por Direto da Redação
RodapéNews - 1ª Edição, 01/11/2012, Quinta-Feira
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
Compilado por Paulo Dantas
Estadão
ASSASSINATOS AVANÇAM
Estadão - 01/11/2012
Oito mortos, entre eles dois PMs, em mais uma noite de violência em SP
Quatro das mortes ocorreram em confrontos entre suspeitos e a PM
MEDO DA VIOLÊNCIA, ONDA DE BOATOS E TOQUES DE RECOLHER IMPOSTO PELA PM E PELO PCC
Estadão
Medo da violência já muda rotina até na Paulista
Boato de toque de recolher fechou mais cedo escola de idiomas na principal avenida de SP; na periferia, moradores sofrem com violência
Uma onda de boatos sobre ataques e toques de recolher decretados pela facção criminosa PCC se espalhou ontem pela cidade, da zona leste até o centro --onde algumas turmas de direito do Mackenzie foram liberadas das aulas
Estadão
Moradores denunciam toque de recolher da PM
Policiais militares invadiram a favela do Jardim Jaqueline, na zona oeste de São Paulo, e impuseram toque de recolher anteontem à noite, segundo relatos de moradores. PMs teriam jogado bombas de efeito moral nas ruas que dão acesso à região, localizada atrás do Shopping Raposo Tavares, e ordenado que as pessoas entrassem em suas casas
PM É O ÚNICO ALVO?
Jornal da Gazeta
Vídeo e texto: Bob Fernandes / Pergunta: por que a PM é alvo único do PCC?