As mentiras paraguaias das elites brasileiras
16 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaArtigo publicado por João Pedro Stedile* em 17/07/12 - 9h04
O maior conflito do Paraguai é reaver a terra usurpada por fazendeiros brasileiros. O país vizinho “cedeu” a estrangeiros 25% do seu território cultivável
Mal havia terminado o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo e flamantes porta-vozes da burguesia brasileira saíram em coro a defender os golpistas.
Seus argumentos eram os mesmos da corrupta oligarquia paraguaia, repetidos também de forma articulada por outros direitistas em todo continente. O impeachment, apesar de tão rápido, teria sido legal. Não importa se os motivos alegados eram verdadeiros ou justos.
Foram repetidos surrados argumentos paranoicos da Guerra Fria: “O Paraguai foi salvo de uma guerra civil” ou “o Paraguai foi salvo do terrorismo dos sem-terra”.
Se a sociedade paraguaia estivesse dividida e armada, certamente os defensores do presidente Lugo não aceitariam pacificamente o golpe.
Curuguaty, que resultou em sete policiais e 11 sem-terra assassinados, não foi um conflito de terra tradicional. Sem que ninguém dos dois lados estivesse disposto, houve uma matança indiscriminada, claramente planejada para criar uma comoção nacional. Há indícios de que foi uma emboscada armada pela direita paraguaia para culpar o governo.
Foi o conflito o principal argumento utilizado para depor o presidente. Se esse critério fosse utilizado em todos os países latino-americanos, FHC seria deposto pelo massacre de Carajás. Ou o governador Alckmin pelo caso Pinheirinho.
O Paraguai é o país do mundo de maior concentração da terra. De seus 40 milhões de hectares, 31.086.893 ha são de propriedade privada. Os outros 9 milhões são ainda terras públicas no Chaco, região de baixa fertilidade e incidência de água.
Apenas 2% dos proprietários são donos de 85% de todas as terras. Entre os grandes proprietários de terras no Paraguai, os fazendeiros estrangeiros são donos de 7.889.128 hectares, 25% das fazendas.
Não há paralelo no mundo: um país que tenha “cedido” pacificamente para estrangeiros 25% de seu território cultivável. Dessa área total dos estrangeiros, 4,8 milhões de hectares pertencem brasileiros.
Na base da estrutura fundiária, há 350 mil famílias, em sua maioria pequenos camponeses e médios proprietários. Cerca de cem mil famílias são sem-terra.
O governo reconhece que desde a ditadura Stroessner (1954-1989) foram entregues a fazendeiros locais e estrangeiros ao redor de 10 milhões de hectares de terras públicas, de forma ilegal e corrupta. E é sobre essas terras que os movimentos camponeses do Paraguai exigem a revisão.
Segundo o censo paraguaio, em 2002 existiam 120 mil brasileiros no país sem cidadania. Desses, 2.000 grandes fazendeiros controlam áreas superiores a mil ha e se dedicam a produzir soja e algodão para empresas transnacionais como Monsanto, Syngenta, Dupont, Cargill, Bunge…
Há ainda um setor importante de médios proprietários, e um grande número de sem-terra brasileiros vivem como trabalhadores por lá. São esses brasileiros pobres que a imprensa e a sociologia rural apelidaram de “brasiguaios”.
O conflito maior é da sociedade paraguaia e dos camponeses paraguaios: reaver os 4,8 milhões de hectares usurpados pelos fazendeiros brasileiros. Daí a solidariedade de classe que os demais ruralistas brasileiros manifestaram imediatamente contra o governo Lugo e a favor de seus colegas usurpadores.
O mais engraçado é que as elites brasileiras nunca reclamaram de, em função de o Senado paraguaio sempre barrar todas as indicações de nomes durante os quatro anos do governo Lugo, a embaixada no Brasil ter ficado sem mandatário durante todo esse período.
João Pedro Stedile* é economista, integrante da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e da Via Campesina Brasil
Artigo enviado por e-mail e extraído do Portal do Nassif
Mantido o ritmo dos investimentos
16 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
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[Minha Mosca] Notícias do Dia 17/07/2012
16 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaRodapéNews - Edição de segunda-feria, 16/07/2012 (informações de rodapé e outras que talvez você não viu, associando os fatos) (2)
15 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO vice-presidente da CPI do Cachoeira, o deputado petista Paulo Teixeira (SP), defendeu o indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Um relatório da Polícia Federal, publicado pela revista "Época" neste fim de semana, diz que Perillo firmou um "compromisso" com a Delta Construções, assim que assumiu o cargo, no ano passado. O acordo contava, diz a PF, com a intermediação de Cachoeira
Integrante do governo de Goiás é aguardado na CPI no dia 22 de agosto
Em São Paulo do Cerra do Paulo Preto a Delta assinou 26 contratos.
MP vai investigar relação da Delta com governo de SP
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) reabriu nesta quarta-feira um inquérito civil para investigar contratos do governo paulista com a Delta Construção, empresa que está no centro das investigações da rede de corrupção encabeçada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A ação foi motivada por representação protocolada, na semana passada, pelos deputados estaduais do PT em São Paulo João Paulo Rillo, Adriano Diogo e Enio Tatto.
Eles pedem a apuração de possíveis irregularidades e ilegalidades em contratos formalizados pela Desenvolvimento Rodoviário S.A.(Dersa) com a Delta para ampliação da Marginal do Tietê. Argumentam que a obra executada ficou em R$ 1,75 bilhão, um aumento de 75% do valor inicial
Paulo Preto terá que explicar à CPI caixa dois em campanha de Serra
A cobrança eletrônica de pedágio, que o governo de SP vai implantar nas rodovias privatizadas, levará milhões de motoristas a pagar para circular até nos entornos das cidades, onde as estradas são usadas como vias urbanas.Entre os trechos de tráfego urbano que serão pedagiados estão, por exemplo, aqueles que ligam a capital paulista ao aeroporto de Cumbica (rodovia Ayrton Senna), a São Bernardo (Anchieta) e a Cotia (Raposo Tavares). Hoje, eles não têm praças de pedágio, mas o deslocamento gratuito vai acabar por conta da instalação dos pórticos ao longo da via, que vão ler chips nos carros para fazer a cobrança. No teste que está sendo feito na SP-75, entre Indaiatuba e Campinas, há um pórtico a cada 8 km. Com esse intervalo, as vias serão praticamente 100% pedagiadas. A implantação da cobrança, planejada para 2013 ou 2014, vai depender de um cálculo político difícil para o governador Geraldo Alckmin (PSDB): se, por um lado, o sistema é mais justo e permite reduzir a tarifa, por outro, vai cobrar de muito mais gente.
http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=23990
FORAGIDO DA JUSTIÇA TIRA CARTEIRA DE MOTORISTA EM SP: CADASTRO FALHO OU RENOVAÇÃO DE CNH NA BASE DA CORRUPÇÃO
No domingo, 15, mais um policial foi vítima de criminosos na zona sul da capital. Ele, que não estava no horário de serviço, teria defendido um amigo durante um assalto e acabou morto.
Segundo Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, o Estado não perdeu o controle sobre a polícia
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=22151&t=SP:%20Conflitos%20entre%20policia%20e%20bandidos%20deixam%204%20mortos
Funcionários públicos foram às ruas contra medidas do governo espanhol.
Bombeiros, policiais e enfermeiros participaram dos protestos
O inacreditável documento que registra o acordo entre a promotoria do cantão de Zug, na Suiça, a FIFA, Jean-Marie Faustin Godefroid Havelange e Ricardo Terra Teixeira é leitura indispensável para todos os que ajudam, direta ou indiretamente, a sustentar financeiramente o futebol.
Infelizmente, o site da FIFA em português publicou a versão em inglês, feita a partir do original em alemão.
A leitura é indispensável por deixar claras as manobras legais da FIFA para tentar abafar o caso, alegando que não se julgava prejudicada, que dispensava o pagamento de reparações por parte dos envolvidos, que o pagamento do que o Jornal Nacional chamou de “comissões” era parte da rotina dos negócios
[Minha Mosca] Notícias do Dia 16/07/2012 (2)
15 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
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