Volume de serviços cai 5,8% em outubro, mostra IBGE
17 de Dezembro de 2015, 11:10Os serviços prestados às famílias tiveram uma queda abaixo da média (-4,8%)
Por Redação, com ABr – e Brasília:
O volume de serviços recuou 5,8% em outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa é a sétima queda consecutiva do indicador. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada, nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços acumulam perdas de volume de 3,1% no ano e de 2,5% no período de 12 meses.
As maiores perdas, em outubro deste ano, foram registradas nos segmentos de outros serviços (-13,8%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (-7,3%) e de transportes, serviços auxiliares de transporte e correio (-6,4%).
Os serviços prestados às famílias tiveram uma queda abaixo da média (-4,8%), bem como os serviços de informação e comunicação (-3,2%). Os serviços de atividades turísticas tiveram uma queda de apenas 0,2%.
A receita nominal dos serviços teve recuo de 0,9% em outubro deste ano, na comparação com outubro de 2014. Apesar da queda, a receita tem altas acumuladas de 1,6% no ano e de 2% no período de 12 meses.
Confiança de Serviços
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) cresceu 4,5% em outubro de 2015, em comparação a setembro. Apesar da melhora, o indicador continua em patamar baixo, no segundo menor nível da série iniciada em junho de 2008.
A melhora foi resultado de um maior otimismo dos empresários do setor de serviços em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas do ICS, que avalia a opinião em relação ao futuro, avançou 9,3% em outubro, depois de queda de 6,3% em setembro.
Segundo a FGV, a melhora do ICS em outubro é bem vinda mas deve ser relativizada, já que o contexto econômico não mostra alterações significativas que possam sustentar a continuidade dessa melhora nos próximos meses.
Produção de petróleo no pré-sal subiu em novembro
17 de Dezembro de 2015, 10:36Houve redução de 1,8%, em novembro na produção média de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
A produção de petróleo e gás natural operada pela Petrobras, na camada pré-sal, aumentou 1,8% em novembro na comparação com o mês anterior. Segundo a empresa, a média diária chegou a 1,023 milhão barris de óleo equivalente por dia (boed), enquanto em outubro, tinha ficado em 1,005 milhão boed. Somente com o petróleo, foram produzidos em média 820 mil barris por dia (bpd), o que representou uma elevação de 1,3%, também em relação ao mês anterior, quando ficou em 809 mil bpd.
Já a produção média de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior houve redução de 1,8%, em novembro. Pelos números da Petrobras, foram 2,71 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), contra 2,76 milhões boed do mês de outubro.
O motivo apontado pela companhia foram as paralisações de unidades produtivas durante a greve dos petroleiros. Apesar disso, a Petrobras informou que está mantida a meta de produção de 2.125 mil barris por dia de petróleo no Brasil para este ano.
No mês passado a produção média de petróleo no Brasil alcançou 2,07 milhões de barris por dia (bpd). O resultado representou queda de 1,4% em relação ao volume produzido em outubro (2,10 milhões bpd). Na produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, a queda ficou em 4%, com produção de 71,7 milhões metros cúbicos por dia (m³/dia), enquanto em outubro era de 74,7 milhões m³/dia.
No exterior a produção no penúltimo mês do ano atingiu 190 mil boed, redução de 2,4% diante dos 194 mil boed do mês anterior. A empresa informou que a queda é decorrente de operações de limpeza das linhas de produção no Campo de Saint Malo e manutenções feitas na plataforma dos campos de Lucius e Hadrian South, nos EUA. A Petrobras disse também que a produção média de petróleo caiu 3,7% em novembro com os 96 mil bpd. Quanto ao gás natural houve redução de 1% com produção média no exterior de 16,0 milhões m³/d.
Desemprego: taxa cai para 7,5% em novembro
17 de Dezembro de 2015, 10:30O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado manteve-se estável na comparação com outubro
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A taxa de desemprego ficou em 7,5% em novembro deste ano. O índice é inferior ao observado em outubro (7,9%), mas superior ao registrado em novembro do ano passado (4,8%). O percentual é o maior para meses de novembro desde 2008, quando chegou a 7,6%. O dado da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi divulgado, nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e leva em conta seis regiões metropolitanas do país: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
A população desocupada, de 1,8 milhão de pessoas, ficou estável em relação ao mês anterior, mas cresceu 53,8% na comparação com novembro de 2014. Já o número de pessoas ocupadas ficou em 22,5 milhões, estável em relação a outubro deste ano, mas 3,7% inferior ao total de novembro do ano passado.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,3 milhões) manteve-se estável na comparação com outubro e recuou 4,6% na comparação com novembro de 2014.
Rendimento
O rendimento médio real do trabalhador ficou em R$ 2.177,20 em novembro deste ano. O rendimento é 1,3% menor que o observado em outubro deste ano e 8,8% inferior ao registrado em novembro do ano passado.
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 49,7 bilhões – queda de 0,9% em relação a outubro e um recuo de 12,2% na comparação com novembro do ano passado.
O rendimento médio dos trabalhadores com carteira assinada (R$ 2.019,60) cresceu 0,8% em relação a outubro deste ano, mas caiu 5,7% na comparação com novembro do ano passado. Já o rendimento dos sem carteira (R$ 1.507,20) recuou na comparação com outubro (-4,7%) e com novembro de 2014 (-13,3%).
Entre as atividades econômicas, na comparação com outubro, o rendimento só cresceu no setor de educação, saúde e administração pública (1,6%). Houve estabilidade nas atividades de comércio e serviços domésticos. Foram observadas quedas na indústria (-4,5%), na construção (-0,5%), nos serviços prestados à empresa (-2,2%) e outros serviços (-1,3%).
Na comparação com novembro de 2014, o rendimento caiu nas sete atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para indústria (-12,5%), serviços prestados às empresas (-12,1%) e construção (-11,9%).
Fitch tira selo de bom pagador do país
16 de Dezembro de 2015, 13:24A agência sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva da nota como “negativa”
Por Redação, com Reuters – de Brasília:
A agência de classificação de risco Fitch retirou nesta quarta-feira o selo de bom pagador do Brasil, ao cortar o rating do país em um degrau, de “BBB-” para “BB+”, citando a recessão mais profunda do que o antecipado e a dificuldade que o quadro fiscal e o aumento das incertezas políticas trazem à capacidade do governo de estabilizar a dívida.
Além de retirar o Brasil do patamar de grau de investimento, a Fitch sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva da nota como “negativa”.
A decisão da Fitch acontece após o governo da presidente Dilma Rousseff ter alterado, no fim da terça-feira, a meta de superávit primário para 2016, permitindo no limite zerar a economia do governo no próximo ano para o pagamento de juros da dívida pública.
Nelson Levy ofuscado
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao ser questionado nesta quarta-feira sobre o que achou da mudança da meta de superávit primário de 2016 feita pelo governo da véspera, afirmou que estava “ligeiramente ofuscado”. Levy fez esse único comentário a jornalistas ao chegar para reunião com o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Na véspera, o governo abriu a possibilidade de zerar a meta de superávit primário de 2016, contrariando o objetivo de Levy, que defendia economia equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PMB-PE), afirmou na noite de terça-feira que alteraria, a pedido do governo, a meta de superávit primário do setor público consolidado para cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), com abatimentos que, na prática, permitiriam zerar a meta.
Diante desse cenário, notícias sobre eventual saída de Levy do governo voltaram a surgir.
CNI projeta queda de 3,3% na economia
16 de Dezembro de 2015, 12:26A projeção para a queda da indústria é 6,4%, este ano, e 4,5%, em 2016
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A economia deve encolher 3,3%, este ano, e continuar em queda em 2016, com retração estimada em 2,6%, de acordo com projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação da confederação, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) vem acompanhada da volta da inflação de dois dígitos este ano (10,5%). No próximo ano, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 6,8%.
A projeção para a queda da indústria é 6,4%, este ano, e 4,5%, em 2016. A estimativa para a queda no consumo das famílias é 3,9%, em 2015, e 3,3%, no próximo ano. A retração dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) deve chegar a 15,5%, este ano, e 12,3%, em 2016.
A CNI também projeta que a taxa de desemprego deve chegar a 8,3% este ano e, em 2016, será maior: 11%. A expectativa da CNI é que a taxa básica de juros, a Selic, permaneça em 14,25% ao ano, em 2016.
Resultado primário
Para a CNI, apesar dos esforços do governo para conter gastos não obrigatórios, o resultado primário (receitas menos despesas, descontados gastos com juros) do setor público será negativo em R$ 49 bilhões (déficit de 0,8% do PIB), em 2016. Neste ano, a projeção de déficit é maior: 1,8% do PIB.
Na avaliação da CNI, a dívida líquida do setor público deve subir de 64,3% do PIB, este ano, para 70,6% do PIB, em 2016.
Dólar
A projeção para a cotação média do dólar é R$ 3,33, este ano, e R$ 4,20, em 2016. A balança comercial deve fechar este ano superavitária em US$ 18 bilhões. Em 2016, a estimativa para o superávit comercial é US$ 37 bilhões. O déficit em conta-corrente, saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, deve ficar em US$ 65 bilhões, este ano, e em US$ 39 bilhões, em 2016.
Bancos pequenos passam a recolher menos dinheiro ao BC
16 de Dezembro de 2015, 10:34O valor de dedução não era alterado desde 2003 e a medida atende a uma demanda do mercado
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Os bancos de menor porte vão recolher menos depósitos compulsórios – dinheiro que são obrigados a deixar no Banco Central (BC). De acordo com uma resolução da autoridade monetária, o valor dedutível da base de cálculo passou de R$ 44 milhões para R$ 70 milhões, com o objetivo de reduzir o valor depositado.
Segundo o BC, o valor de dedução não era alterado desde 2003 e a medida atende a uma demanda do mercado, principalmente das instituições de menor porte. Com a medida, serão liberados R$ 390 milhões, o que corresponde a 0,5% do total recolhido ao BC, referente a depósitos à vista.
O Banco Central também estabeleceu para julho de 2019 o prazo limite para dedução do saldo devedor dos financiamentos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Essa dedução no compulsório é válida para empréstimos contratados a partir desta quarta-feira.
Outra medida foi a destinação de mais recursos – total de R$ 3 bilhões – para projetos de infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em maio, foram remanejados R$ 22,5 bilhões de depósitos compulsórios para evitar a escassez de recursos para o crédito imobiliário.
A retirada de recursos da caderneta provocou problemas no crédito imobiliário porque os depósitos da poupança são usados para financiamento de imóveis. Desse total remanejado, cerca R$ 12 bilhões já foram usados no crédito imobiliário. Agora, dos cerca de R$ 10 bilhões restantes, estão sendo liberados R$ 3 bilhões para obras de infraestrutura, como saneamento.
Além dessas medidas, o BC decidiu não cobrar depósito compulsório no caso de empréstimo para suporte de liquidez (dinheiro disponível). No início deste mês, o Banco BTG Pactual pegou emprestado R$ 6 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Com a medida, o banco não tem mais que recolher parte desse recurso ao BC.
O banco BTG Pactual enfrenta dificuldades depois da prisão do então presidente do banco, André Esteves, e do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), em desdobramentos da Operação Lava Jato. Eles são acusados de atuar para obstruir a investigação e tentar fazer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró desistir do acordo de delação premiada.
IGP-10 desacelera alta a 0,81% em dezembro
16 de Dezembro de 2015, 10:21O IPA-10 avançou 0,80%, contra alta de 2,15% no mês anterior
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
A desaceleração da alta dos preços no atacado compensou a pressão maior do varejo e o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,81% em dezembro, após avançar 1,64% em novembro.
O resultado divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,82% na mediana das projeções.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo-10 (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,80%, contra alta de 2,15% no mês anterior.
No IPA, os preços dos produtos agropecuários desaceleraram a alta a 1,64% em dezembro contra 2,72% no mês anterior. Já os produtos industriais subiram 0,47%, após avanço de 1,93%.
Por outro lado o Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou a alta a 1,07% em dezembro, em relação a 0,76% em novembro.
O grupo que exerceu maior pressão no IPC foi Alimentação, após subir 1,92% em dezembro contra alta de 0,77% em novembro, com destaque para o item hortaliças e legumes.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10) registrou avanço de 0,30%, contra 0,37% no mês anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Comércio varejista cresce 0,6% em outubro
16 de Dezembro de 2015, 10:14A receita das vendas nominais registrou crescimento de 3,3% sobre outubro de 2014 e de 3,5% no acumulado do ano
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O comércio varejista do país fechou o mês de outubro com crescimento de 0,6% no volume de vendas em relação a setembro. O resultado interrompe oito meses consecutivos de taxas negativas – período em que acumulou retração de 6,3% – na série livre de influências sazonais.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PME) e foram divulgados, nesta quarta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As receitas das vendas nominais também tiveram alta de outubro em relação a setembro, de 1,2%.
As demais comparações (séries sem ajuste sazonal) apresentam taxas negativas de um mês para o outro. Quando comparada a outubro o ano passado a queda no volume de vendas chega a 5,6%, a sétima negativa consecutiva nesta base de comparação – embora com retração menos acentuada do que nos dois meses imediatamente anteriores (-6,3%, em setembro, e -6,9%, em agosto). Já o resultado acumulado nos dez primeiros meses do ano ficou em 3,6%, em relação a igual período do ano passado.
A receita das vendas nominais registrou crescimento de 3,3% sobre outubro de 2014 e de 3,5% no acumulado do ano. Já o resultado do indicador acumulado nos últimos 12 meses (o recuo de 2,7% verificado em outubro deste ano em relação aos 12 meses do período imediatamente anterior) assinalou a perda mais intensa desde janeiro de 2004 (-2,9%) e manteve a trajetória de queda iniciada em julho de 2014 (4,3%).
Varejo ampliado
Já o comércio varejista ampliado – que inclui também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção – ficou praticamente estável na passagem de setembro para outubro, com retração de 0,1% na série ajustada sazonalmente. Em contrapartida, a receita nominal cresceu 0,4% após dois meses em queda.
Em relação a outubro de 2014, o varejo ampliado recuou 11,8% no volume de vendas e de 4,3% na receita nominal de vendas. As taxas acumuladas, no entanto, apresentam resultados negativos em sua totalidade: -7,9% no acumulado janeiro/outubro e -6,8% nos últimos 12 meses, no volume de vendas, e de -1,4% e -0,6% na receita nominal, respectivamente.
Petrobras manterá ‘ritmo forte’ nos desinvestimentos em 2016
15 de Dezembro de 2015, 15:42Na ponta do crescimento da companhia, o montante total inclui investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás e manutenção de equipamentos
Por Redação – do Rio de Janeiro
O ritmo de desinvestimento da Petrobras, importante fator para a redução no endividamento da companhia, será mais forte do que o imaginado em 2016, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da petroleira Aldemir Bendine, garantindo que a companhia cumprirá com o planejado apesar do mercado adverso.
— Vai restar o grande desafio do equacionamento da dívida da empresa, que tem como caminho o desinvestimento — afirmou Bendine, em encontro com jornalistas pela manhã.
Em comunicado, liberado nesta manhã, a Petrobras responde às perguntas mais comuns sobre o processo de investimento
Leia a seguir:
1. Está prevista a venda de áreas do pré-sal que estão em produção?
A nossa carteira de desinvestimento é dinâmica, pois o desenvolvimento das transações dependerá das condições negociais e de mercado. Assim sendo, a lista de oportunidades para alienação pode sofrer alterações devido às condições de mercado e à análise contínua dos negócios da empresa. Por questões estratégicas e sigilo comercial não informamos os projetos de desinvestimentos de nossa carteira.
2. A Petrobras vai parar de investir?
Serão investidos 130,3 bilhões de dólares de 2015 a 2019, de acordo com o nosso Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. Do total, 83% (108,6 bilhões de dólares) serão destinados à área de E&P, que vai priorizar projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, com ênfase no pré- sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural.
3. Desinvestimentos são comuns entre as grandes empresas de petróleo?
A redução dos nossos investimentos segue a tendência mundial da indústria de petróleo e gás e está diretamente ligada à redução dos preços de petróleo no mercado mundial. Empresas do setor – majors, empresas nacionais e independentes – têm previsão de reduzir investimentos em todas as áreas, inclusive na área de E&P. A média mundial de diminuição de investimentos no segmento de E&P este ano em relação a 2014 é de 20%. O nosso montante de desinvestimentos para o período entre 2015 e 2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na área de Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia). O plano também prevê esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais, totalizando US$ 42,6 bilhões entre 2017 e 2018. Com essas medidas, buscamos maior eficiência na gestão de serviços contratados, racionalização das estruturas e reorganização dos negócios, otimização dos custos de pessoal e redução nos dispêndios de suprimento de insumos.
4. Além do pré-sal, demais áreas vão receber investimentos?
Na área de Abastecimento, vamos investir US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima e 10% na Distribuição. O montante total inclui investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros. A área de Gás e Energia tem alocados 6,3 bilhões de dólares, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).
5. As obras do Comperj estão paradas?
Conforme o nosso Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, as obras da central de utilidades do Comperj e das unidades de infraestrutura que irão suportar a partida da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) estão em andamento com previsão para entrar em operação até outubro de 2017. Quanto ao projeto da Refinaria Trem 1, estamos estruturando um modelo de negócio visando a sua conclusão.
6. Serão concluídas as obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest)?
O primeiro conjunto de refino (Trem 1) já iniciou suas operações, enquanto prosseguem as obras para colocar em funcionamento o Trem 2, com previsão de entrada em 2018.
7. A Companhia vai se desfazer da Petrobras Distribuidora?
Informamos que, em continuidade ao processo de estudos para oferta pública de ações da Petrobras Distribuidora (BR) divulgado através de Fato Relevante em 01 de julho de 2015, nosso Conselho de Administração autorizou o protocolo de registro de oferta pública e de companhia aberta da Petrobras Distribuidora na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Todos os atos necessários para realização da oferta estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da Petrobras e da Petrobras Distribuidora, bem como à análise e à aprovação dos respectivos entes reguladores, supervisores e fiscalizadores, nos termos da legislação aplicável. A presente comunicação não deve ser considerada como anúncio de oferta e a realização da mesma dependerá de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional.
8. A Transportadora Associada de Gás (TAG) vai ser vendida?
A partir de um termo de compromisso assinado com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vamos reestruturar a TAG e suas subsidiárias integrais: Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e Nova Transportadora do Nordeste (NTN). Nosso objetivo é criar uma carregadora de gás natural no Nordeste e outra no Sudeste do Brasil. Ao final desse processo, apenas as empresas TAG e NTS serão mantidas, ambas como nossas subsidiárias integrais, sendo a TAG responsável pelos ativos do Norte e Nordeste e a NTS pelos ativos do Sudeste. Essa operação altera apenas a estrutura societária das subsidiárias, sem impacto no negócio de transporte de gás natural.
9. Os negócios no exterior vão acabar?
Nos próximos cinco anos, prevemos para a área de Exploração e Produção 4,9 bilhões de investimentos no exterior, e no Segmento Abastecimento está previsto 1,3 bilhão de investimentos para o negócio distribuição.
Vivendi bloqueia conversão de ações da Telecom Itália
15 de Dezembro de 2015, 15:26O plano não atingiu maioria de dois terços dos acionistas presentes, necessária para ser aprovado depois que a Vivendi, grupo de mídia francês liderado pelo presidente do Conselho Vincent Bollore, absteve-se de votar
Por Redação, com Reuters – de Rozzano, Itália
Maior acionista da Telecom Italia, o grupo francês Vivendi bloqueou a aprovação da conversão de ações da empresa de telefonia em uma assembleia nesta terça-feira, abrindo o caminho para um confronto com a diretoria e Conselho de Administração da companhia.
Acionistas representando 55,7% do capital da Telecom Italia participaram da assembleia extraordinária que analisou a proposta de conversão de 6 bilhões de ações em papéis ordinários.
O plano não atingiu maioria de dois terços dos acionistas presentes, necessária para ser aprovado depois que a Vivendi, grupo de mídia francês liderado pelo presidente do Conselho Vincent Bollore, absteve-se de votar. Apenas 62,5% dos presentes votaram a favor da proposta.
O presidente-executivo da Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, disse na assembleia que enquanto sua companhia apoia o plano de conversão, quer mais discussão sobre seus termos dado o efeito diluitivo que teria na fatia de 20,5% da Vivendi.
A derrota da conversão de ações pode ser encarada como um voto de “não confiança” na atual diretoria e Conselho da Telecom Italia, e inevitavelmente levantará questões sobre quanto tempo poderão sobreviver, mesmo que seu mandato seja até abril de 2017, disseram fontes próximas ao tema.
Os acionistas também deverão votar nesta terça-feira o pedido da Vivendi de ter quatro de seus representantes indicados para o Conselho da Telecom Italia como diretores adicionais, uma proposta que recebeu a oposição de diversos fundos de investimento que juntos detêm 65% do grupo italiano.
O resultado dessa votação permanece incerto, no entanto, enquanto a Vivendi só precisa de simples maioria na reunião para conseguir aprovação
Defendendo a tentativa de obter assentos no Conselho em uma companhia onde o grupo francês investiu mais de 3 bilhões de euros, Puyfontaine chamou a Telecom Italia de “navio sem leme”, enquanto seu Conselho não reflete sua atual base acionária.
O Conselho da Telecom Italia aprovou a proposta de conversão de ações no mês passado, em uma iniciativa que ajudaria a empresa a levantar recursos. Mas também diluiria em cerca de um terço a fatia da Vivendi, assim como de Xavier Niel, fundador da operadora de baixo custo Iliad, que recentemente comprou opções de ações equivalentes a 15,1% do capital da Telecom Italia.
Tombini vê situação fiscal sob controle embora Levy possa renunciar
15 de Dezembro de 2015, 14:48A presidenta Dilma já teria decidido que a meta de superávit primário do setor público consolidado de 2016 não será de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB)
Por Redação – de Brasília
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) demonstrou discordância com a medida, cogitada pela presidente Dilma Rousseff, de alterar a meta de superavit primário do ano que vem para preservar o programa Bolsa Família. Uma decisão assim poderá alterar o volume de recursos economizados para o pagamento dos juros cobrados por credores do governo, no chamado ‘superávit fiscal’. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no entanto, prevê uma situação menos caótica para 2016 e a presidenta Dilma Rousseff já teria avisado a ambos que a meta para o próximo ano será de 0,5% de economia para o serviço da dívida.
— Eu acho inconveniente. Acho um equívoco achar que essa mistura de que a meta (fiscal de 2016) por causa da Bolsa Família não fica de pé. A meta é a meta e o Bolsa Família é o Bolsa Família — disse Levy ao ser questionado por jornalistas sobre a possível alteração da meta fiscal de 2016.
Levy chegou a sinalizar a parlamentares governistas da Comissão Mista de Orçamento que sua permanência no governo “perderá o sentido” se a meta fiscal sugerida não for aprovada para o próximo ano em 0,7% do PIB.
Segundo interlocutores do ministro, zerar a meta fiscal para 2016, como defende uma ala do governo e parlamentares da base aliada, levará o país a perder o grau de investimento das agências de classificação de risco Moody’s e Fitch, e aprofundará a crise.
Segudo Levy, essa decisão faria com que 2016 repetisse, na economia, o ano de 2015, retardando a recuperação e colocando em risco o ano de 2017.
O ministro já havia dito a assessores e interlocutores do mercado que iria batalhar pelo superavit em 2016, mas que, se fosse derrotado, daria como “concluída sua missão” no governo. Respeitaria a decisão do Planalto, mas não continuaria no cargo.
Diante do risco de o Congresso zerar a meta fiscal, Levy fez questão de transmitir o mesmo recado aos parlamentares que integram a Comissão Mista de Orçamento que trata do assunto.
O governo estuda reduzir a meta de 2016 em R$ 10 bilhões. Levy já ameaçou deixar o governo caso houvesse mudança na meta.
— Tem que focar na votação de medidas que são importantes e que foram mandadas há dois ou três meses (para o Congresso). Ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto, de preservação dos empregos e de estabilidade e tranquilidade para as famílias — afirmou Levy, ao chegar em evento da Apex (agência de promoção de exportações).
Dominância fiscal
Alexandre Tombini, reforçou nesta terça-feira que o Brasil não está vivendo uma situação de dominância fiscal, em referência à avaliação de que a política monetária estaria perdendo sua eficácia diante dos desarranjos nas contas públicas.
Ao participar de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini salientou que o BC detém instrumentos necessários para fazer com que sua determinação e perseverança se traduzam em redução da inflação, com mecanismos que “estão e continuarão operantes”.
— É importante ter claro que o Brasil não está numa situação de dominância fiscal. De um lado, os desequilíbrios fiscais estão sendo corrigidos por um importante processo de consolidação fiscal. De outro lado, os mecanismos de transmissão da política monetária estão em pleno funcionamento, e o Banco Central continuará a guiar suas decisões de política monetária de acordo com os objetivos do sistema de metas para a inflação — disse Tombini.
Na semana passada, o presidente do BC já havia defendido esse ponto de vista, quando ressaltou que o atraso no ajuste das contas públicas contribuiu para postergar a convergência da inflação à meta para 2017, ante o alvo de 2016 buscado até então.
Tombini repetiu que o BC levará a inflação para dentro dos limites de tolerância no ano que vem, para que possa então convergir para o centro da meta em 2017. A meta central de inflação para 2016 e 2017 é de 4,5% pelo IPCA, mas com margem de 2 pontos e de 1,5 ponto percentual, respectivamente.
Os posicionamentos do BC vêm fazendo agentes econômicos redobrarem a aposta numa elevação da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro. A taxa básica de juros segue em 14,25% ao ano desde julho.
Nesta terça, Tombini também fez um apelo pelos ajustes na economia, afirmando que um atraso em sua implementação ampliará a queda da atividade econômica, podendo no limite comprometer fundamentos ainda sólidos da economia brasileira.
Ele disse ainda que o estabelecimento de uma meta de resultado primário superavitária e crível é um “passo fundamental” para redução das incertezas fiscais.
— A consolidação do processo de transformação econômica requer determinação e perseverança de todos —, afirmou Tombini.
Meta atual
A presidenta Dilma já teria decidido que a meta de superávit primário do setor público consolidado de 2016 não será de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), como defende o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que deve ficar abaixo de 0,5%, afirmou à agência inglesa de notícias Reuters uma fonte do Palácio do Planalto nesta terça-feira.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, a decisão veio para evitar cortes no Bolsa Família. Além disso, o Planalto avalia que não há condições de criar mais um confronto com o Congresso Nacional neste momento, em meio ao processo de pedido de abertura de impeachment contra Dilma..
A base de apoio do governo no Congresso Nacional está cobrando uma meta menor de superávit primário, argumentando que 0,7% não é factível e teria de ser alterada depois
Pela manhã, ao chegar a um evento em Brasília, o ministro da Fazenda reforçou sua defesa pela meta de 0,7 por cento do PIB e disse que uma redução seria “inconveniente”. Levy já chegou a afirmar nos bastidores que deixaria o governo caso a meta de economia feita para pagamento de juros da dívida pública fosse reduzida ou zerada.
O relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), apresentou na semana passada seu relatório final com cortes de 10 bilhões de reais do Bolsa Família, principal programa social do governo federal.
Diante do cenário de recessão, até a base governista no Congresso tem defendido uma meta fiscal menor. O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), propôs reduzir ou zerar a meta de superávit primário de 2016.
Segundo a fonte do Palácio ouvida pela Reuters no fim desta manhã, Dilma deve fazer uma reunião da Junta Orçamentária (ministros da Fazenda, Planejamento e Casa Civil) ainda nesta terça-feira para bater o martelo sobre a nova meta de superávit primário.
Para evitar mais confrontos com Levy, Dilma vem conversando com ele para mostrar necessidades do governo neste cenário que envolve economia fraca e intensa disputa política.
Dólar vai acima de R$3,90 após manifestações
14 de Dezembro de 2015, 12:36O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar avançava acima de R$ 3,90 nesta segunda-feira, com investidores repercutindo negativamente a menor presença popular nas manifestações pelo impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e adotando estratégias mais defensivas no início de uma semana marcada por eventos importantes nos cenários local e externo.
Às 10:49, o dólar avançava 0,97%, a R$ 3,9115 na venda, voltando ao patamar de R$ 3,90 no intradia depois de duas semanas. Nas duas últimas sessões, a moeda norte-americana já havia subido quase 2% em cada.
– Como o mercado claramente tem visto fatores que aumentem a chance do impeachment como positivos, fatores que diminuam essa chance têm tido um efeito negativo – disse o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Manifestantes foram às ruas no domingo pedindo a saída de Dilma, mas os protestos foram menores do que eventos similares que ocorreram mais cedo neste ano.
Muitos investidores acreditam que eventual afastamento de Dilma poderia ajudar a recuperação da economia brasileira. Outros ressaltam, porém, que a turbulência política pode travar o ajuste fiscal. Alguns investidores defenderam que o avanço do dólar nas últimas sessões foi intensificado por um movimento de correção após o otimismo exagerado em relação ao impeachment, que em seguida levou a moeda a ir a R$ 3,7390 no fechamento.
Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir sobre a validade da votação dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará a abertura do impeachment contra Dilma.
No mesmo dia, o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve promover a primeira alta de juros em cerca de década. Operadores ressaltavam, porém, que é provável que o mercado já tenha incorporado essa informação e deve se concentrar nas sinalizações do Fed sobre seus próximos passos.
– Talvez vejamos um movimento de alta pontual (do dólar), para depois se acomodar um pouco. O mercado já está preparado – disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no mercado brasileiro. O clima de aversão a risco nos mercados internacionais que vem sendo a regra nas últimas sessões, em meio a nova queda nos preços do petróleo e persistentes preocupações com a fraqueza da economia chinesa, também ajudava a pressionar a moeda norte-americana nesta sessão.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
Pedido do BTG Pactual de recompra de units acima do limite é recusado
14 de Dezembro de 2015, 11:32As units são uma mistura de ações com e sem direito a voto no banco de investimento e em sua divisão de private equity
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou um pedido do grupo BTG Pactual de recomprar até 41% de suas units em circulação para segurar a queda de preços dos papéis causada pela prisão do ex-controlador e fundador da instituição financeira André Esteves no fim do mês passado.
O limite de recompra previsto pelas normas da CVM é de 10%.
O regulador dos mercados de capitais disse em decisão publicada em seu site e datada de sexta-feira que a proposta feita pelos administradores do BTG Pactual um dia após a prisão de Esteves poderia reduzir drasticamente o número de ações do banco negociadas na BM&FBovespa.
Sob o plano, o BTG Pactual anunciou um programa de recompra de até 10% de suas units que poderia ser ampliado para 41% caso a queda dos papéis continuasse por um período mais longo.
As units são uma mistura de ações com e sem direito a voto no banco de investimento e em sua divisão de private equity.
A CVM disse que a recompra de mais de duas em cada cinco units em circulação poderia “aumentar o risco de negociação” para o ativo e poderia levar à “criação de condições artificiais de mercado por atuação dos requerentes”.
Desde a prisão de André Esteves em 25 de novembro, as units caíram 57%.
Os papéis subiram quase 14% na sexta-feira, segundo dia de ganhos desde a prisão do bilionário, que era o porta-voz do banco desde sua criação seis anos atrás.
Investigação interna no BTG Pactual
O Conselho de Administração do Banco BTG Pactual criou um Comitê Especial para supervisionar e dirigir uma investigação interna sobre a atuação do ex-presidente da instituição, André Esteves, preso na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada na última sexta-feira.
Segundo o banco, o Comitê Especial será formado por maioria de membros independentes do Conselho de Administração e será presidido por Mark Maletz, membro independente do conselho, contando também com Claudio Galeazzi, também independente, e Huw Jenkins, vice-presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual. As ações do Comitê Especial serão tomadas por voto da maioria e os membros independentes sempre constituirão a maioria dos membros votantes do Comitê Especial, informou o banco.
O BTG diz que contratou o escritório internacional de advocacia Quinn Emanuel, com ampla experiência em investigações dessa natureza, para conduzir a investigação interna independente. O escritório indicará em breve uma empresa de advocacia brasileira para trabalharem em conjunto.
Em nota, o BTG diz ainda que o Conselho de Administração não estabeleceu limites à autoridade do Comitê Especial na condução da investigação e concordou em colocar à disposição do Comitê Especial e do Quinn Emanuel as informações e profissionais do BTG Pactual.
IPCA sobe pela 13ª vez seguida
14 de Dezembro de 2015, 10:33O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu pela 13ª semana seguida, ao passar de 10,44% para 10,61%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela segunda vez consecutiva. Desta vez, a projeção foi ajustada de 6,7% para 6,8%. As estimativas foram divulgadas, nesta segunda-feira, e estão no Boletim Focus do Banco Central (BC), uma publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições financeiras.
As duas projeções estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017. O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 11,04% para 10,99%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,80% para 10,81%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 10,77% para 10,85%, este ano.
A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,65% para 18%, este ano, e de 7,35% para 7,50%, em 2016.
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,50% para 3,62% este ano, no quarto ajuste seguido. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela décima vez consecutiva, ao passar de 2,31% para 2,67%, em 2016.
A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 3,95 para R$ 3,90, ao final deste ano, e segue em R$ 4,20, no fim de 2016.
Crise leva Estados a estourar limites da responsabilidade fiscal
12 de Dezembro de 2015, 19:23O Estado em crise, que estoura o limite máximo; além das demais sanções, fica proibido de contrair financiamentos e de conseguir garantias de outras unidades da Federação
Por Redação, com ABr – de Brasília
A crise econômica está tendo forte impacto sobre as contas das unidades da Federação. Com a arrecadação reduzida e atrelados a acordos de reajustes salariais, 13 Estados e o Distrito Federal estão estourando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal para as despesas com o funcionalismo local, segundo levantamento realizado pela agência brasileira de notícias ABr, com base em relatórios enviados pelos governos estaduais ao Tesouro Nacional.
A situação está mais crítica em Alagoas, no Distrito Federal, em Mato Grosso, na Paraíba, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte e no Tocantins, que ultrapassaram o limite máximo de 49% da receita corrente líquida (RCL) nos gastos com o funcionalismo público até agosto, último dado disponível. Sete estados – Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe – ultrapassaram o limite prudencial, 46,55% da RCL, e já sofrem algumas sanções.
Se for levado em conta o limite de alerta quanto à crise (44,10%), o número de unidades da Federação com altas despesas no funcionalismo público aumenta para 21, com a inclusão do Acre, Amapá, da Bahia, do Ceará, Espírito Santo, Piauí e de São Paulo. O limite de alerta, no entanto, não implica sanções, apenas autoriza os tribunais de Contas estaduais e do DF a fazer uma advertência aos governadores.
Os Estados que ultrapassam o limite prudencial sofrem restrições à concessão de reajustes (apenas os aumentos determinados por contratos e pela Justiça são autorizados), à contratação de pessoal (exceto reposição de funcionários na saúde, na educação e na segurança), ao pagamento de horas-extras e ficam proibidos de alterar estruturas de carreiras. O Estado que estourar o limite máximo da crise, além das sanções anteriores, fica proibido de contrair financiamentos, de conseguir garantias de outras unidades da Federação para linhas de crédito e de obter transferências voluntárias.
Os números mostram a crise na deterioração das contas estaduais nos últimos meses
Em dezembro de 2014, apenas Alagoas, a Paraíba, Sergipe e o Tocantins ultrapassavam o limite máximo. o Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina tinham estourado o limite prudencial. o Acre, Amapá, Amazonas, a Bahia, Goiás, Mato Grosso, o Pará, Pernambuco, o Piauí e Rio Grande do Sul estavam acima do limite de alerta. A maior alta ocorreu no Rio Grande do Norte, cujos gastos com o funcionalismo saltaram de 48,87% (acima do limite prudencial) no fim de 2014 para 54,17% (acima do limite máximo) em agosto deste ano.
No entanto, alguns Estados conseguiram apresentar melhora em um ano de crise. Sergipe, que estava acima do limite máximo em agosto de 2014, conseguiu diminuir o peso dos gastos com os servidores, embora o Estado ainda esteja acima do limite prudencial. O Rio de Janeiro conseguiu obter uma leve diminuição, de 33,31% para 33,27%. Apesar de continuar acima do limite máximo, Alagoas também conseguiu conter os gastos com o funcionalismo entre dezembro de 2014 e abril deste ano. O Tesouro Nacional ainda não homologou os dados do estado referentes a agosto.
O levantamento não incluiu Mato Grosso do Sul. Em dezembro do ano passado, o Estado gastava 38,6% da RCL com o funcionalismo, bastante abaixo do limite de alerta da crise. Embora o governo do Estado tenha enviado os relatórios de Gestão Fiscal deste ano, os documentos não foram homologados pelo Tesouro até agora.