Gigante multinacional de publicidade paga R$ 1 bi por grupo brasileiro
21 de Novembro de 2015, 15:35Por Redação, com Reuters – de São Paulo
O Omnicom Group, segunda maior empresa de publicidade do mundo, concordou em pagar R$ 1 bilhão pelas ações do brasileiro Grupo ABC, confirmou neste sábado uma fonte com conhecimento direto da operação. Os sócios fundadores do Grupo ABC Nizan Guanaes e Guga Valente concordaram em ficar com a empresa de publicidade por cinco anos, segundo a fonte. Sob os termos do acordo, o valor poderia mudar no final desse período por causa de desempenho, afirmou a fonte, que pediu anonimato.
O Omnicom concordou em pagar pelo Grupo ABC, a maior empresa de publicidade diversificada do país, cerca de 15 vezes os lucros operacionais anuais da empresa com sede em São Paulo, acrescentou a fonte. Um porta-voz do Grupo ABC não quis comentar. Uma mensagem deixada no telefone do escritório de relações com a mídia do Omnicom não foi imediatamente respondida.
Sediado em Nova York, o Omnicom está crescendo no Brasil em meio ao crescente interesse no país de gigantes globais no mercado de publicidade. No ano passado, o Omnicom cancelou um plano de fusão com a rival francesa Publicis Groupe SA, que tem crescido no Brasil com a compra da DPZ e outros ativos.
CEF tem lucro líquido de R$3 bi no 3º trimestre
20 de Novembro de 2015, 13:37Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido de R$ 3 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 60% sobre o mesmo trimestre do ano passado, embora a inadimplência do maior banco hipotecário do país tenha aumentado significativamente em meio à recessão da economia brasileira.
Em nota, a Caixa disse que o retorno sobre o patrimônio líquido médio nos últimos 12 meses atingiu 13,2% no final de setembro.
O índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,26%, influenciado pelas operações comerciais a pessoa física e a micro e pequenas empresas, além da desaceleração da atividade econômica, acrescenta a nota. No trimestre anterior, o índice de inadimplência tinha sido de aproximadamente 2,9% da carteira de crédito.
A carteira de crédito ampla avançou 15,5% em 12 meses e 2,8% no trimestre, alcançando R$ 666,1 bilhões.
Governo muda regras para estimular aplicação em infraestrutura
20 de Novembro de 2015, 11:13Por Redação, com Reuters – de Brasília:
O governo aprovou novas regras para estimular a aplicação em infraestrutura por investidores institucionais, incluindo entidades de previdência complementar, tanto abertas quanto os fundos de pensão, além de seguradoras, resseguradoras, sociedades de capitalização e Fundos de Aposentadoria Programada Individual (FAPIs).
Em resolução publicada nesta sexta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prevê maior espaço para investimento em debêntures de infraestrutura quando estas tiverem pelo menos 30% dos pagamentos de principal garantidos por títulos públicos federais de propriedade da empresa que as estiver emitindo para financiar seu empreendimento.
Segundo o Ministério da Fazenda, a garantia por títulos públicos federais torna essa alternativa de aplicação “mais atraente, padronizada e com maior liquidez, à medida que permitirá que investidores institucionais possam alocar maior fatia de seu patrimônio para o financiamento de infraestrutura“.
Em nota, a pasta explicou que o objetivo é reduzir o risco dos investidores ao aproximar o risco da aplicação em debêntures ao risco da dívida soberana, que é menor.
“Somada à criação de limites específicos e mais amplos, essa redução do risco, por sua vez, tende a deixar os investidores mais confortáveis para ampliar seus investimentos em infraestrutura, importantes para retomada do crescimento econômico”, disse a Fazenda.
Na semana passada, o governo já havia flexibilizado regras para aplicação dos recursos relativos às provisões das entidades abertas de previdência complementar e sobre a carteira dos Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), além das seguradoras, resseguradoras e sociedades de capitalização, abrindo espaço para aumentar investimentos em projetos de infraestrutura.
Mais crédito para as Olimpíadas
Em outra resolução também publicada nesta sexta-feira, o CMN elevou o limite de contratação de crédito para projetos de infraestrutura no país no âmbito das regras para financiamentos ao setor público para até R$ 11,6 bilhões, sendo até R$ 3,6 bilhões para os que forem associados aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Antes, o limite global para os projetos de infraestrutura era de R$ 10,8 bilhões, sendo até R$ 8 bilhões para projetos de mobilidade urbana ligados à Copa do Mundo de Futebol de 2014 e até R$ 2,8 bilhões para os que fossem associados à Olimpíada.
Yuan: fim da hegemonia do dólar norte-americano
20 de Novembro de 2015, 10:13Por Redação, com Sputnik – de Moscou:
A China espera ansiosamente o dia 30 de novembro porque neste dia o sonho antigo dos políticos e financeiros chineses pode tornar realidade – yuan poderá ser incluído na lista de moedas de reserva pelo Fundo Monetário Internacional.
Assim, desde 1 de outubro de 2016 a moeda nacional chinesa poderia aumentar o seu perfil global quer dizer o seu estatuto no mercado mundial.
Os analíticos financeiros estimam que a demanda do Banco Central para a moeda é de cerca de meio trilhão de dólares, segundo divulgou a agência de notícias Reuters. Mas desde o ano passado reservas cambiais a nível mundial diminuiram significativamente. Por isso a inclusão de yuan na lista de moedas de reserva, na qual ficam dólar norte-americano, euro, libra esterlina e iene aajudará corrigir a desbalança.
Segundo o site analítico What They Say About USA (O que dizem sobre os EUA) a China por muito tempo queria atingir mais peso no mercado global para a sua moeda – primeiro como o mecanismo de pagamento, e depois como a moeda de reserva oficial.
De acordo com o site, recentemente o yuan estava ganhando peso na economia internacional. Uma pesquisa realizada pela rede de troca de informação financeira SWIFT em agosto, revelou que o yuan chinês entrou na lista das quatro moedas de pagamento mais usadas do mundo, superando o iene japonês em valor. A decisão de tornar a moeda chinesa na moeda de reserva tem a ver muito com a atual fraqueza de euro e mercado europeu.
O site analítico não tem dúvidas de que tempo passado yuan ultrapassará a libra e se tornará a terceira moeda mais trocada no mundo. Mesmo assim, nenhum especialista em finanças pode prever o dia quando yuan poderia apresentar concorrência ao dólar norte-americano.
Todos os nós já vimos as tentativas de euro de concorrer com o dólar e o resultado final destas, continua o artigo:
“Claro, que existe um risco de um choque financeiro sério nos EUA bem como na China, similar à crise de dívida na zona de euro. Ambos os países – EUA e China – estão sob a ameaça de dívida estrangeira. Mesmo assim, é impossível prever o país na qual a bolha explodirá primeiro”.
A inclusão oficial de renminbi, o nome oficial da moeda nacional da China, na lista de moedas de reserva se tornará a grande vitória na reforma financeira do país. Um daqueles que a realizam, Zhou Xiaochuan, o chefe do Banco de Povo da China, mais cedo trabalhou no FMI. O desenvolvimento da situação previsto ajudaria a ele e a outros profissionais chinesas continuar com reformas econômicas na China.
Dólar cai abaixo de R$3,75
19 de Novembro de 2015, 12:42Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar recuava abaixo de R$3,75 nesta quinta-feira, após a ata da última reunião do Federal Reserve sinalizar que o banco central norte-americano pretende elevar os juros em dezembro, mas reforçar que o aperto monetário se dará de forma gradual.
O mercado também reagia ao anúncio pelo Banco Central de leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra para esta tarde, a sexta operação desse tipo neste mês.
Às 11:57, o dólar recuava 1,06%, a R$ 3,7498 na venda. O contrato do dólar para dezembro, que já havia reagido à ata do Fed na véspera, recuava apenas 0,3%.
“Acreditamos que aumentou a probabilidade de o Fed começar a subir juros em dezembro. Desta forma, poderia fazer altas pausadas adicionais nas reuniões de 2016, de forma bastante gradual, como tem sido sinalizado há algum tempo”, escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
A ata do Fed, divulgada simultaneamente ao fechamento do mercado à vista na véspera, mostrou que um número sólido de autoridades do banco central norte-americano defendeu alta de juros em dezembro, mas seus integrantes também debateram evidências de que o potencial de longo prazo da economia norte-americana pode ter se movido permanentemente para baixo.
As apostas no aumento de juros no mês que vem, que pode atrair para a maior economia recursos aplicados no Brasil, já vinham crescendo nas últimas semanas. Nesse contexto, investidores priorizavam a mensagem de que o aperto monetário deve ser lento, trazendo algum alento para os mercados emergentes.
O dólar também recuava em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano. No Brasil, a tranquilidade no mercado de câmbio vinha também em função do leilão de linha do BC, que atende à demanda sazonal por dólares típica de fim de ano e concentrada em exportadores.
O leilão será realizado em duas etapas: entre 15h15 e 15h20, serão ofertados dólares com recompra em 4 de janeiro de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 4 de abril de 2016. Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não tem como fim rolar contratos já existentes.
O BC também deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro. Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a US$ 7,664 bilhões, ou cerca de 70% do lote total, que corresponde a US$ 10,905 bilhões.
– Os leilões do BC atenuam um pouco a pressão aqui, servem como uma válvula de escape – disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
IPCA-15: alta acumulada supera 10% em novembro
19 de Novembro de 2015, 11:28Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
Pressionada pelos preços de combustíveis e alimentos, a prévia da inflação oficial do país acelerou em novembro e ultrapassou o patamar de 10% no acumulado em 12 meses pela primeira em 12 anos, destacando a dificuldade do Banco Central de conter a alta dos preços mesmo com a economia em recessão.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,85% em novembro, depois de subir 0,66% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Esse é o nível mais elevado para o mês desde 2010 (+0,86%).
Com isso, o resultado acumulado em 12 meses até novembro do IPCA-15 chegou a 10,28%, contra 9,77% no mês anterior, maior nível desde novembro de 2003 (+12,69%).
Pesquisa da agência de notícias Reuters apontou que as expectativas de economistas eram de avanço de 0,83% na comparação mensal e de 10,26% em 12 meses.
O item combustível foi o principal responsável pela alta do IPCA-15 em novembro, respondendo por 35% do índice após alta nos preços de 5,89%. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% entre outubro e novembro, veio da alta de 6 por cento nos preços das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro, ressaltou o IBGE.
Com isso, o grupo Transportes foi o que apresentou a maior variação em relação ao mês anterior, ao acelerar a alta a 1,45 por cento neste mês, sobre 0,80%. Alimentação e Bebidas também exerceu forte pressão, com alta dos preços de 1,05%, contra 0,62% em outubro.
Diante da resistente pressão dos preços, o BC jogou a toalha e reconheceu que não conseguiria trazer a inflação para o centro da meta – de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos para mais ou menos – no final de 2016, postergando o objetivo para o final de 2017.
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne novamente para decidir sobre a taxa básica de juros, e a expectativa é de que seja mantida em 14,25%.
– Isso (IPCA-15 de novembro) não influencia muito a política monetária, porque a inflação acima de 10 por cento já era antecipada. O BC tem como cenário que vai haver desinflação daqui até os próximos dois anos – avaliou o economista sênior do banco de investimento Haitong, Flávio Serrano, que projeta alta do IPCA de 6,7% em 2016 e de entre 5 e 5,5% em 2017.
Na pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, a expectativa para a alta do IPCA este ano já havia ultrapassado os 10%, chegando a 6,5% para 2016, exatamente o teto da meta do governo.