BC diz que tomará “medidas necessárias” para segurar a inflação
3 de Dezembro de 2015, 10:45Por Redação, com Reuters – de Brasília:
O Banco Central afirmou que tomará as “medidas necessárias” para controlar a escalada de preços independentemente da política fiscal e do cenário de incertezas, indicando que deve voltar a elevar os juros básicos em breve.
Ao mesmo tempo, a autoridade monetária piorou sua previsão para a inflação neste ano e em 2016, afirmando que ambas estão acima do centro da meta – de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos -, segundo ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira.
“Independentemente do contorno das demais políticas, o Comitê adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas (de inflação)”, trouxe o documento, ressaltando que isso significa levar “a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016… e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5% em 2017”.
Para 2017, a meta de inflação é de 4,5%, mas com margem de 1,5 ponto percentual.
Na semana passada, o BC decidiu manter a Selic em 14,25% ao ano, mas numa decisão dividida, com dois membros do Copom optando por elevar a taxa em 0,5 ponto percentual, em meio à piora nas expectativas de inflação e no cenário de indefinições fiscais e turbulências políticas no país.
Mais uma vez, o BC destacou o atual cenário fiscal, com as contas públicas em desordem, como um dos fatores que pesam negativamente sobre o cenário econômico. Para a autoridade monetária, as incertezas envolvem “a velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais e a sua composição, e que o processo de realinhamento de preços relativos mostra-se mais demorado e mais intenso que o previsto”.
Segundo a pesquisa Focus do próprio BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, as expectativas de alta da inflação têm piorado com intensidade. No início de outubro, os cálculos para a elevação do IPCA em 2015 e 2016 estavam em 9,5 e 5,92%, passando agora para 10,38 e 6,64%, estourando a meta do governo.
Para 2017, as contas também estão cada vez piores: passaram de alta de 4,86 para 5,12%, no período.
Pela ata, no cenário de referência (com dólar constante a R$ 3,80 e Selic em 14,25%), o BC piorou suas projeções para a inflação tanto em 2015 quanto em 2016, permanecendo acima do centro da meta. Para 2017, a projeção encontra-se em torno da meta. Nestes casos, o BC não informa sua projeção nominal.
Os membros do Copom que votaram pela alta da Selic na semana passada, ainda segundo o documento, argumentaram que o movimento serviria para “reduzir os riscos de não cumprimento dos objetivos”. Porém, a maioria votou pela manutenção da taxa para “monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião para, então, definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária”.
Foi a primeira decisão sem consenso do Copom desde outubro do ano passado.
Via de regra, o BC inicia ciclos de aperto monetário com alta mais branda, de 0,25 ponto percentual. A inclinação de dois membros por um passo mais agressivo reforçou, para analistas, a visão de que o Copom estaria se preparando para subir a Selic em breve, até mesmo em janeiro, quando se reúne novamente.
– Se as expectativas de inflação se deteriorarem ainda mais, eles (BC) vão subir na próxima reunião – afirmou o analista da TD Securities, Cristian Maggio.
No mercado de juros futuros, as apostas são de que a Selic será elevada em 0,5 ponto percentual no próximo mês, segundo dados da Reuters. Segundo operadores, a curva de DIs também apontava pelo menos outras duas elevações de 0,50 ponto na Selic em seguida.
Até a última reunião, o Copom defendia que a manutenção dos juros no atual patamar, por período suficientemente prolongado, seria necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária. Ou seja, no final de 2017.
Mesmo com a economia em recessão, o que poderia ajudar a reduzir a alta dos preços, as pressões inflacionárias continuam a aumentar na esteira de ajustes de tarifas e da disparada do dólar sobre o real.
Confiança do Empresário do Comércio cai 3,4%
2 de Dezembro de 2015, 11:59Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 3,4% na passagem de outubro para novembro deste ano. Na comparação com novembro de 2014, a queda da confiança chegou a 27,8%.
Com o recuo, o Icec chegou a 80,1 pontos, o mais baixo da série histórica iniciada em março de 2011. A queda de 6,4% na comparação mensal foi provocada por avaliações piores em relação ao momento presente (-6,4%), ao futuro (-2,8%) e aos investimentos (-2,9%).
Os componentes que tiveram maior recuo entre outubro e novembro foram as avaliações em relação ao momento presente da economia (-13,7%) e do setor (-6,2%) e ao futuro da economia (-5,2%).
O recuo de 27,8% na comparação anual também foi provocado por avaliações piores em relação ao momento presente (-50,2%), ao futuro (-17,5%) e aos investimentos (-25,5%). O componente com pior avaliação foi o momento presente da economia (-68,2%).
Com leves variações, dólar vai a R$3,85
2 de Dezembro de 2015, 11:26Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar alternava entre leves altas e baixas nesta quarta-feira, a R$ 3,85, em meio à rodada de votações importantes no Congresso Nacional e antes de declarações de diversas autoridades do Federal Reserve, que podem trazer mais pistas sobre a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros neste mês.
Às 10:22, o dólar avançava 0,13%, a R$ 3,8598 na venda. Nos mercados externos, a divisa norte-americana também operava de lado contra moedas emergentes, após as bolsas chinesas apresentarem a maior alta diária em um mês diante de especulações sobre novos estímulos econômicos.
– O mercado opera hoje com um olho na agenda externa e outro no Congresso Nacional – resumiu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.
O Congresso adiou para as 12h desta quarta-feira a votação da mudança da meta de resultado primário de 2015, depois de analisar na noite passada quatro vetos da presidente Dilma Rousseff. Também ficou para esta tarde a conclusão da votação pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados do andamento do processo que pede a cassação do presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Investidores evitavam fazer grandes operações enquanto essas questões não se resolviam, mas repercutiam positivamente a aprovação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do destaque que incluiu nas receitas do Orçamento de 2016 a previsão de arrecadação vinda da CPMF. O imposto é considerado crucial para o ajuste fiscal pelo governo e ainda precisa ser recriado por meio de aval do Congresso Nacional.
No cenário externo, agentes financeiros adotavam cautela antes de pronunciamentos de autoridades do Fed, incluindo dois discursos diferentes da chair do banco central, Janet Yellen. Operadores continuavam apostando majoritariamente que os juros norte-americanos devem subir neste mês, mas dados mistos sobre a economia dos EUA levantaram algumas dúvidas sobre essa perspectiva na véspera.
Pela manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
BTG Pactual é rebaixado para grau especulativo
2 de Dezembro de 2015, 11:01Por Redação, com ABr e Reuters – de Brasília:
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota do banco BTG Pactual de grau de investimento para especulativo. A nota (rating) de crédito do banco caiu dois degraus: passou de Baa3, última nota de grau de investimento, para Ba2, segunda nota do grau especulativo. A agência colocou o BTG em revisão para rebaixamento no último dia 25 e informou, nesta quarta-feira, que mantém o banco em análise.
Segundo a agência, o rebaixamento incorpora as dificuldades do banco em conservar a liquidez (recursos disponíveis), após a prisão do presidente do banco, André Esteves.
A Moody’s diz que a gestão do banco adotou medidas como venda de ativos e parada na concessão de empréstimos. “Embora as medidas se destinem a restaurar a confiança nos seus clientes e as contrapartes, o banco permanece exposto a pressões de liquidez”. A agência acrescenta que o BTG irá enfrentar um custo mais elevado de financiamento, o que vai pressionar sua habilidade de gerar alta rentabilidade, que tem sido importante para construir o seu capital.
Mas a agência diz ainda que a diversidade de negócios do banco pode mitigar a incerteza que envolve a performance futura do banco.
Investigados pela Operação Lava Jato, André Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foram presos na última quarta-feira, acusados de atuarem para obstruir a investigação e tentar fazer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró desistir do acordo de delação premiada.
No último final de semana, Esteves renunciou aos cargos de diretor-presidente e de presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual e de companhia ligada ao banco. De acordo com comunicado ao mercado, Persio Arida, que estava no cargo interino, assume a presidência do Conselho de Administração das instituições. Foram eleitos Marcelo Kalim e Roberto Balls Sallouti para o cargo e exercício conjunto, por ambos, das funções de diretor-presidente do Banco BTG Pactual e da BTG Pactual Participations.
Controle societário
O banqueiro André Esteves deixou o controle societário do banco e da BTG Pactual Participations. De acordo com comunicado ao mercado, divulgado, nesta quarta-feira, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi feita uma troca de ações entre André Esteves e os chamados Top Seven Partners, grupo composto por Marcelo Kalim, Roberto Balls Sallouti, Persio Arida, Antonio Carlos Canto Porto Filho, James Marcos de Oliveira, Renato Monteiro dos Santos e Guilherme da Costa Paes, sócios e administradores do Grupo BTG Pactual.
Rede D’Or
O BTG Pactual vendeu fatia de R$ 2,38 bilhões em ações da Rede D’Or São Luiz ao fundo soberano de Cingapura GIC, que já tinha participação no negócio de hospitais, informou nesta quarta-feira o banco de investimento.
A divulgação confirma notícia publicada pela Reuters no último domingo. Uma fonte com conhecimento direto do assunto disse que o BTG venderia sua fatia de 12% na maior rede de hospitais do país ao GIC. As ações representam investimento proprietário do BTG e de terceiros, segundo comunicado do BTG.
A venda ao GIC, que já possuía 16% na rede de hospitais, ocorre após a prisão do ex-presidente da instituição financeira, André Esteves, em 25 de novembro, em desdobramento da operação Lava Jato.
A venda da participação do BTG na rede de hospitais era negociada desde agosto, mas a prisão de Esteves acelerou as negociações, disseram anteriormente duas fontes com conhecimento do assunto.
O acordo pode ajudar o BTG Pactual a repor parte do dinheiro que deixou a instituição desde a detenção Esteves na quarta-feira passada. O GIC havia pago R$ 3,3 bilhões pelos 16% da Rede D’Or, em maio.
Em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de terça-feira, o BTG também disse que corriqueiramente adquire e cede carteiras de crédito, reafirmando que poderá realizar novas transações conforme surjam oportunidades atrativas.
Além disso, disse que a afirmação de notícia do jornal Valor Econômico de que “terá de vender ativos e encolher para sobreviver” é “nitidamente exagerada e sem qualquer fundamento em informações divulgadas pelo BTG Pactual, sendo que o BTG Pactual reitera que segue conduzindo normalmente suas operações e cumprindo com suas obrigações”.
Inflação acumulada em novembro chega a 10,39%
1 de Dezembro de 2015, 12:08Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), encerrou novembro com variação de 1%, o que significa uma elevação de 0,06 ponto percentual sobre a última apuração referente à terceira prévia do mês. Com o resultado, a inflação acumulada no ano atingiu 9,57% e, nos últimos 12 meses, 10,39%.
Dos oito grupos pesquisados, quatro tiveram elevação no ritmo de alta na última semana do mês sobre a semana anterior, com destaque para alimentação, que subiu de 1,58% para 1,85%. Entre os itens que mais registraram alta estão as hortaliças e legumes, com reajuste médio de 21,61% sobre uma alta registrada na terceira prévia de novembro de 15,86%.
No grupo educação, leitura e recreação, o aumento passou de 0,36% para 0,55%. Em comunicação, variou de 0,30% para 0,53% e, em habitação, de 0,65% para 0,66%. Nas demais classes de despesas, as altas ocorreram com menos intensidade do que na última pesquisa. Em transportes, a taxa passou de 1,35% para 1,19%; em vestuário, de 0,73% para 0,56%; em saúde e cuidados pessoais, de 0,63% para 0,61%) e, em despesas diversas, de 0,07% para 0,06%.
Última semana
Os itens que mais contribuíram para o avanço inflacionário na última semana de novembro foram o tomate (com alta de 40,73%), a batata-inglesa (40,89%), a gasolina (2,67%), a tarifa de eletricidade residencial (1,95% e o etanol (7,96%). Já os que apresentaram recuos foram os itens geladeira e freezer (-1,48%), alimentos preparados e congelados de ave (-1,25%), manga (-7,08%), alimentos para animais domésticos (-1,66%) e leite em pó (-1,69%).
Setor industrial brasileiro apresenta contração, mostra PMI
1 de Dezembro de 2015, 10:51Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
Com a fraqueza da demanda, o setor industrial brasileiro reduziu a produção a um ritmo forte em novembro e cortou o número de funcionários à taxa mais rápida em mais de seis anos e meio, mostrou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nesta terça-feira.
O Markit informou que o PMI da indústria nacional caiu a 43,8 em novembro, contra 44,1 em outubro, permanecendo pelo 10º mês seguido abaixo da marca de 50 que separa contração de crescimento e na mínima de cerca de seis anos e meio.
“O PMI destacou uma deterioração acentuada das condições de negócios no setor como um todo”, disse o Markit em nota, destacando que todos as três principais áreas da indústria registraram forte queda de produção.
O volume de novos pedidos recuou pelo 10º mês consecutivo em novembro devido à deterioração da demanda e à fragilidade da economia do país. Os novos negócios do exterior também registraram contração.
– O cenário para o setor é sombrio. A queda do emprego combinada com a alta de impostos, aumento dos custos de empréstimos e subsequente queda na receita vão aprofundar a contração do país – destacou a economista do Markit Pollyanna De Lima.
– Mesmo o câmbio mais fraco não está conseguindo elevar as encomendas do exterior. Os custos mais altos provam ter um impacto maior sobre as empresas, que têm dificuldades para competir a nível global em ambiente de demanda já fraca – completou.
Sem novos projetos, as indústrias vêm buscando reduzir os custos e por isso cortaram empregos no mês passado pelo nono mês seguido e no ritmo mais forte desde abril de 2009, afetando sobretudo o setor de bens de capital.
Em relação aos preços de insumos, os entrevistados relataram forte aumento citando o enfraquecimento do real e também impostos mais altos.
Buscando proteger as margens de lucro mesmo diante da crise econômica, as indústrias continuaram elevando os preços e a inflação dos preços cobrados chegou ao maior nível em sete meses, com destaque para bens de consumo.
A produção industrial fechou o terceiro trimestre com recuo de 9,5% sobre o mesmo período do ano anterior, segundo dados do IBGE, em meio à confiança abalada dos investidores diante da recessão econômica e crise política que assolam o país.
A indústria tem sido um dos principais pesos sobre a economia brasileira, e a fraqueza vai se prolongar para o próximo ano, segundo especialistas.
PIB tem queda de 1,7% no terceiro trimestre do ano
1 de Dezembro de 2015, 10:33Por Redação, com ABr e Reuters – de Brasília:
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Os dados das Contas Nacionais foram divulgados, nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam a maior retração do PIB em terceiros trimestres, desde o início da série histórica em 1996.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda chega a 4,5%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres a queda é de 2,5%. No ano, o PIB acumula queda de 3,2%.
Na análise dos subsetores da economia, a agricultura teve retração de 2,4% no período, a indústria caiu 1,3% e o setor de serviços registrou queda de 1%.
Os dados do IBGE mostram ainda que o consumo das famílias caiu 1,5% e o do governo, 0,3%.
Contração no 2º trimestre
A economia brasileira teve contração de 2,1% no segundo trimestre deste ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior, queda mais forte do que o recuo de 1,9% informado anteriormente, revisou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O IBGE também piorou o dado do primeiro trimestre deste ano, para retração de 0,8% sobre os três meses anteriores. O IBGE havia informado antes queda de 0,7%.
Contas públicas têm déficit de R$ 11,5 bilhões em outubro
30 de Novembro de 2015, 12:39Por Redação, com ABr – de Brasília:
O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – registrou déficit primário de R$ 11,530 bilhões em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta segunda-feira. No mesmo mês de 2014, houve superávit primário de R$ 3,729 bilhões. O resultado do mês passado foi o pior para um outubro desde o começo da série histórica do BC, em dezembro de 2001.
Nos dez primeiros meses deste ano, o setor público registrou déficit primário de R$ 19,953 bilhões. No acumulado de 12 meses até outubro, o setor público apresentou déficit primário de R$ 40,932 bilhões, o que corresponde a 0,71% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
O governo não conseguiu fazer a economia para o pagamento dos juros da dívida, o superávit primário, que ajuda a conter o endividamento do governo, no médio e no longo prazos.
Corte de gastos
Nesta segunda-feira, o governo publicou no Diário Oficial da União decreto com a nova programação orçamentária de 2015, com o cronograma mensal de desembolso e um corte de 10 bilhões nas despesas orçamentárias deste ano.
A medida tornou-se necessária em razão da não aprovação da nova meta fiscal deste ano pelo Congresso Nacional. No início do ano, o governo tinha estipulado meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 55 bilhões. No entanto, as dificuldades para cortar gastos e aumentar as receitas fizeram a equipe econômica revisar a meta fiscal de 2015 para um déficit primário de R$ 51,8 bilhões. Devido ao reconhecimento dos atrasos nos repasses a bancos públicos, o valor do déficit subirá para R$ 119,9 bilhões.
De janeiro a outubro deste ano, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 34,041 bilhões, enquanto os governos estaduais registraram superávit primário de R$ 15,274 bilhões. Os governos municipais apresentaram superávit primário de R$ 1,869 bilhão. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 3,055 bilhões.
Juros
Os gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 17,884 bilhões em outubro, e somam R$ 426,203 bilhões no acumulado dos dez primeiros meses do ano. O déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, chegou a R$ 29,414 bilhões no mês passado. De janeiro a outubro, o resultado negativo ficou em R$ 446,156 bilhões.
A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) foi de R$ 1,972 trilhão em outubro, o que corresponde a 34,2% do PIB, com aumento de um ponto percentual em relação a setembro. A dívida bruta (que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,814 trilhões ou 66,1% do PIB, aumento 0,1 ponto percentual em relação a setembro.
Dólar sobe 1,5% e encosta em R$3,90
30 de Novembro de 2015, 10:17Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar avançava 1,5% e era negociado perto de R$ 3,90 no início dos negócios desta segunda-feira, pressionado pelo quadro de intensas turbulências políticas no Brasil em um dia que deve ser marcado por volatilidade em função da briga pela formação da Ptax de novembro.
Às 9:20, o dólar avançava 1,51%, a R$ 3,8811 na venda, após subir mais de 2% e atingir R$ 3,9141 na máxima da sessão. Na semana passada, a moeda norte-americana marcou o maior avanço semanal desde o início de setembro.
Entre os focos de pressão sobre o câmbio, operadores citavam a manutenção da prisão do ex-presidente do BTG Pactual, André Esteves, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a votação da nova meta de primário no Congresso, marcada para terça-feira, e novas denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com potencial para alimentar ainda mais os atritos entre o Legislativo e o Executivo.
O Banco Central fará nesta tarde leilão de venda de até US$ 2,75 bilhões com compromisso de recompra com fim de rolar as linhas que vencem em dezembro. Além disso, também dará início, na terça-feira, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, sinalizando que deve repor integralmente os contratos equivalentes a venda futura de dólares.
Inflação: projeção para este ano chega a 10,38%
30 de Novembro de 2015, 10:02Por Redação, com ABr – de Brasília:
A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano subiu pela 11ª semana seguida. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 10,33% para 10,38%, de acordo com dados do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira. O boletim é uma publicação semanal do Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para indicadores econômicos.
Para 2016, a estimativa para o IPCA segue em 6,64%. No boletim da segunda-feira passada, a projeção ultrapassou pela primeira vez o limite da meta, 6,5%. O centro da meta de inflação é 4,5%.
Por conta das indefinições e alterações na política fiscal do governo, o BC espera que a inflação fique na meta somente em 2017. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC disse que as indefinições e alterações significativas na meta fiscal mudam as expectativas para a inflação e criam uma percepção negativa sobre o ambiente econômico.
Antes de adiar o objetivo de levar a inflação ao centro da meta, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,90% para 10,91%, este ano.
Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 10,38% para 10,77%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permanece em 10,32%, este ano.
A projeção para a alta dos preços administrados passou de 17,43% para 17,50%, este ano, e 7% para 7,08%, em 2016.
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 3,15% para 3,19%, no segundo ajuste consecutivo.
Para 2016, a projeção de retração passou de 2,01% para 2,04%, no oitavo ajuste seguido.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 7,5%, este ano, e de 2,3% em 2016.
A projeção para o dólar permanece em R$ 3,95, ao final deste ano, e em R$ 4,20, no fim de 2016.
Persio Arida assume presidência do Conselho do BTG
30 de Novembro de 2015, 9:47Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
O banqueiro André Esteves, preso na Operação Lava Jato, renunciou aos cargos de diretor-presidente e de presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual e da BTG Pactual Participation. De acordo com comunicado ao mercado, Persio Arida, que estava interinamento no cargo de presidente, assume a presidência do Conselho de Administração das instituições.
Marcelo Kalim e Roberto Balls Sallouti foram eleitos para o cargo e exercício conjunto, por ambos, das funções de diretor-presidente do Banco BTG Pactual e da Pactual Participations. John Huw Gwili Jenkins foi designado vice-presidente do Conselho de Administração.
“As referidas deliberações estão sujeitas a todas as aprovações regulatórias e societárias aplicáveis. As assembleias gerais extraordinárias para fins de ratificação e aprovação das deliberações acima e consequente alteração dos respectivos estatutos sociais das companhias serão devidamente convocadas, nos termos dos editais de convocação e propostas da administração a serem divulgados oportunamente”, diz o comunicado do banco.
Investigados pela Operação Lava Jato, André Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foram presos na última quarta-feira, acusados de atuarem para obstruir a investigação e tentar fazer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró desistir do acordo de delação premiada.
Monitoramento do Banco Central
Na última semana, o Banco Central informou que estava monitorando o impacto da prisão do banqueiro André Esteves sobre o BTG Pactual acrescentando que a “instituição apresenta robustos indicadores de solidez financeira e continua atuando normalmente no mercado”.
“Cumprindo sua missão institucional de assegurar a solidez do sistema financeiro, o BC monitora o impacto dos acontecimentos para a instituição regulada”, informou o BC por meio de sua assessoria de imprensa.
“Em paralelo, o BC está solicitando informações às autoridades competentes para verificar se há desdobramentos em sua esfera de atuação administrativa”.
Cautela e planejamento nos gastos extras de fim de ano, dizem economistas
29 de Novembro de 2015, 10:13Por Redação, com ABr – de Brasília:
As despesas extras de fim de ano se aproximam e as perspectivas são de que a economia ainda não terá se recuperado em 2016. Por isso, os brasileiros devem ter atenção para não exagerar nos gastos e começar o ano com recursos equilibrados. Segundo economistas, para não extrapolar o orçamento, a recomendação é a velha fórmula de colocar as contas na ponta do lápis e planejar.
A economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil), Marcela Kawauti, explica que um erro comum na época de festas é calcular apenas as despesas com o lazer.
– Tem que tomar muito cuidado com isso. Tem viagem, presente, ceia, roupa, só que janeiro também tem muitos gastos. Na hora de fazer planos para o 13º e o salário desses dois meses, tem que levar em consideração tudo, não só os gastos do Natal, Ano Novo e férias – diz, lembrando que despesas como material escolar, seguro do carro, IPTU e IPVA costumam se concentrar no início do ano.
Ela destaca que a maioria das pessoas não tem o hábito de fazer o planejamento financeiro.
– As pessoas gastam muito tempo ganhando dinheiro. Mas muita gente não gasta nem uma hora por semana olhando seu planejamento – comenta.
Para quem está endividado, a recomendação da economista é usar a renda extra do fim de ano para quitar as obrigações.
– Em primeiro lugar, essa pessoa deve fazer tudo para pagar. Seja com o 13°, cortando algum gasto ou vendendo algum bem. Em segundo, precisa fazer uma análise boa da sua vida financeira, revisar seus hábitos – afirma.
Os que terminaram 2015 sem dívidas podem comemorar mais tranquilos, mas, segundo Marcela, não estão livres da necessidade de rever hábitos, ainda mais levando-se em conta a crise econômica.
– Tem gente que fez tudo direitinho, não tem dívidas. É o zero a zero. Mas a gente não considera que gastar tudo que ganha é viver dentro do seu padrão. O ideal seria que todo mundo fizesse uma reserva financeira. Vale aproveitar o fim do ano, esse momento de renovação, e começar a poupar. O ano de 2016 também vai ser de conjuntura difícil. Sempre pode haver um imprevisto – alerta.
Planejamento
A vendedora Laís Augusto, 26 anos, afirma que o mais difícil no planejamento de seus gastos são as compras por impulso.
– Eu até tento planejar, mas não consigo. Quando sobra dinheiro e aparece alguma coisa que quero comprar, compro, mesmo sem necessidade. Se tem alguma urgência, preciso recorrer à minha mãe ou à minha sogra para pegar dinheiro emprestado – relata.
A vendedora conta que não consegue guardar dinheiro e vive no limite do endividamento. A auxiliar de cozinha Sami Caroline, 22 anos, é mais organizada. Ela diz que planeja seu orçamento minuciosamente.
– Anoto tudo que preciso gastar no início do mês e só gasto com isso em mãos. Também pesquiso bem antes de comprar as coisas. Isso faz com que eu consiga economizar um pouco no fim do mês. Uma coisa que faço é jamais comprar para pagar depois. Compro tudo à vista. É melhor juntar um dinheirinho e comprar pouca coisa do que se endividar – acredita.
No caso da estudante Michele Marques, 38 anos, o planejamento mensal até acontece, mas os preços em alta têm atrapalhado o cumprimento.
– Eu planejo, vejo o que é mais importante, pesquiso os preços, mas não dá para cumprir. Sempre aparece alguma coisa que precisa comprar e a gente deixa de adquirir outras, porque o dinheiro é curto. Principalmente os itens alimentícios estão cada vez mais caros – reclama.
Este ano, para não gastar além das possibilidades, a família dela fará uma comemoração de Natal simples.
– Estamos planejando um Natal bem mais apertado, sem tanto luxo e com pouca coisa, só mesmo para lembrar a data – informou.
Adaptação
O economista Gilberto Braga, professor de Finanças da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec, dá dicas para quem tem dificuldade em planejar o orçamento ou decidir que gastos cortar. Segundo ele, o acompanhamento das despesas deve ser adaptado às características de cada pessoa.
– Tem gente que anota centavo a centavo e tem gente que faz um registro mais global. O ideal é que, cada um com sua característica, as pessoas saibam no que estão usando o seu dinheiro – comenta.
Segundo o economista, o orçamento mensal deve conter as entradas e saídas de dinheiro. No caso das saídas, ele sugere dividir as despesas entre obrigatórias e variáveis. Nos gastos obrigatórios entram aluguel, supermercado, água e luz, por exemplo. Nas despesas opcionais, podem ser elencadas saídas à noite ou compra de presente de aniversário. A divisão ajuda a visualizar onde é possível cortar gastos, explica Braga. A família pode começar a mudar de hábitos para economizar na luz, caso a conta esteja pesando, ou trocar uma saída à noite por um programa com amigos em casa.
Gilberto Braga também recomenda que a forma de registro do orçamento seja acessível.
– Hoje há programas sofisticados que podem ser comprados, baixados gratuitamente, mas não são amigáveis no sentido de estimular uma pessoa comum a usar. O ideal é que se anote em um papel, agenda, caderno de notas, qualquer coisa que seja de fácil manipulação e esteja sempre com a pessoa – diz.
Por fim, ele também recomenda se resguardar em face ao momento econômico complicado.
– O ano de 2016 vai ser difícil. Enquanto houver essa crise simbiótica, política e econômica, será difícil o país reverter o quadro e voltar a crescer. O ideal é ir fazendo uma reserva – afirma.
De acordo com Braga, a poupança deve corresponder a, no mínimo, três meses do gasto mensal, para que a família possa lidar com imprevistos, tais como perda de emprego. A economista Marcela Kawauti, do SPC Brasil, defende uma reserva maior, equivalente a seis meses dos gastos mensais.
Prazo prorrogado para pagamento do eSocial termina segunda-feira
29 de Novembro de 2015, 9:40Por Redação, com ABr – de Brasília:
O prazo para recolhimento do Documento de Arrecadação do eSocial (DAE), o regime unificado de pagamento de tributos, contribuições, FGTS e demais encargos devidos pelo empregador doméstico termina nesta segunda-feira.
Inicialmente, o vencimento da arrecadação seria no começo do mês, em 6 de novembro, mas problemas na emissão da guia de recolhimento, no site do eSocial, levaram o governo federal a adiar a data.
Os contribuintes que conseguiram emitir a guia com vencimento em 6 de novembro, mas não fizeram o pagamento no prazo inicial, devem gerar outro documento, no Portal do eSocial, com a nova data.
Desde a implantação do programa, foram cadastrados mais de 1,25 milhão de trabalhadores domésticos para mais de 1,18 milhão de empregadores – alguns empregadores contratam mais de um empregado. De acordo com a Receita Federal, até o momento, mais de 600 mil Documentos de Arrecadação do eSocial foram gerados.
Em caso de dúvidas sobre o cadastramento e geração do DAE, o empregador doméstico poderá consultar o Manual do eSocial para o Empregador Doméstico.
Taxa média de juros para famílias sobe para 64,8% ao ano
27 de Novembro de 2015, 12:12Por Redação, com ABr – de Brasília:
As taxas de juros continuaram a subir em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira. A taxa média de juros cobrada das pessoas físicas subiu 2,5 pontos percentuais, de setembro para outubro, e chegou a 64,8% ao ano. Para as empresas, a alta foi 0,9 ponto percentual e a taxa chegou a 30,2% ao ano.
A inadimplência das famílias, considerados os atrasos superiores a 90 dias, subiu 0,1 ponto percentual para 5,8%. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 4,3%.
A taxa de juros do cheque especial subiu 14,4 pontos percentuais para 278,1% ao ano. A taxa do crédito consignado subiu 0,5 ponto percentual para 28,1% ao ano. No caso da taxa para a compra de veículos, a alta foi 0,3 ponto percentual para 25,9% ao ano.
Já a taxa dos juros do rotativo do cartão de crédito caiu 8,2 pontos percentuais, mas continua sendo a mais alta entre as modalidades pesquisadas pelo BC: 406,1% ao ano.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do empréstimo direcionado (com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa média de juros subiu 0,1 ponto percentual para pessoas físicas (9,9% ao ano) e 1,4 ponto percentual para as empresas (11,1% ao ano). A taxa de inadimplência do crédito direcionado subiu 0,2 ponto percentual para as pessoas físicas (2,1%) e 0,1 ponto percentual para empresas (0,8%).
O saldo total do crédito chegou a R$ 3,157 trilhões, com retração de 0,1% no mês e alta de 8,1%, em 12 meses. O saldo do crédito livre chegou a R$ 1,602 trilhão, com queda de 0,4%, de setembro para outubro, e crescimento de 4,3%, em 12 meses. O saldo do crédito direcionado ficou em R$ 1,554 trilhão, com alta de 0,2%, no mês, e de 12,4%, em 12 meses.
BC: inadimplência no mercado de crédito sobe a 5% em outubro
27 de Novembro de 2015, 11:43Por Redação, com Reuters – de Brasília:
A inadimplência no mercado de crédito no país no segmento de recursos livres subiu em outubro, alcançando o maior patamar em mais de dois anos, em meio ao cenário marcado por recessão, inflação e juros elevados, combinação que vem pressionando o bolso do consumidor e sua capacidade de pagamento.
No segmento, que conta com taxas de juros definidas livremente pelas instituições financeiras, a inadimplência foi a 5%, ante 4,9% em setembro, nível mais alto desde maio de 2013 (5,1%), informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O spread bancário, diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final, foi a 33,3 pontos percentuais no segmento de recursos livres, recorde da série histórica iniciada em 2011.
Os juros médios do mesmo segmento também renovaram o nível mais alto da série, a 47,9%, num reflexo do encarecimento generalizado dos financiamentos.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, mas na primeira decisão dividida em mais de um ano, com dois membros votando pela alta de 0,5 ponto percentual.
A falta de consenso levou o mercado a acreditar que uma nova alta na Selic virá antes do esperado, podendo ocorrer até mesmo no início de 2016, a despeito da fraca atividade econômica.
Isso porque as expectativas para a inflação seguem em trajetória ascendente, alimentadas também pela desconfiança dos agentes com o cenário fiscal e político do país.
Esse panorama também tem feito os bancos serem mais cautelosos na concessão de empréstimos, principalmente em relação a anos anteriores.
Em outubro, ainda segundo o BC, o estoque total de crédito no Brasil, que inclui recursos livres e direcionados, caiu 0,1% sobre setembro, a R$ 3,157 trilhões, correspondente a 54,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para 2015, o BC projeta crescimento de 9 por cento no saldo total do crédito no país, ante alta de 11,3% em 2014, que já havia sido o menor ritmo de expansão desde 2007.