Em encontro realizado em 23/9, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), um grupo de representantes do governo equatoriano reuniu-se com os deputados Jô Moraes (PC do B/MG) – presidente da CREDN – e Edinho Bez (PMDB/SC) para discutir a homologação pelo Brasil de sentença pronunciada pela justiça do Equador, condenando a gigante do petróleo Chevron ao pagamento de US$ 9 bilhões por danos causados ao meio ambiente e populações indígenas daquele país
Comitiva equatoriana e os deputados Jô Moraes (PC do B/MG) e Edinho Bez (PMDB/SC)
Na sequência dos gravíssimos danos ambientais ocorridos na Amazônia Equatoriana, mais de duas mil pessoas morreram com diversos tipos de câncer na região. Outros 30 mil aborígenes e população local foram profundamente afetados em sua saúde e modo de vida, uma vez que exploração petroleira causou o desmatamento de dois milhões de hectares e derramou mais de 650 mil barris de resíduos tóxicos – metais pesados resultantes da atividade – nas matas e rios, contaminando os mananciais de água. Hoje, etnias como os Cofanes, Sionas e Secoyas estão praticamente extintas.
As atividades da empresa na região ocorreram entre os anos de 1964 a 1990. Embora condenada pela justiça do Equador, a Chevron recusa-se a pagar pela restauração ambiental, negando-se a assumir sua responsabilidade sobre o rastro de destruição que deixou. Na sequência, a Chevron decidiu recorrer da sentença equatoriana e desrespeitou convenção da Organização dos Estados Americanos que obriga os seus Estados signatários a reconhecerem as sentenças proferidas em seus Estados-membros.
Texto e foto: Cláudia Guerreiro
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