Premiê israelense afronta diplomacia brasileira
Ao insistir na indicação de um nome para sua embaixada no Brasil, contrário à existência do Estado Palestino, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afronta posição brasileira de defender a paz na região, através da convivência entre os dois países. E transforma, em incidente diplomático, uma simples troca de embaixadores.
O governo de Israel, de tantas responsabilidades políticas, inexplicável e injustificadamente ameaça deixar sua embaixada no Brasil sem representação, quase como uma chantagem diplomática contra o apoio que nosso país dá, juntamente com 70% dos países-membros das Nações Unidas, à existência do estado Palestino.
É de conhecimento de todos que Dani Dayan, nome indicado por Netanyahu para embaixador no Brasil, foi líder do Conselho Yesha, responsável pelos assentamentos judaicos na Cisjordânia, não reconhecidos pela comunidade internacional. Além de sua posição pública contrária à existência do Estado Palestino, seu despreparo para o exercício da função é demonstrado em suas palavras divulgadas na rádio do Exército israelense, reproduzidas em matéria do jornal Valor Econômico. Afirma ele: "Minha nomeação não está sendo aceita pelas autoridades brasileiras. Dizer que estou preocupado pessoalmente por isso? De forma alguma”.
Manifesto aqui, todo o apoio à posição do governo brasileiro de lutar pelo cumprimento das Resoluções da ONU, garantindo a existência do Estado Palestino e a convivência pacífica entre os dois países. Acredito que os 70 deputados federais que já se manifestaram sobre o assunto em manifesto entregue à embaixada de Israel, em setembro de 2015 somarão com nossas posições para que se construa uma convivência de paz entre os dois povos.
Brasília 15 de janeiro de 2016
Deputada Jô Moraes
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional
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