A Declaração de Havana é um documento que revela, além é claro da importância da integração e da solidariedade entre as nações latino-americanas e caribenhas (apoio a causa argentina sobre as Malvinas, por exemplo), uma grande preocupação com alguns eixos principais, a saber:
a) sistema financeiro internacional;
b) desenvolvimento (econômico e social);
c) história e cultura.
Em relação ao sistema financeiro internacional, já que vivemos em um contexto de economia globalizada, onde uma crise distante pode refletir na economia local, o documento enfatiza a necessidade da criação de mecanismos que regulem de maneira mais rígida os institutos que atribuem notas aos países. Desta maneira, evitando que as nações latino-americanas e caribenhas venham se tornar reféns destas instituições.
O desenvolvimento é outro ponto central do documento. Porém, ele não restringe-se apenas ao desenvovimento econômico, que segundo a declaração deve estar vinculado a metas bastante claras - e nesse ponto ele é muito importante, pois o planejamento do desenvolvimento deve ser uma prioridade para os nossos governos - mas também enfoca a necessidade de escolaridade e saúde públicas e universalizadas.
Aí fazemos o gancho com o terceiro ponto que diz respeito a preservação dos patrimônios imateriais, sejam eles indígenas ou de outras comunidades - no caso brasileiro, nossas origens africanas devem estar também no centro do debate - ou sejam eles relacionados a propriedade de terras (questão sempre problemática e que preocupa deveras as elites conservadoras) que auxiliará na preservação das culturas autóctones, não somente no aspecto imaterial, mas também dizendo respeito às práticas econômicas destas populações.
Enfim, é um grande documento, que deve permanecer como leitura de cabeceira dos líderes latino-americanos e caribenhos, servindo como guia para suas decisões.
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