Mudanças na internet vão permitir capacidade “quase infinita” de conexões
25 de Março de 2015, 10:17O crescimento exponencial de equipamentos conectados à internet levou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a adotar uma medida similar à feita em linhas telefônicas. Assim como foi necessário acrescentar um dígito nos números de telefone para atender ao crescimento da demanda, os endereços de protocolo chamados IPv4 – número de identificação que permite a conexão dos equipamentos à internet – já estão dando lugar a uma nova versão com capacidade “quase infinitamente maior”: o IPv6.
“É uma quantidade tão absurda de IPs possíveis, que daria para colocar um endereço em cada grão de areia existente na Terra”, explica o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, José Alexandre Bicalho.
Responsável pela coordenação da transição das tecnologias, o superintendente explica que os 340 undecilhões (o equivalente a 36 zeros após o 340) de endereços possíveis a partir do novo protocolo vai permitir que cada habitante do planeta tenha 48×10 elevado a 18ª potência de equipamentos conectados. “É muito improvável que, algum dia, esse número se esgote”, disse ele. A solução para a ampliação dos IPs é semelhante à adotada para aumentar o número de linhas telefônicas, com o acréscimo de um dígito ao prefixo da linha. Só que, no caso da internet, são vários números a mais.
“A diferença é que, no caso da transição desses IPs, isso não é feito de forma tão simples – e não pode ser feito de forma abrupta – por causa da complexidade das redes e da quantidade de dados colocada nela”, disse Bicalho. Segundo ele, as mudanças vão passar praticamente imperceptíveis para os usuários, com apenas algumas atualizações de softwares. “Não é necessário fazer absolutamente nada, até porque essa alteração já vem sendo feita, uma vez que o IPv4 já se esgotou e só funciona por meio de soluções paliativas.”
Há pelo menos dois anos, novos equipamentos já são vendidos com a tecnologia atualizada. Além disso, novos usuários também acessam a rede com IPv6. De acordo com a Anatel, haverá um período de convivência entre os dois protocolos e ainda não está definido quando o IPv4 deixará de ser usado.
“A migração será completa, mas provavelmente o IPv4 permanecerá por vários anos convivendo simultaneamente. Falamos em um prazo de quatro anos, mas ele certamente será estendido. As operadoras, inclusive, já solicitaram prazos maiores para localidades com menos usuários, principalmente no interior do país”, disse o superintendente da Anatel.
Com informações da Agência Brasil.
Por um FLISOL Exemplar
25 de Março de 2015, 10:12A premissa fundamental do Movimento Software Livre é a de que software privativo de liberdade é um poder injusto que subjuga seus usuários. Nossa estratégia para resolver esse problema social é informar, conscientizar e inspirar usuários para resistir a esse subjugo, rejeitando software privativo de liberdade, para que essas linhas de negócios deixem de ser atraentes e deixem de fazer vítimas.
Para formar resistência suficiente, precisamos difundir os valores, princípios, objetivos e estratégias do Movimento Software Livre. Objetivos e estratégias podem até ser ensinados e aprendidos com palavras: manifestos, artigos, palestras e debates. Mas para ensinar e aprender valores e princípios, exemplos falam muitíssimo mais alto que palavras. Com que exemplos o FLISOL da sua cidade vai ensinar os valores e princípios do Software Livre?
Um visitante que tenha levado seu computador a uma sede do Festival Latinoamericano de Instalação de Software Livre, para experimentar Software Livre, pode assistir ou não às palestras, mas seguramente espera sair do evento com Software Livre instalado no computador. Não necessariamente GNU/Linux-libre, pois há outros sistemas operacionais Livres, nem mesmo um sistema operacional, pois o que normalmente importa aos usuários são os aplicativos. Cumpre a nós, do Movimento Software Livre, utilizar essa oportunidade para, além de instalar Software Livre na máquina, preparar o usuário para nos ajudar na resistência ao software privativo de liberdade, compartilhando as ideias do movimento. Essencial para que isso funcione é se comportar de modo compatível, pois palavras ensinam valores menos que o exemplo.
As mais populares distribuições de GNU/Linux não estão alinhadas com o Movimento Software Livre, pois oferecem e instalam software privativo de liberdade. O problema mais comum são controladores privativos (drivers ou firmware) para componentes de hardware com especificações secretas. Os fabricantes desses componentes pretendem mantê-los incompatíveis com a liberdade do usuário, dificultando o desenvolvimento de Software Livre que cumpra função equivalente.
Informar usuários sobre essa incompatibilidade é essencial, para que melhor compreendam a raiz e origem do problema e possam levar isso em conta quando forem comprar seu próximo computador. Certamente instalar uma distribuição que busca esconder esses problemas dos usuários não ajuda a informá-los, por isso mesmo parabenizo a iniciativa da petição para que o FLISOL deixe de instalar Ubuntu, bem como a adoção de recomendação nesse sentido pela coordenação nacional brasileira e por várias sedes. Começar por reduzir a maior transgressão é um ótimo primeiro passo! Mas não chega a resolver o problema de coerência do FLISOL com o Movimento Software Livre.
Para um novo usuário, a instalação de uma distribuição 100% Livre pode muito bem funcionar 100%, mas do contrário abrirá caminho para explicar o problema do hardware incompatível com a liberdade. É óbvio que a notícia da incompatibilidade será desapontadora para muitos visitantes, e muitos instaladores podem ficar de coração apertado se não “ajudarem” o visitante a instalar blobs e drivers privativos de liberdade exigidos pelo hardware, ou plugins “necessários” para que distribuidores de obras autorais de entretenimento tomem o controle do computador do visitante. São dilemas sem solução favorável: é preciso decidir entre comunicar que algum software privativo de liberdade é aceitável e até desejável, ou arriscar afastar um usuário ao mostrar a importância da resistência firme ao software privativo de liberdade.
Se uma oferta para instalar aplicativos Livres no sistema operacional privativo já instalado não empolgar, orientação sobre as possibilidades de substituir os componentes incompatíveis pode ajudar um pouco e dar um bom exemplo da importância da resistência. Por outro lado, oferecer software privativo de liberdade para fazer o componente funcionar pode até parecer ajudar mais, mas transmite exatamente a mensagem contrária à necessária para formar a resistência ao software privativo de liberdade. Mesmo uma visível hesitação pode parecer descaso ou hipocrisia se a ação contrariar os princípios.
Afinal, se instalar software privativo em quantidades cada vez maiores fosse a solução do problema de componentes de hardware incompatíveis com a liberdade, por que parar no firmware, ou nos drivers? Num computador com Boot Restrito, daqueles que impedem a iniciação de sistemas operacionais alternativos, o software privativo necessário para fazer um GNU/Linux funcionar é o Windows, inteiramente privativo, e um ambiente de execução de máquinas virtuais, igualmente privativo.
Mas ninguém (além da própria Microsoft, suponho) pensaria em instalar Windows num festival de instalação de Software Livre. Por que, então, instalam-se tantos outros programas privativos no FLISOL? Não são eticamente melhores que o Windows! O receio de que, sem eles, o usuário volte ao software privativo é medo d'”A volta dos que não foram”: usando GNU/Linux com blobs, o usuário jamais terá deixado a escravidão do software privativo de liberdade, no máximo terá mudado de feitor. Na liberdade, como na segurança, é o elo mais fraco da corrente que se rompe e põe tudo a perder.
Uma conversa franca e honesta com o usuário fará muito mais pelo Movimento Software Livre que instalar uma distribuição com componentes privativos, ou mesmo que instalar uma distribuição 100% Livre que não funcione bem no computador incompatível. Afinal, o visitante seguramente poderá encontrar na Internet receitas para instalar o software privativo de liberdade que fará o componente funcionar. Porém, graças às ideias da conversa e ao bom exemplo observado, entenderá que sua decisão é pessoal, que ninguém deve tomá-la em seu lugar, e que trata-se apenas de um sacrifício temporário de sua própria liberdade, até que uma solução esteja ao seu alcance. Bons exemplos, conselhos e ideias ajudarão a manter o usuário no caminho para a liberdade, mesmo que seja longo e árduo.
Mas se, ao invés de receber um exemplo firme e fundamentado de resistência ao software privativo de liberdade, o visitante observar seu mentor e seus pares oferecendo e preferindo instalar software privativo de liberdade, tenderá a se tornar mais um multiplicador da contracultura do Software Livre. Tampouco hesitará em instalar distribuições com software privativo de liberdade, em decidir por outros quais liberdades sacrificar e em se opor às sugestões e aos pedidos de que futuros FLISOLis se comportem de forma compatível com o Movimento Software Livre. Com seu exemplo e atitude, propagará sua resistência às nossas ideias, dificultando ainda mais a formação da resistência ao software privativo de liberdade.
Muito menos importante que o software instalado é a mensagem transmitida pelo FLISOL. Porém, o software ofertado e instalado, enquanto exemplos, são parte importantíssima da mensagem, pois quando palavras e exemplos são contraditórios no ensino de valores, com maior frequência prevalecem os exemplos. Então, com que exemplos você vai ensinar, no FLISOL da sua cidade, os valores e princípios do Movimento Software Livre? Com que exemplos vai reforçar a necessária e urgente resistência ao software privativo de liberdade? Como vai motivar o FLISOL a adotar, como mais uma de suas regras internacionais, os bons exemplos de resistência ao software privativo de liberdade, para que deixe de minar nosso movimento e nossa resistência e se torne um Festival Latinoamericano de Instalação de Software Livre Mesmo, um FLISOL exemplar?
Copyright 2015 Alexandre Oliva
Cópia literal, distribuição e publicação da íntegra deste artigo são permitidas em qualquer meio, em todo o mundo, desde que sejam preservadas a nota de copyright, a URL oficial do documento e esta nota de permissão.
http://www.fsfla.org/blogs/lxo/pub/flisol-exemplar
Vem aí o LibreOffice OnLine
25 de Março de 2015, 9:59O LibreOffice, a melhor suite office livre, define o alicerce da primeira solução global de edição de documentos pessoais, seguindo o anúncio do esforço conjunto de desenvolvimento do LibreOffice On-Line. O LibreOffice já é disponível como aplicação nativa em todos os sistemas operacionais de desktop e esta sendo desenvolvido para operar no Android. Além disso, ele está disponível em plataformas virtuais para o Chrome OS, Firefox OS e iOS.
“O LibreOffice nasceu com o objetivo de alavancar a herança histórica do OpenOffice para montar um ecossistema sólido capaz de atrair estes investimentos que são necessários para o desenvolvimento futuro do software livre” afirmou Eliane Domingos de Sousa, Diretora da The Document Foundation. “Parece que estamos no caminho certo, graças ao número sempre maior de empresas que investem no desenvolvimento do LibreOffice, para torna-lo disponível em todas as plataformas. Estamos agradecidos à IceWarp de prover os recursos para levar adiante o desenvolvimento do LibreOffice Online”, completou.
O desenvolvimento do LibreOffice Online começou em 2011, com uma prova de conceito baseada na tecnologia HTML5. Esta prova será desenvolvida para criar tecnologias inovadoras para aplicações em núvem, que se tornarão a alternativa livre às soluções proprietárias do Google Docs e do Office 365, e será a primeira a suportar nativamente o padrão ODF.
“É maravilhoso poder casar a visão e os investimentos da IceWarp com nossa paixão e competência no desenvolvimento do LibreOffice. Sempre é satisfatório trabalhar em coisas que como empresa precisamos para nosso trabalho.” afirmou Michael Meeks, General Manager da Collabora Productivity, que desenvolveu a prova de conceito em 2011 e fará a supervisão do desenvolvimento do LibreOffice Online.
A disponibilidade do LibreOffice Online será comunicada oportunamente.
Com informações LibreOffice Brasil.
Investidor diz que bolha da tecnologia está prestes a estourar (de novo)
25 de Março de 2015, 9:39Quem já acompanha o noticiário de tecnologia no final dos anos 90 deve se lembrar do “estouro da bolha”, quando a internet ainda era novidade e todas as empresas queriam embarcar nessa. Nesse caminho, uma valorização absurda de ações das chamadas “ponto com” levou a Nasdaq a índices altíssimos que, pouco depois, naufragaram, levando consigo boa parte das companhias recém-criadas. Para Michael Moritz, um dos principais investidores do Vale do Silício, é melhor se segurar, pois tudo está prestes a acontecer novamente.
Segundo ele, o mercado encontra-se em um momento muito otimista, o que, em teoria, é ótimo. Por outro lado, esse mesmo movimento está levando à avaliação acima da média de pequenas startups, o que acaba levando a investimentos desenfreados por parte de gente que não sabe muito bem o que está fazendo, mas quer entrar na onda. O resultado será a perda de dezenas de milhões de dólares e o fechamento cruel de muitas empresas menores.
As grandes, de acordo com o investidor, parecem estar seguras, pois possuem uma bela base para se apoiarem. O grande perigo da vez, porém, se relaciona aos “unicórnios”, como são chamadas as companhias que têm valor de cerca de US$ 1 bilhão. São elas que estão começando no negócio, têm mais a perder e devem se ver em maus lençóis em breve.
Com tudo isso, Moritz critica o entusiasmo atual do mercado, afirmando que estamos em um tempo em que até mesmo as ideias mais malucas podem atrair dinheiro. Nessa mesma medida, afrouxaram-se também os critérios para avaliação das companhias, uma vez que temos um movimento altamente maleável. O resultado de tudo isso é uma configuração que, segundo ele mesmo, lembra uma nova bolha digital. Mas, claro, sem o mesmo impacto da que aconteceu no passado justamente pelo fato de as empresas grandes terem bases financeiras bastante sólidas.
A expectativa é que esse movimento para baixo comece a acontecer ainda neste ano. Moritz é otimista, afirmando que, enquanto muitos unicórnios deixarão de existir, outras, mais sensatas, aproveitarão o momento para crescer a ganhar terreno, caso consigam gerar a confiança necessária dos investidores.
Mais do que tudo isso, ele manda um alerta para aqueles que estão deixando as grandes companhias para criar suas próprias startups e investir nas próprias ideias: preparem-se. A expectativa é que milhões de dólares por ano sejam perdidos, e para quem não é necessariamente o dono das empresas em ascensão, a coisa pode ficar um pouco mais complicada.
Com informações de Business Insider, The Times e Canaltech.
Cyanogen arrecada US$ 80 milhões em nova rodada de financiamentos
25 de Março de 2015, 9:34A Cyanogen confirmou nesta segunda-feira (23) que encerrou uma rodada de financiamentos onde arrecadou US$ 80 milhões entre investidores como Twitter, Telefônica, Qualcomm, Rupert Murdoch, Index Ventures, Access Industries, entre outros.
Conforme previsto, a rodada foi liderada pela PremjiInvest, braço de investimentos do bilionário fundador da Wipro, Azim Premji, o terceiro homem mais rico da Índia. Essa terceira rodada de financiamentos elevou o valor total arrecadado para US$ 110 milhões e valorizou a Cyanogen em cerca de US$ 1 bilhão.
A Cyanogen desenvolve um firmware aberto baseado em Android que permite aos usuários adicionarem mais recursos e personalizarem seus telefones. A startup chinesa OnePlus, que lançou o smartphone One no ano passado, pré-carrega os seus telefones com o Cyanogen.
A Microsoft, que considerou investir na Cyanogen, não participou na rodada atual, de acordo com pessoas familiarizadas com a sua decisão. Mas essas pessoas também dizem que Microsoft e Cyanogen estão perto de finalizar uma ampla parceria para levar os serviços da empresa de Redmond, como Bing, Cortana e One Drive, para dispositivos que executam Android e são modificados com o Cyanogen. Isso faz sentido se pensarmos nos recentes esforços da Microsoft para expandir os seus serviços para dispositivos que não são baseados no Windows.
Kirt McMaster, cofundador e CEO da Cyanogen, já disse que pretende criar um sistema operacional que poderia competir com o iOS e Android. Ele prevê uma plataforma ainda mais aberta do que o Android. Para McMaster, um sistema operacional móvel não deve ter restrições. Se o usuário preferir o Spotify em vez do Google Play Music, ele deve poder optar por torná-lo seu player de música padrão, por exemplo.
Com informações da Forbes e Canaltech.