Empresas de telecomunicações terão que dar explicações sobre denúncias de espionagem
8 de Agosto de 2013, 7:00 - sem comentários aindaAs comissões de Relações Exteriores do Senado e da Câmara vão chamar empresas de telecomunicações que atuam no Brasil para prestar esclarecimentos sobre denúncias de espionagens de comunicações telefônicas e eletrônicas de brasileiros. Segundo o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, foram aprovados requerimentos para ouvir empresas que operam com internet e telecomunicações, principalmente as que têm parceria com companhias norte-americanas.
Ele citou o caso de empresas como Facebook, Google, Twitter e Microsoft. “Nós estamos convidando, e quero crer que é uma oportunidade que essas empresas não estarão perdendo, sobretudo em razão da transparência e da credibilidade”, disse o senador.
Na tarde de ontem (6), as comissões de Relações Exteriores das duas casas do Congresso ouviu o jornalista Gleen Greenwald, do jornal britânico The Guardian. Segundo ele, operadoras brasileiras de telecomunicações estão trabalhando com uma grande empresa americana que fornece dados para a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).
“Eles têm acordos com empresas de telecomunicações brasileiras grandes, e com esses acordos eles têm acessos ao sistema, e a empresa americana está coletando os dados e dando para a NSA. A questão para os brasileiros é quais empresas brasileiras estão trabalhando com essas empresas”.
Aqui no Brasil, o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) negou que as empresas do setor forneçam ou facilitem informações que possam quebrar o sigilo de seus usuários, salvo mediante ordem judicial na forma da lei brasileira.
Greenwald disse que conversa regularmente com o ex-consultor de informática Edward Snowden, que vazou os dados para o jornalista, mas as conversas são feitas por meio de criptografia. Perguntado se Snowden tem medo de morrer por causa das denúncias, Greenwald disse que o único medo dele é ter as informações ignoradas pelo mundo.
“O Snowden não tem medo de nada. A única coisa que ele teve medo foi de achar que iria se sacrificar para divulgar essa informação e o mundo não daria importância. Mas agora ele está vendo que tem um debate sério no mundo todo, então ele não tem nenhum medo, porque sabe que a escolha que ele fez está certa”.
Com informações da Agência Brasil.
Lançada edição n.52 da Revista Espírito Livre
1 de Agosto de 2013, 20:33 - sem comentários aindaRevista Espírito Livre – Ed. #052 – Julho 2013
Revista Espírito Livre - Ed. n #052
Show! Não existe forma mais transparente de começar este editorial. O fisl14, que ocorreu no início de julho em Porto Alegre, possibilitou uma troca de experiências indescritível e não me refiro exclusivamente a parte relacionada com palestras, mas se extendendo aos stands, ao rever amigos e conhecidos que só se encontram em eventos como o FISL, tecendo uma grande e proveitosa rede de contatos.
Creio que seja desnecessário dizer que o FISL já é um evento consolidado, forte e que serve de inspiração para tantos outros eventos menores que ocorrem em todo o Brasil e exterior. As participações internacionais trazem igualmente novos conhecimentos e saberes, seja para aqueles que acompanharam a extensa grade de palestras e atividades, seja naquele bate papo de corredor ou nos encontros informais que ocorrem paralelamente e após o evento.
Esta edição é especial pois a dedicamos a este importante evento que já faz parte de nosso calendário. Parte da diagramação ocorreu durante uma oficina oferecida durante o evento. Alguns participantes, portanto, puderam conhecer um pouco mais sobre o processo de criação e como as edições são produzidas. Os textos e fotos, em sua maioria, foram enviados pela própria equipe de comunicação do FISL, formada por um time de voluntários que trabalhou em prol do Software Livre fazendo a cobertura do evento para o site, a TV e a Rádio Software Livre, e também redes sociais. Aproveito ainda, para agradecer a todos envolvidos na organização, comunicação e realização do evento. Todos estão de parabéns!
Nesta correria que vivemos, participar de um evento com mais de dois dias não é tarefa para qualquer um. A distância, o clima, a falta da família, a comemoração de datas importantes e o trabalho, influem fortemente na participação dos “peregrinos do software livre”, que seguem milhares de kilômetros, viajando, em busca de conhecimento, informação e liberdade.
Esta viagem certamente valeu cada minuto. Vida longa ao FISL.
E-commerce: importância da plataforma livre
1 de Agosto de 2013, 17:55 - sem comentários aindaEste post é inspirado na recente experiência de criação do novo e-commerce para a editora Publisher Brasil, usando WordPress.
Antigamente, escolher a localização para um novo empreendimento comercial era a principal etapa para o sucesso. Hoje, o desafio é outro: partir ou não para o virtual. Toda iniciativa de e-commerce é fascinante pela rapidez, disponibilidade, alcance, comodidade, economia, controle e agora: mobilidade e conectividade.
Fazemos parte da era dos consumidores interagentes, aqueles que antes de comprar, fazem uma pesquisa detalhada e ainda trocam experiências nas redes sociais – ávidos por novidade e informação – é o virtual a favor do consumo consciente, qualidade e economia de tempo e dinheiro. Bem-vindo ao mercado digital!
Segundo e-commerce.org, Brasil é o 5º país no mundo em usuários de internet. Em 2011, foram 32 milhões de consumidores que movimentaram 18 bilhões de reais.
Tenho uma ideia, o que preciso pensar?
Antes de se aventurar num empreendimento, analise:
- nicho de mercado que vai atender;
- como funciona a concorrência na internet;
- estudar hábitos e costumes dos consumidores;
- se o produto é fácil de comercializar na internet;
- conhecer aspectos legais dos produtos e o entorno;
- procurar bons fornecedores e baixos custos sempre;
- entregas eficientes, seguras e econômicas;
- planejar estratégias de divulgação.
É importante dizer que todos têm boas ideias, mas é preciso apurar o quão relevante será para a Web e se existem recursos para sustentar o projeto como um todo até que ele engrene. Os principais investimentos ficarão por conta das ações de comunicação, estes podem ser anúncios on/offline, articulação em redes sociais e campanhas no Google.
E o site, por onde começo?
Basicamente têm 3 caminhos para se ter um e-commerce:
1) Desenvolvimento próprio
Concepção do zero, envolve equipe de criação e programação. Ponto positivo fica por conta de ter um resultado final sob medida. Negativos: alto custo de mão de obra, muito tempo de desenvolvimento e paciência para gestão de projeto de nível técnico elevado.
2) Plataforma proprietária
Sistema bolo pronto, comprou usou. Pontos positivos: prazo imediato, funcionalidades para compras avançadas e suporte. Negativo: sistema engessado para customização, preço alto e falta de autonomia. Empresas: Linx,FastCommerce, Tray e DotStore.
3) Plataforma livre
Temos como CMS (Content Manager System) o Joomla, Drupal e WordPress. São ambientes para gerenciamento de conteúdo. Positivo: aproveitamento de funcionalidades e temas prontos, economia pela otimização de esforços (1/3 em relação ao desenvolvimento próprio) e participação de movimentos colaborativos com troca de contribuições em alta frequência. Negativos: dificuldade de integração entre plugins, funcionalidades genéricas e quase sem suporte.
Opinião
Trabalhei por anos com as 3 situações, a melhor foi a livre em WordPress, explico:
O Próprio envolveu muito tempo, alto investimento e eterna dependência de profissionais especializados, estes fatores desgastaram o todo.
O Propritário cria dependência com a empresa desenvolvedora e ainda condiciona a evolução da plataforma a boa vontade de se investir em atualização. O interesse será movido pela situação de mercado. Quando a empresa assume posição vantajosa, simplesmente abandona seus sistemas e clientes. Também o sistema é uma caixa preta, não podendo legalmente ser alterado e nem tecnicamente interpretado. Caso dependa de um suporte mais exclusivo, terá que arcar com valores extorsivos.
O Livre têm qualidade e diversidade de informações, fruto da inteligência coletiva e que compensa qualquer modelo Proprietário. O esforço fica por conta do caráter autodidata. Fora que o sistema é sempre atual, está documentado e qualquer um pode continuar o trabalho.
Em resumo, penso que o que atrapalha não são benefícios e fragilidades de cada modelo e sim uma cultura alá consumista e servil. Na retórica – “Não quero soluções inovadoras, quero A QUEM RESPONSABILIZAR” – mesmo que a solução seja ultrapassada. O Livre é mais do que códigos, opções ou modelos de plataforma. É uma cultura de compartilhamentos sedenta por autonomia e só entra nesse barco quem tem coragem de depender mais de si mesmo do que seu dinheiro. A recompensa, como sugere o nome: SER LIVRE!
O review completo pode ser conferido no site da Revista Fórum.
Nova reunião da Mesa de Diálogo discute Inclusão Digital e Marco Civil da Internet
1 de Agosto de 2013, 17:46 - sem comentários aindaNa terça-feira (30), integrantes de movimentos sociais se encontraram com representantes da presidência da república para debater a situação dos programas de inclusão digital do governo federal e o andamento do Marco Civil da internet, previsto para ser votado neste mês. Abaixo, confira o relato do que os organizadores da campanha Banda Larga é um Direito Seu! sobre a reunião:
Nova reunião da Mesa de Diálogo foi realizada na terça (30/07) em Brasília. Ela tratou do objetivo 2 do Planejamento Estratégico do Ministério das Comunicações (“Promover o uso de bens e serviços de comunicações, com ênfase nas aplicações, serviços e conteúdos digitais criativos para potencializar o desenvolvimento econômico e social do país”) e do Marco Civil da Internet, que deve ser votado na Câmara dos Deputados quando os parlamentares voltarem do recesso. A reunião foi transmitida e a íntegra pode ser acessada aqui.
Para a 2ª reunião, as entidades participantes prepararam Documento Base defendendo que as políticas de Inclusão Digital sejam pautadas em concepção integrada e integradora, entre variadas áreas (comunicações, cultura, educação…) e articulada em diferentes níveis de governo de forma coordenada. Inclusão Digital significa garantir ao cidadão o acesso e uso da Internet em todo o seu potencial, afirmando-se como sujeito, o que não se vê nas políticas do Governo Federal. O diagnóstico da crise dessas políticas pode ser encontrado na Carta da 11ª Oficina de Inclusão Digital, também apresentada na reunião.
Os presentes ressaltaram, ainda, que a participação social é elemento fundamental na formulação e gestão das políticas de inclusão digital, desde a estrutura mais simples, um telecentro, por exemplo, até às Cidades Digitais. Além disso, outras propostas foram feitas tendo em vista o fortalecimento da Telebras e sua atuação na última milha, a criação de um fundo municipal para a sustentabilidade das Cidades Digitais e a defesa do uso do espectro para iniciativas públicas e comunitárias de inclusão digital.
Do que se ouviu do governo, percebe-se que há muito pouco planejado para ir além ou mesmo retomar efetivamente as políticas centrais de inclusão digital que foram sendo abandonadas nos últimos anos. Os telecentros e escolas que dependem do GESAC serão desconectados em um mês e as perspectivas dos demais telecentros, CRCs (Centro de Recondicionamento de Computadores) e pontos de cultura não são muito melhores. A chave para lidar com o desmonte das políticas de inclusão digital e avançarmos concretamente na garantia do acesso à Internet com qualidade como um direito se expressou na seguinte pergunta: O governo está disposto a enfrentar as teles na defesa do interesse público? Infelizmente a Secretária de Inclusão Digital, Lygia Pupatto, não estava na reunião para respondê-la. Contudo, o Secretário Executivo da Secretaria-Geral da República disse que sim, que o governo está disposto a fazer o que for necessário para que o caminho correto das políticas seja trilhado. A mesma chave serve para o Marco Civil da Internet.
Com relação ao projeto de lei, os participantes da sociedade civil repudiaram a possibilidade de o Governo Federal aceitar uma alteração no projeto de lei, no artigo relacionado à neutralidade da rede, que autoriza expressamente as teles a limitarem a conexão dos usuários. Os representantes do governo negaram a alteração e afirmaram estar de acordo com a última redação do artigo de neutralidade divulgada em relatório do Deputado Alessandro Molon ao final de 2012.
Os participantes se opuseram também à manutenção no texto final do §2º, do art. 15, que estabelece uma exceção à regra de que a responsabilização por conteúdos de terceiros publicados online só pode ocorrer após descumprimento de ordem judicial que determine a retirada do conteúdo. A exceção beneficia a indústria de direitos autorais e estimula a censura privada de provedores a conteúdos publicados em suas plataformas.
Com informações de Campanha Banda Larga.
Rússia concede asilo temporário a Edward Snowden
1 de Agosto de 2013, 17:45 - sem comentários aindaO ex-técnico da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e da Agência Nacional de Segurança (NSA), Edward Snowden, perseguido pelos Estados Unidos devido às denúncias que fez sobre o programa de espionagem, recebeu asilo temporário na Rússia, nesta quinta-feira (1º/8), de acordo com a emissora Rossiya 24.
Edward Snowden, ex-funcionário dos serviços secretos estadunidenses, saiu do aeroporto moscovita de Sheremetievo, em cuja area de trânsito se encontrava durante mais de um mês, desde 23 de junho, e atualmente está no território da Rússia, informou um porta-voz.
Minutos antes, o advogado Anatoli Kucherena informou a Voz da Rússia de que Snowden tinha recebido a notificação do Servço Federal de Migrações da Rússia sobre a concessão do asilo provisório, por um ano. Snowden havia pedido asilo temporário, já que pretende se dirigir à América Latina.
Além disto, Kucherena declarou que estava preparando documentos para uma visita do pai de Snowden à Rússia.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, que frequentemente lança críticas generalizadas contra a Rússia, qualificou positivamente a concessão do asilo provisório.
Snowden trabalhava em uma empresa que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança (NSA) e é acusado de espionagem pelo governo dos Estados Unidos. No dia 16 de julho, ele pediu asilo temporário à Rússia. O pedido poderia ter levado até três meses para ser analisado, segundo o serviço de migração russo.
Com informações de Vermelho.