NPC / Campanha pela regionalização da programação de rádio e TV é lançada em Brasília
10 de Agosto de 2013, 9:42 - sem comentários aindaFoi lançada, no dia 6 de agosto, na Câmara dos Deputados, a campanha #QueroMeVerNaTV, em defesa da regionalização da produção artística, cultural e jornalística e da produção local e independente nas emissoras de rádio e TV.
O objetivo é estimular o debate sobre o tema e mobilizar os atores envolvidos para que encampem a defesa de uma regionalização plural e democrática que dê espaço para a diversidade cultural brasileira aparecer na TV aberta.
No artigo 221 da Constituição Federal – que ainda não foi regulamentado -, o conteúdo regional e independente na radiodifusão está previsto.
Apesar da existência, desde 1991, de um projeto de lei da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) sobre o tema, uma comissão mista aprovou um relatório que altera a redação do PL, e deixa de atender seus objetivos.
A campanha #QueroMeVerNaTV pretende pressionar os deputados para que alterem novamente o texto para garantir espaço para produção local, regional e independente nas programações.
Clique aqui para ter mais informações sobre a campanha.
Fonte: Núcelo Piratininga de Comunicação
Vermelho / Manifesto "Quero me ver na TV" defende projeto de Jandira Feghali
9 de Agosto de 2013, 14:59 - sem comentários aindaRepresentantes de movimentos pela democratização da comunicação, gestores públicos, frentes parlamentares e a Comissão de Educação da Câmara lançaram, na terça (6) a campanha "Quero me ver na TV", em defesa da regionalização da produção artística, cultural e jornalística e da produção local e independente nas emissoras de rádio e TV. Na segunda (5), foi divulgado um manifesto, que defende o projeto de lei de da deputada Jandira Feghali (PCdoB) sobre o tema.
Durante o lançamento da campanha, no Salão Verde da Câmara, representantes dos diversos segmentos defenderam a regionalização da comunicação e protestaram contra o projeto de lei aprovado pelo Senado que regulamenta o dispositivo constitucional que trata da regionalização da comunicação. Os participantes do ato reclamaram que o texto do Senado é contrário à regionalização.
A ideia dos defensores da regionalização da comunicação é apontar os impactos “negativos” do texto aprovado no Senado e incentivar uma ampla mobilização da sociedade em torno do tema para a construção de um substitutivo plural, que dialogue com os anseios do setor e que caminhe em direção à democratização dos meios de comunicação.
Como o projeto do Senado pode ser votado a qualquer momento no plenário da Câmara, os defensores da regionalização querem evitar que o texto seja levado à votação da forma como foi aprovado pelos senadores. Para isso, querem tempo para mobilizar a sociedade e buscar alternativas que atendam a regionalização.
A presidenta da Comissão de Cultura, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), informou que pediu ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para adiar a votação do projeto para que até o final deste ano se chegue a um acordo em torno de um texto que democratize os meios de comunicação. Segundo ela, o texto do Senado descaracteriza “totalmente a regionalização. Pretende-se tornar publico o debate e ganhar tempo para modificar o texto do Senado”.
O texto do Senado, de acordo com os participantes do ato, gerou um “profundo retrocesso na regionalização da comunicação”. Além de ter atropelado os defensores da regionalização, que defendem a votação pelos senadores do projeto de lei aprovado há mais de dez anos pela Câmara, de autoria da deputada Jandira Feghali.
Abaixo, o manifesto #queromevernatv assinado por diversas organizações, como a Fundação Maurício Grabois, Barão de Itararé e Central Única dos Trabalhadores (CUT). Mais informações no site da campanha.
Manifesto em Defesa da Regionalização da Programação na Radiodifusão
Rio Branco, terça-feira, 22h30. Uma família sentada em frente à televisão assiste ao programa Louco Por Elas, transmitido pela Rede Amazônica, afiliada da TV Globo. Em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o mesmo programa está sintonizado na RBS. A série mostra o cotidiano de uma família de classe média carioca.
Roraima, 17 horas. A TV Imperial – afiliada da Record – transmite o Cidade Alerta. O mesmo programa é veiculado pela RIC TV, na cidade de Xanxerê, interior de Santa Catarina. O programa jornalístico da Record faz a cobertura do que acontece nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Essa realidade se repete em todo o Brasil e vale para todas as emissoras de televisão. Ou seja, não importa onde você esteja, excluindo as edições locais dos jornais vespertinos e matutinos (em algumas emissoras os matinais), mais de 90% da grade de programação destas emissoras é composta por conteúdos produzidos no eixo Rio-São Paulo (novelas, seriados, programas de lazer, infantis, culturais, shows, variedades).
Os acreanos não se vêem na TV, assim como não se vêem os amazonenses, baianos, pernambucanos, gaúchos, mineiros e assim por diante. Não vemos na TV a riqueza da cultura do centro-oeste brasileiro, como é a vida dos ribeirinhos, ou dos agricultores do interior. Como é a realidade de quem vive nas pequenas cidades. Não temos acesso à produção cultural independente que fervilha em todo o Brasil, que é bloqueada pela homogeneização cultural do eixo Rio-São Paulo.
A luta para mudar este cenário, garantindo que os brasileiros dos múltiplos Brasis tenham representação na mídia, é uma das principais bandeiras dos movimentos que lutam pela democratização dos meios de comunicação. É uma reivindicação de artistas, produtores culturais e da sociedade.
A garantia de conteúdo regional e independente na radiodifusão é prevista no texto Constitucional de 1988, em seu artigo 221. Mas, até hoje, o Congresso Nacional não regulamentou este dispositivo, principalmente em razão de interesses políticos e econômicos das grandes cadeias de TV.
Para se ter uma ideia do bloqueio imposto à regulamentação do art. 221, há quase 20 anos, um projeto de lei sobre o tema, de autoria da deputada Jandira Feghali, aguarda para ser votado. No Senado o PL já tramita há 10 anos.
Para nossa surpresa, sem qualquer debate mais amplo com a sociedade, uma comissão mista do Congresso Nacional criada há pouco mais de dois meses para analisar projetos de lei que visem a regulamentação da Constituição – composta por seis deputados e seis senadores – aprovou um relatório sobre o tema em menos de cinco minutos, alterando a redação do projeto de lei da deputada Jandira Feghali e desvirtuando os objetivos que devem ser alcançados com a regionalização – garantir mais espaço na grade de programação das emissoras para a produção de conteúdos locais, produzidos localmente, com artistas e profissionais da região, incentivando a produção independente.
Esta proposta aprovada na Comissão Mista será agora apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados, onde poderá receber emendas dos parlamentares no sentido de resgatar este objetivo.
Nós -- representantes de entidades do movimento social, artistas, produtores culturais e cidadãos -- exigimos que os deputados federais, que representam a população dos vários estados brasileiros, apresentem emendas para garantir que o projeto efetive o direito à comunicação, assegurando de fato espaços na programação das emissoras para a produção local, regional e independente.
Você, que não se vê na TV e que luta para que exista mais pluralidade e diversidade nos meios de comunicação venha se somar a esta luta!
Votar pela aprovação do projeto tal como está é dar às costas ao povo!
Assinam este manifesto
Associação Brasileira de Canais Comunitários - ABCCOM
Associação Brasileira de Documentaristas - seccional PE
Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – ABRAÇO - Nacional
ABRAÇO-BA
ABRAÇO-GO
Associação de Entidades Usuárias do Canal Comunitário de Ponta Grossa (TVCom PG)
Associação Pernambucana de Cineastas (ABD/APECI)
Andi – Comunicação e Direitos
ARCO-RJ
Arpub – Associação de Rádios Públicas do Brasil
Blogoosfero - Plataforma Livre e Colaborativa desenvolvida em Software Livre Brasileiro
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Centro de Cultura Luiz Freire
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Conselho Comunitário de Maricá - CCM-CONSELHO
COMPOP
Clube de Engenharia
Conceição Lemes - blogueira
Conceição Oliveira – Blog da Maria Frô
Conselho Comunitário de Aricá-RJ
Conselho Federal de Psicologia – CFP
Edison Munhoz, secretário de comunicação da CUT-RJ
Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar - Fetraf
FNDC- Comitê BA
Fundação Maurício Grabois
Fundação Perseu Abramo
Intervozes
Instituto Patrícia Galvão
Instituto Telecom
Luana Bonone, presidenta da Associação Nacional de Pós-graduandos
Movimento Nacional de Rádios Comunitárias – MNRC
Paraná Blogs - Coletivo de Blogueir@s e Ativistas Digitais do Paraná
Rádio Comunitária Pop-Goiaba
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
Sociedade Civil Acauã
TIE-Brasil - Troca de Informações sobre Empresas Transnacionais
TV Cidade Livre DF
União Geral dos Trabalhadores - UGT
Com informações da Agência Brasil e campanha "Quero me ver na TV"
Portal Focando Notícia / Deputados lançam campanha pela regionalização na TV e rádio
9 de Agosto de 2013, 14:56 - sem comentários aindaA Comissão de Cultura da Câmara reuniu parlamentares, gestores públicos e representantes de movimentos pela democratização da comunicação, na tarde da terça-feira (6), no lançamento da Campanha“QueroMeVerNaTV”: pela regionalização da TV e Rádio. A presidenta da Comissão, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que a luta não é fácil, mas que a sociedade brasileira já percebe a importância do tema para aprofundar a democracia no país.
Hoje a sociedade se apercebe da importância da democratização dos meios de comunicação, da influencia que exercem na formação de opinião e que não existe imparcialidade em nenhuma delas e, portanto, é preciso que todos os sotaques, todos os rostos estejam presentes nos meios de comunicação, avalia a deputada.
A campanha terá foco na defesa da regionalização da produção artística, cultural e jornalística e da produção local e independente nas emissoras de rádio e TV. A proposta é também discutir o projeto de lei que estabelece percentuais de regionalização da programação cultural, artística e jornalística nas emissoras de rádio e TV.
Segundo a deputada Jandira Feghali, a matéria, aprovada no Senado e que segue para votação no Plenário da Câmara e que regulamenta o artigo 221 da Constituição Federal, terá impactos negativos caso não seja alterado para que se construa um texto plural, que dialogue com os anseios do setor e caminhe em direção à verdadeira democratização dos meios de comunicação.
Projeto polêmico
O projeto aprovado no Senado ignorou as propostas de regulamentação que tramitam na Câmara há mais de 20 anos e apresenta pontos criticados pelos deputados. A matéria do Senado reduz drasticamente o tempo de programação, incluindo na cota a propaganda eleitoral e a programação religiosa sem limite de tempo.
Além disso, não garante horário de melhor audiência para inserção da programação regional e exclui a obrigatoriedade de contratação da produção independente, fortalecendo aqueles que já ocupam 90% do conteúdo da programação da TV aberta.
“Queremos garantir que o sotaque do Acre chegue ao Rio de Janeiro. E não apenas o sotaque do Leblon ao Rio Branco”, exemplifica Jandira, autora de um projeto de lei sobre o tema que até hoje está tramitando no Congresso. Para a deputada, o projeto aprovado despreza o processo histórico, alija formulação acumulada e apresenta um texto polêmico.
A presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), que particpou do evento, disse que nesse tema de regionalização, é importante que se encontre formas de financiamento da produção independente, adiantando que no relatório da sub-comissão que trata do assunto, vai apontar sugestão de criação de novas fontes de financiamento para rádios e TVs comunitárias e utilização de fundos já existentes como o Fust e o Fistel, além da abertura de linha de crédito em todos os ministérios com esse objetivo.
A coletiva reuniu, no café do Salão Verde da Câmara, parlamentares como Nilmário Miranda (PT-MG) e Jean Wyllys (Psol-RJ), além de representantes dos movimentos que atuam na área como a coordenadora executiva do Forum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mieli, e o presidente da Associação Brasileira de Cenanis Comunitários (ABCCOM), Paulo Miranda.
PT na Câmara / Parlamentares lançam campanha “Quero me ver na TV” e criticam regulamentação da programação de radiodifusão
9 de Agosto de 2013, 14:53 - sem comentários aindaParlamentares e entidades da sociedade civil repudiaram nesta terça-feira (6) a aprovação da propostaque regulamenta o artigo 221 da Constituição, que trata da regionalização da programação cultural, artística e jornalística nas emissoras de radiodifusão. O projeto foi aprovado em julho pela Comissão Mista de Consolidação das Leis Federais e de Regulamentação de Dispositivos da Constituição. O repúdio foi feito durante o lançamento da campanha “Quero me ver na TV” organizado pela Comissão de cultura em parceria com entidades do setor.
Na avaliação dos participantes do evento como o Fórum Nacional pela Democratização dos Meios de Comunicação (FNDC) e do Ministério da Cultura (MinC), a proposta do Senado contrapõe o projeto de lei (PL 256/91), da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que regulamenta o artigo 221 e estabelece percentuais para a produção regional nas emissoras de rádio e TV.
Para essas entidades, a comissão mista, ao aprovar um texto que não contempla 23 anos de debates desse tema pelo Congresso Nacional, impôs retrocesso no novo modelo de regionalização e democratização da comunicação no País.
O primeiro vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara, deputado Nilmário Miranda (PT-MG)classificou de “aberração” o texto aprovado pela comissão mista do Senado. “A proposta aprovada no Senado vai contra a decisão dos constituintes que objetivaram preservar a diversidade cultural e regional do País. Além disso, essa proposta representa a negação de tudo que foi feito em termos culturais nos últimos 10 anos. O que foi votado é uma aberração. Quem votou não nos representam”, alertou Nilmário Miranda.
Já o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Audiovisual, deputado Arthur Bruno (PT-CE), conclamou as várias frentes que atuam em defesa do setor cultural do País a denunciar o conteúdo da proposta que, na avaliação dele, foi aprovada de forma “estranha”. Ao mesmo tempo, o parlamentar petista assumiu o compromisso de lutar pela correção das distorções no texto aprovado no Senado e pela democratização do acesso da produção cultural regional e local dos veículos de comunicação do País.
Benildes Rodrigues
TV Brasil / Campanha nacional quer estimular conteúdo regional na televisão
9 de Agosto de 2013, 14:49 - sem comentários aindaNesta terça-feira, 06, às 16h, na Câmara dos Deputados, a Comissão de Cultura da Casa, gestores públicos e representantes de movimentos pela democratização da comunicação lançarão a campanha #QueroMeVerNaTV, em defesa da regionalização da produção artística, cultural e jornalística e da produção local e independente nas emissoras de rádio e TV.
A ideia é também analisar o PL 5992/2013, recém-aprovado no Senado, e incentivar uma ampla mobilização em torno da matéria – que agora segue para votação no Plenário da Câmara.
No dia 11 de julho, a Comissão Especial Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição Federal (CMCLF), aprovou no Senado, o relatório do senador Romero Jucá (PMDB/RR) – precedido de sub-relatório do deputado Sérgio Sveiter (PSD/RJ) – com a proposta de regulamentação do artigo 221, inciso II, da Constituição Federal, que trata da regionalização da programação cultural, artística e jornalística nas emissoras de rádio e TV.
O projeto chegou à Câmara como PL 5992/2013 e de acordo com a presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), não considerou algumas propostas de regulamentação que tramitam na Casa há mais de 20 anos. Para ela, o projeto que seguiu para a votação, reduz drasticamente o tempo de programação, inclui na cota a propaganda eleitoral e a programação religiosa sem qualquer limite de tempo.
“Queremos garantir que o sotaque do Acre chegue ao Rio de Janeiro. E não apenas o sotaque do Leblon a Rio Branco”, exemplifica a deputada. Para ela, o texto aprovado pela pequena comissão de senadores e deputados “despreza o processo histórico, alija a formulação acumulada e aprova um texto “polêmico””.
Participarão da Coletiva Pública a diretora de Educação e Cultura da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Juana Nunes; o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel (a confirmar); os deputados Jandira Feghali (PCdoB/RJ), presidente da Comissão de Cultura; Nilmário Miranda (PT/MG), vice-presidente da Comissão de Cultura; Luiza Erundina (PSB/SP), coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular; Luciana Santos (PCdoB/PE), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura; Roberto Santiago (PSD/SP), coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa das TVs Comunitárias; Jean Wyllys (PSOL/RJ); Jorge Bittar (PT/RJ). Pela sociedade civil participarão: Renata Mielli, da coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC); Paulo Miranda, presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCOM); Paulo Dantas, da Movie & Art Produções Cinematográficas e diretor do Sindicato da Indústria Audiovisual de São Paulo (Siaesp); e Ernesto Scatena, da Movie Rental System S/A e diretor financeiro da Siaesp.